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de Cxiôta 1.Qual o significado de Cristologia? R: E o estudo da Pessoa e Obra de Cristo ou a doutrina de Cristo. CRISTO (grego): Ungido. LOGIA (grego): Estudo, tratado. 2. Quais as naturezas de Cristo? Prove-as na Bíblia. R: Suas naturezas são a divina e a humana. a) N atureza divina de Cristo ou deidade de C risto: Jesus tinha conhecimento da sua própria deidade (Jo 3.12,13, 8.58, 14.9,10). Assumiu prerrogativas divinas: Onisciência e Onipresença (Mt 18.20, capacidade para saber que estão reunidos sem Nome e de se fazer presente); Poder para perdoar pecados (Mc 2.5-7); Poder para ressuscitar mortos (Jo 6.39,40); Proclamou-se Juiz e Á rb itro do destino dos hom ens (M t 25 .31 ,32 ; Jo 5.22); Conhecimento do futuro (Jo 18.4); Controle sobre a natureza ou criação (Mc 4.39). A Bíblia declara a sua deidade (Is 9.6; Jo 1.1-3,20.28; Fp 2.6; Tt 2.13). Seu nome é colocado em igualdade com o Pai e o Espírito Santo (M t 28.19; II Co 13.13). b) Natureza hum ana de C risto: Jesus chamou-se e foi chamado homem (Jo 3.14; At 2.22, 7.56; Rm 5.15 e lT m 2.5). Jesus possuía elem entos essenciais da natureza hum ana, isto é, um corpo natural e um a alma racional (Mt 26.38; Lc 24.39; Jo 11.33; Hb 2.14). Jesus tinha características que pertenciam à natureza humana. Sentiu fome (M t 4.2); sentiu cansaço (Mt 8.24; Jo 4.6); sede (Jo 19.28); sentia am or (Mc 10.21) e sentia indignação-(Mc 3.5). 49 Jesus estava sujeito às leis de desenvolvimento. Cresceu fisicamente (Lc 2.40,42, 3.23); Foi tentado (Hb 2.18) e processo de aprendizado (Hb 5.8). Padeceu e morreu (Lc 22.44; Jo 19.30,33). Sua humanidade foi íntegra ou perfeita. Foi sobrenaturalmente concebida (Lc 1.34,35); sua na tu reza se revela livre de depravaçâo (Jo 8.46; II Co 5.21; Hb 4.15; I Pd 1.19). Sua natureza humana cresceu juntamente com a natureza divina. Ele é o Deus-Homem. 100% Deus e 100% Homem. A união destas duas naturezas é indissolúvel (Hb 7.24-28). com respeito a seu Filho, o qual, segundo a carne, veio da descendência de D avi...” (Rm 1.3) 3. Como o verbo se fez carne? R: l*or obra do Espírito Santo no ventre de M aria (Mt 1.21-25; Lc 1.34,35). 4. Havia possibilidade de Jesus pecar? R I sta pergunta é bastante delicada e alvo de debates teológicos. I ’< >i lauto, uma resposta superficial deixaria muito a desejar. Quanto i ' i “ impccabilidade de Cristo” (o fato de que Ele nunca cometeu pecado) é ponto pacífico. A Bíblia atesta a sua impecabilidade: “Quem dentre vós me convence de pecado?” (Jo 8.46) “... foi Ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado” (Hb 4.15, conferir Hb 2.18). A questão é: Havia possibilidade? Há os que admitem esta possibilidade e argumentam que "Ele era livre para obedecer ou desobedecer' e que “A Bíblia exalta a sua obediência e isto é uma evidência desta possibilidade”. Citam Fp 2.8 e Rm 5.19b como base bíblica. Outros não admitem tal possibilidade. E argumentam que “Cristo não p o ssu ía lim itaçõ es m orais d ev id as ao pecado ou que envolvessem a possibilidade de pecar” (Teologia Elementar, E. H. Bancroft, pág. 111). “As Escrituras não autorizam o ensino de que o nosso Senhor poderia ter pecado... As Escrituras cham am -nO de 'o Santo’. Em sua qualidade, era a santidade de Deus. Visto que sua qualidade era a santidade de Deus, não podia haver pecado em ‘o Santo’, nem tendência para pecar. Essa santa natureza humana sem pecado estava indissoluvelm ente ligada à Personalidade do Filho. Sua natureza hum ana não poderia ter pecado sem o consentim ento de Sua Personalidade ímpar; essa Personalidade teria de dizer ‘Q uero’ ao pecado. Mas, visto que a Personalidade de nosso Senhor Jesus C risto é a P ersona lidade de Deus, era im possível que essa Personalidade consentisse em pecar. Visto que Sua Personalidade não podia consentir em pecar, era impossível que Ele, em sua n a tu re z a h u m a n a (já que Sua n a tu re z a h u m a n a e s ta v a inseparavelmente ligada à Sua Personalidade), viesse a pecar” - Haldemam (Teologia Elementar, E. H. Bancroft, pág. 112). COMENTÁRIO O posicionamento a favor da impossibilidade de Jesus pecar tem maior aceitação no meio teológico. A natureza divina era a sustentação da sua natureza humana. Jesus não possuiu uma natureza pecaminosa. Adm itirm os a possibilidade de Jesus pecar é como adm itirm os a possibilidade de que o Pai ou o Espírito Santo possam pecar. Ele não pecou porque sua personalidade não consentiu e jamais consentiria com o pecado. Este posicionamento não anula a sua obediência tão exaltada nas Escrituras Sagradas. 5. Quantas naturezas tinha Cristo na eternidade antes da encarnação? R: Uma. A divina. 6. Quantas naturezas tem Cristo após a ressurreição? R: Duas. Divina e humana. 7. E agora, depois de ter sido glorifícado? R: Duas. Divina e humana (humana glorificada, At 7.55,56; Hb 1.3,4). Como já vimos, a união destas duas naturezas é indissolúvel (Hb 7.24-28). 8. Quais os conceitos errôneos sobre a Pessoa de Jesus Cristo que surgiram no decorrer da história, principalmente nos primeiros séculos? R: a) Os ebionitas (107 d. C.): Negavam a realidade da natureza 11 i vi na de Cristo. Segundo seus ensinos, Cristo era somente homem, mas possuía uma relação muito íntima com Deus. !>) Os docetas (70 a 170 d. C): Negavam a humanidade de Cristo. Para eles o mal residia na matéria, e visto que Jesus não tinha pecado, logo, não tinha também corpo material. Seu corpo era apenas aparente, e não real (doketes, de dokein, grego, que significa parecer). c) O arianismo (325 d. C.): Ário foi o fundador desta teoria e negava a integridade da natureza divina de Cristo. O Verbo, que se fez carne, segundo o Evangelho de João. não era Deus. senão um dos seres mais altos do Criador, era apenas uma criatura. Ário negava a integridade, a perfeição da natureza divina de Cristo. d) A teoria de Apolinário (381 d. C): Negou a integridade da natureza humana de Cristo. Segundo Apolinário, Cristo não tinha mente humana, o que Ele tinha de humano era o corpo e o espírito. O Verbo que se fez carne tom ou o lugar da mente, e por isso Cristo não era homem perfeito. e) A teoria de N estório (431 d. C.): N estório negava a união verdadeira entre as duas naturezas de Cristo. Ele atribuía a Cristo duas partes ou divisões, uma hum ana e outra divina. Quando estava dorm indo era a parte hum ana que dormia. Mas quando acordava e repreendia os ventos, era a parte divina que estava em ação. í) A teoria de Eutiques (451 d. C.): Segundo Eutiques, as duas naturezas de Cristo fundiam-se de m aneira que form avam uma terceira natureza, que nem era divina nem hum ana. Para ele, Jesus não era hum ano e nem tampouco divino. COMENTÁRIO Por séculos ocorreram fortes tensões teológicas a respeito de Jesus- Deus-Homem. Uns acentuaram a divindade e outros a humanidade. A escola de Alexandria, no Egito enfatizava a divindade enquanto a de A ntioquia a humanidade. Foi um erro a ênfase unilateral destas duas escolas. Para resolver este problem a teológico foi convocado o Concilio de Calcedônia, cidade perto de Constantinopla, no ano de 451. Este Concilio “escolheu um caminho entre os de A lexandria e An! loquia... destacando a completa divindade de Cristo e a completa humanidade de Cristo e a unidade da Pessoa de Cristo" (A História • Ias I )outrinas, pág. 49 - William S. Smith). Ou seja. em Cristo há «.luas naturezas, divina e humana, em uma Pessoa. Mesmo após este im portan te Concilio ainda perm aneceram controvérsias por parte das duas escolas unilaterais. O arianismo sustenta “a dualidade das naturezas a ponto de romper a unidade i lc pessoa e predomina a natureza humana de Jesus, ficando a divindade extrínseca e paralela” (escola de Antioquia, pág. 7). No mundo medieval encontramos a escola tom ista (Tomas de Aquino) que preferencialm ente pensa Jesus a partir de sua divindade e a escola franciscana, a partir de sua humanidade. N os li mpos modernos se falade uma cristologia descendente (Deus que se encarna) e uma ascendente (o homem Jesus que lentamente viu revelando sua divindade). Como vemos, as tensões teológicas a respeito de Jesus Cristo sempre existiram e existirão. Somente nas Escrituras Sagradas encontrarem os o fundam ento seguro para com preenderm os a Maravilhosa Pessoa de Jesus Cristo. Quais os ofícios de Cristo? Prove-os na Bíblia. Iv Proleta, Sacerdote e Rei. .1) Profeta: Como Profeta o Senhor Jesus não apenas predisse o luluro, mas representou Deus diante dos homens, como é o principal trabalho dos profetas. Interpretar os atos e os planos de Deus e fazer conhecida aos homens a sua vontade. M oisés IaIou a respeito de Jesus com um Profeta (Dt 18.15; At 3.22,23). ( )s profetas no Antigo Testamento usavam a expressão “Assim diz o Senhor” e Jesus dizia “Eu porém vos digo” (Mt 5.22). h) Sacerdote: O sacerdote representa os homens diante de Deus enquanto o profeta representa Deus diante dos homens. Jesus realizou o ofício de Sacerdote com perfeição oferecendo a si 54 mesmo como Cordeiro imaculado (Hb 4.14. 9.28. 10.11.12; I Pd 1.19; Ap 5.6). c) O Rei: Cristo há de reinar sobre todas as coisas, assim no céu como na terra. Seu reinado é citado tanto no Antigo quanto no Novo Testam ento (SI 2.6-8; Mt 25.31, 28.18). Nenhum rei governou e governará com a autoridade, justiça e perfeição do Rei dos reis (Ap 17.14, 19.16). 10. Quais os estados de Cristo? Prove-os na Bíblia. R: Humilhação e exaltação. a) Humilhação: O Verbo preexistente fez-se homem (Jo 1.14). Deixou a glória divina (Jo 17.5). A ssum iu a form a de servo (Fp 2.6-8). Submeteu-se ao Espírito Santo (M t4.1; At 1.2, 10.38; Hb 9.14). Deixou de usar seu poderes (Lc 23.35). E quando m orreu na cruz (Fp 2.8). b) Exaltação: Sua exaltação se deu em duas fases: 1. A ressurreição ao terceiro dia (Lc 24.6,7; I Co 15.3,4). 2. A ascensão (At 1.9, 7.55; Fp 2.9-11 e Hb 1.3,4). 11. Qual o significado dos Nomes Jesus, Cristo, M essias e Em anuel? R: - Jesus (grego): Salvador (Lc 1.31). Cristo (grego): Ungido (Mt 16.16). M essias (heb.): Ungido (Jo 1.41, 4.25). Emanuel (heb.): Deus Conosco (Is 7.14; Mt 1.23). 12. É possível provar a preexistência de Cristo antes da sua encarnação? R: Sim. No Novo Testamento Ele é apresentado como o Verbo que estava com Deus antes da encarnação (Jo 1.1,2). E participou da criação do universo (Jo 1.3; Hb 1.2, 11.3 e Cl 1.15-17). No Antigo Testamento se manifestava como o Anjo do Senhor. Manifestou-se a M oisés na sarça ardente (Ex 3.2,4,6,14); a Josué çomo príncipe do exército do Senhor e foi adorado (Js 5.14); a Jacó como um homem (Gn 32.24,29,30); a Gideão com o Anjo do Senhor (Jz 6.22) e a M anoá pai de Sansão (Jz 13.16-18,22). 13. Quais as profecias no Antigo Testamento a respeito da ressurreição de Jesus? R: No SI 16.8-10; Os 6.2; Jn 1.17. Jesus confirm a Jonas como uma profecia a respeito da sua ressurreição em Mt 12.40. “e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Kscrituras”(I Co 15.4). 14. Qual o sentido da expressão “O Primogênito de toda a criação” em Colossenses 1.15? A Bíblia estaria dizendo que Jesus foi criado? R: Não. Este texto não quer dizer que Jesus é o primeiro a ser criado, como alegam as testemunhas de Jeová, colocando-o como uma criatura, negando assim a sua d iv indade tão clara nas Escrituras. Primogênito aqui tem o sentido de ser o herdeiro de todas as coisas. O contexto coloca a Pessoa de Jesus como criador e sustentador que são obras divinas e não de um a criatura. 56 “Ele é antes de todas as coisas. Nele tudo subsiste.” (Cl 1.17) 15. Quais os tipos de Cristo no Antigo Testamento? R: - Adão (Gn 2.21). “pesado sono” aqui sim boliza a morte de Jesus na cruz. M elquisedeque (Gn 14.18-20). Isaque (Gn 22). José (Gn 37.28). - M oisés (Dt 18.15). Josué (Nm 13.8; Dt 32.44). - Davi (SI 89.35-37). - Ciro (Is 44.28). Eliaquim (Is 22.20-25). “pois, nele, foram criadas todas as coisas...” (Cl 1.16)
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