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Lei 10.098 e CNJ - Resumo

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3Direitos autorais reservados, proibída a reprodução, ainda que parcial, sem prévia autorização do GG
PRÉ-PROVA
SUMÁRIO
LEI 10.098 E CNJ - GUILHERME KOENIG ............................................................................. 05
DIREITO PENAL - RODRIGO GOMES .................................................................................. 11
PORTUGUÊS - CARLOS ZAMBELI E THAIS OLIVEIRA ........................................................... 17
ECA - RAFAEL FETT ............................................................................................................ 23
PROCESSO CIVIL - MOZART ............................................................................................... 29
DIREITO CONSTITUCIONAL - DANIEL SENA ........................................................................ 37
DIREITO CIVIL - GIULIANO TAMAGNO ............................................................................... 43
REGIMENTO INTERNO - ARIEL ZVOZIAK ............................................................................ 49
DIREITO ADMINISTRATIVO - TATIANA MARCELLO ............................................................. 55
LGPD E DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA - RAFAEL RAVAZOLO ............................... 61
INFORMÁTICA - MÁRCIO HUNECKE .................................................................................. 69
DIREITO PROCESSUAL PENAL - PRICILLA FERNANDES ........................................................ 75
DIREITO PROCESSUAL PENAL - EDUARDO BRANDÃO ........................................................ 81
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LEI 10.098 E CNJ
Prof. Guilherme Koenig
LEI 10.098 E CNJ
CONSOLIDAÇÃO NORMATIVA JUDICIAL
DICAS SOBRE ATRIBUIÇÕES E ENVOLVIMENTO DO OFICIAL DE JUSTIÇA
→ Atribuições do OJE (não tem como não cair uma questão sobre isso de alguma forma):
 • Fazer pessoalmente citações, prisões, penhoras, arrestas e demais diligências próprias do seu 
ofício, sempre que possível na presença de 2 testemunhas, certificando no mandado o ocorri-
do, com menção ao lugar, ao dia e à hora; 
 • Lavrar certidões e autos das diligências que efetuarem
 • Executar as ordens do juiz a que estiver subordinado e auxiliar o juiz na manutenção da ordem
 • Efetuar avaliações, quando for o caso
 • Certificar, em mandado, proposta de auto composição quando apresentada por qualquer das 
partes, na ocasião de realização de ato de comunicação que lhe couber
 • Exercer, quando designado, as funções de OJIJ ou Comissário de Vigilância
 • Cotar os valores dos atos praticados e as despesas de condução
 • Receber, diariamente, os mandados que lhes forem destinados
 • Entregar o mandado em cartório ou na central de mandados após seu cumprimento. Os man-
dados expedidos em processo eletrônico serão devolvidos via sistema
→ O oficial de justiça poderá deixar, no endereço designado no mandado, aviso de que ali esteve, 
contendo solicitação de comparecimento e indicação do foro onde poderá ser encontrado (modelo 
em anexo - PJ-701}, em envelope devidamente fechado.
→ É vedada a nomeação de Oficial de Justiça ad hoc mediante portaria, ressalvada a hipótese de 
nomeação para atuação EXCLUSIVA EM EXECUÇÕES FISCAIS DE DETERMINADO MUNICÍPIO, nos 
termos de prévio convênio específico para cessão de servidor público municipal para atuação como 
Oficial de Justiça ad hoc firmado entre o Poder Judiciário e o respectivo ente municipal
→ Magistrados não podem determinar aos Oficiais de Justiça que efetuem o transporte de presos, 
doentes ou adolescentes infratores em ônibus ou em seus veículos particulares
→ Oficial de Justiça não pode cobrar despesas de condução diretamente das partes
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→ Oficial de Justiça ao sair de férias deve ter cumprido todos mandados em atraso (recebidos há 
mais de 30 dias) ou com audiência para 10 dias posteriores ao início das férias. O substituto quando 
devolver o resíduo demandados ao servidor, deverá também ter cumprido todos mandados com 
data de audiência até 10 dias posterior ao retorno do Oficial.
→ Oficial de Justiça não pode ser removido com mandados em atraso (recebidos há mais de 30 
dias) ou com audiência para 10 dias posteriores à publicação do ato de remoção. Mas cuidado aqui: 
o relatório será submetido à apreciação da Direção do Foro que avaliará o critério de vinculação de 
mandados e, sendo o caso, solicitará à Corregedoria-Geral da Justiça, condicionar o início do trân-
sito do Oficial de Justiça ao efetivo cumprimento do resíduo de mandado em carga com excesso de 
prazo (corregedoria vai analisar a urgência do provimento no novo cargo).
DICAS SOBRE DESPESAS DE CONDUÇÃO
Regra: pagas antecipadamente (antes do cumprimento, mas OJ recebe após cumprir)
Exceção: quando as circunstâncias não permitirem a imediata antecipação, o recolhimento deverá 
ser realizado na primeira oportunidade processual. 
→ Várias diligências em um mesmo endereço (unidade autônoma): depósito de 1 só ato (uma 
condução)
→ Ação de execução: citação é um ato e penhora é outro, ou seja, desafia recolhimento de 2 conduções.
→ Excepcionalmente, provada a necessidade de diversos deslocamentos do Oficial de Justiça até 
o local para o efetivo e integral cumprimento da ordem judicial, o magistrado PODERÁ autorizar o 
pagamento EM DOBRO daquele valor.
→ Parcelamento das despesas processuais dada pelo magistrado não afeta a verba de condução do OJE
→ Os mandados de citação e/ou intimação expedidos diretamente para cumprimento em outra 
Comarca, nos processos que tramitam no sistema eproc, desafiam o recolhimento da despesa de 
condução no valor fixo de 3 URC’s, de forma antecipada.
→ Não paga condução: Estado do RS e suas autarquias, além daqueles que tiverem isenção legal ou 
dispensa judicial (exemplo MP, DP e AJG).
→ Paga verbas de condução normalmente: Fazenda Pública Federal e Municipal e suas autarquias, 
entidades de classe e entidades paraestatais. 
→ Município pode fazer convênio com TJ para dispensa da verba de condução mediante disponibi-
lização de motorista e veículo para cumprimento de ordens judiciais
→ Na comarca de Porto Alegre, o Juiz Diretor do Foro poderá fixar até três valores como parâme-
tros para fins de antecipação de despesa de condução do Oficial de Justiça: o 1º em relação à zona 
urbana; o 2º em relação à zona de expansão urbana ou periferia da cidade; e o 3º em relação à zona 
rural do Município, adotando a devida ao relacionar quais os distritos, bairros ou vilas que integram 
cada zona, sendo o caso.
→ Na Comarca da Capital NÃO são devidas despesas de condução para cumprimento de manda-
dos, ainda que adotado o sistema de Central de Mandados, num raio de 1 km da sede do juízo, 
assim considerado o endereço do Foro Central da comarca
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DICAS SOBRE CENTRAL DE MANDADOS
→ A Central de Mandados é um sistema racionalizador da atividade dos Oficiais de Justiça e destina-
se ao recebimento, distribuição, controle e devolução dos mandados judiciais.
→ Para criação da central: 1. Comarca precisa ser de grande porte; 2. Servida por sistema 
informatizado; 3. Solicitação do Diretor do Foro dirigido ao COMAG, depois de ouvida a Corregedoria 
sobre conveniência e efetiva necessidade.
→ Tratando-se de órgão auxiliar da Direção do Foro, compete à Central zelar pelo efetivo 
cumprimento dos mandados, mantendo estatísticas e relatórios de produção, NO MÍNIMO, 
MENSAIS.
→ Para efeitos da distribuição dos mandados, os Oficiais de Justiça ficarão lotados junto à Central e 
serão designados por zona territorial, segundo escala determinada pela Direção do Foro.
→ A Direção do Foro poderá manifestar-se sobre a designação de Oficiais de Justiça para atuaremexclusivamente em determinadas Varas ou sobre a exclusão de Varas do sistema centralizado
→ A Central de Mandados fornecerá aos Oficiais de Justiça, NO MÍNIMO MENSALMENTE, relatórios 
dos mandados não cumpridos no prazo, bem como afixará os relatórios mensais por período 
razoável.
→ Reputando necessário, o Juiz de Direito Diretor do Foro indicará servidor para exercer a chefia da 
Central de Mandados, a ser designado pelo Presidente do Tribunal de Justiça
→ Funções do Chefe da central de mandado: 
I - fiscalizar o comparecimento obrigatório dos Oficiais de Justiça e demais funcionários que 
atuem no órgão, comunicando à Direção do Foro os casos de faltas e atrasos; 
II - proceder a verificação e a periódica cobrança dos mandados não cumpridos 
tempestivamente, efetuando intimações para a sua devolução no prazo estipulado pela Direção 
do Foro ou determinado especificamente pelo juízo de origem, com adoção do procedimento 
previsto no Parágrafo único do artigo 338 desta Consolidação”; 
III - sugerir à Direção do Foro a escala de plantão dos Oficiais de Justiça, e atender pessoalmente 
aos casos urgentes no impedimento eventual do plantonista; 
IV - cumprir outras atribuições conferidas pela Direção do Foro.
→ Cabe à Direção do Foro, onde não houver Central de Mandados, efetivar o controle do 
cumprimento dos mandados e das precatórias em carga com os Oficiais de Justiça na Comarca, 
mediante consulta dos relatórios de mandados não devolvidos disponíveis nos sistemas 
informatizados de 1º grau, sem prejuízo da realização da cobrança pelo Escrivão de cada unidade 
quando se mostrar necessário (atualização de 2020 da CNJ)
→ O controle do atraso no cumprimento dos mandados será feito BIMESTRALMENTE
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LEI ESTADUAL 10.098/94 – ESTATUTO E REGIME JURÍDICO ÚNICO DOS 
SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
DICA 1: FORMAS DE PROVIMENTO X FORMAS DE VACÂNCIA
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DICA 2: NOMEAÇÃO, POSSE E EXERCÍCIO
DICA 3: INDENIZAÇÕES
DICA 4: PERQUIRIÇÃO PENAL E REMUNERAÇÃO
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DICA 5: SANÇÕES
→ 7 PENALIDADES ADMINISTRATIVAS:
I. Repreensão (por escrito, como regra por falta de cumprimento do dever funcional ou 
procedimento público inconveniente)
II. Suspensão (máx. 90 dias, pode ser convertido em multa de 50% da remuneração do dia, 
aplicada como regra em função de cometimento de uma das proibições)
III. Demissão 
IV. Cassação da aposentadoria 
V. Cassação da disponibilidade
VI. Multa (aplica-se na suspensão ou na cassação da aposentadoria)
VII. Destituição do cargo em comissão ou função gratificada ou equivalente
*Advertência não está elencada como penalidade, mas existe de forma verbal e particular (quando 
não ensejar penalidade mais gravosa em função da conduta do servidor). 
DICA 6: PAD E SINDICÂNCIA
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DIREITO PENAL
Prof. Rodrigo Gomes
DIREITO PENAL
CRIMES CONTRA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
1. CONCEITO DE FUNCIONÁRIO PÚBLICO PARA EFEITOS PENAIS
Art. 327 Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente 
ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.
§ 1º Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade 
paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada 
para a execução de atividade típica da Administração Pública. 
2. PECULATO
Art. 312 Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, 
público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou 
alheio:
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DIREITO PENAL | RODRIGO GOMES
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 • Embora seja crime próprio, ou seja, exige a condição especial do agente ser funcionário público, 
admite-se o concurso de pessoas com algum particular desde que esse particular saiba da 
condição de funcionário publico do outro.
2.1 PECULATO CULPOSO
§ 2º Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
→EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE X REDUÇÃO DA PENA
§ 3º No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, 
extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.
3. CORRUPÇÃO PASSIVA
Art. 317 Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da 
função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal 
vantagem
Na modalidade de aceitar e solicitar promessa de vantagem, trata-se de crime formal, não exigindo 
o efetivo recebimento da vantagem.
Na modalidade de receber vantagem ilÌcita, o crime é material, exigindo-se o efetivo recebimento 
da vantagem
FORMA PRIVILEGIADA: Art. 317, § 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de 
ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem: (funcionário 
que cede a pedidos de amigos, conhecidos ou mesmo de estranhos, para que faça ou deixe de fazer 
algo ao qual estava obrigado, sem que vise ao recebimento de qualquer vantagem ou satisfação ou 
de interesse próprio)
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4. PREVARICAÇÃO
5. INSERÇÃO DE DADOS FALSOS EM SISTEMA DE INFORMAÇÕES (ART. 313-A)
Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou 
excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Adminis-
tração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano:
 • Ao inserir dados falsos ou excluir dados verdadeiros em banco de dados da Administração 
Pública, o agente pretende obter vantagem indevida para si ou para outrem, ou causar dano 
Inserção de dados falsos em sistema de informações
6. EMPREGO IRREGULAR DE VERBAS OU RENDAS PÚBLICAS (ART. 315)
Art. 315 Dar às verbas ou rendas públicas aplicação diversa da estabelecida em lei:
 • Se dá destinação diversa daquela estabelecida na lei. Caracteriza-se pelo fato do agente violar a 
lei orçamentária. A competência é do Juizado Especial Criminal.
7. CONDESCENDÊNCIA CRIMINOSA (ART. 320)
Art. 320 Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu 
infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levaro fato ao conhecimento 
da autoridade competente:
 • O funcionário, neste caso, deixa de responsabilizar subordinado que cometeu infração no 
exercício do cargo ou, não tendo competência para tanto, não leva o fato ao conhecimento de 
quem a tem.
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9. ADVOCACIA ADMINISTRATIVA (ART. 321)
Art. 321 Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, 
valendo-se da qualidade de funcionário:
Parágrafo único - Se o interesse é ilegítimo
O funcionário público, valendo-se da sua qualidade, patrocina, direta ou indiretamente, 
interesse privado perante a Administração Pública. Como se vê, não se trata exatamente do 
exercício da advocacia, e sim da promoção de defesa do patrocínio. Sendo ilegítimo o interesse 
privado patrocinado, o crime será qualificado.
DOS CRIMES PRATICADOS POR PARTICULAR CONTRA A 
ADMINISTRAÇÃO EM GERAL
1. USURPAÇÃO DE FUNÇÃO PÚBLICA (ART. 328)
Art. 328 Usurpar o exercício de função pública:
 • Funçãopública é o conjunto de atribuições inerentes ao serviço público. Usurpar, verbo-
núcleo do tipo, é alcançar sem direito ou com fraude. Se, com tal conduta, o agente consegue 
obter alguma vantagem, o crime é qualificado; mas, por outro lado, se o fato é inofensivo à 
Administração, não há crime.
2. ATENÇÃO NESTES DELITOS
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DIREITO PENAL | RODRIGO GOMES
3. CORRUPÇÃO ATIVA
Art. 333 Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a 
praticar, omitir ou retardar ato de ofício:
DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA
1. DIFERENÇA ENTRE DENUNCIAÇÃO E COMUNICAÇÃO
2. AUTOACUSAÇÃO FALSA
Art. 341 Acusar-se, perante a autoridade, de crime inexistente ou praticado por outrem:
 • Pratica o crime o agente que, perante autoridade, imputa a si mesmo a prática de crime 
inexistente ou praticado por outrem, porém, diversa é a situação do acusado que, na polícia 
ou em juízo, se autoacusa de crime inexistente ou praticado por outrem para se defender de 
outro delito que lhe é imputado. Nesse caso, a pessoa não comete este crime, tendo em vista 
as garantias constitucionais do direito ao silêncio, de não ser obrigado a depor contra si mesmo 
nem a se confessar ou se declarar culpado.
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3. FAVORECIMENTO
4. EXPLORAÇÃO E TRÁFICO
5. PATROCÍNIO INFIEL
Art. 355 Trair, na qualidade de advogado ou procurador, o dever profissional, prejudicando 
interesse, cujo patrocínio, em juízo, lhe é confiado:
Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa.
6. PATROCÍNIO SIMULTÂNEO OU TERGIVERSAÇÃO
Parágrafo único - Incorre na pena deste artigo o advogado ou procurador judicial que defende 
na mesma causa, simultânea ou sucessivamente, partes contrárias.
PORTUGUÊS
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PORTUGUÊS
Prof. Carlos Zambeli e 
Profª. Thais Oliveira
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ECA
Prof. Rafael Fett
ECA
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
 • Criança até doze anos incompletos
 • Adolescente de doze até 18 anos ART. 2º!
 • Entre 18 e 21 anos, excepcionalmente
 • Dever de todos assegurar, com absoluta prioridade, ART. 4º! a efetivação dos direitos 
fundamentais da C.E.
DIREITOS FUNDAMENTAIS – LIBERDADE, RESPEITO E DIGNIDADE
DIREITO À LIBERDADE – ART. 16
I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as restrições 
legais;
II - opinião e expressão;
III - crença e culto religioso;
IV - brincar, praticar esportes e divertir-se;
V - participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação;
VI - participar da vida política, na forma da lei;
VII - buscar refúgio, auxílio e orientação.
DIREITO AO RESPEITO – ART. 17
Inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral (preservação da imagem, da identidade, da 
autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos pessoais)
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ECA | RAFAEL FETT
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DIREITO À DIGNIDADE – ART. 18
 • Pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou 
constrangedor.
DA FAMÍLIA NATURAL
 • Família Natural: formada pelos pais ou qualquer deles e seus descendentes – ART. 25!
 • Família Extensa (ou ampliada): formada por parentes próximos com os quais a criança ou 
adolescente convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade.
DA FAMÍLIA SUBSTITUTA
Forma de colocação em família substitua: mediante guarda, tutela ou adoção, independentemente 
da situação jurídica da criança ou adolescente. – ART. 28!
 • Criança ou o adolescente será previamente ouvido por equipe interprofissional;
 • Maior de 12 (doze) anos de idade, será necessário seu consentimento, colhido em audiência;
 • Levar-se-á em conta o grau de parentesco e a relação de afinidade ou de afetividade;
 • Grupos de irmãos serão colocados sob adoção, tutela ou guarda da mesma família substituta, 
ressalvada a comprovada existência de risco de abuso ou outra situação que justifique 
plenamente a excepcionalidade de solução diversa;
DA GUARDA
 • Obriga a prestação de assistência material, moral e educacional à criança ou adolescente, 
conferindo a seu detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive aos pais.
 • Destina-se a regularizar a posse de fato, podendo ser deferida, liminar ou incidentalmente, nos 
procedimentos de tutela e adoção, exceto no de adoção por estrangeiros.
 • Excepcionalmente, deferir-se-á a guarda, fora dos casos de tutela e adoção, para atender a 
situações peculiares ou suprir a falta eventual dos pais ou responsável, podendo ser deferido o 
direito de representação para a prática de atos determinados.
 • Regra Geral: não impede o exercício do direito de visitas pelos pais, assim como o dever de 
prestar alimentos, que serão objeto de regulamentação específica, a pedido do interessado ou 
do Ministério Público.
 • A guarda poderá ser revogada a qualquer tempo, mediante ato judicial fundamentado, ouvido 
o Ministério Público. ART. 35
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ECA | RAFAEL FETT
DA TUTELA
Será deferida, nos termos da lei civil, a pessoa de até 18 (dezoito) anos incompletos, e pressupõe a 
prévia decretação da perda ou suspensão do poder familiar e implica necessariamente o dever de 
guarda. ART. 36
DA ADOÇÃO
 • A adoção é medida excepcional e irrevogável;
 • O adotando deve contar com, no máximo, dezoito anos à data do pedido, salvo se já estiver sob 
a guarda ou tutela dos adotantes;
 • A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com os mesmos direitos e deveres, inclusive 
sucessórios, desligando-o de qualquer vínculo com pais e parentes, salvo os impedimentos 
matrimoniais;
 • Podem adotar os maiores de 18 anos, independentemente do estado civil, exceto os 
ascendentes e os irmãos do adotando;
 • Se adoção conjunta, os adotantes devem ser casados ou ter união estável;
 • Adotante deve ser no mínimo 16 anos mais velho que o adotando;
 • Pode ser deferida ao adotante que falecer no curso do procedimento, antes de prolatada a 
sentença;
 • Adoção depende do consentimento dos pais ou do representante legal do adotando, exceto 
quando os pais forem desconhecidos ou tiverem sido destituídos do poder familiar;
 • Adotando maior de 12 anos, deve dar o seu consentimento;
 • A morte dos adotantes, não restabelece o poder familiar dos pais naturais;
DAS MEDIDAS DE PROTEÇÃO – ART. 98
São aplicadas sempre que os direitos das C. A. forem ameaçados ou violados:
I - por ação ou omissão da sociedade ou do Estado;
II - por falta, omissão ou abuso dos pais ou responsável;
III - em razão de sua conduta.
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ECA | RAFAEL FETT
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DAS MEDIDAS ESPECÍFICAS DE PROTEÇÃO
São aplicadas de forma isolada ou cumulativa, bem como podem ser substituídas a qualquertempo.
Os princípios das medidas são:
I - condição da criança e do adolescente como sujeitos de direitos;
II - proteção integral e prioritária;
III - responsabilidade primária e solidária do poder público;
IV - interesse superior da criança e do adolescente;
V - privacidade;
VI - intervenção precoce;
VII - intervenção mínima;
VIII - proporcionalidade e atualidade;
IX - responsabilidade parental;
X - prevalência da família;
XI - obrigatoriedade da informação;
XII - oitiva obrigatória e participação;
Art. 101. Verificada qualquer das hipóteses previstas no art. 98, a autoridade competente poderá 
determinar, dentre outras, as seguintes medidas:
I - encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de responsabilidade;
II - orientação, apoio e acompanhamento temporários;
III - matrícula e freqüência obrigatórias em estabelecimento oficial de ensino fundamental;
IV - inclusão em serviços e programas oficiais ou comunitários de proteção, apoio e promoção 
da família, da criança e do adolescente; 
V - requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em regime hospitalar ou 
ambulatorial;
VI - inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a 
alcoólatras e toxicômanos;
VII - acolhimento institucional; 
VIII - inclusão em programa de acolhimento familiar; 
IX - colocação em família substituta. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13257.htm#art32
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ECA | RAFAEL FETT
DA PRÁTICA DE ATO INFRACIONAL
Art. 103. Considera-se ato infracional a conduta descrita como crime ou contravenção penal.
Art. 105. Ao ato infracional praticado por criança corresponderão as medidas previstas no art. 101.
DAS MEDIDAS SÓCIO-EDUCATIVAS
Art. 112. Verificada a prática de ato infracional, a autoridade competente poderá aplicar ao 
adolescente as seguintes medidas:
I - advertência;
II - obrigação de reparar o dano;
III - prestação de serviços à comunidade;
IV - liberdade assistida;
V - inserção em regime de semi-liberdade;
VI - internação em estabelecimento educacional;
VII - qualquer uma das previstas no art. 101, I a VI.
RESUMO DAS MEDIDAS APLICÁVEIS (ARTIGO 115 A 120)
 • ADVERTÊNCIA. Art. 115: verbal e reduzida a termo;
 • OBRIGAÇÃO DE REPARAR O DANO. Art. 116: se for patrimonial: restituir a coisa, ressarcir o 
dano ou compensar o prejuízo;
 • PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE. Art. 117: não excedentes a 6 meses, jornada máxima 
de 8 horas semanais em sábado, domingos e feriados ou em dias úteis;
 • LIBERDADE ASSISTIDA. Art. 118 e 119: pessoa designada pela autoridade que vai acompanhar, 
auxiliar e orientar o adolescente, pelo prazo mínimo de 6 meses, podendo ser prorrogada, 
revogada ou substituída; O orientador deverá promover socialmente, supervisionar a 
frequência escolar, orientar na profissionalização e apresentar relatório do caso.
 • REGIME DE SEMI-LIBERDADE: Art. 120: Não comporta prazo determinado e pode ser 
determinado desde o início, ou como forma de transição para o meio aberto; Atividades 
externas são possibilitadas, independentemente de autorização judicial.
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ECA | RAFAEL FETT
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RESUMO DA INTERNAÇÃO (ARTIGO 121 A 125)
 • Constitui medida privativa da liberdade, sujeita aos princípios de brevidade, excepcionalidade e 
respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento; 
 • Não comporta prazo determinado, devendo sua manutenção ser reavaliada, mediante decisão 
fundamentada, no máximo a cada seis meses!
 • Não poderá exceder a três anos;
 • Aos 21 anos a liberação será compulsória;
 • Só pode ser aplicada a medida de internação em caso de ato infracional cometido mediante 
grave ameaça ou violência, reiteração de infrações graves e por descumprimento reiterado e 
injustificável de medida anteriormente imposta (neste caso, tempo máximo de 3 meses);
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PROCESSO CIVIL
Prof. Mozart
PROCESSO CIVIL
COMPETÊNCIA
1. COMPETÊNCIA RELATIVA
Valor da causa e território são competências relativas via de regra, ou seja, podem ser prorrogadas 
e o juízo não pode conhecê-las de ofício. No entanto, quando tratar-se de direito real sobre imóveis, 
embora seja uma competência territorial, esta é absoluta e deve ser a do local do bem imóvel (foro 
de situação da coisa). O Juizado Especial da Fazenda Pública e o Juizado Especial Federal também 
são exceções à regra, pois atraem competência absoluta quando as causas forem com valor abaixo 
de 60 salários mínimos e dentro das previsões legais para estes juizados.
2. COMPETÊNCIA ABSOLUTA
A competência absoluta é matéria de ordem pública e pode ser declarada de ofício, sendo 
inderrogável por convenção das partes. São elas em razão da Matéria, Pessoa ou Função. Embora 
a incompetência deva ser alegada no primeiro momento da parte falar nos autos, a incompetência 
absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição. A competência absoluta não 
prorroga-se. 
3. CONEXÃO E CONTINÊNCIA
A conexão e a continência podem modificar as competências relativas. Haverá conexão quando for 
comum o pedido OU a causa de pedir, fazendo com que os processos sejam reunidos para decisão 
conjunta, salvo se um já tiver sido sentenciado. É possível também a reunião dos processos para 
julgamento conjunto se os processos puderem gerar risco de prolação de decisões conflitantes ou 
contraditórias caso decididos separadamente, mesmo sem conexão entre eles.
A continência ocorre quando entre duas ou mais causas há identidade entre as partes e a causa 
de pedir, mas o pedido de uma é mais abrangente que o da outra. Se a ação maior (continente) for 
proposta antes da ação menor (contida), a ação contida será extinta sem resolução do mérito. Se a 
ação menor (contida) for proposta antes da ação maior (continente) as ações serão reunidas. 
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A reunião das ações será realizada sempre no juízo prevento. A prevenção se dá pelo registro (vara 
única) ou pela distribuição (mais de uma vara).
INTERVENÇÕES DE TERCEIROS
1. ASSISTÊNCIA
A assistência divide-se em simples e litisconsorcial, cabível em qualquer procedimento e em todos 
graus de jurisdição, mas o assistente recebe o processo como está. Salvo rejeição liminar, se não 
houver impugnação na intervenção do assistente em 15 dias, o pedido será aceito e o assistente 
entra no processo. A assistência simples não faz com que a parte principal (assistida) não possa 
reconhecer a procedência do pedido, desista da ação, renuncie ou transija por exemplo.
2. DENUNCIAÇÃO DA LIDE
A denunciação da lide pode ser requerida tanto pelo autor quanto pelo réu e serve para trazer o 
alienante imediato para evitar evicção ou para trazer ao processo o responsável (legal ou contratual) 
por eventual reparação. A função da denunciação da lide é agilizar a demanda e fazer com que a ação 
de regresso seja feita no mesmo processo, mas ela não é obrigatória e a parte pode escolher por entrar 
com ação autônoma. Não é aceito no nosso ordenamento a denunciação da lide per saltum (por salto, 
pulando ou desconsiderando alguém da cadeia legal ou contratual). A denunciação sucessiva só pode 
ocorrer uma vez na cadeia de denunciados. Ou seja, se o denunciado A denuncia sucessivamente B, o 
denunciado B não pode mais fazer denunciação da lide, devendo se for o caso fazer ação autônoma.
3. CHAMAMENTO AO PROCESSO
O chamamento ao processo só pode ser requerido pelo réu, cabe contra o afiançado, demais 
fiadores e demais devedores solidários que não foram alocados no polo passivo da demanda pela 
parte autora. O chamamento deverá ser providenciado na contestação e a citação deverá ser 
promovida no prazode 30 dias, sob pena de ficar sem efeito o referido chamamento ao processo.
4. AMICUS CURIAE 
Amicus Curiae significa amigo da côrte e é aquela pessoa natural ou jurídica, órgão ou entidade 
especializada, com representação adequada, que possui entendimento acerca do assunto tratado 
na demanda e auxiliará na controvérsia em juízo, considerada a relevância da matéria. Em regra o 
Amicus Curiae não pode recorrer, salvo entrar com embargos de declaração e também da decisão 
que julgar o incidente de resolução de demandas repetitivas.
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5. INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA
O Incidente de Desconsideração da Personalidade Jurídica pode ser instaurado a pedido da parte 
ou do MP, mas não de ofício pelo Juiz. É cabível em todas fases do processo de conhecimento, no 
cumprimento de sentença e na execução. Em regra suspende o processo que haja decisão sobre o 
incidente, salvo quando for requerida na petição inicial.
ATOS PROCESSUAIS
QUANTO À FORMA
Os atos processuais independem de forma determinada, salvo quando a lei expressamente exigir. 
No entanto, mesmo que realizados de outra maneira, também serão considerados válidos os atos 
se atingirem sua finalidade e não causarem prejuízo a terceiros (princípio da instrumentalidade das 
formas). 
A publicidade é a regra, no entanto o segredo de justiça ocorrerá em 4 hipóteses: exigência do 
interesse público ou social, dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade, versarem 
sobre casamento, separação, divórcio, união estável, filiação, alimentos e guarda de crianças 
e adolescentes ou se vier da arbitragem, desde que na arbitragem tenha sido estipulada a 
confidencialidade e comprovada em juízo.
Os negócios jurídicos processuais permitem que as partes, quando plenamente capazes e a lide 
versar sobre direito que admita autocomposição, convencionem sobre ônus processuais, deveres, 
poderes e faculdades, antes ou durante o processo. 
As partes e o juiz do feito, de comum acordo, podem calendarizar o processo e estipular datas para 
determinados atos processuais. Quando isso ocorre, é desnecessária a intimação das partes acerca 
dos atos processuais previstos no calendário.
Os atos das partes consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade e produzem 
imediatamente a constituição, modificação ou extinção de direitos processuais (salvo a desistência 
da ação que só produz efeitos após a homologação judicial).
Os pronunciamentos judiciais dividem-se em sentenças, decisões interlocutórias e despachos. 
Sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim 
à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução (será feita em 30 dias). 
Decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial de natureza decisória que não se enquadre 
no conceito de sentença (serão feitos em 10 dias). Despacho são todos os demais pronunciamentos 
do juiz praticados no processo, de ofício ou a requerimento da parte (serão feitos em 5 dias).
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QUANTO AO TEMPO E OS PRAZOS
São praticados em regra das 06 às 20h em dias úteis, mas podem ser concluídos após às 20h os 
atos iniciados antes, quando o adiamento prejudicar a diligência ou causar grave dano. As citações, 
intimações e penhoras podem ser praticadas fora do horário acima, assim como em feriados e 
férias forenses (respeitado sempre o asilo inviolável do cidadão – CF, art. 5º XI)
A prática eletrônica de ato processual pode ocorrer em qualquer horário até as 24 horas do último 
dia do prazo, e o horário vigente no juízo perante o qual o ato deve ser praticado será considerado 
para fins de atendimento do prazo (ex.: fuso-horário e horário de verão)
Lei omissa quanto ao prazo para prática do ato processual: juiz determina; Lei omissa e juiz omisso: 
prazo padrão de 5 dias.
O ato praticado antes do termo inicial do prazo (ex.: sentença que ainda não foi publicada, mas o 
advogado teve acesso a ela fisicamente) será considerado tempestivo. 
Na contagem dos prazos determinados em dias pelo juiz ou pela lei, quando for prazo processual, 
a contagem será feita considerando apenas dias úteis. Essa regra, segundo o STJ, vale para o 
pagamento voluntário do cumprimento de sentença e também para prazo de pagamento após 
citação na ação de execução.
Litisconsórcio terá prazo dobrado para todas manifestações processuais das partes quando cumprir 
três requisitos cumulativos: autos físicos, procuradores distintos e de escritórios diversos. Essa 
regra se aplica ao prazo para impugnação ao cumprimento da sentença, mas não ao prazo dos 
embargos à execução. Se forem dois réus apenas e apenas um oferecer defesa (o outro for revel) o 
prazo em dobro acaba, voltando a ser simples.
Novidade processual de 2021 quanto ao começo do dia do prazo nas comunicações por meio 
eletrônico: o prazo inicia no quinto dia útil seguinte à confirmação, na forma prevista na mensagem 
de citação, do recebimento da citação realizada por meio eletrônico. 
Comunicação dos atos processuais é um tema muito relevante para Oficial de Justiça, visto que o 
mesmo está envolvido frequentemente com este tipo de mandado. Lembrar do conceito de citação, 
o qual traduz a ideia de trazer ao processo o réu, executado ou interessado para integrar a relação 
processual. Além do mais, aqui temos uma novidade muito importante desde 2021, quando a 
citação agora deva ser efetivada em até 45 dias a partir da propositura da ação.
A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz litispendência, torna 
litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor, ressalvado quanto a este último efeito contrato a 
termo e ato ilícito.
A citação não interrompe a prescrição, pois a mesma é interrompida pelo DESPACHO CITATÓRIO, 
mesmo que dado por juízo incompetente, fazendo retroagir à data da propositura da ação.
A citação é indispensável ao processo, salvo indeferimento da petição inicial e improcedência 
liminar do pedido. A citação também será sempre pessoal, salvo quando realizada na pessoa do 
procurador (que precisa ter o poder especial de receber citação na procuração) e na pessoa do 
representante legal (ex.: incapaz). 
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Não se fará citação, salvo para evitar o perecimento do direito de quem estiver participando de ato 
de culto religioso; do cônjuge, de companheiro ou de qualquer parente do morto, consanguíneo 
ou afim, em linha reta ou na linha colateral em segundo grau, no dia do falecimento e nos 7 dias 
seguintes; dos noivos, nos 3 primeiros dias seguintes ao casamento e do doente, enquanto grave o 
seu estado.
Não se fará citação quando se verificar que o citando é mentalmente incapaz ou está impossibilitado 
de recebê-la (em hipótese alguma). Se algum responsável/curador trouxer atestado particular 
durante a diligência e informar que é curador da parte, o Oficial fará a citação na pessoa desse 
curador. Caso contrário, o servidor deverá o mandado certificando o ocorrido. O juiz nomeará 
perito para fazer laudo atestando a capacidade do requerido no prazo de 5 dias. Caso o mesmo seja 
incapaz, será nomeado curador apenas para aquele ato para o demandado.
Em 2021 também mudou a forma preferencial de citação, a qual agora é por meios eletrônicos. A 
citação será feita preferencialmente por meio eletrônico, no prazo de até 2 dias úteis, contado da 
decisão que a determinar, por meio dos endereços eletrônicos indicados pelo citando no banco de 
dados do Poder Judiciário, conforme regulamento do Conselho Nacional de Justiça.
A ausência de confirmação, em até 3 dias úteis, contados do recebimento da citação eletrônica, 
implicará a realização da citação: pelo correio;por oficial de justiça; pelo escrivão ou chefe de 
secretaria, se o citando comparecer em cartório ou por edital.
Na primeira oportunidade de falar nos autos, o réu citado nas formas previstas acima deverá 
apresentar justa causa para a ausência de confirmação do recebimento da citação enviada 
eletronicamente, pois considera-se ato atentatório à dignidade da justiça, passível de multa de até 
5% do valor da causa, deixar de confirmar no prazo legal, sem justa causa, o recebimento da citação 
recebida por meio eletrônico.
Não se faz citação por meio eletrônico ou correio: nas ações de estado, quando o citando for incapaz, 
quando o citando for pessoa de direito público, quando o citando residir em local não atendido pela 
entrega domiciliar de correspondência e quando o autor, justificadamente, a requerer de outra 
forma.
A citação com hora certa é realizada exclusivamente pelo Oficial de Justiça, quando houver suspeita 
de ocultação e após no mínimo 2 diligências prévias. O STJ tem entendimento passivo de que a 
certidão deverá conter os detalhes acerca das diligências realizadas e do motivo de suspeita de 
ocultação, sob pena de nulidade.
PROCEDIMENTO COMUM
Caracteriza-se pela cognição ampla e pela produção de todo tipo de provas (lícitas), respeitando, 
assim, o princípio do contraditório e da ampla defesa. Divide-se quatro etapas: postulatória, 
saneadora, instrutória e decisória.
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A petição inicial tem duas funções: provocar a instauração do processo e identificar a demanda. 
Requisitos da petição inicial: juízo a que é dirigida; indicação das partes e sua qualificação; os fatos 
e o fundamento jurídico do pedido - causa de pedir; pedido e suas especificações; valor da causa; as 
provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos; opção do autor pela realização 
ou não da audiência de conciliação ou mediação. Indeferimento da petição inicial: quando o 
juiz deparar com vícios insanáveis terá que indeferir a petição inicial. Deverá indeferir, também, 
nos casos em que a emenda não tiver sanado o vício, a irregularidade, ou não tenha sido feita a 
apresentação da emenda, no prazo de dez dias, pelo autor.
A Contestação: é, por excelência, a peça de defesa do réu, por meio da qual se tem a oportunidade 
de se contrapor ao pedido inicial, defendendo-se tanto no plano processual quanto do mérito. 
Pelo princípio da eventualidade, todas as defesas, ainda que não compatíveis entre si, devem 
figurar na contestação. A contestação não amplia os limites objetivos da lide, aquilo que o juiz 
terá de decidir no dispositivo da sentença. Deve ser apresentada no prazo de 15 dias. Se o réu for 
Ministério Público, Fazenda Pública, Defensoria Pública ou litisconsortes com advogados diferentes, 
de escritórios distintos, não sendo o processo digital, o prazo será em dobro. Antes de apreciar as 
defesas de mérito, o juiz precisa examinar as processuais, por isso mesmo, chamadas preliminares.
A Sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz põe fim à fase cognitiva do procedimento 
comum, bem como extingue a execução (§1° do art. 203, CPC/2015). Sentenças terminativas: as 
que extinguem o processo sem resolução de mérito (hipóteses do art. 485). Sentenças definitivas: 
aquelas em que o Juiz resolve o mérito, pondo fim ao processo ou à fase cognitiva (art. 487). A 
distinção é de grande relevância, pois só as sentenças definitivas possuem a autoridade da coisa 
julgada material. Além disso, podem ser objeto de ação rescisória. Sobre esse último ponto, o CPC, 
em seu artigo 966, §2o, permite a interposição de ação rescisória contra sentenças terminativas 
(sem resolução do mérito), desde que impeçam nova propositura da demanda ou a admissibilidade 
do recurso correspondente. O princípio da congruência trata de uma proibição ao magistrado: não 
poderá o juiz conceder nada a mais (ultra petita) ou diferente do que foi pedido (extra petita).
Coisa julgada: Ocorre quando há o esgotamento das vias recursais – a sentença transita em julgado. 
A coisa julgada não é um dos efeitos da sentença, mas uma qualidade deles: a sua imutabilidade 
e indiscutibilidade. As sentenças podem produzir coisa julgada formal ou material. Coisa julgada 
formal: é a impossibilidade de modificar-se a sentença ou acórdão, quando já não caibam mais 
recursos, seja porque foram esgotadas as possibilidades recursais, seja porque o recurso adequado 
não foi interposto no prazo legal. Coisa julgada material: impede que a mesma questão, já decidida 
em caráter definitivo, volte a ser discutida em outro processo. Limites Objetivos: a coisa julgada 
somente alcança o dispositivo da sentença. Limites Subjetivos: A coisa julgada vinculará somente as 
partes do processo.
Petição inicial contestação sentença e coisa julgada
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RECURSOS 
Recurso constitui instrumento voluntário, dentro do mesmo processo, utilizado pela parte para 
reformar, invalidar, integrar ou esclarecer a decisão a quo. A regra é que o prazo de interposição de 
recursos é de 15 dias úteis, salvo os Embargos de Declaração, que serão opostos no prazo de 05 dias. 
Têm em dobro o prazo para recorrer os entes públicos, o Ministério Público, a Defensoria Pública, 
a Advocacia Pública e os litisconsortes com advogados diferentes, desde que sejam de escritórios 
distintos e o processo não seja eletrônico. Se proferida a decisão e as partes forem intimadas por 
oficial de justiça, considera-se dia do começo do prazo a data de juntada aos autos do mandado 
cumprido.
Os pressupostos recursais são requisitos formais, analisados no juízo de admissibilidade do 
recurso (requisitos intrínsecos e extrínsecos). A inexistência de qualquer requisito poderá ensejar 
a inadmissibilidade do recurso. Regra: apenas um juízo de admissibilidade (exercido pelo juízo ad 
quem). Exceção: duplo juízo de admissibilidade (Ex.: RE e REsp). Juízo de mérito realizado sempre 
pelo juízo ad quem. Pode aferir: error in procedendo (questiona a forma) ou error in judicando 
(questiona o conteúdo).
Princípios dos recursos: voluntariedade, taxatividade, duplo grau, fungibilidade (acolhe recurso 
errado como se fosse o correto, dialeticidade recursal (razões de fato e direito do inconformismo), 
proibição de reformatio in pejus , complementariedade recursal (recorrente pode complementar 
recurso se a decisão impugnada foi modificada), unicidade recursal (decisões judiciais podem ser 
impugnadas por um único instrumento).
Agravo de Instrumento cabe contra as decisões interlocutórias (hipóteses de cabimento: art. 1.015 
do CPC). Não possui automaticamente o efeito suspensivo, podendo ser atribuído pelo Relator em 
até 5 dias após receber o instrumento. Peças obrigatórias: petição inicial; petição que ensejou a 
decisão agravada; decisão agravada; certidão de intimação das partes da decisão agravada ou outro 
documento que comprove a tempestividade; e procurações outorgadas aos advogados das partes. 
Não há preclusão consumativa pela não juntada de algum dos documentos obrigatórios. A parte 
deve ser intimada para se manifestar.
Apelação recurso aplicado à sentença terminativa ou definitiva (mérito), dirigida ao juiz responsável 
pelo julgamento da causa. Não há juízo de admissibilidade “a quo” (na origem). Ainda, é o recurso 
cabível das decisões interlocutórias não agraváveis de instrumento. A apelação, em regra, tem 
efeito suspensivo. Efeito devolutivo: a apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria 
impugnada (Art. 1.013). O que não for impugnado, terá transitado em julgado. 
Agravo interno: contra decisão singular do relator, destinados ao respectivo órgão colegiado, 
observadas, quanto ao processamento, as regras do regimento interno do tribunal. Admite-se juízo 
de retratação do juízo monocrático.
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Embargos de Declaração: Cabem contra sentença, acórdão ou decisão interlocutória que padeça 
dos vícios de omissão, contradição, obscuridade ou que contenha erro material. Interposição, 
contrarrazões e julgamento no prazo de 5 dias. Os embargos não terão efeito suspensivo, a menos 
que o juiz ou o relator o conceda, presentes as hipóteses do art. 1.026, § 1º, do CPC. Interrompem 
o prazo para a interposição de recurso.
Recurso Ordinário: É um recurso cabível em face de acórdão de competência originária, dirigido 
ao STF ou STJ. Não há juízo de admissibilidade na origem, remete-se diretamente ao Tribunal 
Superior, onde o relator fará o 1º juízo de admissibilidade. Não tem efeito suspensivo. Não exige 
prequestionamento. Não permite interposição adesiva. Aplica-se a regra da apelação: permite que 
o Tribunal Superior avance para julgar o mérito que não foi julgado no Tribunal.
Recurso Especial e Recurso Extraordinário: Pressupõem o esgotamento das vias recursais 
ordinárias; não se admite discutir fatos e provas; não tem efeito suspensivo, mas admitem pedido 
de efeito suspensivo impróprio. Recurso Especial: cabível contra decisão que (i) contrariar tratado 
ou lei federal, ou negar-lhes vigência; (ii) julgar válido ato de governo local contestado em face de 
lei federal; (iii) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal. 
Recurso Extraordinário: cabível contra decisão que (i) contrariar dispositivo da Constituição; (ii) 
declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; (iii) julgar válida lei ou ato de governo 
local contestada em face de lei federal; d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal.
Embargos de Divergência: visam uniformizar decisões divergentes proferidas pela mesma turma (a 
mesma turma profere, em ocasiões distintas, decisões que se contrariam), desde que tenha havido 
alteração da composição em mais da metade de seus membros (art. 1.042, §3º). 
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DIREITO CONSTITUCIONAL
Prof. Daniel Sena
DIREITO CONSTITUCIONAL
DICA 1: PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
→ Na parte dos Princípios Fundamentais, a IBADE costuma misturar os fundamentos, com os 
objetivos e os princípios que regem as relações internacionais. Então fica a dica para memorizarem 
os artigos 1º, 3º e 4º da CF. 
DICA 2: DIREITOS INDIVIDUAIS
→ Liberdade de Manifestação do Pensamento é um dos temas mais discutidos nos últimos tempos 
e a IBADE poderá aproveitar isso na sua prova! Fake News não é protegido por esse direito. 
Art. 5º, IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
→ Liberdade de Reunião é um tema muito cobrado em prova. Geralmente os requisitos para o 
exercício desse direito são alvo das questões da IBADE.
Art. 5º, XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, 
independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente 
convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;
→ Inviolabilidade Domiciliar é sempre uma ótima pedida para as provas da área policial. Atenção 
para a aplicação extensiva desse dispositivo aos escritórios profissionais, estabelecimentos 
comerciais, quartos de hotel e trailers. 
Art. 5º, XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento 
do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o 
dia, por determinação judicial; 
→ Direito de associação é um dos temas preferidos pela banca! Atenção para todas as regras que 
envolvem esse direito:
Art. 5º, XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar; 
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, 
sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento; 
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas 
por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado; 
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XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;
XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para 
representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;
→ Crimes inafiançáveis, imprescritíveis e insuscetíveis de graça e anistia sempre caem em prova!
Imprescritíveis Insuscetíveis de graça e anistia Inafiançáveis
- Racismo
- Ação de grupos Armados
- Tráfico
- Terrorismo
- Tortura
- Crimes Hediondos
- Tráfico
- Terrorismo
- Tortura
- Crimes Hediondos
- Racismo
- Ação de grupos Armados
→ Extradição é sempre um ótimo tema. Lembrem-se que na extradição ativa qualquer pessoa 
pode ser extraditada, inclusive o brasileiro nato, mas na extradição passiva, o brasileiro nato 
nunca será extraditado!
Art. 5º, LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, 
praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de 
entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;
Art. 5º, LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião;
DICA 3: DIREITOS SOCIAIS 
→ Sobre os Direitos Sociais, a IBADE cobra o texto puro da Constituição. Portanto, recomendo a 
leitura dos direitos sociais e dos trabalhadores que possuem uma grande chance de aparecerem 
na prova. Outro tema que pode aparecer é em relação ao direito de associação sindical e 
profissional previsto no artigo 8º. Se liga na nova regra inserida no parágrafo único do artigo 6º 
que fala da Renda Básica Familiar:
Art. 6º, Parágrafo único. Todo brasileiro em situação de vulnerabilidade social terá direito a uma 
renda básica familiar, garantida pelo poder público em programa permanente de transferência de 
renda, cujas normas e requisitos de acesso serão determinados em lei, observada a legislação fiscal 
e orçamentária 
DICA 4: DIREITOS DE NACIONALIDADE
→ Fique ligado nos cargos privativos de brasileiros natos que seria minha aposta para sua prova: 
Presidente e Vice presidente da República, Presidente da Câmara, Presidente do Senado, Ministro 
do STF, Carreira Diplomática, Oficial das Forças Armadas e Ministro do Estado da Defesa.
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DICA 5: ORGANIZAÇÃO DO ESTADO 
→ Sobre Organização do Estado, a IBADE costuma abordar as clássicas questões sobre criação de 
novos Estados, Territórios e Municípios previstos no artigo 18:
Art. 18, § 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para 
se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação 
da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei 
complementar.
§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei 
estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta 
prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos 
de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. 
→ Além disso, outra questão que despenca nas provas é sobre as competências dos entes 
federativos que exigirão do candidato a memorização desses institutos, principalmente as 
previstas nos artigos 21, 22, 23 e 24 da CF. Como se trata de um concurso estadual, acredito 
também na possibilidade de uma questão sobre a Organização dos Estados prevista entre os 
artigos 25 e 28 da CF. 
DICA 6: ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
→ O tema preferido da IBADE é a parte dos princípios que regema Administração Pública. Temos 
o famoso LIMPE (Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência) que costuma 
ser cobrado nas provas. É fundamental aqui saber o conteúdo e conceito de cada um desses 
princípios. 
DICA 7: PODER LEGISLATIVO
Sobre o Poder Legislativo, um tema que tem sido destaque nas questões de prova é o referente a 
função fiscalizatória do Congresso Nacional que, com o auxílio do Tribunal de Contas da União, 
realiza a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das 
entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, 
aplicação das subvenções e renúncia de receitas. Recomendo a leitura dos artigos 70 ao 75 da CF. 
DICA 8: PODER EXECUTIVO
Um dos temas mais cobrados nas provas acerca do Poder Executivo são as Responsabilidades 
(art. 85 e 86 CF). Recomendo a memorização e a compreensão das imunidades do presidente da 
República. 
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Imunidades: 
Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos 
Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações 
penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.
§ 1º O Presidente ficará suspenso de suas funções:
I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal 
Federal;
II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado Federal.
§ 2º Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver concluído, cessará o 
afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo.
§ 3º Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da 
República não estará sujeito a prisão.
§ 4º O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por 
atos estranhos ao exercício de suas funções.
→ E não podemos nos esquecer da novidade trazida pela EC 111/21 que alterou o artigo 82 e 
definiu a nova data para o início do mandato: 5 de janeiro.
DICA 9: PODER JUDICIÁRIO
Sobre o Poder Judiciário eu farei duas apostas: a primeira, referente as regras gerais aplicadas ao 
Poder Judiciário e a segunda, sobre a organização do Poder Judiciário Estadual. Sobre as regras 
gerais, um tema que sempre aparece nas provas são as garantias de independência dos membros 
do Poder Judiciário que estão previstas no artigo 95. 
→ Outro tema relacionado as regras gerais diz respeito aos órgãos do Poder Judiciário. Quais são 
os órgãos? Memorize o artigo 92 da CF:
Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário:
I - o Supremo Tribunal Federal;
I-A o Conselho Nacional de Justiça;
II - o Superior Tribunal de Justiça;
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DIREITO CONSTITUCIONAL | DANIEL SENA
II-A - o Tribunal Superior do Trabalho;
III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;
IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho;
V - os Tribunais e Juízes Eleitorais;
VI - os Tribunais e Juízes Militares;
VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.
DICA 10: FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
Minha maior aposta acerca das Funções Essenciais à Justiça é o Ministério Público. Naturalmente 
é o órgão mais cobrado nas provas pois a Constituição trouxe mais regras sobre ele. Destaco os 
princípios institucionais do Ministério Público (art. 127, §1º CF): unidade, indivisibilidade e 
independência funcional. 
Outro tópico relevante sobre Ministério Público é a sua organização:
Art. 128. O Ministério Público abrange:
I - o Ministério Público da União, que compreende:
a) o Ministério Público Federal;
b) o Ministério Público do Trabalho;
c) o Ministério Público Militar;
d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios;
II - os Ministérios Públicos dos Estados.
DICA 11: ORDEM SOCIAL
A parte da Ordem Social é imensa e exige do aluno uma leitura ampla dos artigos que englobam 
os institutos. De todos os temas de Ordem Social já cobrados em prova pela IBADE, o Capítulo da 
Família, da Criança, do Adolescente, do Jovem e do Idoso tem sido mais valorizado pela banca. 
Desta forma, recomendo a leitura dos dispositivos envolvendo esses tópicos do conteúdo com 
destaques para os seguintes dispositivos:
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
§ 1º O casamento é civil e gratuita a celebração.
§ 2º O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei.
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§ 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher 
como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.
§ 4º Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos 
pais e seus descendentes.
§ 5º Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo 
homem e pela mulher.
§ 6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio
Art. 228. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação 
especial.
Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o 
dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade.
Art. 230. A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando 
sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito 
à vida.
§ 1º Os programas de amparo aos idosos serão executados preferencialmente em seus lares.
§ 2º Aos maiores de sessenta e cinco anos é garantida a gratuidade dos transportes coletivos 
urbanos.
DIREITO CIVIL
PESSOAS NATURAIS
O CC adota a Teoria Natalista, o início da personalidade se dá no nascimento com vida. A lei põe a 
salvo os direitos do nascituro. 
 • São absolutamente incapazes somente os menores de 16 anos. 
 • São relativamente incapazes: os maiores de 16 anos e menores de 18 anos; ébrios habituais e 
viciados em tóxicos; aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir 
sua vontade; e os pródigos. 
Cessa a incapacidade dos menores:
(i) pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, 
independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o 
menor tiver dezesseis anos completos (emancipação); 
(ii) casamento; 
(iii) exercício de emprego público efetivo; 
(iv) colação de grau em curso de ensino superior e 
(v) pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, 
em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.
PESSOA JURÍDICA
A existência da pessoa jurídica de direito privado começa com a inscrição dos atos constitutivos no 
respectivo registro precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo. 
As pessoas jurídicas podem ser de direito público, interno ou externo, e de direito privado. 
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DIREITO CIVIL
Prof. Giuliano Tamagno
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São pessoas jurídicas de direito público interno (art. 41): 
(i) União; 
(ii) Estados, Distrito Federal e Territórios; 
(iii) Municípios; 
(iv) Autarquias, inclusive as associações de direito público e 
(v) as demais entidades de caráter público criadas por Lei, como, por exemplo as fundações 
públicas. 
São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros e todas as pessoas que 
forem regidas pelo direitointernacional público (art. 42). 
São pessoas jurídicas de direito privado (art. 44): 
(i) associações; 
(ii) sociedades; 
(iii) fundações; 
(iv) organizações religiosas e 
(v) partidos políticos. 
Desconsideração da personalidade jurídica: havendo abuso da personalidade jurídica, caracterizado 
pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da 
parte ou do MP, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos 
aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.
DOMICÍLIO 
O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência com ânimo definitivo. 
Caso a pessoa natural não tenha residência habitual, considerar-se-á domicílio seu o lugar 
da residência onde for encontrada (domicílio ocasional). Se a pessoa natural possuir diversas 
residências onde viva alternadamente e, qualquer uma delas será considerada seu domicílio. 
Domicílio necessário, escolhido por lei: (i) incapaz = do seu representante ou assistente legal; (ii) 
servidor público = lugar onde exerce permanentemente suas funções; (iii) militar = onde servir 
(marinha ou aeronáutica: a sede do comando a que se encontrar imediatamente subordinado); (iv) 
marítimo = o lugar onde o navio estiver matriculado; (v) preso = onde cumprir pena. 
Domicílio da pessoa jurídica: (i) União = Distrito Federal; (ii) Estados e Territórios = a respectiva capital; 
(iii) Município = lugar onde funciona a administração Municipal. Estas são as pessoas de direito público 
interno. O domicílio das demais pessoas jurídicas é o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias 
e administrações, ou onde elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos constitutivos.
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DOS BENS
DOS BENS CONSIDERADOS EM SI MESMOS
Bens imóveis: o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente. Também são bens 
imóveis, segundo o CC: os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram; o direito à 
sucessão aberta; as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem 
removidas para outro local; os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se 
reempregarem.
Bens móveis: os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração 
da substância ou da destinação econômico-social. Também são bens móveis, segundo o CC: as energias 
que tenham valor econômico; os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes; 
os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações; os materiais destinados a alguma 
construção, enquanto não forem empregados, e os provenientes da demolição de algum prédio.
DOS BENS RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS
Bem principal: é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente.
Bem acessório: aquele cuja existência supõe a do principal.
Pertença: os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao 
uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro. Não fazem parte do negócio jurídico, salvo se as 
partes assim estipularem.
ATOS LÍCITOS E ILÍCITOS 
O ato ilícito é a ação ou omissão voluntária, negligente ou imprudente que viola direito e causa dano 
a outrem, ainda que exclusivamente moral. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao 
exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-
-fé ou pelos bons costumes. Os atos praticados em legítima defesa ou exercício regular de um direito 
reconhecido e a deterioração ou destruição de coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover 
perigo eminente (estado de necessidade) não constituem ato ilícito (art. 188). 
→ Cuidado com o caso do inciso II, conforme o parágrafo único do art. 188, pois nesta hipótese o 
ato será legítimo somente quando as circunstâncias o tornarem absolutamente necessário, não exce-
dendo os limites do indispensável para a remoção do perigo. Ou seja, o excesso será considerado ato 
ilícito e punível.
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DA PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA
A Prescrição não põe fim a um direito, mas sim a uma pretensão. É o transcurso dos prazos 
previstos nos artigos 205 e 206 do Código Civil sem que o titular do direito o exerça por meio da 
ação competente nos prazos previstos nos artigos 205 e 206 do Código Civil. A prescrição poderá 
ser alegada em qualquer grau de jurisdição (art. 193) e inclusive suprida sua alegação de ofício pelo 
juiz por se tratar de matéria de ordem pública. a prescrição iniciada contra uma pessoa continuará 
a correr contra o seu sucessor (art. 195). O artigo deixa claro que o evento morte não impedirá, 
interromperá, ou suspenderá a prescrição.
A Decadência põe fim a um direito potestativo. Ao contrário da prescrição, os prazos decadenciais 
estão dispostos de forma esparsa no Código Civil. A decadência pode ser legal (prazo fixado pela 
lei) ou convencional (prazo fixado pelas partes). Por se tratar de matéria de ordem pública, o juiz 
deve conhecer de ofício a decadência estabelecida em Lei (art. 210), o que não se verifica quando 
as partes convencionarem sobre a decadência, quando então somente a parte a quem aproveita 
poderá alegar, não podendo ser suprida de ofício pelo juiz (art. 211).
DA PROVA
Salvo o negócio a que se impõe forma especial, o fato jurídico pode ser provado mediante: 
confissão; documento; testemunha; presunção; perícia. Não tem eficácia a confissão se provém 
de quem não é capaz de dispor do direito a que se referem os fatos confessados. Os menores de 
dezesseis anos não podem ser admitidos como testemunhas, mas para a prova de fatos que só 
elas conheçam, pode o juiz admitir o depoimento dos menores. A pessoa com deficiência poderá 
testemunhar em igualdade de condições com as demais pessoas, sendo-lhe assegurados todos os 
recursos de tecnologia assistiva.
DO MANDATO
Opera-se o mandato quando alguém (mandatário) recebe de outrem (mandante) poderes para, em 
seu nome, praticar atos ou administrar interesses. O mandato pode ser expresso ou tácito, verbal 
ou escrito. O maior de dezesseis e menor de dezoito anos não emancipado pode ser mandatário, 
porém, em regra, o mandante não tem ação contra ele. O mandato presume-se gratuito quando 
não houver sido estipulada retribuição, exceto se o seu objeto corresponder ao daqueles que o 
mandatário trata por ofício ou profissão lucrativa. 
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Cessa o mandato: 
(i) revogação ou renúncia; 
(ii) morte ou interdição; 
(iii) mudança de estado que inabilite o mandante a conferir os poderes, ou o mandatário para os 
exercer; 
(iv) término do prazo ou conclusão do negócio. 
→ Embora ciente da morte, interdição ou mudança de estado do mandante, deve o mandatário 
concluir o negócio já começado, se houver perigo na demora.
DA POSSE
Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos 
poderes inerentes à propriedade. Considera-se detentor aquele que, achando-se em relação de 
dependência para com outro, conserva a posse em nome deste e em cumprimento de ordens ou 
instruções suas. 
A posse pode ser adquirida: 
(i) pela própria pessoa que a pretende ou por seu representante; 
(ii) por terceiro sem mandato, dependendo de ratificação. 
A posse transmite-se aos herdeiros ou legatários do possuidor com os mesmos caracteres. A 
posse de boa-fé só perde este caráter no caso e desde o momento em que as circunstâncias façam 
presumir que o possuidor não ignora que possui indevidamente. O possuidor de boa-fé tem direito, 
enquanto ela durar, aos frutos percebidos, além disso não responde pela perda ou deterioração da 
coisa, a que não der causa.DAS SERVIDÕES
A servidão nada mais é que uma espécie de direito real sobre uma coisa alheia. A servidão 
proporciona utilidade para o prédio dominante e grava o prédio serviente, que pertence a dono 
diverso. As obras necessárias à conservação e uso da servidão devem ser feitas pelo dono do prédio 
dominante, se o contrário não dispuser expressamente o título. A servidão não se presume, pois 
só se constitui mediante declaração expressa dos proprietários, ou por testamento, e por posterior 
registro no Cartório de Imóveis.
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DA TUTELA E CURATELA
Os filhos menores são postos em tutela: com o falecimento dos pais, ou sendo estes julgados 
ausentes; e em caso de os pais decaírem do poder familiar. Podem escusar-se da tutela: mulheres 
casadas; maiores de 60 anos; aqueles que tiverem sob sua autoridade mais de 3 filhos; os 
impossibilitados por enfermidade; aqueles que habitarem longe do lugar onde se haja de exercer a 
tutela; aqueles que já exercerem tutela ou curatela; militares em serviço. 
Estão sujeitos a curatela: 
(i) aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; 
(ii) os ébrios habituais e os viciados em tóxico; 
(iii) os pródigos. 
→ Lembrar que a deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa. A pessoa com 
deficiência sujeita a curatela, interditada, continua sendo plenamente capaz.
REGIMENTO INTERNO
REGIMENTO INTERNO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
DO RIO GRANDE DO SUL
O Tribunal de Justiça é constituído de 170 Desembargadores, tem sede na Capital e jurisdição no 
território do Estado.
TRIBUNAL PLENO
Constituição: Totalidade de desembargadores
Presidente: Presidente do TJ
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REGIMENTO INTERNO
Prof. Ariel Zvoziak
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REGIMENTO INTERNO| ARIEL ZVOZIAK
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 • Em seus impedimentos: sucessivamente, pelos Vice-Presidentes ou pelo Desembargador mais 
antigo
Competência:
 • Eleger o Presidente, os Vice-Presidentes e o Corregedor-Geral da Justiça, em votação secreta, 
dentre os integrantes mais antigos do colegiado, bem como eleger a metade dos membros do 
Órgão Especial.
O Plenário funcionará com a presença de no mínimo de 2/3 dos cargos providos do Tribunal, 
inclusive o Presidente. Não se verificando o "quorum", será designada sessão extraordinária para 
a data mais próxima, convocados os Desembargadores ausentes, desde que não licenciados, 
limitando-se, então, o "quorum" à maioria absoluta dos membros do Tribunal.
Divide-se o Tribunal em 2 seções: Cível e Criminal, constituída a primeira de 25 Câmaras e a segunda 
de 8 Câmaras, designadas pelos primeiros números ordinais.
ÓRGÃO ESPECIAL
Constituição: Vinte e cinco Desembargadores, cinco dos quais oriundos da representação classista, 
provendo-se doze vagas pelo critério de antiguidade no Tribunal de Justiça e a outra metade por 
eleição pelo Tribunal Pleno.
O Presidente do Tribunal será excluído do cálculo das metades do Órgão Especial e presidirá as suas 
sessões, sendo substituído, nos seus impedimentos, pelos Vice-Presidentes ou pelo Desembargador 
mais antigo.
Os Vice-Presidentes e o Corregedor-Geral da Justiça comporão o Órgão Especial:
a) em vaga na seção da antiguidade, quando a titularem por direito próprio;
b) em vaga de titular na seção da metade eleita, quando ainda não puderem integrá-lo por direito 
próprio à antiguidade, classificando-se segundo a votação individual que obtiveram na eleição 
para os Órgãos Diretivos do Tribunal de Justiça, conforme a ordem decrescente dos votos dos 
titulares eleitos
Para fins de composição das seções da antiguidade e de eleição do Órgão Especial, todos os 
membros dos Órgãos Diretivos e os demais Desembargadores do Tribunal Pleno manterão a sua 
classe de origem no Tribunal de Justiça, classificando-se individualmente como:
a) membro oriundo da magistratura de carreira;
b) membro oriundo da representação classista pelo Ministério Público (art. 94, 1ª hip., da 
Constituição Federal);
c) membro oriundo da representação classista pela advocacia (art. 94, 2ª hip., da Constituição 
Federal).
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REGIMENTO INTERNO| ARIEL ZVOZIAK
A eleição da metade do Órgão Especial será realizada na mesma sessão e logo após a proclamação 
do resultado da eleição dos membros dos Órgãos Diretivos do Tribunal, para mandatos coincidentes 
de dois anos, e ocorrerá mediante o voto direto e secreto dos membros do Tribunal Pleno, 
devendo ser sufragados tantos nomes quantas sejam as vagas eletivas, fixando-se os membros 
titulares eleitos, e o correspondente número de suplentes, pela ordem decrescente dos votos 
individualmente obtidos.
Na hipótese de empate na votação individual obtida por candidatos à eleição para a metade do 
Órgão Especial, deverá prevalecer o critério de antiguidade no Tribunal Pleno.
Os Desembargadores do Tribunal Pleno poderão concorrer às vagas na seção da metade eleita do 
Órgão Especial, exceto quando:
a) titularem o direito próprio de integrá-lo na seção da antiguidade;
b) exercerem a titularidade de vaga, na seção dos eleitos, por dois mandatos sucessivos, não 
se computando, para este fim, os decorrentes de eleição para Órgão Diretivo, na forma do § 
2º, "b", deste artigo, perdurando a inelegibilidade até que se esgotem todos os nomes dos 
membros não-recusantes do Tribunal Pleno; 
c) exercerem a substituição, na seção da antiguidade, ou a suplência, na seção da metade eleita, 
por tempo igual ou superior a dezoito meses, em cada um dos períodos de duração de dois 
mandatos sucessivos;
d) manifestarem a sua recusa antes das eleições, retirando o seu nome da lista de candidatos;
e) forem considerados inelegíveis por força de disposição legal ou de decisão judicial irrecorrível.
O Presidente do Tribunal, logo após a solenidade de posse dos seus Órgãos Diretivos, declarará 
os doze membros titulares das vagas na seção da antiguidade do Órgão Especial, conforme a 
ordem decrescente de antiguidade nas respectivas classes de origem no Tribunal Pleno, bem 
como empossará os doze membros titulares na seção da metade eleita e nominará os respectivos 
suplentes.
Para os fins previstos aqui, a soma dos membros representativos de ambas as classes nominadas 
no artigo 94 (MP e Advocacia), da Constituição Federal, abrangendo as seções da antiguidade e 
de eleição, não poderá exceder, em nenhuma hipótese, às cinco vagas que lhes correspondem no 
Órgão Especial, o qual, para este efeito fracionário, é considerado uno e incindível pela totalidade 
dos seus membros.
Em caso de vacância, de exercício de substituição ou de suplência no Órgão Especial, a vaga será 
preenchida, mediante ato do Presidente do Tribunal, da seguinte forma:
I – na seção da antiguidade:
a) na classe da magistratura de carreira, assumirá o membro mais antigo desta classe, conforme a 
ordem decrescente de antiguidade no Tribunal Pleno;
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REGIMENTO INTERNO| ARIEL ZVOZIAK
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b) na classe de representação do Ministério Público, assumirá o membro mais antigo desta classe 
no Tribunal Pleno, conforme a ordem decrescente de antiguidade;
c) na classe de representação da advocacia, assumirá o membro mais antigo desta classe no 
Tribunal Pleno, conforme a ordem decrescente de antiguidade; 
II – na seção da metade eleita:
a) na classe da magistratura de carreira, sucessivamente, assumirá o membro suplente mais 
votado, observada a ordem decrescente dos votos individuais nela obtidos;
b) na classe de representação do Ministério Público, assumirá, sucessivamente, o membro suplente 
mais votado nesta classe, observada a ordem

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