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Figura 22.2 Diferentes padrões de resultados de testes de função tireoidiana e suas causas em condições patológicas e fisiológicas. (Adaptada de Cooper et al., 2007.)2 Contrastes iodados Contrastes radiológicos iodados são os agentes mais potentes na inibição da conversão periférica de T4 para T3, em função da inibição das deiodinases tipo 1 e tipo 2. A diminuição dos níveis séricos de T3 se acompanha de elevação na secreção de TSH. A exemplo da amiodarona, esses contrastes iodados também diminuem a ligação do T3 a seu receptor, possibilitando seu uso em situações clínicas como a crise tireotóxica.4 Dopamina e dobutamina Tanto a dopamina quanto a dobutamina causam supressão do TSH logo após a administração de doses usadas com frequência em terapia intensiva. Apesar disso, o tratamento crônico com agonistas dopaminérgicos não causa hipotireoidismo em pacientes em estado crítico. Após sua suspensão, o TSH retorna aos níveis anteriores em 24 a 48 horas.4,43 Interferon e interleucinas As manifestações tireoidianas induzidas pelo uso de interferon-α podem ser divididas em tireoidites autoimunes e não autoimunes. Elas são causadas pela indução ou exacerbação da doença autoimune ou por ação direta destrutiva na glândula tireoidiana, respectivamente. As tireoidites autoimunes são mais comuns em mulheres, em pacientes com anticorpos antitireoidianos positivos antes do início do tratamento e em portadores de hepatite C.4,44 Carbonato de lítio A terapia com carbonato de lítio pode resultar em hipotireoidismo ou, mais raramente, em hipertireoidismo.45,46 O tratamento a longo prazo com lítio resulta em bócio em cerca de 50% dos pacientes, hipotireoidismo subclínico em 20% e hipotireoidismo franco também em 20%.46 Essa disfunção é mais frequente em pacientes com tireoidite de Hashimoto.46 Outros fármacos Graus variados de hipotireoidismo foram relatados em 14 a 85% dos pacientes tratados com sunitinibe e, menos frequentemente, com outros inibidores de tirosinoquinase (sorafenibe e motesanibe).47 A terapia com GH recombinante humano pode determinar redução dos níveis de T4 em função do aumento da conversão periférica desse hormônio em T3 e T3 reverso.48 Mais recentemente, tem sido relatado que o uso de biotina em doses muito elevadas pode interferir com a dosagem de hormônios em cuja leitura se utilize um sistema de detecção fluorescente contendo biotina-estreptavidina. De fato, com o uso de imunoensaios competitivos, podem ser observadas falsas elevações do T4 e T3 livres, supressão do TSH e, mesmo, aumento do TRAb, simulando o diagnóstico de doença de Graves. Em contraste, valores falsamente baixos podem ser observados quando se empregam ensaios imunométricos (tipo sanduíche).49,50 Muitas pessoas têm tomado megadoses de biotina (também chamada vitamina B7, vitamina H e coenzima R) na crença de que ela seja um contribuinte-chave para a queratina e, assim, possa melhorar cabelos, unhas e pele. A Figura 22.2 traz a representação esquemática de diferentes padrões de resultados de testes de função tireoidiana e suas causas em condições patológicas e fisiológicas. file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(159).html#bib2 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(159).html#bib4 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(159).html#bib4 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(159).html#bib43 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(159).html#bib4 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(159).html#bib44 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(159).html#bib45 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(159).html#bib46 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(159).html#bib46 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(159).html#bib46 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(159).html#bib47 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(159).html#bib48 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(159).html#bib49 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(159).html#bib50 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Text/chapter22.html#ch22fig2 Endocrinologia Clinica - Vilar 6 edicao