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Saúde da Família formatado (1)

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UNIP SOROCABA
NUTRIÇÃO
 INGRID TABATTA GENUÍNO SILVA 
LEANDRA GARCIA VERNEQUE 
LUCIANA DA SILVA ARAÚJO 
NATÁLIA CARNAVALE 
MAURÍCIO ANTÔNIO PIRES 
SAÚDE PÚBLICA 
NÚCLEO DE APOIO Á SAÚDE DA FAMÍLIA
 
SOROCABA - SP 
2020 
INGRID TABATTA GENUÍNO SILVA RA: T665IB4
LEANDRA GARCIA VERNEQUE RA: T440II0
LUCIANA DA SILVA ARAÚJO RA: T976421
NATÁLIA CARNAVALE RA: D77ABI1
MAURÍCIO ANTÔNIO PIRES RA: N304588
SAÚDE PÚBLICA
 NÚCLEO DE APOIO Á SAÚDE DA FAMÍLIA 
 Trabalho Saúde da família apresentado como parte da avaliação da disciplina 
Saúde pública do 3º ano de Nutrição 
da UNIP/Sorocaba sob a orientação
da Profa. Me. Sandra Regina Biccudo 
 SOROCABA - SP
 2020
Sumário
1.	INTRODUÇÃO	0
2.	OBJETIVOS	1
2.1.	OBJETIVO GERAL	1
2.2.	OBJETIVOS ESPECÍFICOS	1
3.	REFERENCIAL TEÓRICO	1
3.1.	DIREITOS HUMANOS	1
3.2.	DHAA	2
3.3.	OBRIGAÇÕES DO ESTADO	3
3.4.	SITUAÇÕES DE VIOLAÇÕES E AS CONDIÇÕES PARA SE EXIGIR O DHAA	4
3.4.1.	Obrigação de Respeitar	4
3.4.2.	Obrigação de Proteger	5
3.4.3.	Obrigação de Efetivar	6
3.5.	POLÍTICAS PÚBLICAS PARA REALIZAÇÃO DO DHAA	6
3.5.1.	Atenção Primária à Saúde e Estratégia de Saúde da Família	8
4.	METODOLOGIA	8
5.	RESULTADOS E DISCUSSÃO	10
Questionário e respostas sobre o programa	10
6.	CONCLUSÃO	11
7.	REFERÊNCIAS	13
1. INTRODUÇÃO 
O Programa Saúde da Família (PSF) teve o início regulamentado em 1994, como uma estratégia do Ministério da Saúde (MS) para mudar a forma tradicional de prestação a assistência, tendo o objetivo de estimular a implantação de um novo modelo de Atenção Primária que resolvesse a maior parte, sendo em cerca de 85% dos problemas de saúde (RONCOLETTA, 2003; ROS, 2006). 
Obter profissionais aptos para trabalharem nesse novo modelo e repensar nas práticas educativas dentro da visão de Promoção da Saúde não se constitui uma tarefa fácil. (GIL, 2005; BRASIL, 2003; BRASIL, 2005). Essa grande dificuldade aconteceu como reflexo do modelo de formação destes profissionais: hospitalocêntrico, biologicista, fragmentado. Essas características, do chamado modelo flexneriano, utilizando essa metodologia de ensino verticalizada e não problematizadora (CUTOLO, 2010).
O PSF visa ao trabalho de lógica da Promoção da Saúde, almejando a integralidade da assistência ao usuário como sujeito integrado à família, ao domicílio e à comunidade, se apresenta como uma nova maneira de trabalhar a saúde, tendo a família como centro de atenção, introduz uma nova visão no processo de intervenção em saúde na medida em que não se espera a população chegar para ser atendida, pois age preventivamente sobre um novo modelo de atenção (ROS, 2006; BRASIL, 1997; RONCOLETTA, 2003)
O estabelecimento de uma equipe multiprofissional (equipe de Saúde da Família – eSF) composta por, no mínimo: (I) médico generalista, ou especialista em Saúde da Família, ou médico de Família e Comunidade; (II) enfermeiro generalista ou especialista em Saúde da Família; (III) auxiliar ou técnico de enfermagem; e (IV) agentes comunitários de saúde. Podem ser acrescentados a essa composição os profissionais de Saúde Bucal: cirurgião-dentista generalista ou especialista em Saúde da Família, auxiliar e/ou técnico em Saúde Bucal. Conforme os dados apresentados pelo ministério da saúde (Organização Mundial da Saúde).
O Programa Saúde da Família representa uma estratégia para reverter a forma atual de prestação de assistência à saúde como uma proposta de reorganização da atenção básica como tocante de reorientação da modelo assistência. (Organização Mundial da Saúde).
A Educação Sanitária, enfatiza um EP hegemônico na formação, em que educar em saúde é praticar higiene como forma de mudar comportamentos pessoais, para que não haja o adoecimento (BRASIL, 2003).
2. OBJETIVOS
2.1. OBJETIVO GERAL
	
Conhecer os principais recursos e as características do Programa Apoio da Saúde Da Família, possuindo relações com a saúde pública no Brasil. Realização de uma pesquisa remota com uma responsável do departamento do núcleo da saúde da família. 
2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
· Vias de condutas do PSF; 
· Pressupostos básicos do PSF;
· As famílias como foco de assistência, o princípio da vigilância à saúde, a atuação da equipe multiprofissional;
· Diretos e políticas públicas envolvidas ao DHAA e o PSF.
3. REFERENCIAL TEÓRICO
 No Brasil, observam-se recentes iniciativas governamentais em prol da implantação de novas propostas de avaliação da qualidade na Atenção Básica de Saúde. Este campo em pouco tempo explorado, constitui-se uma prioridade no atual processo de fortalecimento da Estratégia de Saúde da Família, após uma década de expansão e consolidação (CAMPOS, 2006). 
3.1. DIREITOS HUMANOS 
O direito humano à alimentação adequada (DHAA) e o direito à saúde estão fortemente relacionados, constituem condições básicas onde o bem-estar e a dignidade humana. Além disso, o desrespeito do primeiro artigo pode ocorrer consequências ao bem-estar social e mental e o comprometimento do estado nutricional (KEPPLE AW, 2011). Sendo assim, a Declaração de Alma-Ata agregou a alimentação e a nutrição como elementos constituintes dos cuidados primários em saúde. Abordar a alimentação e a saúde como devidos direitos a uma visão onde tem se mostrado bem receptiva na valorização da saúde, envolvendo um comprometimento dos governos pelo monitoramento e efetivação dos direitos, participação social, priorizando pessoas em situações de risco social (CHILTON M, ROSE D. A, 2009).
 Refletir sobre o potencial da APS na garantia dos direitos à alimentação e saúde na América Latina, contudo destacar algumas especificidades. Diversos países latino-americanos passaram por ditaduras no período de 1960 a 1980, fez com que produzisse entraves ao desenvolvimento dos principais sistemas de saúde na região. Nesses países, a implementação da APS coincidiu com os movimentos de redemocratização, que abriram espaço para promoção dos direitos e da participação social na saúde pública (ANDRADE et al.(2015,385:1230-1247).
 Além das semelhanças históricas e da exclusão social que marcam a região, outro denominador comum na América Latina é a posição histórica de dependência e subordinação aos centros econômicos. Mesmo com governos democráticos, essa articulação política que prioriza a macroeconomia das potências mundiais compromete a garantia dos direitos humanos na América Latina, inclusive do DHAA e do direito à saúde (NETTO, 2009).
 Partindo da relação entre esses dois direitos humanos, a meta da presente reflexão é pesquisar as possibilidades de atuação da APS para realizar a DHAA. Pretendeu-se, ainda, propor um estudo do que pode ser feito, mas não obrigatoriamente do que deveria estar (OMS,2013). 
3.2. DHAA
A alimentação foi declarada como direito na Declaração Universal dos Direitos Humanos (UNITED NATIONS et al., 1948). Nesse documento, a alimentação é mostrada como um dos elementos para alcançar a saúde e o bem-estar. O Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (PIDESC) também admite o direito de estar livre da fome (BRASIL DECRETO 591/1992 et al., 1992). A primeira obrigação é a de respeitar esse direito, ou seja: o próprio Estado-parte não poderá derespeitar o DHAA. O dever de proteger envolve a garantia, pelo Estado-parte, de que terceiros, como empresas privadas ou indivíduos, não violem o DHAA. Já a obrigação de efetivar se divide em facilitar e prover: o Estado-parte facilita o DHAA quando fortalece o acesso e a utilização dos recursos e dos meios para garantir o modo de vida das pessoas; quando não houver outra possibilidade, o Estado precisa prover o DHAA diretamente.
3.3. OBRIGAÇÕES DO ESTADO
O direito à saúde também está vigente tanto na Declaração Universal dos Direitos Humanos (UNITED NATIONS et al., 1948) quanto no PIDESC, que admiteo direito de toda pessoa de usufruir o mais elevado nível possível de saúde física e mental (7, Art. 12).
 No Comentário Geral nº 14, elaborado pela ONU, esse direito é relatado como contemplando aspectos biológicos individuais, condições socioeconômicas e recursos de em cada Estado-parte. O direito à saúde é abordado como direito de usufruir das instituições, bens, serviços e condições necessários para sua realização. São apontados quatro elementos essenciais e inter-relacionados para sua concretização: disponibilidade, acessibilidade, aceitabilidade e qualidade.
A disponibilidade se concretiza quando os serviços de saúde pública e de cuidado em e bens de saúde, existem em quantidade suficiente dentro do Estado-parte. O item acessibilidade, por sua vez, apresenta quatro dimensões. A 1° se refere à não discriminação de qualquer natureza no acesso aos recursos existentes. A 2° é a acessibilidade física, especialmente para vulneráveis e marginalizados. A 3° é a acessibilidade econômica, ou seja, quando exigido, o pagamento pelos serviços de saúde deve ser viável para todos. A 4° dimensão trata do direito ao acesso a informações de saúde. O elemento de aceitabilidade se concretiza quando os serviços de saúde são ética e culturalmente apropriados. Finalmente, a qualidade também implica serviços de saúde culturalmente apropriados e embasados cientificamente, além disso, a disponibilidade de profissionais de saúde qualificados e dos equipamentos necessários ao cuidado (UNITED NATIONS et al., 2018).
3.4. SITUAÇÕES DE VIOLAÇÕES E AS CONDIÇÕES PARA SE EXIGIR O DHAA 
 Levando em conta a posição da APS nos sistemas de saúde e os princípios propostos na Declaração de Alma-Ata, segue-se uma reflexão sobre como a APS pode respeitar, proteger e efetivar o DHAA. 
3.4.1. Obrigação de Respeitar
A obrigação do Estado-parte de respeitar o DHAA permeia todas as suas esferas, inclusive a APS. Pensando em disponibilidade, se não existem serviços de saúde para atender as demandas relacionadas à alimentação – por exemplo, orientações sobre qualidade dos alimentos, efeitos dos alimentos na saúde e as melhores formas de prepará-los – em quantidade compatível com as necessidades da população, há desrespeito ao DHAA. Ampliando segurança, priorização da disponibilidade, entre outras demandas citada ao quadro acima. A mera existência de serviços de saúde não garante a presença de acessibilidade em todas as dimensões, ou seja, uma miríade de violações de direitos humanos (JOHNSON A, et al., 2012).
· Ampliar oferta serviços de APS com capacidades de atender demandas de alimentação e nutrição.
· Priorizar a disponibilidade e o acesso e serviços de APS para populações vulneráveis.
· Eliminar taxas de pagamento por serviço de APS.
· Implementar programas e ações com embasamento cientifico.
· Garantir acesso de todos os grupos a esses programas e ações.
· Capacitar profissionais de saúde atuantes e formar novos profissionais de saúde com base nos respeitos á práticas e normas e valores culturais, religiosos e éticos ligados a alimentação.
· Alocar recursos para ampliar a disponibilidade e acesso aos serviços de APS e para a capacitar e formar profissionais visando o respeito humano à alimentação adequada.
3.4.2. Obrigação de Proteger
 A APS tem grande capacidade para proteger o DHAA, principalmente na reconhecimento de violações desse direito por terceiros. A matéria-prima da APS nesse caso está na geração de informações dentro do território.
Considerando as acessibilidades e as disponibilidades envolvendo a APS, protegendo o DHAA quando dispõe dos mecanismos para assim detectar situações de insegurança alimentar e os utiliza sem discriminação. Da mesma forma que a APS pode monitorar, via vigilância em saúde, doenças infecciosas e/ou a violência contra crianças e adolescentes, por exemplo, pode monitorar o estado de efetivação do DHAA, via vigilância alimentar e nutricional. (RODRÍGUEZ SO, GARCÍA AMN, 2013). 
Podendo atuar também na identificação de situações de negligência alimentar em ambientes institucionais (por exemplo, creches, escolas e instituições de longa permanência) e na família. Ressalta-se também que as ferramentas de identificação de insegurança alimentar revelam diferentes faces de violações do DHAA. Portanto, instrumentos como escalas psicométricas de avaliação da insegurança alimentar, como a US Household Food Security Survey Measure e suas derivadas, são mais interessantes do que somente o diagnóstico de desfechos biológicos, como a desnutrição (KEPPLE AW, SEGALL-CORRÊA AM., 2011).
· Criar/fortalecer sistemas de vigilâncias alimentar e nutricional.
· Incluir instrumentos de avaliação da insegurança alimentar que monitorem o acesso, a disponibilidade, a qualidade e a aceitabilidade dos alimentos.
· Priorizar mecanismos de identificação de violações do direito humano à alimentação adequada á populações vulneráveis.
· Promover articulação intersetorial notadamente com assistência social.
· Criar/fortalecer organismos de defesa dos direitos dos cidadãos.
· Estabelecer parcerias com setores da sociedade civil atuantes na defesa dos direitos humanos.
· Criar mecanismos de exigibilidade do direito humano à alimentação adequada.
· Destinar tempo de trabalho dos profissionais de saúde para ações de vigilância alimentar e nutricional demais de identificação de violações do direito de alimentação adequada.
· Capacitar os profissionais de saúde atuantes e formar novos profissionais de saúde para identificar situações de violação do direito à alimentação adequada.
· Alocar recursos para capacitação e formação profissional visando a proteção ao direito humano à alimentação adequada.
3.4.3. Obrigação de Efetivar
Dentre as ações que compõem a concretização do DHAA, a efetivação de um direito depende de muitas esferas, abrangendo os respaldos legislativo, administrativo e financeiro. Cabe à APS a promoção desse direito, fortalecendo as condições para que ele se realiza.
 Ações educativas na APS são centrais para a facilitação do DHAA. Em especial, a educação alimentar e nutricional pode sensibilizar os usuários quanto à alimentação como direito e quanto à problematização da pobreza, da fome, do consumo de alimentos de baixa qualidade e das desigualdades sociais e econômicas geradoras dessas condições. Contudo, essa educação deve contemplar o diálogo entre profissionais e usuários e visar à autonomia do sujeito (SANTOS LAS, 2012).
 No que se refere a disponibilidade e acessibilidade, a APS facilita o DHAA quando realiza ações de promoção da alimentação adequada na perspectiva dos direitos humanos, dentro da unidade riminação.(COSTA CGA,et al. 2015).
· Priorizar abordagens educativas criticas e emancipatórias na abordagem da alimentação.
· Incluir discussões sobre questões sociais, pobreza e direitos na abordagem dos problemas alimentares.
· Criar estratégias para superar barreiras culturais, sociais e linguísticas entre profissionais de saúde e usuários.
· Promover ações voltadas ao dialogo entre profissionais de saúde e usuários.
· Dispor espaços físicos e condições matérias para realização de ações educativas.
· Disponibilizar matérias educativos para os serviços de APS.
· Destinar tempo de trabalho dos profissionais de saúde para o planejamento de ações educativas.
· Inserir profissionais qualificados para abordar a alimentação dos serviços de APS como nutricionistas.
· Capacitar os profissionais de saúde atuantes e formar novos profissionais de saúde para promover o direito humano à alimentação adequada.
· Alocar recursos para implementação de ações educativas e para capacitação e formação profissional visando a efetivação do direito humano à alimentação adequada.
3.5. POLÍTICAS PÚBLICAS PARA REALIZAÇÃO DO DHAA
As políticas de saúde estão fortemente relacionadas com a realização do DHAA. Uma alimentação adequada só será sempre utilizada biologicamente pelo organismo humano se este estiver livre de doenças. É preciso ter saúde para se aproveitar os nutrientes dos alimentos. As pessoas precisam ter acesso aos serviçosde saúde para que se tenha garantia de boa saúde individual e coletiva. (LEÃO; RECINE, 2011).
Especialmente aquelas voltadas para mulheres, crianças, escolares, idosos e populações vulneráveis, são fundamentais para a melhora dos indicadores de saúde e sociais. Melhorando a nutrição da população, é essencial para a redução da pobreza e para a melhora dos níveis educacionais. Sendo uma maneira inequívoca de quebrar o círculo perverso de transmissão intergeracional da pobreza e da desnutrição (BRASIL, 2011).
 A garantia do DHAA depende de políticas em diferentes setores relacionados à SAN. Como visto anteriormente, a realização deste direito requer uma abordagem intersetorial. É necessário que sejam incluídas políticas que incidam sobre toda a cadeia produtiva de alimentos (produção, transformação, distribuição, abastecimento e consumo. A maneiras articuladas e complementar: (BURLANDY, L,2010).
· Políticas que incidam sobre a renda, gastos da população com alimentação, acesso à alimentação adequada, abastecimento público de água potável e outros meios de acesso a água, oferta de equipamentos públicos como cozinhas comunitárias, restaurantes populares, entre outros; 
· Políticas de saúde que incidam sobre os determinantes sociais da saúde e de doenças, que garantam o acesso a serviços e atenção à saúde nos diferentes níveis, além de programas de suplementação nutricional, promoção de hábitos saudáveis e saneamento; 
· Políticas de educação que têm papel relevante na promoção do DHAA. Maiores níveis de escolaridade estão relacionados a melhores índices de saúde. Desta forma, políticas de combate ao analfabetismo e educação básica contribuem para a garantia do DHAA; 
· Políticas específicas para povos e comunidades tradicionais, que são de fundamental importância para a garantia do DHAA destas populações, geralmente mais ameaçadas, tanto devido às suas características particulares e quanto às iniquidades sofridas historicamente.
Todo o investimento para melhoria do acesso e da qualidade dos serviços que compõem as Redes de Atenção à Saúde (RAS), em especial no âmbito da Atenção Básica (AB), com ampliação da cobertura populacional, reforma e construção de unidades básicas, provimento de profissionais e implementação de equipes de apoio matricial Núcleos de Apoio à Saúde da Família (COSTA,ET AL,. 2015).
3.5.1. Atenção Primária à Saúde e Estratégia de Saúde da Família
Inserido como uma estratégia inovadora, o PSF reorganizar a atenção primária no SUS, as prioridades das ações em saúde, e provocou mudanças nos demais níveis da atenção, colocando equipes multiprofissionais mais próximas da população e da comunidade. Em 2006, é reconhecida como uma Estratégia através da Portaria 648 (BRASIL, 2006). 
 A expansão do programa não foi uniforme apresentando diferenças importantes de cobertura, sendo mais elevadas nas regiões Nordeste e Sul do país. Com a criação do Piso da Atenção Básica 1998, e com as várias mudanças nos valores dos incentivos que se sucederam, o crescimento se efetivou em todas as regiões. (BRASIL, 2006).
Fonte: Sala de Apoio à Gestão Estratégica, Redes e Programas, Equipes de Saúde da Família, Ministério da Saúde, 2013
4. METODOLOGIA
Para realização deste trabalho, o tema foi Núcleo de Apoio à Saúde da família. A parte prática do trabalho foi realizada com pesquisas feitas via internet através de artigos científicos, cujo os termos foram de A estratégia saúde da família como objeto de educação em saúde, A construção de um novo modelo de assistência, Direito humano à uma alimentação adequada. Assim como na biblioteca virtual através de livros relacionados com o tema, as devidas estratégias e políticas aplicadas referente ao programa. As palavras chaves como: Saúde da Família, DHAA, Direitos Humanos, NASF, etc. 
Uma pesquisa de campo realizada para o devido trabalho via internet com a responsável técnica Cinthya Matilde Brasil do sistema de saúde do estado de Roraima, na data do dia 27/10/2020 . A entrevista está localizada na parte de Resultados e Discussão, no apêndice A mostra o local realizado para esta pesquisa e entrevista. 
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Questionário e respostas sobre o programa
· Superintendente de atenção básica e coordenadora do programa Estratégia Saúde da Família no município de Boa Vista, Estado de Roraima. Entrevista realizada de forma online via e-mail.
Uma atenção Primária visa a Promoção da Saúde, almejando a integralidade da assistência para família como um todo. O Programa Saúde da Família (PSF) pode até não solucionar os problemas sozinho, mas sua atuação pode ser ampliada para promover condições de vida digna e, consequentemente, saúde plena para a população.
 Os profissionais presentes para suporte ao Núcleo de Saúde a Família é composto por: assistentes sociais, profissional de educação física; farmacêutico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, profissional com formação em arte e educação (arte educador), nutricionista, psicólogo, terapeuta ocupacional, médico ginecologista/obstetra, médico homeopata, médico pediatra; médico veterinário; médico psiquiatra; médico geriatra; médico internista (clínica médica), médico do trabalho, médico acupunturista e profissional de saúde sanitarista, ou seja, profissional graduado na área de saúde com pós-graduação em saúde pública ou coletiva ou graduado diretamente em uma dessas áreas (BRASIL. Ministério da Saúde).
 Buscando cada vez mais uma promoção da qualidade de vida da população brasileira e intervindo em diversos fatores que colocam a saúde em risco, como falta de atividade física, má alimentação e o uso de tabaco. Sendo assim, tendo o objetivo de garantir um acesso e melhora nas condições de vida da população (BRASIL. Ministério da Saúde). 
 Para uma organização e desenvolvimento do processo de trabalho do Nasf, algumas ferramentas tecnológicas podem ser enumeradas, seja de apoio à gestão, como a Pactuação do Apoio, seja de apoio à atenção, das quais são exemplos: o apoio matricial (descrito anteriormente), a Clínica Ampliada, o Projeto Terapêutico Singular (PTS) e o Projeto de Saúde no Território (PST), a serem detalhadas nas linhas adiante (BOURGET, I. M. M. M., 2008).
 
6. CONCLUSÃO 
A saúde pública no Brasil vem sofrendo diversas transformações ao longo desses últimos anos são diversos novos programas e projetos que o governo federal vem implantando para melhorar a qualidade de vida das pessoas. A classe brasileira mudou de configuração, muitos saíram do meio rural e migraram para os grandes centros e com isso houve uma mudança de estilo de vida e hábitos alimentares, epidemias de obesidade, altos índices de pessoas com diabetes e hipertensão surgiram, a população brasileira está acima do peso e doente.
O ministério da saúde através do sistema SUS precisou elaborar estratégias de atendimento criando programas e projetos que beneficiassem essas pessoas levando saúde onde não existia, onde destacamos (DHAA) o direito à Saúde, o (PIDESC), relacionados a educação alimentar e nutricional pode sensibilizar os usuários quanto à alimentação. Hoje temos grupos de gestantes, idosos, crianças, hipertensos, diabéticos, pessoas com necessidades especiais e com dificuldade de locomoção que são atendidos pelas equipes desses programas.
A Estratégia Saúde da Família é um programa muito importante dentro das comunidades, a equipe multidisciplinar atende em média 3.000 a 4.000 pessoas desenvolvendo um trabalho importantíssimo no atendimento dessas pessoas. 
A ESF no município de Boa Vista, Estado de Roraima, vem com a proposta de reorganizar a atenção básica do país, utilizada como estratégia de expansão, qualificação e consolidação da atenção básica e baseada nos princípios de universalização, descentralização, integralidade e participação da comunidade, seu objetivo é promover a saúde e controlar os fatores de risco como tabagismo, sedentarismo e obesidade.
7. REFERÊNCIAS
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BURLANDY, L.; MALUF, R. S. Soberania Alimentar. In: CONSEA. Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. A Segurança Alimentar e Nutricional e o direito à alimentação adequada no Brasil: Indicadores e monitoramento, da constituição de 1998 aos dias atuais. Brasília, 2010. 
BOURGET, I. M. M. M. (Org.) Estratégia Saúde da Família: a experiência da equipe de reabilitação. São Paulo: Martinari, 2008.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica – Portal da Saúde, 2014.
CAMPOS, F. E. de. A desprecarização é urgente. Radis – Comunicação em Saúde, Rio de Janeiro, n.46, p.8-10, jun. 2006
CUTOLO, L. R. A. Estilo de pensamento em educação médica: um estudo do currículo do Curso de Graduação em Medicina da UFSC. 2000. Tese - UFSC, Florianópolis, 2013. 
Chilton M, Rose D. A rights-based approach to food insecurity in the United States. Am J Public Health. 2009;99(7):1203–1211.
Costa CGA, Garcia MT, Ribeiro SM, Salandini MFS, Bógus CM. Hortas comunitárias como atividade promotora de saúde: uma experiência em Unidades Básicas de Saúde. Cienc Saude Coletiva. 2015;20(10):3099–3110.
DA ROS, M. A. Estilos de pensamento em saúde pública: um estudo de produção FSP USP e ENSP Fiocruz entre 1948 e 1994, a partir da epistemologia de Ludwik Fleck. 2000. Tese (Doutorado em Educação e Ciência) - CED, UFSC, Florianópolis, 2000.
GIL, C. R. R. Formação de recursos humanos em saúde da família: paradoxos e perspectivas. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 21. n. 2, mar./abr. 2005. 
 
Http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/seguranca_alimentar/DHAA_SAN.pdf 
Johnson A, Goss A, Beckerman J, Castro A. Hidden costs: The direct and indirect impact of user fees on access to malaria treatment and primary care in Mali. Soc Sci Med. 2012;75:1786–92.
KEPPLE, A. W.; SEGALL-CORRÊA, A. M. Conceituando e medindo segurança alimentar e nutricional. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 16, n. 1 , p. 187-99, 2011. 
O Direito Humano à Alimentação Adequada” do livro Nutrição em Saúde Pública. (LEÃO, M. M.; RECINE, E. O direito humano à alimentação adequada. In: TADDEI, J. A.; LANG, R. M. F.; LONGO-SILVA, G.; TOLONI, M. H. A. Nutrição em Saúde Pública. São Paulo: Rubio, 2011.
PACHECO, M. E. L. O cultivo da diversidade para a soberania e segurança alimentar e nutricional. In: CONSEA. Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. A Segurança Alimentar e Nutricional e o direito à alimentação adequada no Brasil: Indicadores e monitoramento, da constituição de 1998 aos dias atuais. Brasília, 2010.
Ramírez NA, Giovanella L, Romero RV, Silvad HT, Almeida PT, Ríos G, et al. Mapping primary health care renewal in South America. J Fam Pract. 2016;33(3):261–7.
Rodríguez SO, García AMN. Estado de la nutrición materno-infantil en la provincia de Camagüey. Rev Cubana Aliment Nutr. 2013;23(2):284–296
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VALENTE, F. L. S. Do combate à fome à Segurança Alimentar e Nutricional: o direito humano à alimentação adequada. In:_______. Direito humano à alimentação adequada: desafios e conquistas. São Paulo: Cortez Editora, 2002, p.40-43.
8. APÊNDICE A 
Foto do local da Unidade de Saúde de Boa Vista, Roraima;
Fonte: Prefeitura de Boa Vista; Google Fotos, 2020.

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