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AULA 3 GESTÃO ESTRATÉGICA DA INOVAÇÃO TEMA 1 – COMPREENDENDO O CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL PARA INOVAÇÃO Para que possamos entender a abrangência, as implicações e a importância do conhecimento organizacional em instituições de diversas naturezas, é necessário diferenciar duas concepções, que envolvem o conhecimento organizacional como objeto e como processo. Na prática, tal distinção é fundamental para aferir a natureza das ações e o tratamento dado ao conhecimento nas empresas, que findam pendendo para uma das duas concepções. “Ao examinarmos a literatura, observamos que uma parte dos estudos trata o conhecimento como um objeto a ser produzido, adquirido, usufruído, ou seja, como se fosse um equipamento ou uma ferramenta de produção” (Possoli, 2012, p. 94). Ao analisarmos o conhecimento organizacional como processo, a gestão do conhecimento pode ser entendida como um conjunto de ações que sistematizam uma base de saberes, em operação por iniciativas de aprendizagem organizacional. Dessa forma, a construção do conhecimento organizacional abarca inputs científicos, assim como envolve construções sociais. Assim, por intermédio desses inputs científicos e de construções sociais, acontecem a disseminação e a aplicação do conhecimento apropriado pela organização. A função fundamental da construção do conhecimento no processo de gestão deve conter a interface entre o paradigma científico e o paradigma social para a efetivação desse processo. Por meio de diversos estudos organizacionais, é possível perceber que as organizações são incapazes de funcionar com base na informação e no conhecimento, pois falham em tentar descobrir informações e conhecimentos de que necessitam, além de não saberem administrá-los. O que acontece é que as organizações afirmam praticar a gestão do conhecimento, quando, na verdade, praticam a gestão estratégica da informação. Isso se deve ao fato de existir uma controvérsia acerca da terminologia da área de gestão do conhecimento. Nonaka e Takeuchi (2013), em seus estudos sobre conhecimento organizacional, descrevem que a criação desse conhecimento ocorre em uma espécie de espiral, de modo que seu início está nos sujeitos e percorre um caminho até chegar nos grupos que integram as suas principais comunidades de 2 interação. Assim, essas comunidades acabam por extrapolar as diversas fronteiras organizacionais, até atingir nível superior da interorganização. Segundo os autores, nesse modelo, o conhecimento é convertido de quatro formas: 1. Socialização: processo de conversão de novos conhecimentos tácitos por meio de experiências compartilhadas em interações sociais e técnicas. 2. Externalização: processo-chave na criação do conhecimento, à medida que converte conhecimento tácito em explícito. 3. Combinação: conversão do conhecimento tácito em explícito para a sistematização de conceitos com um sistema de conceitos, gerando novos significados. 4. Internalização: processo de conversão do conhecimento explícito em tácito, expandindo o escopo da experiência por meio do aprender fazendo. Nota-se que o processo de aquisição do conhecimento é longo e sistemático, e, por conta disso, necessita de uma boa gestão para que informações desnecessárias não venham a atrapalhar os processos organizacionais. É fundamental filtrar as informações para que o conhecimento seja realmente necessário para a organização. Vejamos, na sessão seguinte, como fazer uma boa gestão do conhecimento que reflita em um alto desempenho organizacional. TEMA 2 – GESTÃO DO CONHECIMENTO PARA A INOVAÇÃO Para conceituar a gestão do conhecimento e suas inter-relações com a inovação, é necessária uma reflexão sobre os conceitos de dados, informação e conhecimento, já que o conhecimento deriva da informação, assim como esta, dos dados. No meio empresarial, o conhecimento é descrito como a combinação de dados e informações carregados de expertise, habilidades e experiências para a valorização dos ativos de apoio ao processo decisório. Assim, conhecimento envolve um conjunto de elementos que o tornam algo complexo. Para isso, sugere-se que o seu processo de desenvolvimento seja organizado, fazendo com que os resultados sejam de mais fácil compreensão. De forma genérica, dado é um tipo de informação em seu estágio inicial, bruto, algo exato e que não traz um significado em seu primeiro momento, mas que, após análise, é fundamental para a construção da informação e do 3 conhecimento. A informação, por outro lado, pode ser entendida como uma mensagem que contém dados significativos, a qual pode ser audível ou visível, em que há um emissor e um receptor. Dessa maneira, informações podem, potencialmente, gerar conhecimento. É imprescindível, portanto, que as organizações adotem alguns conceitos básicos e determinantes, por mais que eles sejam complexos. Exemplos disso são justamente os conceitos de dado, informação e conhecimento: • � Dado: engloba simples observações sobre o estado do mundo; • � Informação: dado dotado de relevância e propósito; • � Conhecimento: informação valiosa da mente humana; engloba reflexão, síntese e contexto. Por mais que essa discussão de cunho filosófico seja interessante e necessária, as organizações e demais estudos não chegaram a elaborar quaisquer distinções amplamente aceitas e válidas sobre dado, informação e conhecimento. Tais questões têm sido debatidas sem consenso desde a época dos filósofos pré-socráticos até os dias atuais. No entanto, é imprescindível que a discussão terminológica se transforme em uma discussão conceitual, que resulte em um entendimento amplo sobre a área, suas fronteiras e sua abrangência. Conhecimento pode ser classificado de inúmeras maneiras. No âmbito empresarial, podemos destacar dois tipos: 1. Conhecimento explícito: conhecimento transmitido, codificado, sistematizado e formalizado mais facilmente entre os sujeitos, já que pode ser verbalizado, descrito, especificado em manuais ou em expressões. 2. Conhecimento tácito: conhecimento pessoal incorporado à experiência individual e que envolve fatores intangíveis, como, por exemplo, crenças pessoais, perspectivas, sistemas de valor, intuições, emoções, habilidades (Nonaka; Takeuchi, 2013). É considerado uma fonte importante de competitividade entre as organizações. A criação do conhecimento no contexto da empresa é resultado da interação e da complementariedade entre os conhecimentos tácito e explícito. Levando em consideração essa interação, a gestão do conhecimento pode ser definida como “processo sistemático de identificação, criação, renovação e a aplicação dos conhecimentos que são estratégicos na vida de uma organização” (Corsatto; Hoffman, 2011, p. 24). 4 Gerir o conhecimento é administrar os ativos do conhecimento das organizações, ou seja, a gestão do conhecimento permite à organização saber o que ela sabe. Podemos ainda definir gestão do conhecimento como a gestão de atividades e processos, de modo a elevar os níveis de competitividade organizacional, levando ao desenvolvimento de novos conhecimentos essenciais para a criatividade desenvolvida pelas pessoas nas empresas. A gestão do conhecimento pode indicar a forma como os processos desenvolvidos pelas organizações ocorrem, bem como auxiliar no processo de tomada de decisão, gerando, assim, uma prática positiva que agrega valor a todos os âmbitos organizacionais. Para que isso ocorra, são necessárias práticas de gestão que criem um ambiente para o desenvolvimento de processos criativos e favoreçam o aprendizado individual e coletivo. É por isso que a gestão do conhecimento é um processo corporativo, focado na estratégia empresarial e que envolve a gestão das competências, a gestão do capital intelectual, a aprendizagem organizacional, a inteligência empresarial e a educação corporativa. Vamos compreender cada um desses itens separadamente: • � Gestão das competências:compreendida como uma estratégia de gestão de pessoas baseada em competências essenciais para o exercício das atividades requeridas. • � Capital intelectual: é o somatório do conhecimento de todos os agentes envolvidos em uma organização, de forma a proporcionar vantagens competitivas, criado pelas inter-relações das seguintes categorias: capital humano, capital estrutural, capital de clientes, capital organizacional, capital de inovação e capital de processo. • � Aprendizagem organizacional: capacidade dos indivíduos de uma organização de absorver e utilizar conhecimentos disponíveis no ambiente organizacional. • � Inteligência empresarial: modificação de informações importantes em conhecimento estratégico, preciso e útil para a empresa. Consiste na criação de informações do ambiente externo das organizações para permitir que a empresa se antecipe em relação às tendências do mercado. • � Educação corporativa: processos de ensino constante desenvolvidos pelas grandes corporações com o objetivo de atualização de seu pessoal. 5 Como visto, muitas são as ações que uma empresa inovadora deve tomar, e criar um ambiente propício para que esse processo ocorra é fundamental. Vamos compreender como o conhecimento e a aprendizagem gerados na organização corroboram a inovação das empresas. TEMA 3 – CONHECIMENTO E APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL Buscar inovação contínua, por intermédio do desenvolvimento de novos processos e produtos, da implementação de tecnologias avançadas, da gestão da qualidade, da diferenciação perante a concorrência, do posicionamento da marca, entre outras formas, é uma atitude que visa garantir altos níveis de eficácia, competitividade e produtividade nas organizações. Tal ação implica a constante criação de conhecimentos e a habilitação tecnológica, que são efetivadas por meio de práticas de aprendizagem organizacional. Essa aprendizagem, por sua vez, é entendida como o processo mais significativo para a inovação tecnológica. A aprendizagem organizacional pode ser compreendida como uma maneira de mudar as ações já estabelecidas pela empresa, processo este resultante da prática ou experiência anterior. Aprender no ambiente organizacional significa compreender os eventos e princípios, aprimorar- se com as situações passadas e discuti-las, visando guiar as ações futuras, em um processo constante de ação-reflexão. A aprendizagem organizacional tem a inovação como principal objetivo, na qual as pessoas aprimoram continuamente suas capacidades, trabalhando em conjunto na busca por soluções dos mais diversos níveis de complexidade. Nesse contexto, organizações que aprendem ou organizações de aprendizagem são aquelas que praticam a aprendizagem organizacional. Elas desenvolvem a capacidade de construir, obter e repassar conhecimento, além de alterar comportamentos. Organizações de aprendizagem desenvolvem habilidades para agir em cinco atividades básicas: 1. resolução sistemática de problemas; 2. experimentação de novas abordagens; 3. aprendizagem com base na própria experiência e história passada; 4. aprendizagem por meio de experiências e melhores práticas de outros; e 5. transferência do conhecimento de forma rápida e eficiente por toda a organização (Possoli, 2012). 6 Além disso, essas empresas têm dentro de si o embrião da aprendizagem e da inovação. Nelas: i. aprende-se coletivamente; ii. lapida-se e extrai-se o que há de mais valioso em cada indivíduo; iii. compartilham-se conhecimentos e experiências com todo o grupo. Isso faz com que as organizações que aprendem sejam reflexivas e questionadoras, proporcionando um terreno fértil para a inovação. Uma organização de aprendizagem apresenta critérios especiais no que diz respeito à equipe de trabalho. Ela é formada por colaboradores que buscam e constroem soluções para problemas, anseiam por novidades e desejam integrar setores da empresa em que trabalham (Possoli, 2012). Esses atributos são essenciais para a inovação, e se materializam em cinco disciplinas (domínio pessoal, modelos mentais, visão compartilhada, aprendizado em equipe e pensamento sistêmico), que constituem um aporte de práticas de aprendizagem. Essas práticas, por sua vez, possibilitam as mudanças pessoais e a aquisição de novas habilidades e conhecimentos, assim como novas vivências e estágios de consciência. Organizações estruturadas para a aprendizagem adotam práticas de capacitação e aprimoramento de seus colaboradores e, dessa forma, elevam sua capacidade de inovar e mudar. Essas empresas não são criadas rapidamente, afinal, é o pensamento sistêmico que irá organizar o processo de inovação, sendo necessário ressaltar como processos essenciais para a aprendizagem organizacional a transmissão e a propagação de saberes, informação e habilidades. De acordo com o Manual de Oslo (OECD, 2015), devemos considerar os aspectos humanos, culturais e sociais como decisivos para que a inovação aconteça eficientemente nas organizações. Isso porque tais aspectos interferem expressivamente no aprendizado organizacional, no que diz respeito à fluidez da comunicação interna, às interações informais no ambiente de trabalho, à colaboração e aos meios de transferência de habilidades e informações, e, assim, a aptidão para inovar está sujeita às estratégias de aprendizagem, que se concretizam por meio da troca e da construção de conhecimento dentro e fora da empresa. Diante desse contexto, deve-se considerar a atualidade e relevância dos modelos organizacionais em rede como mais apropriado [sic] para uma aprendizagem integrada, que visa à construção de conhecimento e inovações. As estruturas em rede são mecanismos indispensáveis para: (1) a otimização de recursos organizacionais; (2) o incremento do 7 potencial tecnológico na criação de inovação; e (3) o aumento da capacitação de incorporação de know-how. (Van Aken; Weggeman, 2000) Dessa maneira, a estrutura organizacional como ambiente em rede, em diversos graus e aplicações, auxilia na flexibilização das relações interpessoais, potencializa a partilha e a construção coletiva de saberes entre pessoas e empresas, favorecendo, dessa maneira, a geração de conhecimento e inovações tecnológicas. TEMA 4 – GESTÃO DE FONTES EXTERNAS DE INFORMAÇÃO PARA INOVAÇÃO O desenvolvimento de uma estratégia de inovação deve compreender os objetivos que se pretende alcançar, quais são os recursos disponíveis para esses processos e o resultado do produto em si. Para isso, é imprescindível que a organização saiba quais são suas fontes de recursos, internos e externos, pois é essa busca que delineará as estratégias de decisão para que os objetivos sejam alcançados. Sugere-se, então, uma gestão integrada ao processo de inovação para que haja melhores chances de alcançar o sucesso e o desenvolvimento no nível esperado, resultado este de uma empresa inovadora e com um modelo de negócio com poder de alcançar novos mercados. Com o passar dos anos, a busca por tecnologias externas está aumentando, principalmente nas empresas com um setor dedicado a pesquisa e desenvolvimento, o que leva as organizações a criarem uma rede de contatos e relacionamento com essas fontes de tecnologias. No entanto, por trás desse processo deve haver uma estratégia bem- delineada para saber exatamente quais as melhores fontes dessas tecnologias e como elas podem, de fato, colaborar para o desenvolvimento organizacional. Na comunidade acadêmica, há muitos trabalhos que tiveram como objetivos as principais fontes de informação e como esta está correlacionada à inovação organizacional. Um exemplo apresentado por Gomes e Kruglianskas (2009) é o setor de telecomunicações, em que foi possível identificar que as fontes mais comumente utilizadas pelas empresas são os departamentos de pesquisa e desenvolvimento (P&D), as universidades, os institutos de pesquisa, bem como a 8 participação em conferências, simpósios, feirase exposições, fornecedores, entre outros. No entanto, cada um desses elementos apresenta níveis de utilização, sendo os departamentos de P&D os mais utilizados pelas organizações, enquanto os fornecedores são os menos utilizados. Outro exemplo citado pelos autores diz respeito às fontes externas ligadas ao mercado. Esse exemplo cita as atividades de inovação das empresas inglesas, as quais definem as relações com seus fornecedores de acordo com a sua necessidade de inovação, ou seja, escolhem parceiros estratégicos que permitem um processo de inovação mais assertivo. Além desse contato com fornecedores estratégicos, empresas inovadoras optam por buscar informações relevantes a partir da aquisição de tecnologias, ou seja, troca de informações sobre como um produto ou serviço funciona e como esses detalhes podem auxiliar no desenvolvimento organizacional. Isso indica que somente olhar para outras empresas ou parceiros para saber como inovar não é suficiente. É preciso estruturar uma equipe de gestão com uma percepção acurada dos mais simples até os mais complexos artefatos para compreender, em sua totalidade, como funcionam o processo de inovação adotado por essas empresas e as tecnologias utilizadas. Compreende-se, então, que nem toda informação é relevante ou necessária para os objetivos impostos pela empresa que busca esse conhecimento. No entanto, essa capacidade de a empresa expandir o seu escopo de conhecimento a partir de suas fontes e parceiros está diretamente ligada ao seu poder de relacionamento, seja este formal ou informal. Essa relação determina as ações que a empresa deve adotar a partir de práticas exercidas por outras empresas. Porém, poucas são as empresas que têm a capacidade de fazer uma análise de todos os processos adotados e de como aplicá-los no seu contexto atual. De acordo com Gomes e Kruglianskas (2009, p. 175), “dentre as principais vantagens no uso de fontes externas, destacam-se: a criação de novas oportunidades, resultados mais rápidos e eficazes, diminuição dos custos da inovação, maior facilidade na definição de prioridades e estímulo à inovação interna”. Dessa forma, podemos compreender melhor a importância da gestão das fontes de informação externas à organização. Ter boas fontes não é suficiente 9 para inovar: é preciso saber gerir as informações e analisar como elas podem servir como recurso fundamental para o desenvolvimento da empresa. TEMA 5 – AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO INOVADOR Como vimos anteriormente, fontes externas de inovação são fundamentais para o desenvolvimento da empresa que tem a inovação como elemento principal nas suas ações do cotidiano. No entanto, alguns indicadores desenvolvidos por estudiosos da área apontam qual elemento é, de fato, relevante no processo de gestão da inovação. O primeiro ponto a destacar é a disponibilidade das informações, já que esse critério é fundamental para que a empresa possa acessá-las sem grandes problemas. Essa facilidade em adquirir informações faz com que a empresa reduza seus custos da obtenção de recursos, principalmente se ela está inserida em um ambiente de alta tecnologia, no qual estas mudam constantemente. Assim, cria-se um valor a partir do momento em que a empresa acessa informações de forma rápida e contínua. Outro critério diz respeito à capacitação tecnológica da empresa, que pode ser medida pela infraestrutura, à capacitação dos recursos humanos envolvidos em P&D, às fontes externas de aquisição de tecnologia e aos resultados alcançados (Gomes; Kruglianskas, 2009). Um terceiro ponto trata das dificuldades para a análise do comportamento inovador das empresas, a qual consiste na disponibilidade de dados, que podemos entender a partir dos seguintes critérios: a importância dos resultados da inovação em termos de faturamento, os efeitos da inovação no modo de a empresa conduzir o negócio e a proteção dos resultados da inovação (patentes e métodos de proteção similares). O faturamento não é por si só uma medida de sucesso na empresa. Um alto valor de faturamento não implica necessariamente alto desempenho. Porém, não obstante, constitui-se em uma mensuração de resultado. A medida de faturamento pode ser analisada em relação à atividade de inovação das empresas. Os principais efeitos da atividade de inovação, segundo os dados obtidos na pesquisa, são relacionados ao produto. A proporção de empresas com atividade de inovação que consideraram que sua atividade de inovação teve significativo impacto foi mais alta entre as empresas do setor industrial. Os dados evidenciaram, também, alta proporção de empresas com atividade de inovação que solicitaram o registro de pelo menos uma patente para proteger invenções ou inovações. (Gomes; Kruglianskas, 2009, p. 177) Nesse sentido, é uma falácia associar tecnologia e competitividade, pois, para existir uma empresa competitiva por meio da tecnologia, é fundamental, entre esses processos, a inovação, que transforma o potencial da empresa em bens 10 econômicos. Segundo Gomes e Kruglianskas (2009, p. 177), “esse processo fundamental consiste em dominar tecnologias adaptadas, para apoiar a capacidade de inovar e realizar a inovação para construir a competitividade por meio de aplicações que correspondem às necessidades da clientela”. Dessa forma, para organizações inovadoras, é fundamental haver uma orientação estratégica que utilize de suas ações para inovação nas mais diversas áreas das empresas. Havendo essa orientação estratégica, as empresas certamente irão contribuir de forma mais assertiva para os objetivos que estão ancorados na competitividade. 11 REFERÊNCIAS ANDREASSI, T. Gestão da inovação tecnológica. São Paulo: Thomson Learning, 2007. CANONGIA, C. et al. 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