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139Urbanização e Industrialização no Brasil
História
Texto 5
De uma perspectiva histórica, o tratado de 1810 teve importantes impli-
cações sobre o nosso desenvolvimento manufatureiro, pois atuou no senti-
do de retardar experiências, viáveis ou não economicamente, que de outro 
modo ter-se-iam já incorporado à nossa formação industrial.
(Adaptado de LUZ apud HOLLANDA, 2004, t.2, v.4, p.32.)
Texto 6
Em 1819, já havia uma tecelagem no Rio de Janeiro, sendo que a pri-
meira fábrica de tecidos instalou-se em Vila Rica, em 1814. No relatório da 
Comissão de Inquérito Industrial, publicado em 1882, afirma-se que a pri-
meira fábrica regular de fiação e tecidos de algodão foi fundada em Pernam-
buco logo depois da independência. Em 1824, outra fábrica se instala em 
Minas Gerais. Em 1826, no Andaraí Pequeno, Rio de Janeiro, surgira uma 
estamparia; em seguida, 1841, também no Andaraí Pequeno, estabeleceu-
se a fábrica de tecidos de propriedade de Frederico Guilherme.
No século XIX, a indústria metalúrgica ainda era constituída, na sua maior 
parte, por pequenas empresas. A primeira fundição do Rio de Janeiro data 
de 1815. Em 1817, surgia a Fundição do Cabrito, na Bahia, e em 1819, re-
organizou-se a fábrica de ferro São João de Ipanema, em São Paulo.
A indústria da chapelaria também era uma das mais antigas. Data de 
1825, no Rio de Janeiro. Em 1846, já havia seis fábricas deste ramo só na 
Corte, número que chegaria a 21 em 1866.
(Adaptado de HARDMAN, 1991, p.31-37.)
Até 1850, os ritmos das transformações, pelas quais a sociedade 
brasileira passava, eram bastante lentos. As cidades, em meio às heran-
ças do sistema colonial e à presença do escravismo, eram ainda peque-
nas em sua maioria e contavam com apenas uma pequena proporção 
da população. Eram pacatas e provincianas, suas fisionomias urbanas 
bastante restritas, construídas de casa de taipa ao longo de ruas lama-
centas, sem iluminação, onde mulas de carga e escravos tropeçavam. 
A partir da segunda metade do século XIX, a economia brasileira 
passou por um processo de transformação influenciada pelo desenvol-
vimento da lavoura cafeeira. O crescimento da produção e exporta-
ção do café gerou muitos lucros. Estes foram investidos em atividades 
complementares necessárias à expansão da cafeicultura, como, por 
exemplo: investimentos nos portos, em companhias de seguros, orga-
nização bancária e melhoria dos meios de transporte (principalmen-
te na construção de ferrovias), essenciais para o escoamento da gran-
de produção.
140 Relações de Trabalho
Ensino Médio
Texto 7
Assim, em 30 de abril de 1854, foi inaugurada a primeira estrada de 
ferro no Brasil - a Estrada de Ferro Petrópolis, ou Estrada de Ferro Mauá. 
Esse trem inaugural composto por três carros de passageiros e um 
de bagagem, foi rebocado por uma locomotiva fabricada por Fair-
bairn & Sons (Inglaterra), batizada “Baronesa”, cujo nome constitui 
uma homenagem feita à esposa do Barão de Mauá.
Foram também os lucros gerados pela cafeicultura que possibilita-
ram o capital necessário para a criação da indústria no Brasil. Com o 
dinheiro proveniente das atividades cafeeiras foi possível a importação 
de máquinas e equipamentos, ferramentas e algumas matérias-primas. 
“É por isso que se pode dizer que a industrialização que se deu no Bra-
sil entre 1885 e 1930 não passou de uma conseqüência da reorganiza-
ção capitalista da cafeicultura.” (SINGER apud HOLLANDA, 2004, t.3, v.4, p.216).
Além do crescimento da economia cafeeira, outro fator importan-
te para o desenvolvimento industrial na segunda metade do século 
XIX foi a substituição do trabalho escravo pelo trabalho assalariado li-
vre dos imigrantes europeus. Esses imigrantes, que inicialmente vie-
ram trabalhar nas lavouras de café, foram a principal mão-de-obra da 
indústria nascente, e também constituíram o mercado consumidor dos 
produtos por ela produzidos.
Texto 8
Não obstante, o processo de industrialização foi imensamente influenciado pela onda de imigração 
européia. Os imigrantes, na grande maioria, eram jovens, preponderantemente do sexo masculino e, 
portanto, imediatamente produtivos. Eles (os imigrantes) haviam sido, amiúde, habitantes de cidades 
ou tinham, pelo menos, experiência de trabalho assalariado e eram sensíveis aos seus incentivos. Os 
imigrantes, freqüentemente mais alfabetizados do que a classe brasileira, inferior, trouxeram habilidades 
manuais e técnicas que raro se encontravam no Brasil. Visto que uma das principais falhas da socieda-
de agrária brasileira consistia em não incentivar a aquisição das primeiras letras nem das habilidades ar-
tesanais, a importação desse capital humano consistiu um golpe tremendo, mais valioso do que as re-
servas de ouro ou mesmo do que a maquinaria.
(Adaptado de DEAN apud HOLLANDA, 2004, t.3, v.1, p.252-253.)
Identifique no texto 8 a opinião do autor sobre a presença dos imigrantes no Brasil e a sua atua-
ção na indústria.
 ATIVIDADE
www.central.rj.gov.brn

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