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351Relações de dominação e resistência na sociedade ocidental moderna História postas pelos parlamentos de diversos países, os trabalhadores se or- ganizaram em sindicatos e ganharam poder de luta na defesa de seus interesses. Para você compreender os elementos que possibilitaram a formação da consciência de classe dos operários ao longo do proces- so da industrialização, leia o texto 9. Texto 9 O fato relevante do período entre 1790 e 1830 é a formação da “classe operária”. Isso é relevado, em primeiro lugar, no crescimento da consciência de classe: a consciência de uma identidade de in- teresses entre todos esses diversos grupos de trabalhadores contra os interesses de outras classes. E, em segundo lugar, no crescimento das formas correspondentes de organização política e industrial. Por volta de 1832, havia instituições da classe operária solidamente fundadas e autoconscientes, sin- dicatos, sociedades de auxílio mútuo, movimentos religiosos e educativos, organizações políticas, pe- ríodicos, além das tradições intelectuais, dos padrões e da estrutura da sensibilidade da classe operá- ria. (Adaptado de THOMPSON,1987, p.17.). • Você conheceu, por meio dos textos 8 e 9, as formas de protesto que surgiram no início do perío- do industrial. Faça uma pesquisa a partir de uma consulta bibliográfica e cite os movimentos sociais que estão ocorrendo no Brasil contemporâneo. Procure os motivos dessas reivindicações, os sujei- tos históricos que as propuseram, em que contextos os mesmos encontram-se inseridos. PESQUISA A sociedade operária, que surgiu com a industrial inglesa, em me- ados do século XVIII, alcançou seu pleno amadurecimento no século XIX. Segundo o historiador Eric J. Hobsbawm (1917- ), o movimento operário surgido na primeira metade do século XIX, foi uma resposta ao grito dos homens pobres que passaram a viver à margem da nova sociedade burguesa, industrializada e recém inaugurada a partir da Re- volução industrial. Diante de uma realidade onde os antigos artesãos independentes agora haviam se tornado operários dependentes, esses homens buscavam alternativas para uma vida mais digna. • Escreva uma narrativa histórica comparando as permanências e as mudanças relativas aos movi- mentos sociais do período da Revolução Industrial aos movimentos sociais que agem nos séculos XX e XXI. ATIVIDADE 352 Relações Culturais Ensino Médio Referências Bibligráficas: ENGELS, F. A situação da classe operária na Inglaterra. Lisboa: Pre- sença, 1975. FALCON, F. J. C. Iluminismo. São Paulo: Ática, 1986. FERREIRA, A. B. de H. et. al. Novo Dicionário Aurélio de Língua Portu- guesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. FLORENZANO, M. As revoluções burguesas. São Paulo: Brasiliense, 1981 (Coleção Tudo é História; 8) FORTES, L. R. S. O Iluminismo e os reis filósofos. São Paulo: Brasilien- se, 2004 (Coleção Tudo é História; 22). FURTADO, J. P. Inconfidência mineira: um espetáculo no escuro. São Paulo: Moderna, 1998. GIDDENS, A. Sociologia. Porto Alegre: Artmed, 2005. HILL, C. O mundo de ponta-cabeça: idéias radicais durante a Revolução Inglesa de 1640. São Paulo: Companhia das Letras, 1987. HOUAISS, A; VILLAR, Mauro de Salles. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. LE GOFF, J. História e memória. Campinas: Editora da UNICAMP, 2003 MARQUES, A.; BERUTTI, F.; FARIA, R. História e memória através de textos. São Paulo: Contexto, 1994. NOVAES, A. (org.). A descoberta do homem e do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. ROUSSEAU, J. J. Do contrato social. São Paulo: Abril,1978. Cultural (Co- leção Os Pensadores). THOMPSON, E. P. A formação da classe operária inglesa: a maldição de Adão. V. 2 Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1987. Obras Consultadas ARRUDA, J. J. de A. A revolução inglesa. São Paulo: Brasiliense, 1999 (Coleção Tudo é História; 82) IGLESIAS, F. A revolução industrial. São Paulo: Brasiliense, 1986. PERY, M. Civilização ocidental: uma história concisa. São Paulo: Martins fontes, 1985. Revista História Viva. Ano I, no.10, agosto de 2004.
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