Prévia do material em texto
SÉRIE VERMELHA: ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS DEFINIÇÃO: Diz-se haver anemia quando a concentração da hemoglobina sanguínea diminui aquém de níveis arbitrados pela Organização Mundial de Saúde, são eles: • 13 g/dL para homens • 12 g/dL para mulheres • 11 g/dL para gestantes e crianças entre 6 meses e 6 anos CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA: QUANTO AO TEOR DE HEMOGLOBINA: ÍNDICES HEMATIMÉTRICOS: VCM- volume corpuscular médio - determina o volume médio de cada eritrócito VCM= Ht x10 / E Correlaciona-se inversamente com o número de E. Causas comuns de erro: Crioaglutinaçao / rouleaux Conservação prolongada in vitro ⇑ VCM Excesso EDTA- desidrata a célula-⇓VCM Valores normais: 89±9Fl Através do VCM classifica-se as anemias como: Microcitose e hipocromia: Macrocitose: HCM –é o conteúdo médio de hemoglobina por eritrócito: HCM=Hb x 10÷E (pg/dl) Valores normais – 24-33 DIMINUÍDO → HIP Hipocromia: CHCM - é a percentagem de hemoglobina em 100 ml de hemácias CHCM= Hb / Ht x 100 Valores normais 31-36% RDW (Red blood cell Distribution Width) – é a expressão numérica da anisocitose (presença de diferentes tamanhos de hemácias) Anisocitose Inversamente proporcional a homogeneidade da população eritróide Valores normais- 11-14,5 Análise Morfológica da Série Vermelha: VALIAÇÕES SEMI-QUANTITATIVAS DAS ALTERAÇÕES: Além das descrições genéricas (ex: hipocromia) há necessidade de expressar o volume desta alteração. Em geral se expressa por: Leve ou + Moderada ou ++ Acentuada ou +++ Muito acentuada ou ++++ Alterações morfológicas das hemácias relacionadas às principais causas de anemias: Eritrócito: 7 µm Macrocitose x Normocitose: Microcitose: Causas de Macrocitose: Alcoolismo; Uso de fármacos como: AZT, anticonvulsivantes (carbamazepina, ácido válpróico, fenitoína), quimioterápicos (fludarabina , cladribina, ciclofosfamida , melfalam, clorambucil,azatioprina, hidroxiuréia, metotraxate); Hepatopatias; Esplenectomia; Anemias megaloblásticas(def. vit B12 e /ou ac. Fólico); Anemia aplástica. Causas de Microcitose: Deficiência de síntese de Hb como: Anemia ferropênica Talassemia Policitemia vera Hemoglobinopatias Anemias associadas à Normocitose: Anemia de doença crônica Deficiência combinada de vit.B12 e /ac.fólico com def.ferro Distribuição: Avaliar se há distribuição eritrocitária homogênea ou se há aglutinações como crioaglutinação e rouleaux. Distribuição Homogênea: Aglutinação: Rouleaux: COLORAÇÃO Inferir o conteúdo hemoglobínico através da coloração eritróide HIPOCROMIA NORMOCROMIA HIPERCROMIA Normocromacia Hiper x Hipo POIQUILOCITOSE (diferença da forma dos eritrócitos) Alterações Morfológicas dos Eritrócitos Hemácia Normal: célula anucleada, rosada com palidez central ocupando cerca de 1/3 da célula com dimensões de 7-7,5µ Formas anormais de hemácias- chamados poiquilócitos Poiquilocitose - presença de formas anormais de hemácias, comum em anemias ferropênicas severas, anemia megaloblástica, mielofibrose… Principais Poiquilocitose: Esferócitos - são eritrócitos de biconcavidade e diâmetro reduzidos, geralmente apresentam-se hipercorados, forma esferocítica devido a diminuição da superfície de membrana Podem ser encontrados na esferocitose hereditária, anemias hemolíticas. Ovalócitos ou eliptócitos - são eritrócitos com forma oval ou elíptica decorrente de defeitos genéticos que afetam as membranas do citoesqueleto. Visto na eliptocitose hereditária e pequeno número de ovalócitos (<10%) também pode ser visto nas anemias microcíticas e magaloblásticas e nas síndromes mieloproliferativas. Drepanócitos – caracteriza-se pela presença de hemácias em foice ou forma de banana. Decorrente da presença da hemoglobina S, presente em indivíduos portadores do gene da anemia falciforme. Leptócitos ou target cells – são eritrócitos delgados com excesso de membrana. Ao distender-se na lâmina coram-se mais no centro e na periferia, por este motivo são chamadas target cells (hemácias em alvo). O excesso de membrana pode ocorrer nas hemoglobinopatias C e S e na ßtalassemia. Inclusões Eritrocitárias: Algumas são vistas com a coloração de rotina, outras somente com colorações especiais. Corpos de Howell-Jolly – são restos nucleares remanescentes, vistos quando há hipofunção esplênica, pela falta de função filtrante do baço. Vistos também em doenças como anemias megaloblásticas, mielodisplasias ...) Pontilhado basófilo – é um artefato de coloração pela precipitação dos ribossomos, quando muito ricos em RNA. Pode ser visto em grandes policromatocitoses, nos micrócitos da ßtalassemia e um pontilhado grosseiro é visto na intoxicação por chumbo. Maturidade: Eritroblastos são eritrócitos imaturos, ainda células nucleadas, não existem normalmente no sangue periférico. Aparecem em hiperregenerações eritróides extremas, metaplasia mielóide em baço e fígado, quando a medula está ocupada por fibrose, disseminação tumoral ou necrose. Policromatocitose é o eritrócito jovem, intensa policromatocitose pode ser encontrada em anemias hemolíticas, aumento da eritropoiese. Eritroblastos + policromatocitose LEUCOPOESE A Leucopoese é o nome dado a origem e maturação de células brancas ou leucócitos, à partir de células-tronco, ou seja, células com alto poder de diferenciação encontradas na medula óssea. MATURAÇÃO DOS GRANULÓCITOS OU GRANULOPOESE Mieloblasto Promielócito Mielócito Metamielócito Bastão Neutrófilo MATURAÇÃO DOS AGRANULÓCITOS Linfócitos: Monócitos: HEMOGRAMA Estudo de três linhagens celulares: » Série Eritrocitária (Eritrograma) » Série Leucocitária (Leucograma) » Série Plaquetária LEUCOGRAMA O leucograma é composto pela contagem total e diferencial de leucócitos e pela avaliação morfológica dos mesmos no esfregaço sanguíneo. Contagem de Leucócitos Contagem global – não difere os tipos de leucócitos Método do Hemocitômetro Diluir sangue 1:20 (Liquido de Türk), promovendo lise eritrocitária. Preencher câmara A contagem de leucócitos é feita nos quadrantes laterais (16 quadradinhos em cada quandrante, totalizando 64 quadradinhos) Leucometria Células contadas X fator de diluição X 10 Quadrados contados Método Automatizado – idem hemácias CONTAGEM DIFERENCIAL - Avaliação Morfológica dos Leucócitos A contagem diferencial dos leucócitos é realizada em esfregaço sanguíneo corado. Primeiramente, deve ser feita uma inspeção de toda a lâmina para apreciação das condições técnicas do esfregaço e evidenciação de elementos anômalos. Contar 100 células e registrar em tabulador mecânico ou eletrônico os tipos de leucócitos encontrados. AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DOS LEUCÓCITOS NORMAIS ANORMALIDADES MORFOLÓGICAS DOS LEUCÓCITOS: NUCLEARES: Linfócitos atípicos; Vacuolizações; Células L.E.; Pelger Huet; Hipersegmentação. CITOPLASMÁTICAS: Linfócitos atípicos; Vacuolizações; Granulações Tóxicas; Bastonete de Auer. Linfócitos atípicos: citoplasma mais basofílico que o linfócito normal, núcleo irregular. Aparece em infecções virais. Em grande número na mononucleose infecciosa, na infecção por citomegalovírus, na toxoplasmose. Infecções virais, bacterianas, protozoárias. Granulaçõestóxicas neutrófilos Origem: maturação incompleta do neutrófilo associada à liberação na corrente sanguínea Caracteristicas: Presença de grânulos imaturos de mucopolissacarídeos com coloração azurófila no citoplasma Ocorrência: Infecções; Inflamações; Gravidez; anemia aplástica. Vacúolos citoplasmáticos Célula afetada: NEUTRÓFILOS/MONÓCITOS Características morfológicas: Estruturas circulares sem fixação de coloração distribuídas unitariamente ou em número variável. Origem: Resultante da fusão de grânulos com vacúolo fagocitário. Ocorrência: infecções, terapia com G-CSF e GMSF, intoxicação alcoólica, intoxicação por benzeno. Artefato: Provocado por anticoagulante. Anomalia de PELGER-HÜET Célula afetada: NEUTRÓFILOS melhor observado, LINFÓCITOS e MONÓCITOS Características: Cromatina grosseira e núcleos em forma de bastão, bilobulado em halteres semelhante a óculos “Ray-ban” no sangue periférico. Durante processo infeccioso aparece neutrófilos não segmentados com núcleo redondo ou ovais. Herança: Rara, autossômica dominante. Encontrada entre holandeses, alemães, suíços, asiáticos e negros. Características associadas: A anomalia é benigna e não tem significado clínico. As células afetadas não se mostram funcionalmente anormais. ***Lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença inflamatória crônica, multissistêmica, de causa desconhecida e de natureza auto-imune, caracterizada pela presença de diversos auto-anticorpos (anticorpos contra as estruturas celulares da própria pessoa). O teste de LE positivo pode apresentar sob forma de corpos nucleares homogêneos e livres, células LE, que são neutrófilos contendo inclusões citoplasmáticas violáceas, homogêneas, amorfas e rosetas: grupos de neutrófilos englobando material nuclear amorfo. OBS: A figura ilustra o eritema malar, que é uma lesão eritematosa fixa em região malar, plana ou em relevo. Ao lado a pesquisa de célula LE característica do lúpus. Neutrófilos hipersegmentados na anemia macrocítica, gestação, an. Megaloblástica: Bastão de Auer Leucemia mielóide aguda Bastões de Auer ou bastonetes de Auer são compostos lisossomais que podem ser vistos nos blastos da leucemia mielóide aguda. INTERPRETAÇÃO DO LEUCOGRAMA: LEUCOCITOSES As leucocitoses variáveis entre 12 a 30 mil, geralmente estão associadas às infecções bacterianas. Entretanto, leucemias em fase de tratamento podem apresentar este quadro. Leucocitose entre 30 e 40 mil, sem células blásticas, porém com desvio à esquerda escalonado, pode ocorrer na reação leucemóide - um tipo de infecção grave. Leucocitose acima de 50 mil geralmente é indicativo de leucemia. Leucocitoses: Infecções; Inflamações; Neoplasias; Leucemias Desvio à Esquerda: Tradicionalmente, os esquemas didáticos que ilustram o processo de maturação dos granulócitos posicionam as células mais jovens à esquerda, de maneira que a direção da maturação ocorre da esquerda para a direita. O desvio à esquerda ou desvio maturativo é o jargão utilizado quando da presença de maior quantidade de bastonetes e(ou) de células mais jovens da série granulocítica (metamielócitos, mielócitos, promielócitos e mieloblastos). Exemplo de leucocitose (aumento de leucócitos) com desvio à esquerda: Leucometria =20.000/mm3. Bastonetes = 10%. Valor absoluto de bastonetes =2.000/mm3. O desvio à esquerda não-escalonado traduz, fisiopatologicamente, a liberação de granulócitos jovens em processo de produção não-hierarquizado, associado à disfunção da medula óssea. Exemplo de leucocitose com desvio à esquerda, Escalonado: Leucometria =20.000/rnm3. Bastonetes =10% - valor absoluto =2.000/mm3. Metamielócitos =6% -valor absoluto =1.200/mm3. Mielócitos =2% - valor absoluto =400/mm3. Escalonamento: Bastonetes > metamielócitos > mielócitos AVALIAÇÃO CITOLÓGICA DAS LEUCEMIAS EVIDÊNCIAS MORFOLÓGICAS DE MALIGNIDADES: • alterações celulares; • alterações e inclusões citoplasmáticas; • alterações nucleares. CÉLULA: • Tamanho anormal (gigantismo ou encolhida); • Tendência a agrupamento; • Morfologia clonal anormal (todas as células anormais se parecem). ÁNALISE DAS PLAQUETAS: Corpúsculos celulares anucleados e pequenos, redondos ou ovais, responsáveis pela coagulação do sangue. PLAQUETOMETRIA: Método Manual Pode ser realizado em sangue anticoagulado (EDTA) ou em sangue capilar (somente primeiras gotas) O sangue, bem misturado, deve ser diluído 1:200 (diluente – Oxalato de amônia 1%) - homogeneizar Preencher hemocitômetro, deixar em repouso em câmara úmida por 15’. • As plaquetas são contadas em 5 quadrados centrais. O resultado é multiplicado por 1000 Método Automatizado Sistema de contagem por pulso de voltagem Sistema eletro-óptico MORFOLOGIA DE PLAQUETAS: No esfregaço normal é comum encontrar plaquetas com diferentes tamanhos, uma vez que o seu diâmetro varia de 2 a 4 m. A contagem plaquetária pode ser estimada pela análise do esfregaço. Valores Normais: 150.000 – 450.000/mm3 A anisocitose plaquetária deve ser relatada em situações bem evidentes. LEUCEMIAS Definição: Leucemias são doenças malignas caracterizadas pela quebra do equilíbrio da produção dos elementos do sangue, causada pela proliferação descontrolada de células. Sintomas: • Anemia; • Fraqueza; • Cansaço; • Sangramentos nasais e nas gengivas; • Manchas roxas e vermelhas na pele; • Gânglios inchados; • Febre; • Sudorese noturna; • Infecções; • Dores nos ossos e nas articulações. CLASSIFICAÇÃO DAS LEUCEMIAS formas agudas: predominam células imaturas (blastos); formas crônicas: predominam céls. Maduras Hemograma Normal: Hemograma na Leucemia Crônica e Aguda: LEUCEMIAS MIELÓIDES Originam-se de distúrbios na proliferação das células mielopoiéticas primordiais. LEUCEMIAS LINFÓIDES Originam-se em distúrbios na divisão das células linfopoiéticas primordiais. CLASSIFICAÇÃO DAS LEUCEMIAS AGUDAS: Linhagem Agudas » Mielóide/ Granulocítica Leucemia Mielóide Aguda (LMA) Granulocítica ou Leucemia Mieloblástica » Granulocítica Leucemia Promielocítica (LPM) » Linfóide Leucemia Linfocítica Aguda (LLA) ou Leucemia Linfoblástica » Megacariócitos Leucemia de Células Megacarócíticas » Mielomonocítica Leucemia Mielomonocítica Aguda (LMMA) » Eritróide Eritroleucemia Aguda CLASSIFICAÇÃO DAS LEUCEMIAS CRÔNICAS: Linhagem Crônicas » Mielóide/ Granulocítica Leucemia Mielóide Crônica (LMC) Leucemia Mielocítica » Linfóide Leucemia Linfocítica Crônica (LLC) » Megacariócitos Trombocitopenia » Mielomonocítica Leucemia Mielomonocítica Crônica (LMMC) » Eritróide Policetemia Vera Sistema de Estadiamento BritânicoAmericano-Francês – 1970 O FLT3, sigla em inglês de FMS-like tyrosine kinase-3, é um receptor com atividade tirosinoquinase que se expressa em células precursoras hematopoéticas e desaparece conforme essas células se diferenciam. BANDEAMENTO G Conduta no Diagnóstico: Hemograma Mielograma Imunofenotipagem Análise Citogenética LEUCEMIA MIELÓIDE AGUDA Exames para o Diagnóstico da LMA: - Estudo na Medula óssea: • Proliferação mieloblásticas (intensa infiltração de blastos). A LMA é diagnosticada pela presença de no mínimo 30% de blastos e coloração Sudan negro, PAS, ou peroxidase positivas no aspirado de medula óssea (é negativo na LLA). Presença de bastão de Auer (uma inclusão eosinofílica citoplasmática semelhante a uma agulha). **Células mielóides são peroxidases positivas (grânulos citoplasmáticos corados de verde) e células linfóides são peroxidades negativas. **Sundan negro: específico para linhagem mielóide. **Ácido Peróxido de Schiff (PAS): a maioria das células hematopoéticas são PAS positivas.Hemograma na LMA Citoquímica positiva para peroxidase: coloração de grânulos e bastão de Auer. Hemograma na LMA: Bastonete de Auer - Esfregaço do sangue periférico: Anemia normocrômica/normocítica, blastemia, granulocitopenia, plaquetopenia ( maioria abaixo de 100.000). - Hemograma: Contagem de leucócitos varia de 5000 a 100.000 leuc/mm3. Contagens acima de 150.000 provocam leucostase cerebral que leva a manifestações neurológicas. IMUNOFENOTIPAGEM LMA: A LMA indiferenciada ou com mínima diferenciação é observada em cerca de 10% das LMA no adulto e em torno de 3-6% na criança. CD13 e CD33 ao lado de antígenos imaturos, como CD34, HLA-DR e CD117 e com frequência coexpressam CD7. L.LINFÓIDE AGUDA ( LLA) LLA é classificada em linhagem B ou T. 80% dos casos, a leucemia é de cels. blástica B. Céls T está relacionada ao linfoma linfoblástico. Diagnostico Laboratorial Proliferação linfoblásticas (intensa infiltração de blastos). A LLA é diagnosticada pela presença de no mínimo 30% de blastos e coloração Sudan negro ou peroxidase negativas no aspirado de medula óssea. Não se encontra bastões de Auer. Sangue periférico: anemia normocrômica/cítica. blastemia granulocitopenia plaquetopenia ( maioria abaixo de 100.000). ◼ Contagem de leucócitos varia de 5000 a 100.000 leuc/mm3. Diagnostico Laboratorial ( LLA) – MO MEDULA ÓSSEA NORMAL APLASIA DE MEDULA ÓSSEA MEDULA ÓSSEA LLA LEUCEMIAS CRÔNICAS L.Mielóide Crônica (LMC): Alta proliferação de células maduras ou diferenciadas. Sua fisiopatologia está relacionada com a troca entre cabeça-cauda do cromossoma 9 com o cromossoma 22. Diagn. Pela citogenética - reconhece cromossomo filadélfia (cromossomo.22 encurtado) ou gene bcr-abl. Translocação cromossômica Movimento do proto-oncogene abl de sua posição normal no cromossomo 9q para a "região do grupo de pontos de quebra" (BCR), um gene de função desconhecida no cromossomo 22q. A justaposição das sequências BCR e ABL possibilita a síntese de uma proteína mais longa que a ABL normal e isso faz com que altere a expressão das células hematopoéticas malignas. DIAGNOSTICO LABORATORIAL DA LMC Estudo da medula óssea: Hiperplasia - Proliferação granulocítica de todas as linhagens em todos os estágios de maturação. Oitenta a 90% de cels. granulocíticas, 10% sendo as formas jovens (mieloblastos e promielócitos). DIAGNOSTICO LABORATORIAL DA LMC – MO: MEDULA ÓSSEA NORMAL MEDULA ÓSSEA LMC Sangue: Hiperleucocitose (geralmente acima de 100.000 leuc/mm3) e um intenso desvio à esquerda. Há grande aumento de células maduras, poucos promielócitos e blastos (menos de 5%). Quando há eosinofilia dos granulócitos há um pior prognóstico. Basofilia: péssimo prognóstico. Geralmente não há anemia e a morfologia das hemácias é normal. A contagem de plaquetas é usualmente normal, mas pode estar às vezes intensamente elevada. L. LINFÓIDE CRÔNICA ( LLC) É um distúrbio linfoproliferativo caracterizado pela proliferação e acúmulo de linfócitos neoplásicos maduros. Noventa porcento dos casos são linfócitos B (doença monoclonal). MARCADORES CD38 CD5+, CD19+, CD20+, CD22+ e CD23+ Deleção do braço curto do cromossomo 17 Deleção do braço curto do cromossomo 13 Diagnostico Laboratorial Estudo da medula óssea: Prolif. linfocítica alcançando todos os estágios de maturação com certo grau de preservação granulocítica. A medula possui mais de 30% de linfócitos bem diferenciados. S.P. => Linfocitose periférica (acima de 15.000/dl) de linf. Bem diferenciados. Leucemia linfóide crônica – linfonodo Leucemia linfóide crônica – SP ANEMIAS CLASSIFICAÇÃO PELA PATOGÊNESE: - Causas Genéticas: Defeitos na hemoglobina: » Doença falciforme » Síndromes talassêmicas Defeitos na membrana do eritrócito: » eliptocitose » esferocitose Defeitos enzimáticos » Deficência da glicose 6 fosfato desidrogenase (G6PD) - Causas Nutricionais: » Deficiência de ferro (Anemia Ferropriva) » Deficiência de vitamina B12 (Anemia Perniciosa) » Deficiência de folato (Anemia Megaloblástica) - Causas Hemorrágicas: » Agudas: Hemorragias excessivas por acidentes,cirurgias, parto; » Crônicas: Sangramentos crônicos que podem ocorrer por múltiplas causas, dentre elas ciclo menstrual excessivo, sangramento por hemorróidas, neoplasias intestinais ou outras. PERDA SANGUÍNEA MUITO RECENTE ANEMIA PÓS-HEMORRÁGICA: Sangue remanescente é normal Rápida hemorragia: plasma reposto de 1 a 3 dias, porém há baixa concentração de hemácias Perda sanguínea crônica perda de FERRO é maior que a sua absorção e reserva hemácias são produzidas com pouca hemoglobina. ANEMIA FERROPRIVA (anemia microcítica, hipocrômica): Causas Deficiências na ingestão de Ferro; Deficiência na absorção de Ferro; Aumento das necessidades: » Crescimento; » Gravidez/ lactação; » Menstruação. Por perda crônica de sangue: » Parasitoses; » Hemorróidas; » Distúrbios menstruais; » Úlceras. Quando suspeitar? Limitação da capacidade de exercícios; Taquicardia, palpitações, dispinéia, sudorese; Fraqueza, cansaço, palidez. Como confirmar? História e exame clínico; Hemograma com anemia hipocrômica, microcítica; Eritrograma com baixas taxas de hematócrito, hemoglobina e volume corpuscular médio; Contagem de reticulócitos (aumentada). Como tratar? Erradicar a causa Alimentação rica em proteínas Sulfato ferroso Vitamina C Ferro injetável ANEMIA PERNICIOSA Anemia perniciosa é geralmente usada para citar um estado de anemia devido a deficiência de vitamina B12. Refere-se a uma doença autoimune que resulta na perda da função das células gástricas parietais, que secretam ácido clorídrico para acidificar o estômago e o fator intrínseco gástrico que facilita a absorção da vitamina B12. A anemia perniciosa pode resultar de fatores hereditários. Anemia perniciosa congênita é herdada como um distúrbio autossômico recessivo. Os pacientes com anemia perniciosa podem apresentar: » Fraqueza; » Fadiga; » Diarréia; » Adormecimento e formigamento dos pés e das mãos (parestesia); » Icterícia. ANEMIA MEGALOBLÁSTICA Causas Deficiência de vitamina B12 ou ácido fólico: » Ingestão inadequada » Alterações na absorção » Falta de fator intrínseco Esse distúrbio é provocado pela carência de vitamina B12 ou de ácido fólico no organismo. Uma vez que esses dois fatores são importantes para a síntese de DNA e responsáveis pela eritropoese, a sua falta causa um defeito na síntese de DNA, levando ao desequilíbrio no crescimento e divisão celular. Divisão celular. **Transportam O2, porém são mais frágeis Causas: Deficiência de vitamina B12: » Neoplasias malignas » Nutrição deficiente de vitamina B12; » Anemia Perniciosa; » Fármacos: Neomicina, colchicina Anticoncepcionais orais Anticonvulsivantes Deficiência de ácido fólico: » Injestão inadequada » Absorção deficiente » Fármacos: barbitúricos Quando suspeitar? Cansaço, fraqueza, palidez, taquicardia,... Anemia macrocítica Anorexia, diarréias Como confirmar? Presença de macrocitose no hemograma Eritrograma revela VCM maior do que 110 Reticulócitos reduzidos Baixos níveis de vitamina B12 Punção de medula (mielograma) ➔hiperplasia eritróide Como tratar? Ácido Fólico Vitamina C Vitamina B12 ANEMIAS POR DEFEITOS GENÉTICOS Anemia de células falciformes Talassemias Esferocitose Deficiência de glicose 6 fosfato desidrogenase. ESFEROCITOSE Doença autossômica dominante em 75% dos casos As hemácias se formam pequenas e esféricas, não podemser comprimidas (não possuem a estrutura flexível normal) ➔ leve compressão ➔ hemólise. É causada por um defeito na membrana da hemácia, resultando numa instabilidade do citoesqueleto celular. A hemácia perde superfície, tornando-se esférica e de tamanho menor. Assim, estas células são rapidamente seqüestradas da circulação pelo baço. A deficiência de espectrina é a causa mais comum de esferocitose; Características do Hemograma: Hemácias microcíticas e hipercrômicas, forma esférica sem palidez central; O aumento da CHCM (Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média) é característico na esferocitose; A contagem de reticulócitos encontra-se aumentada. DEFICIÊNCIA EM GLICOSE-6-FOSFATO DESIDROGENASE Doença hereditária recessiva ligada ao cromossomo X que, frequentemente, desencadeia uma anemia hemolítica. A G6PD catalisa o primeiro passo da via das pentoses fosfato, produzindo NADPH, que é crucial para a proteção das células contra o stress oxidativo. A G6PD é expressa em todos os tecidos, mas a sua deficiência manifesta-se essencialmente nas hemácias. Diagnóstico: Reticulócitos aumentados; Queratócitos (hemácias mordidas) ANEMIAS POR AGRESSÃO PERIFÉRICA AOS ERITRÓCITOS Malária: reprodução do Plasmodium sp. nas hémacias e seu posterior rompimento. Anemias hemolíticas imunológicas: reação autoimune “contra” hemácias ANEMIAS DECORRENTES DE DOENÇAS DA MEDULA ÓSSEA Anemia Aplástica: falta de medula óssea funcionante: lesão das células primitivas da eritropoese. Pode ter como causa o uso de drogas, a hepatite viral e a exposição à radiação ionizante. Leucemias e Tumores na Medula ANEMIA ASSOCIADA A INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Eritropoetina Rins Hipóxia tecidual ⤷ Estimula as cels progenitoras eritróides imaturas. ⤷ Produzida através da técnica do DNA recombinante Eritropoetina Usos: Anemia - insuf. renal crônica Pacientes AIDS (zidovudina) ↓ níveis endógenos de eritropoetina Não se destina a paciente que necessitam de correção imediata de anemia grave