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73Competir ou cooperar: eis a questão!
Educação Física
Esporte: entendido como uma prática motora/corporal:
A) orientada a comparar um determinado desempenho entre indivíduos ou grupos;
B) regido por um conjunto de regras que procuram dar aos adversários iguais condições de oportuni-
dade para vencer a contenda e, dessa forma, manter a incerteza do resultado; 
C) com regras institucionalizadas por organizações que assumem (exigem) a responsabilidade de defi-
nir e homogeneizar as normas de disputa e promover o desenvolvimento da modalidade, tem o intui-
to de comparar o desempenho entre diferentes atores esportivos (por exemplo, em nível mundial).
O esporte pode ser entendido como a transformação das atividades da cultura corporal das classes 
populares e da nobreza inglesa em práticas corporais pautadas pelas características do esporte ante-
riormente citadas. Esse processo iniciou-se no século XVIII, desenvolvendo-se mais intensamente no fi-
nal do século XIX. Foi contemporâneo dos processos de industrialização e urbanização da Inglaterra, e 
nele tiveram papel fundamental as escolas públicas. A sua origem na Inglaterra é interpretada como um 
produto da ascensão da nova forma de organização social capitalista daquela época.
O processo de transformação de práticas corporais originadas em contextos não competitivos e, 
particularmente, não institucionalizadas em modalidades esportivas, assumindo os códigos do esporte 
de rendimento (comparação objetiva de desempenho, regras oficiais únicas, institucionalização, racio-
nalização das práticas/treinamento na busca da maximização do desempenho), possibilita um grande 
referencial comparativo do que possa diferenciar o jogo do esporte. 
FENSTERSEIFER, P. E. e G.; Fernando J. (orgs). Dicionário crítico de educação física. Ijuí: Editora Unijuí, 2005. p.170-173.n
Já é possível, para você, diferenciar jogo de esporte? Entremos, en-
tão, no último questionamento apresentado. 
Os esportes e os jogos só se aplicam de 
maneira competitiva?
Você compreendeu que em nosso cotidiano várias situações se ma-
nifestam de modo que temos que assumir papéis diferenciados, os 
quais nos conduzem, ou não, à competição? Em determinados mo-
mentos não temos como evitá-las, mas em outros, é possível trabalhar 
de maneira conjunta, buscando resultados benéficos a uma coletivida-
de a partir da soma de forças (cooperação).
Se não podemos afirmar que o homem é naturalmente competiti-
vo, podemos afirmar então que é naturalmente cooperativo? Mas seria 
também o jogo cooperativo, competitivo? Vamos discutir essas ques-
tões a seguir.
z
Jogos cooperativos: um exercício 
de convívio social
O jogo cooperativo é um contraponto ao espírito competitivo exa-
cerbado pela sociedade capitalista. Nela, o fenômeno da competição 
z
www.diaadiaeducação.pr.gov.brn
74 Jogos
Ensino Médio
se reproduz em vários setores da vida social e, segundo Brotto (2002), 
evidencia-se em lugares e momentos em que não seria necessária a 
busca desenfreada por sermos os melhores, como se esta fosse nossa 
única opção.
No jogo cooperativo, em contrapartida, há o favorecimento à pro-
moção da auto-estima e a potencialização de valores e atitudes que 
melhoram o desenvolvimento da sociedade, tais como a solidariedade, 
a confiança e o respeito mútuo. 
Os jogos cooperativos surgiram “há milhares de anos quando mem-
bros das comunidades tribais se uniam para celebrar a vida” (ORLICK, cita-
do por BROTTO, 2002, p. 47). Povos de várias regiões do mundo – Tasaday/Áfri-
ca, Arapesh/Nova Guiné, Aborígenes/Austrália e índios Kanela/Brasil, 
entre outros – vivem ainda nos dias de hoje de maneira cooperativa, 
realizando tarefas conjuntas, distribuídas a todos os membros da co-
munidade. Cada membro destas comunidades trabalha em prol da co-
letividade em que vivem. 
Os jogos cooperativos começaram a ser difundidos, no Brasil, na 
década de 80, quando foi fundada, em Brasília, a Escola das Nações. 
Nela, os embaixadores de outros países matriculavam seus filhos. A fi-
losofia desta escola baseava-se na solidariedade, respeito mútuo e co-
operação.
Nos anos seguintes, várias instituições passaram a trabalhar com es-
ta concepção de jogo. Em 2001, aconteceu o 2o Festival de Jogos Coo-
perativos cujo tema foi “Construindo um Mundo Onde Todos Podem 
VenSer” , sendo que o primeiro contanto ocorreu em 1999, no Sesc-
Taubaté, com participantes do Brasil e da América do Sul.
Características dos Jogos Cooperativos
A principal característica do jogo cooperativo é sua forma de parti-
cipação. As atividades são realizadas com o objetivo de proporcionar 
aos seus participantes a máxima diversão, sem preocupação em com-
petir exclusivamente.
O jogo cooperativo proporciona, ainda, o trabalho com valores in-
comuns à atual sociedade, cujo objetivo é a competição exacerbada, a 
individualidade como única possibilidade. Tra-
balha, portanto, a diversidade e reconhecimen-
to que uma disputa só é possível se considerar-
mos a coletividade.
Pode-se dizer que nos Jogos Cooperativos 
cada indivíduo representa, com suas caracterís-
ticas, uma força que contribui para que todos se 
sintam contemplados com o resultado final?
Vamos exercitar esta nova forma de viven-
ciar o jogo?

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