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Síndrome Nefrótica ➢ Definição ○ Proteinúria > 3,5g/dia (adultos) ou 40-50 mg/ kg/dia (criança) ○ Como o exame acima é difícil de ser feito na prática, vemos a relação proteína creatinina (amostra aleatória de urina) -> Vr: 2. ○ Entendendo a proteinúria: Tipos de proteinúria: Seletiva: à custa de albumina (carga) Não seletiva: perda proporcional (tamanho) ○ Hipoalbuminemia + queda de antitrombina III,IgG, Transferrina ○ Edema ■ Perigosa, casos haja ascite devido ao risco de desenvolver PBE ○ Hiperlipidemia ■ Lipidúria, cilindros graxos -> pode favorecer doenças ateroscleróticas ➢ Clínica ○ Urina espumosa ○ Edema (periorbitário/MMII) ○ Complicações ■ Trombose venosa profunda - na veia renal → gera distenção na cápsula renal, resultando em dor em flanco ■ Hematúria/ piora da proteinúria ■ Assimetria renal ■ O homem pode desenvolver uma varicocele súbita, pois a veia testicular esquerda drena para a veia renal ➢ Etiologia: ○ Glomerulopatia membranosa (principal) ○ Glomerulonefrite membranoproliferativa ○ Amiloidose ➢ Tratamento: ○ Trombose venosa → Anticoagulação ○ Infecção → peritonite bacteriana espontânea por Pneumococo ○ Aterogênese acelerada ➢ Etiologia ○ Causas primárias ■ Doença por lesão mínima ■ Glomeruloesclerose focal e segmentar (GEFS) ■ Glomerulonefrite proliferativa mesangial ■ Glomerulopatia membranosa ■ Glomerulonefrite membranoproliferativa (mesangiocapilar) ○ Causas secundárias ■ Diabetes ■ Has ■ Lupus ➢ Formas primárias: ➢ Doença por lesão mínima: ○ Epidemiologia: ■ Adultos: 10-15% ■ Crianças: 85% ○ Patogênese: ■ Perda da carga negativa da membrana basal (proteinúria seletiva) -> Fusão e retração dos processos podocitários (patognomônico) ■ ○ Associações: ■ Linfoma de Hodgkin/ AINES ○ Clínica: ■ Síndrome nefrótica clássica (períodos de atividade - remissão) ■ Complemento normal ○ Tratamento: ■ Corticoide (excelente resposta) ■ 80-90% das crianças respondem em 4 semanas ■ Evitamos a biopsia e fazemos a prova terapêutica com corticóide ➢ Glomeruloesclerose focal e segmentar (GESF) ○ Epidemiologia ■ Principal causa de síndrome nefrótica em adultos ○ Patogênese ■ Primária: ataques de linfócitos aos podócitos ■ Secundária: sequela (inflamação/ medicamentos), sobrecarga, hiperfluxo -> pensamos nela na prova ○ Associações: ■ Diversas (HAS, HIV, Anemia falciforme) ○ Clínica ■ Qualquer nível de proteinúria (geralmente na faixa nefrótica). ■ HAS, hematúria microscópica. ■ Complemento normal. ○ Tratamento: ■ Corticoterapia (remissão 40-60%) ■ Nefroproteção (IECA ou BRA, estatina) ➢ Glomerulonefrite proliferativa mesangial ○ Epidemiologia ■ 5-10% das sindrome nefrótica primária ○ Patogênese ■ Proliferação celular no mesângio ○ Associações ■ Lúpus ○ Clínica ■ Proteinuria + hematuria ○ Tratamento ■ Corticoterapia ➢ Glomerulopatia membranosa ○ Epidemiologia ■ Segunda forma mais comum de síndrome nefrótica primária ○ Patogênese ■ Depósitos subendoteliais que geram o espessamento da membrana basal ○ Associações ■ Câncer (pode abrir o quadro com a GM), Lúpus, hepatite B, drogas (sais de ouro, d penicilamina, IECA, AINES) ○ Clínica ■ Síndrome nefrótica ■ Complemento normal ■ Pode haver a trombose da veia renal (mais associada a essa trombose) ■ Evolução variável ○ Tratamento: ■ Nefroproteção(IECA ou Bra, estatina) ■ Avaliar a anticoagulação profilática (principalmente, se albumina < 2-3 g/dl) ■ Avaliar a imunossupressão ○ Prognóstico ■ Sinais de bom prognóstico ● Jovens/ sexo feminino ● Proteinúria < 10 g/dia ● Albumina > 2,5 ● Ausência de insuficiência renal ● Ausência de fenômeno tromboembólico ➢ Glomerulonefrite membranoproliferativa (mesangiocapilar) ○ Patogênese ■ Proliferação mesangial intensa ○ Associações: ■ Hepatite C/ Crioglobulinemia mista/ endocardite bacteriana ○ Clínica ■ Síndrome nefrótica e/ou nefrítica ■ Trombose da veia renal ■ Infecção respiratória alta previa em 50% ■ Hipocomplementenemia que persiste por mais de 8 semanas ○ Tratamento ■ Nefroproteção (ieca, bra, estatina) ■ Se grave. imunossupressão ➢ Glomerulopatias secundárias ➢ Diabetes mellitus (nefropatia diabética) ○ Principal causa de IRC no mundo ○ DM tipo I e II ○ Risco de 20-40 % de desenvolver IRC em 10 anos ➢ Patogênese ○ Fase 1: hiperfiltração glomerular que gera sobrecarga, o que leva a uma glomeruloesclerose, mas tem classificação própria. ■ Hipertrofia glomerular ■ Expansão mesangial ■ Espessamento da MB ■ Perda da barreira de carga (gera a perda de albumina) ○ Fase 2: microalbuminúria (30-300 mg/dia) - também chamado de albuminúria moderadamente aumentada. -> já aumenta o risco cardiovascular do paciente ○ Fase 3: Macroalbuminúria > 300 mg/dia ■ Surge: HAS, retinopatia, edema ■ Nessa fase, consigo retardar o processo com o tratamento. Dificilmente consigo regredir ○ Fase 4: Insuficiência renal ➢ Diagnóstico ○ Dm 1: rastreio do rim após 5 anos do diagnóstico ○ Dm 2: rastreio ao diagnóstico ■ Urina de 24 horas ou relação albumina/ creatinina na amostra ■ Biopsia - > na dúvida, não é necessária -> achado mais comum: glomeruloesclerose difusa ➢ Tratamento ○ Controle glicêmico ■ Alvo: HBA1C < 7% ■ Inibidor da SGLT2 (TFG > 45 ml/ min) ○ Controle da PA ■ Alvo: 130x 80 mmhg ■ IECA ou BRA (mesmo s/ HAS) ○ Restrição proteica ■ Não recomendamos de rotina ○ Mudança no estilo de vida ■ Mudança no estilo de vida: exercícios físicos, parar de fumar
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