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Redes de cooperação empresarial: Como competir através da cooperação Profa. Dra. Patricia Kinast De Camillis TREY research Por que falar em REDES DE COOPERAÇÃO EMPRESARIAL? Grandes players no comércio mundial; Atuar em rede pode ser uma opção para não ser engolido pelos gigantes ... mas não é só isso. Por quê? 2 TREY research POR QUE COLABORAR... POR QUE COOPERAR? Caso: resgate dos meninos na caverna na Tailândia em 2018 Esse exemplo dramático mostra que a cooperação entre desconhecidos é possível quando existe: um forte motivo comum, alto engajamento dos participantes e coordenação de esforços. 3 TREY research No âmbito dos negócios... Parcerias, alianças, consórcios, franquias, redes de empresas e centrais de negócios tornaram-se termos comuns no campo da Administração. 4 TREY research Comparação Existem vários formatos de cooperação ou colaboração entre empresas, sejam grandes ou pequenas/médias. Vou chamar tudo de rede grandes corporações • a formação de alianças estratégicas passou a ser uma prática comum para alcançar objetivos tão diversos quanto o desenvolvimento de um novo produto ou a entrada em um novo mercado. pequenos e médios empreendimentos • a formação de redes e centrais de negócios que reúnem dezenas ou até centenas de participantes é capaz de garantir a sobrevivência de muitas dessas organizações em mercados altamente competitivos e dominados por grandes corporações 5 TREY research Por que as empresas cooperaram e formam redes? A DECISÃO DE COOPERAR Adicionar um rodapé 6 TREY research • Tudo começa com a decisão básica: produzir internamente ou comprar de um fornecedor. • Só que isso não é mais suficiente diante da complexidade que os negócios possuem hoje. Adicionar um rodapé 7 TREY research Adicionar um rodapé 8 Comprar, produzir ou cooperar. TREY research • Executá-las internamente: arriscado, dada sua relevância e pouca competência da empresa; • Comprar do mercado: arriscado - dependeria de um fornecedor que pode deixar de executar a atividade ou entregá-la para um concorrente/ oferta superior. • Cooperar com um parceiro estratégico em uma relação mutuamente benéfica e de longo prazo; • A cooperação somente faz sentido quando é possível gerar ganhos relacionais, ou seja, os parceiros obtêm ganhos que são superiores aos que poderiam obter individualmente ou por meio de outra rede, aliança ou parceria. Adicionar um rodapé 9 TREY research QUAIS AS COMPETÊNCIAS NECESSÁRIAS PARA COOPERAR? 10 TREY research A competência de iniciar relacionamentos 11 A competência de desenvolver relacionamentos A competência de terminar relacionamentos TREY research Adicionar um rodapé TREY research A competência de terminar relacionamentos está dividida em duas dimensões: a competência de compreender quando um relacionamento não é mais favorável e a competência de efetivamente descontinuar esse relacionamento Adicionar um rodapé 13 TREY research O QUE PRECISAMOS ENTENDER SOBRE REDES DE COOPERAÇÃO EMPRESARIAL? Vale a pena cooperar; Possui as competências para cooperar; Decide ingressar ou formar uma rede de cooperação empresarial... Adicionar um rodapé 14 TREY research Redes de empresas existem para dar suporte à competitividade dos seus participantes. • A existência de uma rede somente faz sentido se os benefícios que ela proporciona aos seus membros forem considerados relevantes e imprescindíveis, isto é, se ela for capaz de gerar valor e ganhos relacionais a todos os participantes. • A continuidade de uma rede estará ameaçada se os participantes entenderem que podem sobreviver sem a cooperação ou se avaliarem que o futuro da rede está comprometido em razão de conflitos, de falta de confiança ou de uma liderança incapaz de mobilizar e direcionar as ações coletivas. Adicionar um rodapé 15 TREY research O que são redes de cooperação empresarial? Redes verticais: a dimensão da hierarquia. • Redes de cooperação: é composta por empresas independentes entre si, que optam por coordenar certas atividades a fim de atingir objetivos comuns. O detalhe é que esses objetivos não poderiam ser atingidos de maneira isolada, ou seria muito difícil. • Por exemplo: criação de novos mercados, desenvolvimento de um novo produto, e outros. • PARA COMPETIR ATRAVÉS DA COLABORAÇÃO, é preciso que a rede tenha uma governança e uma gestão: • Governança e gestão representam dois pilares fundamentais para o desenvolvimento e a consolidação de uma rede, aliança ou parceria. • Enquanto a governança representa as regras de operação da rede, a gestão consiste na definição de estratégias, estruturas e processos que conduzam a rede aos resultados coletivos. Adicionar um rodapé 16 TREY research Adicionar um rodapé TREY research Em síntese, a gestão da rede precisa ser capaz de levar os participantes ao alcance dos objetivos coletivos estabelecidos, mas deve respeitar as regras de governança definidas pelo grupo. Adicionar um rodapé 18 A governança da rede indica a forma como essa rede será estruturada e organizada, seus mecanismos regulatórios e de tomada de decisão, para garantir os interesses dos membros e assegurar que as normas estabelecidas sejam cumpridas. Trata da sistemática de funcionamento da rede, dos níveis de autonomia dos gestores, das formas de solucionar conflitos, mecanismos de controle e de participação nas decisões que regulem as atividades desenvolvidas. O sistema de governança da rede deve ser capaz de organizar e alinhar os interesses distintos que, inevitavelmente, surgem quando organizações diferentes constituem um grupo cooperativo. A governança da rede não substitui o sistema de governança das empresas participantes da rede. Existem vários modelos de governança, que eu não vou detalhar aqui. TREY research Adicionar um rodapé TREY research FUNÇÃO ALINHAR • A governança de redes precisa desempenhar o papel de alinhar os objetivos, visões e propósitos dos participantes. • Redes cujos objetivos mudam com o tempo também precisam de um esforço considerável de alinhamento. • O QUE FAZER? • • Realizar reuniões de planejamento coletivo, promovendo discussões sobre o propósito da rede e criando uma visão compartilhada; • • Criar rotinas de comunicação para divulgar a visão compartilhada e reforçar essa visão entre todos os stakeholders, em especial os novos participantes; • • Estimular a comunicação entre os stakeholders para que possam dialogar e compartilhar suas percepções sobre a rede, sedimentando uma visão compartilhada. Adicionar um rodapé 20 TREY research FUNÇÃO INTEGRAR • É preciso integrar os conhecimentos e recursos dos participantes, e também é fundamental integrar novos participantes e gerar laços de confiança entre os participantes. • O QUE FAZER? • • Criar um mapa virtual com os conhecimentos e recursos de cada participantes, permitindo a fácil identificação de como cada parte pode contribuir e que conhecimentos podem ser combinados. • • Promover uma rotina de integração para novos participantes que se juntam à rede, com informações sobre os parceiros da rede, as ações em desenvolvimento e os objetivos. • • Realizar reuniões, fóruns e encontros periódicos em que os participantes possam se conhecer melhor, desenvolver laços de confiança e se integrar. Adicionar um rodapé 21 TREY research FUNÇÃO MOBILIZAR • A participação voluntária se dá em razão da percepção de que podem contribuir para minimizar ou solucionar um problema social, ambiental ou econômico. Mesmo assim, líderes ou orquestradores de redes precisam utilizar práticas para manter os participantes mobilizados ao longo do tempo e dedicados à ação coletiva. Também é função da governança mobilizar os participantes certos no momento certo. • O QUE FAZER? • • Atribuir tarefas específicas a cada participante da rede, indicando que sua contribuição é fundamental para queaquela ação seja realizada. • • Utilizar canais externos de comunicação sobre as atividades desenvolvidas pela rede, como por exemplo jornais locais, blogs e sites, estimulando cada participante a contribuir com as ações coletivas. • • Manter uma comunicação clara com todos os participantes da rede para reforçar que resultados a rede colaborativa pretende alcançar e que estes somente são possíveis por meio da ação coletiva. Adicionar um rodapé 22 TREY research FUNÇÃO ORGANIZAR • Consiste em atividades básicas, como gerenciar projetos, marcar e conduzir reuniões de trabalho, alocar recursos e tempo dos participantes para tarefas, criar rotinas e procedimentos que garantam a execução das ações. • O QUE FAZER? • • Ter clareza quanto a quais recursos (humanos, financeiros, físicos, tecnológicos, conhecimento) serão necessários e quando eles precisarão ser acionados, evitando com isso o uso inadequado e garantindo que estarão disponíveis no momento certo. • • Utilizar aplicativos e softwares de gestão de projetos para organizar cronogramas de atividades, atribuir responsáveis e definir prazos. Há uma grande variedade de softwares gratuitos que permitem o uso colaborativo. • • Criar regras que definem funções específicas para cada stakeholder nos projetos em desenvolvimento, deixando claras as responsabilidades e o que é esperado de cada participante, em qual momento. Adicionar um rodapé 23 TREY research FUNÇÃO ARBITRAR • Sempre existiram conflitos na rede. Os líderes da rede precisam ser capazes de arbitrar relações conflituosas e encontrar soluções para os desacordos entre os participantes. • A governança define as regras sobre como agir em caso de conflitos, mas é preciso tomar atitudes, colocar em prática as regras. • O QUE FAZER? • • Criar rotinas para discussão em plenária, com todos os participantes, de pontos de vista divergentes, reduzindo a possibilidade de conflitos. • • Promover o diálogo entre todos os stakeholders para minimizar ruídos de comunicação que podem levar a conflitos. • • Definir regras claras de governança sobre como deve ocorrer o processo decisório, evitando que conflitos surjam por falta de clareza nos processos ou pela percepção de injustiça/ falta de transparência. Adicionar um rodapé 24 TREY research FUNÇÃO MONITORAR • monitoramento de comportamentos e de resultados. • Ao monitorar comportamentos e garantir que estejam alinhados com padrões éticos esperados, os líderes diminuem o risco de surgimento de conflitos entre partcipantes. Ao monitorar resultados, os líderes garantem que a rede colaborativa está avançando na direção desejada ou que ações de redirecionamento podem ser tomadas caso haja desvios em relação ao planejado. • O QUE FAZER? • • Criar indicadores claros de resultados que a rede busca alcançar e evidenciar quais são as atribuições de cada participante, garantindo que o monitoramento esteja ancorado em critérios e indicadores objetivos. • • Definir os padrões éticos esperados dos participantes, criar documento que resume esses padrões e comunicar frequentemente a todos. • • Realizar reuniões e eventos frequentes de comunicação dos resultados monitorados, retroalimentando a mobilização e engajamento dos participantes. Adicionar um rodapé 25 TREY research EM RESUMO Adicionar um rodapé 26 Para competir através da colaboração, as empresas precisam: Identificar se vale a pena cooperar/colaborar; Identificar se possuem (ou se podem desenvolver) as competências para a colaboração; Compreender que para competir através da colaboração é preciso que a rede (ou qualquer outro formato) tenha governança e gestão; E por fim, a rede precisa de uma estratégia. Isso é papo para outro workshop. Obrigada! Profa. Dra. Patricia Kinast De Camillis Email: patricia.camillis@unialfa.com.br Indicação: Livro: REDES, ALIANÇAS E PARCERIAS: ferramentas e práticas para a gestão da cooperação empresarial. disponível no site: Academia da Cooperação https://www.academiadacooperacao.com.br/ https://www.academiadacooperacao.com.br/ Slide 1: Redes de cooperação empresarial: Como competir através da cooperação Slide 2: Por quê? Slide 3: POR QUE COLABORAR... POR QUE COOPERAR? Slide 4: No âmbito dos negócios... Parcerias, alianças, consórcios, franquias, redes de empresas e centrais de negócios tornaram-se termos comuns no campo da Administração. Slide 5: Comparação Slide 6: Por que as empresas cooperaram e formam redes? Slide 7 Slide 8: Comprar, produzir ou cooperar. Slide 9 Slide 10: Large image Slide 11: Large image Slide 12 Slide 13: A competência de terminar relacionamentos está dividida em duas dimensões: a competência de compreender quando um relacionamento não é mais favorável e a competência de efetivamente descontinuar esse relacionamento Slide 14: O QUE PRECISAMOS ENTENDER SOBRE REDES DE COOPERAÇÃO EMPRESARIAL? Slide 15: Redes de empresas existem para dar suporte à competitividade dos seus participantes. Slide 16: O que são redes de cooperação empresarial? Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20: FUNÇÃO ALINHAR Slide 21: FUNÇÃO INTEGRAR Slide 22: FUNÇÃO MOBILIZAR Slide 23: FUNÇÃO ORGANIZAR Slide 24: FUNÇÃO ARBITRAR Slide 25: FUNÇÃO MONITORAR Slide 26: EM RESUMO Slide 27: Obrigada!