8 – Pesquise e comente o uso de lipídeos às dietas de animais submetidos às condições de altas temperaturas?

Altas temperaturas são associadas com redução no desempenho devido a diminuição no consumo e ao custo energético associado a dissipação do calor. Suínos que apresentam altas taxas de deposição de carne magra são os mais prejudicados pelas altas temperaturas ambiente.

O incremento calórico aumenta com a quantidade de alimento consumido e é inversamente relacionado com a concentração energética da dieta, sendo que o aumento da fibra das dietas proporciona altas incrementos calóricos e dietas contendo óleos e ou gorduras proporcionam baixo incremento calórico. A inclusão de uma maior quantidade de lipídios nas dietas também é visto de forma positiva quando os animais diminuem a ingestão de alimentos devido a altas temperaturas, a intensos exercícios físicos ou mesmo quando há queda brusca na temperatura. Autores ainda afirmam que com até 8% a 10% de suplementação com lipídios, ainda é proporcionado uma boa resposta dos animais em confinamento em regiões com temperaturas mais elevadas, pois a suplementação aumenta a ingestão de energia.

As elevadas temperaturas durante o verão levam a um baixo consumo de ração pelos animais. Para garantir a ingestão dos nutrientes necessários à boa nutrição dos animais, há necessidade de fazer uma ração com elevado teor de energia e alta concentração dos demais nutrientes. Além disso, é importante também enfatizar que as gorduras apresentam uma alta densidade calórica, sendo que sua incorporação às dietas ajuda a compensar a redução de consumo de energia durante altas temperaturas, propiciando desta forma um melhor desempenho aos animais. Contudo, é adicionado óleos ou gorduras nas rações, como forma de minimizar os problemas das altas temperaturas, aumentando assim a energia e diminuindo o incremento calórico dessa ração.