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Resenha - Implementação

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RESENHA - IMPLEMENTAÇÃO
Gabriel Gonçalves Assunção					ER04967
Prof: Adriel
É de notório saber a importância do papel da política pública como mecanismo de solução de problemas da sociedade, no qual o poder público busca prever as necessidade da população ao planejar e implementar ações que possam criar condições estruturais de desenvolvimento social e econômico.
A politica pública geralmente é dividida em três fases por diversos autores, sendo elas: formação de agenda e formulação; implementação; e monitoramento e avaliação Enquanto a formulação é a parte que abrange os processos de definição e escolha dos problemas que merecem a intervenção estatal, produção de soluções ou alternativas e tomada de decisão, a implementação se ocupa à execução das decisões adotadas na formulação. Já a avaliação mensura quais foram os impactos dessa política no âmbito da sociedade.
O estudo da implementação de políticas públicas possui uma forte ligação com as necessidades de desenvolvimento e de melhorias nos processos políticoadministrativos. A palavra Implementar quer dizer: levar algo a cabo, realizar, cumprir, executar. A etapa da implementação pode ser considerada como um elo que os objetivos estabelecidos com as medidas adotadas para alcança-lo. Nessa parte do processo de politicas públicas encontra-se o planejamento e a organização do aparelho administrativo e dos recursos humanos, financeiros, materiais e tecnológicos necessários para a efetiva realização da politica.
Segundo Hogwood e Gunn apud Saraviesa & Ferrarezi apud Luciana pode-se observar que as políticas públicas sofrem influências das circunstancias externas aos agentes planejadores e implementador, e que esses podem definir se a mesma será possível ou não. Dentre essas circunstâncias é possível identificar a adequação, suficiência e disponibilidade de tempo e recursos; compreensão e especificação dos objetivos e tarefas; comunicação; coordenação e obediência. Seriam necessárias diversos fatores para que fosse possível atingir uma perfeita implementação de alguma política pública, tais como circunstâncias externas que não imponham restrições prejudiciais, não limitação de tempo e de recursos, compreensão e acordo quanto aos objetivos e que os que detenham autoridade possam demandar e obter cumprimento perfeito, dentre outros.
O fracasso na implementação de políticas públicas pode ser atribuído a duas abordagens antagônicas: top-down – perspectiva em que a decisão política é autoritária, em um nível central e a botton-up - abordagem que leva em consideração a complexidade do processo de implementação.
Em suma, é possível perceber que é necessária uma visão estratégica dos problemas de implementação, ao mesmo tempo que se deve levar em consideração questões críticas como a viabilidade e problemas de coordenação inter-organizacional no momento do planejamento. Caso haja falha nesse processo, existem grandes chances de que a política pública formulada não atinja o seu objetivo estipulado em sua totalidade ou até mesmo não surta efeito algum perante a sociedade causando um desperdicio de recursos diversos.
Referências Bibliográficas:
Luciana Leite Lima e Luciano D'Ascenzi implementação de políticas públicas: perspectivas analíticas revista de sociologia e política - V. 21, Nº 48: 101-110 DEZ. 2013
Leila Giandoni Ollaik e Janann Joslin Medeiros - Instrumentos governamentais: reflexões para uma agenda de pesquisas sobre implementação de políticas públicas no Brasil - rap — Rio de Janeiro 45(6):1943-67, nov./dez. 2011
Roberta Graziella Mendes Queiroz e Ivan Beck Ckagnazaroff - Inovação no setor público: uma análise do choque de gestão (2003-10) sob a ótica dos servidores e dos preceitos teóricos relacionados à inovação no setor público - rap — Rio de Janeiro 44(3):679-705, Maio/jun. 2010
A comentar:
antes se via uma dicotomia entre o público e o privado, hoje se vê parceria entre ambos; ações
públicas eram predominantemente implementadas por comando e controle e, hoje, negociação, convencimento e persuasão são quase imprescindíveis ao sucesso
Diferentes campos de políticas públicas tendem a apresentar preferências por tipos “favoritos” de instrumentos e os utilizam repetidamente, independentemente da sua contribuição para resolução de problemas (Bressers e O’Toole, 1998). Há influências ideológicas e há mimetismos e cópias, além da própria trajetória influenciando as escolhas de instrumentos.

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