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Caderno Semiologia Respiratorio

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Semiologia - APARELHO RESPIRATÓRIO (AR) - Aline 
 Linhas torácicas 
 Média esternal 
 Hemiclavicular D e E 
 Paraesternais D e E 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Regiões torácicas: 
 Supraclavicular 
 Clavicular 
 Intraclavicular 
 Esternal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Exame físico: 
 Inspeção estática 
o Posição da traqueia 
o Alterações na pele: manchas, Nevis, cicatrizes, etc. 
o Abaulamento ou retrações: sugere doença 
o Forma: DT = 2 x DAP (DT: Diâmetro transverso; DA: Diâmetro anteroposterior) 
o Tipos patológicos de tórax 
A. Enfisematoso/ Tonel / Barril / Globoso 
B. Sapateiro / Peito escavado 
C. Peito de pombo / Quilha / Pectus carinatum 
D. Cifótico (“corcunda”) 
E. Chato ou plano 
F. Escoliótico 
G. Cifoescoliótico 
H. Raquítico 
I. Piriforme 
J. Crônico em sino: ascites 
K. Escafoide: depressão na parte superior do tórax (raro) 
 
 
 
 Mamária 
 Inframamária 
 Axilar 
 Infra-axilar 
 
 Médio espinhal 
 Escapular D e E 
 Paravertebral D e E 
 Axilar anterior, média e posterior 
 
 
 I
n
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mica 
o Tipo respiratório: 
- Torácico: predomínio em posição sentada e ortostática 
- Diafragmática / Abdominal 
 
o Presença ou não de tiragem intercostal: ocorre durante toda a inspiração, indica dificuldade, sinal de Hoover 
(hiperinsuflação pulmonar e diafragma retificado por retração do terço inferior do torax) 
Frequência respiratória: 
- Bradipneia: baixa frequência 
- Taquipneia: alta frequência 
- Hiperpneia: volume aumentado 
- Hipopneia: volume reduzido 
- Polipneia: rápida e superficial 
- Oligopneia: respiração superficial 
- Apneia: parada respiratória 
 
o Ritmo respiratório 
- Normal 
- Kussmaul: Inspiração – apneia - expiração 
- Cheyne-stokes: apneia seguida de 
inspirações profundas e posterior decréscimo 
(ICC, doença cerebral e fármacos 
- Biot: apneia seguida de inspiração e 
expiração anárquica, forma atáxica, (aumento 
da PIC, lesões de tronco, cerebral, coma 
induzido) 
- Suspirosa (emocional) 
 
 
 
o Amplitude dos movimentos respiratórios 
o Expansibilidade dos pulmões 
- Expansão do gradil costal e movimento toracoabdominal assincrônico na inspiração = anormalidade 
- Depressão da parede abdominal na inspiração = respiração paradoxal 
- Redução da movimentação ipsilateral (consolidação, pneumotórax, derrame plural, atelectasia) 
- Desvio da traqueia contralateral (pneumotórax e derrame pleural 
- Desvio da traqueia ipsilateral (atelectasia) 
- Tórax em barril (DPOC) 
 
 
 
 Palpação: 
o Pele: elasticidade e turnos 
o Linfadenomegalias 
o Expansibilidade: colocar as mãos em ambos os lados e avaliar a movimentação quanto à simetria de 
afastamento dos polegares 
o Frêmito tórax vocal (FTV): vibrações produzidas pelos sons vocais (pedir ao paciente para falar 33) 
- Normal 
- FTV aumentado: consolidação (= inflamação com broncogramas aéreos) 
- FTV diminuído: atelectasia, derrame plural, pneumotórax 
 
 
 Percussão: relação ar/tecido. 
o Normais: 
- Som claro pulmonar: baixo tom e maior duração (normal) 
- Som submaciço: diafragma, linha HCD 
o Anormais: 
- Hipersonoridade: mais ar que tecido (enfisema e pneumotórax) 
- Timpanismo: semelhante ao timbre de tambor (pneumotórax) 
- Maciez e submacicez: diminuição da relação ar / tecido, som curto e seco 
 
 Ausculta: 
 
Ruído respiratório Localização Características 
Brônquico Pescoço 
Som intenso e rude, alta frequência e 
inspiração seguida de expiração 
Broncovesicular 
Supra e infraclavicular e 
interescapular 
Mais rude na inspiração e suave na 
expiração 
Vesicular 
Restante do tórax, exceto 
região precordial 
Baixa frequência e mais intenso na 
inspiração 
 
 
Ruídos adventícios pulmonares 
Sons Mecanismos de origem Classificação Condição clínica 
Crepitações 
finas 
(Atrito do 
cabelo) 
Reabertura súbita dos 
bronquíolos 
Sons descontínuos 
Timbre agudo 
Baixa amplitude 
Curta duração 
Congestão pulmonar 
Crepitações 
grossas 
Secreção dos brônquios e 
bronquíolos 
Sons descontínuos 
Timbre grave 
Alta amplitude 
Longa duração 
Bronquite crônica, 
bronquiectasia, asma, 
edema pulmonar 
Sibilos 
(assobio) 
Vibrações das estruturas 
pulmonares com 
estreitamento 
Sons contínuos 
Musicais 
Duração >250ms 
Asma, DPOC, tumores 
intralumiais, compressões 
externas das Vias aéreas 
inferiores, corpo estranho 
Roncos Secreção brônquica 
Sons contínuos 
Tom baixo 
Bronquites 
Exercício (áudio 01/10) 
Exame físico Consolidação Atelectasia Derrame Pleural Pneumotórax 
Definição 
É um processo 
infeccioso/inflamatório 
no parênquima 
pulmonar. 
Comum em PNM. 
Colabamento dos 
alvéolos pulmonares. 
Pode ocorrer por 
vários motivos. 
Líquido na cavidade 
pleural. 
Pode ocorrer por 
infecção, trauma, 
etc. 
Ar na cavidade 
pleural. 
Pode ocorrer por 
infecção, trauma, 
etc. 
Inspeção 
estática 
(Traqueia) 
Sem desvio ou com 
desvio ipsilateral em 
casos mais graves 
Desvio ipsilateral Desvio contralateral Desvio contralateral 
Inspeção 
dinâmica 
(FR) 
Taquipneia Taquipneia Taquipneia Taquipneia 
Palpação - - - 
Enfisema 
subcutâneo 
Expansão Menor ipsilateral Menor ipsilateral Diminuída Menor ipsilateral 
Frêmito tóraco-
vocal 
Aumentado 
Pois pode haver 
broncograma aéreo em 
meio à consolidação, o 
que facilita a 
transmissão da onda 
sonora 
Abolido Abolido Abolido 
Percussão 
(Timpânico / 
Maciço) 
Maciço Maciço Maciço Timpânico 
Ausculta 
(murmúrio 
vesicular) 
Normal ou diminuído e 
todos os ruídos podem 
estar presentes 
Abolido 
Abolido ou 
diminuído e sem 
ruídos adventícios 
Abolido ou 
diminuído e sem 
ruídos adventícios 
 
 
GD DE TOSSE E DISPNEIA 
 Definição de dispneia: dificuldade para respirar podendo o paciente ter ou não consciência desse estado. Será 
subjetiva quando percebida pelo doente e objetiva quando acompanhada de manifestações ao exame físico. 
 
 Fisiopatologia: estímulos nervosos chegam ao SNC provenientes de diversas partes do sistema respiratório, 
onde existem receptores na laringe, vias respiratórias, parênquima pulmonar, musculatura respiratória. Pode 
ocorrer também quando o nível da atividade da musculatura respiratória supera o esperado para determinado 
grau de ventilação alveolar. 
- Quimiorreceptores: centrais sensíveis a PaCO2 e periféricos são sensíveis a PaO2. Esses receptores sinalizam as 
alterações desses gases devido ao comprometimento da sua difusão ou pelo aumento do espaço morto que 
pode induzir à dispneia. 
- Mecanorreceptores: sensíveis às variações de tensão, estiramento muscular ou distorções da caixa torácica. A 
percepção do aumento do esforço exigido pelo comando central pode ocasionar a dispneia. 
 Classificações: 
- Tipos: 
 Dispneia de Repouso: dificuldade respiratória mesmo ao repouso 
 Ortopneia: dispneia quando deitado e quando se levanta há melhora do quadro 
 Dispneia Paroxística noturna: início súbito de dispneia durante o sono 
 Platipneia: dispneia em ortostatismo e é aliviada em decúbito 
 Trepopneia: dispneia em determinado decúbito lateral 
 
- Cronológica: 
 Aguda: menos de 30 dias ou de início súbito, pode ser ameaçadora da vida como em embolia pulmonar. 
 Crônica: devem ser avaliadas causas cardiovasculares (insuficiência cardíaca, doenças valvares, 
pericárdicas ou dos grandes vasos) 
 
 Anamnese: 
- Queixa principal: cansaço, falta de ar, dificuldade de respirar, respiração difícil. 
- HMA: 
 Características do sintoma: 
 Localização 
 Qualidade 
 Intensidade ou quantidade 
 Duração e frequência 
 Fatores desencadeantes 
 Fatores agravantes e atenuantes 
 Manifestações associadas 
 
 Sinais de emergência: 
 Hipotensão arterial 
 Alteração do estado mental 
 Hipoxemia 
 Arritmias com repercussão hemodinâmica 
 Estridor ou esforço respiratório sem correspondente 
 Desvio da traqueia contralateral ao lado com sons respiratórios alterados 
 Taquipneia>40 irpm 
 Cianose 
 Retração muscular respiratória 
 Saturação de O2 baixa 
 Agudização de condição crônica (ex: crise grave de asma e exarcebação de DPOC) 
 
 Causas de dispneia com risco de morte: 
 Embolia pulmonar 
 Obstrução aguda de vias respiratórias por corpo estranho ou reação anafilática 
 Edema pulmonar 
 Pneumonia 
 Pneumotórax hipertensivo 
 
 Definição de Tosse: Inspiração rápida e profunda, seguida de fechamento da glote, contração dos músculos 
respiratórios, principalmente diafragma, terminando com uma expiração forçada após abertura súbita da glote. 
É um mecanismo de defesa das vias respiratórias as quais reagem aos irritantes ou procuram eliminar secreções 
anormais. 
 
 Fisiopatologia: estímulos partem das vias aferentes até o bulbo, mediados pelo nervo vago. Descem pela via 
eferente do bulbo para a glote e músculos inspiratórios. Por meio dos nervos laríngeo recorrente, que fecha a 
glote, e frênicos e os que inervam os músculos expiratórios. 
 Classificação: 
 Aguda: duração de até 3 semanas. Ex: rinite e resfriado 
 Subaguda: duração entre 3 a 8 semanas. Ex: Tuberculose 
 Crônica: duração maior que 8 semanas. Ex: tabagismo, bronquite, DPOC 
 
 Anamnese: Como investigar 
 Frequência 
 Intensidade 
 Tonalidade 
 Existência ou não de expectoração 
 Relação com decúbito 
 Período do dia que ocorre com mais intensidade 
 
 5 tipos de tosse e 2 exemplos de cada: 
 Tosse seca: 
 Alérgica: irritação na garganta, provocando tosse até que a causa alérgica cesse 
 Insuficiência cardíaca do VE: normalmente é noturna, pois o decúbito facilita a congestão 
pulmonar. 
 
 Tosse produtiva: 
 Bronquite: processo inflamatório que gera maior produção de muco e expectoração à tosse. 
 Edema pulmonar: os alvéolos ficam congestos e há expectoração espumosa com traços 
rosados. 
 
 Tosse reprimida: paciente evita tossir devido à dor 
 Dor torácica e dor abdominal (ex: pleuropneumopatias ou pneumotórax espontâneo) 
 
 Tosse Quintosa: normalmente ocorre durante a madrugada, acompanhada de vômito e sensação de 
asfixia. 
 Coqueluche 
 Outras afecções broncopulmonares 
 
 Tosse associada à ingestão de bebida/comida: 
1. Doenças do esôfago superior: divertículo criado por hérnia da mucosa ou doença 
neuromuscular que leva à paralisia. 
 
 
ESCALAS DE DISPNEIA (PARA CARDIOPATAS) 
 
NYHA 
Classe I 
Ausência de sintomas durante atividades cotidianas. A limitação para esforços é 
semelhante à esperada em indivíduos normais 
Classe II Sintomas desencadeados por atividades cotidianas 
Classe III 
Sintomas desencadeados em atividades menos intensas que as cotidianas ou em 
pequenos esforços 
Classe IV Sintomas em repouso 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Medical Research Concil 
0 Sem dispneia, a não ser com exercício extenuante 
1 Dispneia quando caminha depressa no plano ou sobe ladeira suave 
2 
Anda mais devagar que outra pessoa na mesma idade no plano devido à dispneia ou 
tem que parar para respirar 
3 
Faz pausas para respirar após caminhar uma quadra (30 a 120m) ou após poucos 
minutos no plano 
4 Muita dispneia para sair de casa ou para vestir-se 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BORG 
0 Repouso 
1 Demasiado leve 
2 Muito leve 
3 Muito muito leve 
4 Leve 
5 Leve moderado 
6 Moderado 
7 Moderado-intenso 
8 Intenso 
9 Muito intenso 
10 Exaustivo 
 
Escala de percepção do esforço 
6, 7, 8 Muito fácil 
9, 10 Fácil 
11, 12 Relativamente fácil 
13, 14 Ligeiramente cansativo 
15, 16 Cansativo 
17, 18 Muito Cansativo 
19, 20 Exaustivo

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