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Resenha - Habitação

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA
MESTRADO PROFISSIONAL EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - PROFIAP
ADP 881 - FORMULAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS
Prof: Adriel
Gabriel Gonçalves Assunção – 04967
RESENHA – HABITAÇÃO
As discussões acerca do direito à moradia vêm ganhando cada vez mais espaço no âmbito nacional e em aspectos jurídicos e sociais, isso vem ocorrendo devido principalmente aos altos índices de déficit habitacional nas cidades, da urbanização acelerada e desordenada, da irregularidade das habitações e da dificuldade de acesso a uma moradia digna para as parcelas mais pobres da sociedade. 
Atualmente, a Constituição Federal brasileira providencia ao cidadão brasileiro a moradia entre os direitos sociais mínimos, garantindo a implementação de políticas públicas de habitação e saneamento básico administradas por cada ente federativo, nação, estado e município. Entretanto, apesar do reconhecimento em lei e do caráter essencial á vida, inclusão social e combate a condições miseráveis de pobreza que se trata a provisão de habitação e serviços urbanos adequados, as condições de moradia da população brasileira ainda se apresentam demasiadamente precárias, principalmente para a população mais carente do país.
É denominada favela ou habitações subnormais, os conjuntos formados por domicílios, ocupando terrenos de propriedade alheia aos atuais moradores. São habitações geralmente aglomeradas de forma desordenada e carentes de condições básicas de saneamento e infraestrutura.
Devido a ausência de recursos financeiros e auxílios, a população carente se encontra obrigada a ocupar áreas que não possuem valor econômico considerável para o mercado imobiliário e como conseqüência, a ocupação destas áreas é feita sem estrutura e acabam colocando em risco a segurança dos moradores, causando danos ambientais e comprometendo a qualidade de vida na cidade como um todo.
O maior desafio de se garantir o direito à moradia reside na grande valorização exercida sobre o direito da propriedade. As políticas públicas brasileiras que buscam essa efetivação do direito à moradia normalmente pecam pela constante busca da concretização do direito da propriedade, pelo fato de considerarem que a moradia existe quando se tem a propriedade de um imóvel utilizado com o fim de nele residir. Entretanto a moradia não consiste no direito da propriedade, e sim no exercício da posse, no qual deveria ser concentrado os esforços das políticas públicas.
O principal responsável pelos altos índices brasileiros de ausência de moradia é a coabitação familiar, fator que é presente em qualquer região do país. Enquanto as habitações precárias são mais comuns na zona rural, o ônus excessivo com aluguel é característico das grandes áreas urbanas. Devido a incapacidade da população para pagar os preços que o mercado imobiliário cobra, os indivíduos recorrem a moradias irregulares em favelas ou até mesmo acabam por se tornar moradores de rua.
No que diz respeito a jurisdição de políticas públicas na área de habitação populacional, é necessário ainda um progresso nas leis para que essas sejam mais inclusivas. Além disso, é de suma importância que o déficit habitacional deve seja tratado desde sua origem, cortando o mal pela raiz de forma que não seja necessária a intervenção estatal sempre que for preciso remediar o problema da moradia e outros tantos dele derivados. Por fim, os programas habitacionais não devem produzir muitos encargos para as famílias beneficiadas gerando dívidas e diminuindo a qualidade de vida do cidadão contribuindo mais ainda para o aumento da pobreza em virtude da obtenção da propriedade por parte do cidadão.
Referências Bibliográficas:
JOILMA SAMPAIO NOGUEIRA - POLÍTICAS PÚBLICAS DE HABITAÇÃO NO BRASIL: Uma análise do Programa de Urbanização e Regularização de Assentamentos Precários no Município de Santo Antonio de Jesus/BA – FAB 2010
Natalia Cardoso Marra - POLÍTICAS PÚBLICAS DE HABITAÇÃO E A EFETIVAÇÃO DO DIREITO SOCIAL E FUNDAMENTAL À MORADIA - Anais do XIX Encontro Nacional do CONPEDI - Junho de 2010
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