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Resolução do Caso (N1)

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O caso em tela trata de um ato lesivo a o meio ambiente, qual seja , a 
determinação por parte do Secretário Municipal do Meio Ambiente do Município 
Fernando de Moraes, que requer que os funcionários competentes realizem o corte 
de dois alqueires de mata nativa, onde há árvores de médio e grande porte, em 
bairro periférico no território municipal. Tal requerimento viabiliza a abertura de 
terreno, a ser doado a Empresa Primos, que utilizará o espaço para instalação de 
uma de suas unidades de produção, o que gerará o equivalente a 600 empregos, 
fortalecendo a economia local. 
Ocorre que entidades locais de proteção ao meio ambiente, descontentes 
com o desmatamento da área nativa local, advertiram que a proposta de instalação 
da unidade da empresa Primos, poderia ser feita em local equivalente, sem o 
consequente desmatamento. Com isso, José presidente da associação local de 
moradores, que visa impedir o desmatamento do bem ambiental utilizando os meios 
jurídicos, poderá propor, tendo legitimação ativa em Ação Popular Ambiental 
(conforme inciso LXXIII do art. 5º, CF, qualquer cidadão é parte legítima para propor 
ação popular que vise a anular ato lesiva ao meio ambiente),haja vista ser pessoa 
física portadora de título de eleitor, com situação eleitoral regular (conforme § 5º 
do art. 6º da LAP: qualquer cidadão poderá habilitar-se como litisconsorte em AP). 
No que tange, a legitimação passiva, no art. 6º da LAP está enunciado 
que “a ação será proposta contra as autoridades, funcionários ou administradores 
que houver em autorizado, aprovado, ratificado ou praticado o ato impugnado ou 
que, por omissas, verem dado oportunidade à lesão, e contra os beneficiários 
diretos do mesmo", ou seja, a ação será proposta em face da Empresa Primos, 
haja vista ser beneficiada pelo ato lesivo e contra o Secretário Municipal do Meio 
Ambiente, pois foi o responsável por autorizar a desmata do bem ambiental. 
A finalidade da AP é anular o mencionado ato lesivo ao patrimônio 
público, esguardando a idoneidade desse patrimônio, haja vista a preservação e 
proteção ambiental ser de ver de todos, incumbida à sociedade e ao poder público, 
cabendo ao cidadão que ao verificar uma possível degradação ambiental como 
esta, utilizar-se da AP para impugnar tais atos administrativos, dada a importância 
do bem tutelado, termos em que, o deferimento seria caso de verdadeira justiça.

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