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Abordagens no Ensino de Idiomas para Surdos

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Abordagens pedagógicas no ensino de 
idiomas para surdos
No ensino de idiomas para a comunidade surda, diversas abordagens pedagógicas têm sido adotadas 
ao longo dos anos, cada uma com suas particularidades e objetivos específicos. Uma das principais 
metodologias é a abordagem comunicativa, que enfatiza a interação e a comunicação funcional, 
permitindo que os alunos surdos desenvolvam habilidades linguísticas de maneira contextualizada e 
significativa. Essa abordagem valoriza o uso da língua de sinais como um canal natural de comunicação, 
incentivando a participação ativa dos alunos em situações reais de uso do idioma.
Outra perspectiva relevante é a abordagem bilíngue, que reconhece a importância da língua de sinais 
como primeira língua (L1) do surdo e promove o ensino da língua escrita como segunda língua (L2). 
Nessa abordagem, os alunos surdos têm a oportunidade de desenvolver competências em ambas as 
línguas, favorecendo a aquisição de conhecimentos e a inclusão social. Além disso, a abordagem 
multissensorial também tem sido aplicada, explorando diferentes canais de percepção, como a visão, a 
leitura labial e a expressão corporal, de modo a facilitar a compreensão e a aprendizagem dos 
conteúdos.
Mais recentemente, a abordagem baseada em tarefas (task-based approach) tem sido adotada, 
incentivando os alunos surdos a realizarem atividades significativas e autênticas, com foco no uso da 
língua para a resolução de problemas e a comunicação. Essa abordagem promove a autonomia e a 
motivação dos estudantes, permitindo que eles apliquem os conhecimentos adquiridos em situações 
reais de uso do idioma.
Desenvolvimento da 
linguagem e aquisição de 
línguas para surdos
O desenvolvimento da linguagem e a aquisição de línguas para indivíduos 
surdos é um processo complexo e único, marcado por desafios e 
oportunidades específicas. Pesquisas demonstram que a exposição 
precoce à língua de sinais é crucial para que as crianças surdas possam 
adquirir uma língua natural de forma plena e alcançar um 
desenvolvimento linguístico e cognitivo saudável.
Diferentemente das crianças ouvintes, que adquirem naturalmente a 
língua oral de seu ambiente, as crianças surdas precisam de um ambiente 
linguístico visual que propicie o acesso à língua de sinais desde os 
primeiros anos de vida. Essa exposição precoce à língua de sinais permite 
que elas construam as bases necessárias para o desenvolvimento de 
habilidades linguísticas, de leitura, escrita e de outras funções cognitivas 
superiores.
Quando privadas dessa exposição à língua de sinais, as crianças surdas 
podem apresentar atrasos significativos no desenvolvimento da 
linguagem, o que pode impactar negativamente sua capacidade de 
aprender outros idiomas, como a língua oral do país onde vivem. Portanto, 
é fundamental que as práticas pedagógicas no ensino de idiomas para 
surdos levem em consideração esse aspecto fundamental do 
desenvolvimento linguístico desses alunos.

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