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Estudo Dirigido UBS (3)

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14
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
PATRÍCIA FERNANDA RIBEIRO
ESTUDO DIRIGIDO - UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE
SOROCABA
2017
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
PATRÍCIA FERNANDA RIBEIRO – B98JJF-3
ESTUDO DIRIGIDO - UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE
Estudo Dirigido do Estágio Supervisionado em Saúde Pública em Unidade Básica de Saúde, apresentado à Universidade Paulista – UNIP.
Prof.ª Orientadora: Sandra R. Bicudo da Silva.
Orientadora: Elis Simon Proença.
SOROCABA
2017
1. Cite a classificação do IMC (Índice de Massa Corporal) e Circunferência abdominal para adultos e idosos.
Quadro 1 - Classificação IMC para adultos.
	IMC (kg/m²)
	Classificação
	< 16,0
	Magreza grau III
	16,1 a 16,9
	Magreza grau II
	17,0 a 18,5
	Magreza grau I
	18,6 a 24,9
	Eutrofia
	25 a 29,9
	Pré-Obesidade
	30 a 34,9
	Obesidade I
	35 a 39,9
	Obesidade II
	≥ 40,0
	Obesidade III
 Fonte: WHO, 1997. 
Quadro 2 - Classificação IMC para idosos.
	IMC (kg/m²)
	Classificação
	< 22,0
	Baixo Peso
	22,0 a 24,0
	Risco de déficit
	24,0 a 27,0
	Eutrofia 
	≥ 27
	Sobrepeso 
 Fonte: LIPSCHITZ, 1994. 
Quadro 3 – Classificação do risco de morbidades para adultos segundo circunferência da cintura.
	Sexo
	Risco Aumentado
	Risco Muito Aumentado
	Homens
	94 a 102 cm
	>102 cm
	Mulheres
	80 a 84 cm
	> 88 cm
 Fonte: WHO, 1998. 
2. Descreva qual o modo de classificação do estado nutricional de gestantes, e qual o ganho de peso ideal de acordo com o estado nutricional.
A observação de que o estado nutricional pré-gestacional é um determinante do ganho de peso insuficiente ou excessivo, sugere a intervenção cada vez mais precoce no monitoramento e acompanhamento dessa variável e de suas co-variáveis (glicemia, pressão arterial sistêmica, exames hematológicos, etc..) que estão associadas durante todo o período gestacional, isto implica na avaliação correta e criteriosa do peso corporal (kg), da estatura (cm), sua respectiva classificação segundo o IMC (kg/m2), no início do pré-natal e durante as consultas de retorno, através do Nomograma e Curva de Rosso, além da altura uterina. Além de outras variáveis antropométricas, circunferências (perímetro braquial, relação circunferência da cintura/quadril). Essa transição do estado nutricional pré-gestacional para o gestacional, sugere esse período como facilitador do ganho de peso excessivo, e que confirma alguns achados de maior prevalência de mulheres obesas quanto maior a sua paridade (VITOLO, 2003). 
Para avaliar o estado nutricional da gestante, é necessário que na primeira consulta seja realizada a aferição do peso e da estatura da mulher, além do cálculo da semana gestacional. Com esses dados será determinado o estado nutricional da gestante, tendo como critério prioritário a classificação do IMC por semana gestacional. 
Quadro 4 - Avaliação antropométrica da gestante pelo IMC.
	IMC (kg/m2) pré-gestacional
	 Ganho de peso total (kg)
	Ganho de peso semanal (g/sem)
	< 19,8 (baixo peso)
	12,5 – 18,0
	500 a partir do 2º trimestre
	19,8 – 26,0 (eutrofia)
	11,5 – 16,0
	400 a partir do 2º trimestre
	26,1 – 29,0 (sobrepeso)
	7,0 – 11,5
	300 a partir do 2º trimestre
	> 29,0 (obesidade)
	7,0 – 9,1
	200 a partir do 2º trimestre
Fonte: VITOLO, 2003. 
Figura 1: Gráfico de Índice de Massa Corporal segundo semana de gestação
 Fonte: BRASIL, 2004. 
3. Quais os parâmetros utilizados para verificção do estado nutricional de crianças e adolescentes? Quais os pontos de corte de acordo com as curvas de cada idade e medidas antropométricas através da classificação do percentil e do escores Z?
Em crianças < 10 anos os paramêtros utilizados são (BRASIL, 2004):
· Peso / Idade
· Altura / Idade
· Peso / Altura 
Em adolescentes são (BRASIL, 2004):
· IMC percentilar 
Quadro 5: Pontos de corte de peso por idade para crianças (0 a 10 anos)
	Valores críticos
	Diagnóstico Nutricional
	< Percentil 0,1
	< Escore – z -3
	Peso muito baixo para a idade
	≥ Percentil 0,1 e < Percentil 3
	≥ Escore – z -3 e
< Escore – z -2
	Peso baixo para a idade
	≥ Percentil 3 e < Percentil 97
	≥ Escore – z -2 e
< Escore – z +2
	Peso adequado ou eutrófico
	≥ Percentil 97
	≥ Escore – z +2
	Peso elevado para a idade
Fonte: BRASIL, 2011.
Quadro 6: Pontos de corte de altura por idade para crianças (0 a 10 anos)
	Valores críticos
	Diagnóstico Nutricional
	< Percentil 0,1
	< Escore – z -3
	Muita baixa estatura para idade
	≥ Percentil 0,1 e < Percentil 3
	≥ Escore – z -3 e
< Escore – z -2
	Baixa estatura para idade
	≥ Percentil 3
	≥ Escore – z -2
	Estatura adequada para idade
Fonte: BRASIL, 2011. 
Quadro 7: Pontos de corte de peso por altura para crianças (0 a 5 anos)
	Valores críticos
	Diagnóstico Nutricional
	< Percentil 0,1
	< Escore – z -3
	Magreza acentuada
	≥ Percentil 0,1 e < Percentil 3
	≥ Escore – z -3 e < Escore – z -2
	Magreza
	≥ Percentil 3 e ≤ Percentil 85
	≥ Escore – z -2 e ≤ Escore + 1
	Eutrofia
	> Percentil 85 e ≤ Percentil 97
	> Escore – z +1 e ≤ Escore – z +2
	Risco de sobrepeso
	> Percentil 97 e ≤ Percentil 99,9
	> Escore – z +2 e ≤ Escore – z +3
	Sobrepeso
	> Percentil 99,9
	> Escore – z =3
	Obesidade
Fonte: BRASIL, 2011. 
Quadro 8: Pontos de corte de IMC por idade para crianças (< 5 anos)
	Valores críticos
	Diagnóstico Nutricional
	< Percentil 0,1
	< Escore – z -3
	Magreza acentuada
	≥ Percentil 0,1 e <
Percentil 3
	≥ Escore – z -3 e < Escore – z -2
	Magreza
	≥ Percentil 3 e ≤ Percentil85
	≥ Escore – z -2 e ≤ Escore – z +1
	Eutrofia
	> Percentil 85 e ≤ Percentil 97
	> Escore – z +1 e ≤ Escore – z +2
	Risco de sobrepeso
	> Percentil 97 e ≤ Percentil 99,9
	> Escore – z +2 e ≤ Escore +3
	Sobrepeso
	> Percentil 99,9
	> Escore – z +3
	Obesidade
Fonte: BRASIL, 2011. 
Quadro 9: Pontos de corte de IMC por idade para crianças (5 a 10 anos)
	Valores críticos
	Diagnóstico Nutricional
	< Percentil 0,1
	< Escore – z -3
	Magreza acentuada
	≥ Percentil 0,1 e < Percentil 3
	≥ Escore – z -3 e
< Escore – z -2
	Magreza
	≥ Percentil 3 e < Percentil 85
	≥ Escore – z -2 e
< Escore – z +1
	Eutrofia
	> Percentil 85 e ≤ Percentil97
	≥ Escore – z +1 e ≤ Escore – z +2
	Sobrepeso
	> Percentil 97 e ≤ Percentil 99,9
	> Escore – z +2 e ≤ Escore – z +3
	Obesidade
	> Percentil 99,9
	> Escore – z +3
	Obesidade grave
Fonte: BRASIL, 2011. 
Quadro 10: Equivalências entre percentis e escores – z 
	Escore – z
	Percentil
	Interpretação
	-3
	0,1
	Espera- se que em uma população saudável sejam encontradas 0,1 % das crianças abaixo desse valor.
	-2
	2,3
	Espera- se que em uma população saudável sejam encontradas 2,3% das crianças abaixo desse valor. Convenciona -se que o equivalente ao escore- z -2 é o percentil 3.
	-1
	0,1
	Espera- se em uma população saudável sejam Espera- se que encontradas 15,9% das crianças abaixo desse valor.
	0
	50,0
	É o valor que corresponde à média da população, isto é, em uma população saudável sejam encontradas 50% da população acima e 50 % da população abaixo desse valor.
	+1
	84,1
	Espera- se que em uma população saudável sejam encontradas 84,1 % das crianças abaixo desse valor, ou seja, 15,9 % estariam acima desse valor. Convenciona -se que o equivalente ao escore – z +1 é o percentil 85.
	+2
	97,7
	Espera- se que em uma população saudável sejam encontradas 97,7% das crianças abaixo desse valor, ou seja, 2,3 % estariam acima desse valor. Convenciona-se que o equivalente ao escore – z +2 é o percentil 97.
	+3
	99,9
	Espera- se que em uma população saudável sejam encontradas 99,9% das crianças abaixo desse valor, ou seja, apenas 0,1% estariam acima desse valor.
Fonte: BRASIL, 2011. 
4. Quais as formas de calcular o peso ideal dos pacientes adultos?
A² (em metros) x IMC médio, onde IMC médio para os homens é de 22 Kg/m2 e para mulheres é de 21 Kg/m2. 
· Exemplo 1: Mulher de 1,64m. 
1,64 x 1,64 = 2,6896
2,6896 x 21 = 56,48 Kg. 
56,48 Kg seria o peso ideal para uma mulher de 1,64m. 
· Exemplo 2: Homem de 1,85m. 
1,85 x 1,85 = 3,4225
3,4225 x 22 = 75,29 Kg. 
75,29 Kg seria o peso ideal para umhomem de 1,85m. 
É válido ressaltar que, de acordo com a classificação de IMC para adultos de WHO, 1997, qualquer IMC entre 18,5 e 24,9 usados como IMC médio para cálculo do peso ideal, serão classificados como eutróficos. 
5. Quais os valores de referências para os exames de:
Quadro 11: Valores de referência para exames laboratoriais
	Exame
	Valor de Referência
	Colesterol LDL
	< 130mg/dL 
	Colesterol VLDL
	130 – 159mg/dL
	Colesterol HDL
	>40mg/dL
	Colesterol Total
	< 200mg/dL
	Glicemia de Jejum
	70 – 99g/dL
	Triglicérides
	< 150mg/dL
 Fonte: ANDRIOLO, 2005. 
6. Quais os adoçantes mais indicados e por qual motivo?
É válido ressaltar que o CFN recomenda aos nutricionistas indicar adoçante artificial apenas a pacientes com necessidade clínica específica para o uso da substância, respeitando-se os limites de Ingestão Diária Aceitável.
Os adoçantes indicados seriam: 
· Stévia
Poder edulcorante = 300 vezes mais doce que a sacarose. 
IDA = até 5,5 mg/kg peso. 
Em alguns trabalhos, a Stévia é considerada como adoçante calórico, mas, devido ao alto poder edulcorante, fornece valor calórico não considerável.
Não produz cáries e não é metabolizado pelo organismo (BRASIL, 2000).
· Sucralose 
Poder edulcorante 600 vezes maior do que a sacarose. 
IDA = até 15 mg/kg peso. 
Elaborado a partir da sacarose, mas, devido às mudanças na molécula, não é metabolizado, não alterando os níveis de glicose sanguínea, sendo excretado através da urina.
Liberado pelo FDA (Food and Drugs Administration – EUA) em abril de 1998, sem restrições, uma vez que os estudos não identificaram nenhum efeito adverso em relação à toxicidade, efeitos neurológicos ou carcinogênese.
Pode ser utilizado por todas as pessoas (incluindo diabéticos, gestantes, lactantes e crianças) (BRASIL, 2000).
7. Quais os itens que devem ser observados nos rótulos dos alimentos? Explique-os.
Lista de Ingredientes: Informa os ingredientes que compõem o produto. A leitura dessa informação é importante porque o consumidor pode identificar a presença de termos, como açúcar, sacarose, glicose, ou outros tipos de açúcar, como a dextrose (BRASIL; ANVISA, 2008).
Origem: Informação que permite que o consumidor saiba quem é o fabricante do produto e onde ele foi fabricado. São informações importantes para o consumidor saber qual a procedência do produto e entrar em contato com o fabricante se for necessário (BRASIL; ANVISA, 2008).
 Prazo de Validade: Os produtos devem apresentar pelo menos o dia e o mês quando o prazo de validade for inferior a três meses; o mês e o ano para produtos que tenham prazo de validade superior a três meses. Se o mês de vencimento for dezembro, basta indicar o ano, com a expressão “fim de ...... “ (ano) (BRASIL; ANVISA, 2008).
Conteúdo Líquido: Indica a quantidade total de produto contido na embalagem. O valor deve ser expresso em unidade de massa (quilo) ou volume (litro) (BRASIL; ANVISA, 2008). 
Lote: É um número que faz parte do controle na produção. Caso haja algum problema, o pr duto pode ser recolhido ou analisado pelo lote ao qual pertence (BRASIL; ANVISA, 2008).
Informação Nutricional Obrigatória: É a tabela nutricional. Sua leitura é importante porque a partir das informações nutricionais você pode fazer escolhas mais saudáveis para você e sua família (BRASIL; ANVISA, 2008).
Porção: É a quantidade média do alimento que deve ser usualmente consumida por pessoas sadias a cada vez que o alimento é consumido, promovendo a alimentação saudável (BRASIL; ANVISA, 2008).
%VD Percentual de Valores Diários (%VD): é um número em percentual que indica o quanto o produto em questão apresenta de energia e nutrientes em relação a uma dieta 2000 calorias (BRASIL. ANVISA, 2008).
Medida Caseira: Indica a medida normalmente utilizada pelo consumidor para medir alimentos. Por exemplo: fatias, unidades, pote, xícaras, copos, colheres de sopa. Informação Nutricional Obrigatória %VD Percentual de Valores Diários (%VD) é um número em percentual que indica o quanto o produto em questão apresenta de energia e nutrientes em relação a uma dieta 2000 calorias. A apresentação da medida caseira é obrigatória. Esta informação vai ajudar você, consumidor, a entender melhor as informações nutricionais (BRASIL; ANVISA, 2008).
Cada nutriente apresenta um valor diferente para se calcular o VD. Veja os valores diários de referência Valor energético – 2000kcal / 8.400kJ Carboidratos – 300g Proteínas – 75g Gorduras Totais – 55g Gorduras Saturadas – 22g Fibra Alimentar – 25g Sódio – 2400m. Não há valor diário para as gorduras trans (BRASIL; ANVISA, 2008).
8. Qual a diferença entre diet e light?
Alimentos Diets são os alimentos especialmente formulados para grupos da população que apresentam condições fisiológicas específicas, como, por exemplo, geléia para dietas com restrição de açúcar. São feitas modificações no conteúdo de nutrientes, adequando-os a dietas de indivíduos que pertençam a esses grupos da população. Apresentam na sua composição quantidades insignificantes ou são totalmente isentos de algum nutriente (BRASIL; ANVISA, 2008).
Alimentos Lights são aqueles que apresentam a quantidade de algum nutriente ou valor energético reduzida, em no mínimo 25%, quando comparado a um alimento convencional. São definidos os teores de cada nutriente e ou valor energético para que o alimento seja considerado light. Por exemplo, iogurte com redução de 30% de gordura é considerado light. Tanto alimentos diet quanto light não têm necessariamente o conteúdo de açúcares ou energia reduzido. Podem ser alteradas as quantidades de gorduras, proteínas, sódio, entre outros; por isso a importância da leitura dos rótulos (BRASIL; ANVISA, 2008). 
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDRIOLO, Adagmar. Medicina Laboratorial. São Paulo: Manole, p. 256 - 2005.
BRASIL, Ministério da Saúde. Abordagem Nutricional em Diabetes Mellitus, Brasília – 2000. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/abordagem_nutricional_diabetes_mellitus.pdf> Acesso em: 02 de outubro, 2017.
BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Orientação para a Coleta e Análise de Dados Antropométricos em Serviços de Saúde. 2011. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/orientacoes_coleta_analise_dados_antropometricos.pdf> Acesso em: 29 de setembro, 2017.
BRASIL, Ministério da Saúde; Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Manual de orientação aos consumidores Educação para o Consumo Saudável, Brasília – DF – 2008. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/documents/33916/396679/manual_consumidor.pdf/e31144d3-0207-4a37-9b3b-e4638d48934b> Acesso em: 02 de outubro, 2017.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Vigilância Alimentar e Nutricional SISVAN: Orientações Básicas para a Coleta, o Processamento, a Análise de dados e a Informação em Serviços de Saúde, 2004.
LIPSCHITZ, T.G. Advances in body compositions assessment. Current issues in exercise Science series. Monograph n.3. Champaing, IL: Human Kinetics. 
VITOLO, M.R. Avaliação Nutricional da Gestante. Nutrição: da Gestação a Adolescência. Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso Editores, 2003; p. 17-30. 
WORLD HEALTH ORGANIZATION. Obesity: preventing and managing the global epidemic. WHO Technical Report Series, Geneva, n. 894, 1998.

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