Buscar

Câncer colorretal o que é sintomas e tratamento

Prévia do material em texto

1/3
Câncer colorretal: o que é, sintomas e tratamento
4 minutos para ler
O câncer do intestino grosso, também conhecido como colorretal, surge a partir da multiplicação
desordenada das células do cólon e reto. A partir desse descontrole celular, surgem os pólipos –
pequenas lesões que crescem nas paredes do intestino e que servem de alerta, pois podem evoluir para
o câncer. Embora nem sempre os pólipos sejam sinônimos da doença, são sinais que merecem atenção.
De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), estimam-se 40 mil novos casos da
doença, todos os anos, no Brasil. Trata-se da segunda neoplasia maligna mais frequente, mas que pode
ser prevenida a partir da chamada Prevenção Secundária: ações que identificam e corrigem qualquer
desvio da saúde.
No caso do câncer colorretal, a identificação dos pólipos via exames, como a colonoscopia, e a retirada
dessas lesões são as principais medidas preventivas, que visam evitar o desenvolvimento para a
neoplasia maligna. Hábitos de vida, especialmente alimentares, também são fatores protetores, como
aumentar a ingesta de alimentos ricos em fibras e in natura (não industrializados) e diminuir o consumo
de gordura animal. Ainda, em menor grau, o uso de suplementos alimentares, como cálcio e vitamina D,
para pessoas com deficiência nesses nutrientes.
https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-intestino
2/3
Segundo Sidney Klajner, cirurgião do aparelho digestivo, coloproctologista e presidente da Sociedade
Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, os pacientes cujo diagnóstico foi feito por meio da
prevenção têm uma sobrevida maior — em comparação com aqueles que descobriram a doença após a
manifestação dos sintomas.
Sintomas
O principal sintoma que o paciente com câncer de intestino manifesta é a presença de sangramento nas
fezes. Daí a importância em sempre investigar quando há sangue retal.
Trata-se do principal sintoma, mas não é o único, e há uma diferença de sinais de acordo com a
localização do tumor no intestino:
No lado direito, os sintomas mais frequentes são: anemia, emagrecimento e, nos casos mais
avançados da doença, uma massa palpável no abdome.
No lado esquerdo, ou na região do reto/próxima do ânus: alteração de hábitos intestinais e
sangramento retal.
Fatores de risco
Há alguns anos, o consenso entre os especialistas era que o rastreamento para o câncer colorretal
começasse a partir dos 50 anos, ou mais. Agora, a orientação é que essa busca ativa comece mais
cedo, a partir dos 40 anos.
A mudança, de acordo com Sergio Eduardo Alonso Araujo, médico coloproctologista, presidente eleito
da Sociedade Brasileira de Coloproctologia e diretor médico do Centro de Oncologia e Hematologia
Einstein Família Dayan – Daycoval, veio a partir da redução nos casos da doença na população mais
velha de países desenvolvidos, reflexo do diagnóstico precoce — o que também acarretou uma melhora
na sobrevivência desses pacientes. 
Caso haja histórico pessoal ou familiar com a identificação de pólipos ou do câncer em si, é importante
que o rastreamento venha antes, visto que isso favorece a ocorrência do tumor. Em geral, 10 anos antes
da idade em que o parente desenvolveu a doença, por exemplo.
Tratamento
Uma vez identificados os pólipos durante o exame de colonoscopia, o especialista faz a retirada dessas
lesões no mesmo momento. De acordo com o número e o tipo dos pólipos, o paciente receberá a
indicação de uma nova colonoscopia, com um intervalo de tempo adequado conforme a orientação
baseada em evidência científica. Quanto mais agressivo, mais curto é o intervalo. 
O paciente pode passar ainda por cirurgia, quimio e radioterapia, quando o câncer é diagnosticado. Em
até 20% dos casos, podem apresentar metástase — nova lesão tumoral, em outro local do corpo, em
geral.
3/3
Compartilhe:
Share
Post
Share
Share
Posts relacionados

Continue navegando