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5 Aula Profa Marília Oliveira - Relaçoes Humanas e Dinâmica de Grupos

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Relações Humanas e 
Dinâmica de Grupos
Graduação em Psicologia 
Prof.ª: Ma. Marília Oliveira – 5ª Aula 20.09.22
Dinâmica dos Grupos
Jogos de Empresas 
1. Coleta de dados - A percepção clara do problema direciona quais os
dados a serem investigados e a escolha de instrumentos para obtê-los:
observação, entrevistas, questionários, roteiros e reuniões.
2. Diagnóstico - Identificação da lacuna entre o estado atual versus o
estado desejado. Depende da veracidade das informações, relevância e
habilidade de interpretá-las.
Modelo pesquisa-ação
Kurt Lewin
3. Ação - O planejamento global estratégico e tático das ações é facilitado
pela capacidade de aplicar técnicas de resolução de problemas. Os resultados
da implementação variam de acordo com o contexto, as tecnologias e os
recursos disponíveis.
4. Avaliação - Como está a situação agora?
Modelo pesquisa-ação
Kurt Lewin
Modelo pesquisa-ação
PERCEPÇÃO
COLETA DE DADOS
DIAGNÓSTICO
AÇÃO
AVALIAÇÃO
Formulação do problema
Informações
Análise
Compreensão | Significado
Atual x Planejado
Objetivos
Planejamento – Estratégias e táticas
Atividades
Resultados
Critérios
Mensuração/inferências
Significado
PESQUISA
AÇÃO
Feedback
Kurt Lewin
1. Definir objetivo da dinâmica, baseado no
contexto/demanda;
2. Introdução – instruções sobre a atividade e garantia de
compreensão dos participantes;
3. Desenvolvimento – coleta de informações para o
debriefing;
4. Processamento (debriefing) – Correlação da atividade com o
contexto e objetivo.
Etapas da dinâmica de grupo
PANORAMA 
CONCEITUAL
Treinamentos Comportamentais com Jogos de Empresas
O jogo empresarial é uma ferramenta lúdica e participativa que possibilita a integração entre jogadores dentro de um
conjunto definido de regras.
O jogo utiliza o CAV – Ciclo de aprendizagem vivencial, uma metodologia participativa, lúdica e efetiva que constrói uma
abstração da realidade para desenvolver processos organizacionais.
Possibilita o desenvolvimento de conteúdos em diversas esferas organizacionais. Esta metodologia apresenta ótimos
resultados em processos de desenvolvimento de competências, permitindo a reflexão e análise crítica dos participantes em
relação aos comportamentos e atitudes e o estímulo à implementação da qualidade e aumento de produtividade.
No âmbito interpessoal, o jogo empresarial coloca em questão a capacidade de organização e integração dentro de um
grupo, em correlação direta com a realidade organizacional, uma vez que trás à tona um contexto de crise, metas, prazos,
lucro ou prejuízo e responsabilidade social.
PANORAMA 
CONCEITUAL
Ciclo de Aprendizagem Vivencial (CAV)
Vivência Atividade
Relato Compartilhamento com o grupo
Processamento Análise da experiência vivenciada
Generalizações Inferências sobre mundo real
Aplicabilidade Planejamento e utilização de conceitos
Através da estrutura do jogo há transferência do conhecimento adquirido durante a vivência, para a prática cotidiana
A dinâmica/Jogo pode provocar o surgimento de emoções, 
sentimentos, traumas...
Alerta:
A aprendizagem Vivencial ocorre quando uma pessoa se
envolve numa atividade, analisa a atividade criticamente,
extrai algum “insight” útil dessa análise e aplica seus
resultados. Certamente, este processo é vivenciado
espontaneamente a vida normal de qualquer pessoa.
CAV -Aprendizagem Vivencial
Nós o chamamos de “processo indutivo”, porque parte da
simples observação, mas do que uma “verdade”
estabelecida, como seria, no “processo dedutivo”.
A aprendizagem pode ser definida como uma mudança
relativamente estável do comportamento e este é o objetivo
típico da educação formal ou informal.
CAV -Aprendizagem Vivencial
1 – Vivência
O primeiro estágio da aprendizagem vivencial é ligado a jogos
ou a divertimentos. Obviamente, se o processo para após
este estágio, todo o aprendizado é relegado ao acaso e o
trabalho do facilitador fica incompleto.
Quase toda atividade que implica em auto-avaliação e
interação interpessoal pode ser usada como estágio de
vivência da Aprendizagem Vivencial.
CAV –Fases do Ciclo
1 – Vivência
A relação abaixo se refere às atividades individuais e grupais mais comuns:
CAV –Fases do Ciclo
Fabricação de produtos;
Criação de objetos de arte;
Elaboração de piadas e
anedotas;
Dramatização;
Interações;
Solução de problemas;
Feedback;
Auto-exposição;
Fantasia;
Escolha;
Comunicação não-verbal;
Redação;
Análise de estudos de 
casos;
Negociação;
Planejamento;
Competição;
confrontação
1 – Vivência
Estas atividades podem ser levadas a efeito por indivíduos
em tríades, duplas, pequenos grupos, arranjos de grupos ou
grandes grupos.
Os objetivos das atividades estruturadas são gerais e
colocadas em termos de “explorar”, “examinar”, “identificar”,
“vivenciar”, “analisar” etc.
CAV –Fases do Ciclo
1 – Vivência
A aprendizagem indutiva significa aprendizagem através da
descoberta, onde o que exatamente será aprendido não pode
ser especificado de antemão.
Tudo o que se quer neste estágio do ciclo de aprendizagem, é
desenvolver uma base comum de dados para a discussão que
se fará em seguida.
CAV –Fases do Ciclo
1 – Vivência
Algumas vezes, o facilitador despende uma quantidade
enorme de energia, planejando as atividades, sem, contudo,
planejar a fase de análise.
Os próximos quatro estágios do Ciclo de Aprendizagem
Vivencial são essenciais para que a aplicação do exercício
tenha sentido.
CAV –Fases do Ciclo
1 – Vivência
Durante a vivência pode ocorrer bastante excitação e
divertimento, bem como conflitos nas interações humanas.
Mas, estes fatores não são sinônimos de aprendizagem. Eles,
apenas, fornecem um referencial comum para o investigação.
CAV –Fases do Ciclo
2 – Relato
As pessoas, após vivenciarem uma atividade, estão prontas
para compartilhar o que viram e/ou como se sentiram,
durante o evento. A intenção, aqui, é tornar disponível, para
o grupo, a experiência de cada indivíduo.
CAV –Fases do Ciclo
2 – Relato
Este estágio envolve a descoberta do que aconteceu entre os
indivíduos, tanto em nível cognitivo quanto afetivo,
enquanto a atividade estava se desenvolvendo.
CAV –Fases do Ciclo
2 – Relato
O relato pode ser facilitado através de:
• Registro de dados referentes à produtividade do grupo, satisfação, confiança,
liderança, comunicação, decisões, sentimentos etc;
• Registro de rápidas associações de ideias, abrangendo as vários tópicos
relacionados à atividade;
• Relatos nos subgrupos;
• Listas afixadas no quadro ou cavalete, contendo dados do grupo;
• Giro pelos grupos, com a realização de mini-entrevistas com os participantes,
para que relatem suas dificuldades e facilidades;
• Análise do desempenho do grupo quando da representação de papéis (de
coordenador, moderador, redator/relator etc)
CAV –Fases do Ciclo
2 – Relato
A fase do relato pode desenvolver-se através de discussões livres,
mais isto exige que o facilitador esteja cônscio das diferenças dos
diversas estágios do ciclo e intervenha nas horas certas, fazendo com
que o grupo abstraia-se da atividade e dos papéis, para que haja a
aprendizagem.
CAV –Fases do Ciclo
3 – Processamento
É a fase do ciclo conhecida como dinâmica de grupo, na qual os
participantes reconstroem os padrões de comportamento, as
interações da atividade, a partir de relatos individuais.
Esta discussão em profundidade é a parte crítica do ciclo e não pode
ser ignorada. O facilitador planeja, cuidadosamente, esta fase, nela,
pode utilizar:
CAV –Fases do Ciclo
3 – Processamento
• Roteiro de observação do processo;
• Discussão temática de tópicos decorrentes dos relatórios individuais;
• Complementação de sentenças, como: “a liderança foi...”, a participação
nesta atividade levou a...” etc;
• Questionários estruturados, relacionados com o tema;
• Palavras-chave afixadas em local visível, que possam orientar as
discussões;
• Feedback interpessoal, relativo ao desempenho dos membros do grupo
CAV –Fases do Ciclo
3 – Processamento
Nesta fase os participantes são levados a observar o que aconteceuem termos
de dinâmica. O facilitador deve clarear para o grupo que o que se passou foi
artificialmente planejado pela estrutura da atividade.
Aqui, os participantes, geralmente tendem a antecipar o próximo estágio do
ciclo e fazem generalizações prematuras. O facilitador precisa certificar-se de
que o processamento foi adequado antes de prosseguir para os estágios
seguintes.
CAV –Fases do Ciclo
4 – Generalizações
No estágio da generalização, os participantes inferem princípios que podem ser
aplicados em sua realidade, a partir da atividade. Este estágio pode ser
aprofundado a partir de algumas estratégias.
• Fantasia
Levar os participantes a imaginarem situações realísticas do dia-a-dia e a
aplicação de alguns conceitos extraídos da atividade.
Ex.: “Semelhantes entre o trabalho desenvolvido aqui e os trabalhos
desenvolvidos nas empresas...”
CAV –Fases do Ciclo
4 – Generalizações
• Análise individual
Questionar os participantes sobre as habilidades que adquiriram ou
aprenderam, com a atividade.
• Palavras-chave
Afixar tópicos que sirvam de subsídios para generalizações.
Ex.: “liderança, comunicação, sentimentos...”
• Complementação de sentenças
Completar frases, como: “a eficiência de um trabalho de grupo depende de...”
CAV –Fases do Ciclo
4 – Generalizações
É importante que, nesta fase, as generalizações sejam debatidas e apresentadas
ao grupo, de forma oral e visual. Esta estratégia ajuda a facilitar a aprendizagem.
O facilitador precisa manter uma postura não avaliativa em relação ao que é
aprendido, buscando do próprio grupo o complemento de ideias e generalizações
incompletas.
No estágio de generalizações é facultado ao facilitador introduzir conclusões
teóricas e resultados de pesquisas, para enriquecer o aprendizado.
CAV –Fases do Ciclo
5 – Aplicação
O estágio de aplicação é o propósito para o qual todo o processo é planejado. É o
momento em que os participantes transferem as generalizações para a situação
real, na qual estão envolvidos, e planejam comportamentos mais eficazes.
Vários procedimentos podem ser adotados neste estágio:
• Consultoria em tríades (os participantes alternam-se e ajudam uns aos outros, 
levantamento problemas do dia-a-dia e aplicando generalizações)
• Estabelecimento de objetivos (plano de melhoria, baseado nos problemas do 
dia-a-dia, a partir de generalizações da tarefa)
CAV –Fases do Ciclo
5 – Aplicação
• Contratação (assumir perante o grupo compromissos explícitos no que 
concerne a aplicações)
• Formação de subgrupos de interesses comuns para discutir generalizações 
concretas, em termos do que pode ser aproveitado mais efetivamente.
• Sessão de prática (dramatizar situações do dia-a-dia, para ensaiar novas 
formas de comportamento.
CAV –Fases do Ciclo
5 – Aplicação
Existem outras maneiras de aprender. Por exemplo, habilidades são mais bem
aprendidas através da prática que se aproxima de um modelo ideal, do
conhecimento dos resultados e do esforço positivo. As atividades estruturadas
não proporcionam, de imediato, desenvolvimento de perspectivas
abrangentes. Métodos de preleção são, provavelmente, mais adequados para
este propósito.
Entretanto, o que a Aprendizagem Vivencial pode conseguir é que as pessoas
assumam o que aprenderam.
CAV –Fases do Ciclo
1. Vivência – É a fase do jogo. A atividade precisa ser adequada
ao tema central, além de atrativa e lúdica;
2. Relato – Expressar sentimentos e emoções (registro escrito,
fixação em murais, discussão livre, flip-chart);
3. Processamento (debriefing) – Analogias: O que faço no dia a dia
diferente do jogo?, identificação de facilidades e dificuldades;
4. Generalização – Correlação da atividade com o contexto
(realidade empresarial).
5. Aplicação – Planejar comportamentos mais eficazes
CAV -Aprendizagem Vivencial
Como você se sentiu durante todo o exercício?
Quais foram as dificuldades encontradas na etapa de 
execução
Como ela se relaciona com a vida real?
O comportamento individual influencia diretamente no 
resultado?
Como um grupo deve se comportar com relação aos 
objetivos que pretende alcançar?
Diretrizes para o Processamento
Atividade Vivencial
“O QUE OUÇO, ESQUEÇO.
O QUE VEJO, RECORDO.
O QUE FAÇO, APRENDO”
(Confúcio, IV a.C.)

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