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26/11/2020 1 FARMACOLOGIA DO SISTEMA CARDIOVASCULAR E RENAL – parte 1 OBJETIVOS Compreender os fármacos usados na farmacologia do sistema cardiovascular e renal; Compreender a atuação dos fármacos do sistema cardiovascular e renal; Elucidar a farmacodinâmica destes fármacos; Descrever os cuidados no uso dor fármacos do sistema cardiovascular e renal; 26/11/2020 2 ❑Produção de urina – 3 processos básicos: FILTRAÇÃO GLOMERULAR FILTRAÇÃO GLOMERULAR A água e a maioria dos solutos do plasma sanguíneo - passam dos capilares glomerulares para a cápsula glomerular - túbulo renal. REABSORÇÃO TUBULAR Filtrado flui ao longo do túbulo renal - células tubulares reabsorvem aproximadamente 99% da água filtrada e muitos solutos úteis. SECREÇÃO TUBULAR Líquido flui ao longo do túbulo - células do túbulo secretam outras substâncias, como resíduos, fármacos e excesso de íons, no líquido. 26/11/2020 3 FILTRAÇÃO GLOMERULAR FILTRAÇÃO GLOMERULAR 26/11/2020 4 A FILTRAÇÃO GLOMERULAR DEPENDE DE 3 PRESSÕES: ❑1 que estimula a filtração; ❑2 que resistem a filtração. PRESSÕES DE FILTRAÇÃO PRESSÃO HIDROSTÁTICA GLOMERULAR DO SANGUE (PHGS) é a pressão sanguínea nos capilares glomerulares; aproximadamente 55 mmHg; Estimula a filtração, forçando água e solutos no plasma sanguíneo, através da membrana de filtração. PRESSÕES DE FILTRAÇÃO PRESSÃO HIDROSTÁTICA CAPSULAR (PHC) é a pressão exercida contra a membrana de filtração pelo líquido já presente no espaço capsular e no túbulo renal; aproximadamente 15 mmHg; opõe-se à filtração e representa uma “contrapressão” (“pressão retrógrada”, “pressão de retorno”) PHC DE PRESSÃO COLOIDOSMÓTICA DO SANGUE (PCOS) resultante da presenc ̧a de proteínas, tais como albumina, globulinas e fibrinogênio, no plasma sanguíneo; aproximadamente 30 mmHg; também resiste à filtração. 26/11/2020 5 PRESSA ̃O EFETIVA DE FILTRAÇA ̃O (PEF) = 10 mmHg 26/11/2020 6 26/11/2020 7 CLASSIFICADOS 1) aqueles que modificam os reguladores de volume EX.: atuam no sistema renina- angiotensina (2) os que atuam diretamente sobre o néfron, afetando a reabsorção de Na+ EX.: diuréticos TIAZÍDICOS E CORRELATOS Mais amplamente utilizados diuréticos de teto baixo, urina hiperosmolar Mecanismo de ação: atuam principalmente na região cortical da alça ascendente de Henle e no túbulo contorcido distal. Inibem a reabsorção de NA+ Usos terapêuticos: HAS, ICC, Diabetes insipido afetam o túbulo contorcido distal 26/11/2020 8 TIAZÍDICOS E CORRELATOS 26/11/2020 9 DIURÉTICOS DE ALÇA OU POTENTES Apresentam a maior eficácia na mobilização de Na+ e Cl– do organismo Furosemida é a mais usada Mecanismo de ação: inibem o cotransporte de Na+/K+/2Cl– na membrana luminal, no ramo ascendente da alça de Henle Usos terapêuticos: EAP, ICC, IR, Hipercalcemia, Hiperpotassemia quantidade de urina abundante DIURÉTICOS DE ALÇA OU POTENTES 26/11/2020 10 DIURÉTICOS POUPADORES DE POTÁSSIO Devem ser evitados em pacientes com disfunção renal devido ao aumento do risco de hiperpotassemia espironolactona - antagoniza a aldosterona Mecanismo de ação: atuam no túbulo coletor inibindo a reabsorção de Na+ e a excreção de K+ Usos terapêuticos: HAS, ICC, Ascite Nesta classe, há fármacos com dois mecanismos de ação distintos: os antagonistas da aldosterona e os bloqueadores dos canais de sódio. DIURÉTICOS POUPADORES DE POTÁSSIO ❑distúrbios gástricos; ❑ginecomastia em homens; ❑irregularidades menstruais em mulheres; ❑hiperpotassemia; ❑náuseas; ❑letargia; ❑confusão mental. A ESPIRONOLACTONA PODE CAUSAR: 26/11/2020 11 DIURÉTICOS OSMÓTICOS Substâncias filtradas que sofrem pouca ou nenhuma reabsorção causam aumento do débito urinário. retira água das células e causa hiponatremia até acontecer a diurese Mecanismo de ação: resulta em aumento da osmolaridade do líquido tubular e evita a reabsorção adicional de água, resultando em diurese osmótica Usos terapêuticos: HIC, IRA devido a tóxicos o manitol não é absorvido quando é administrado por via oral; deve ser usado por via IV DIURÉTICOS OSMÓTICOS ❑expansão da água extracelular; ❑Desidratação; ❑hipo ou hipernatremia. EFEITOS ADVERSOS: 26/11/2020 12 INIBIDORES DA ANIDRASE CARBÔNICA menos eficazes do que os diuréticos tiazídicos ou de alça acetazolamida Mecanismo de ação: A diminuição na capacidade de troca Na+/H+ resulta em uma diurese leve. Usos terapêuticos: Glaucoma, Doença aguda das montanhas. usados com mais frequência por suas outras ações farmacológicas do que por seu efeito diurético INIBIDORES DA ANIDRASE CARBÔNICA ❑acidose metabólica (leve); ❑depleção de potássio; ❑formação de cálculos renais; ❑sonolência e parestesia; ❑deve ser evitado em pacientes com cirrose hepática, pois pode levar à diminuição da excreção de NH4+. EFEITOS ADVERSOS: 26/11/2020 13 VÍDEO 26/11/2020 14 REFERÊNCIAS