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- -1 PLANEJAMENTO DE RECURSOS HUMANOS PLANEJAMENTO DE CARREIRA E SUCESSÃO 27/04/2024 PAGINA DO RESUMO https://goodnotes.com/ - -2 Olá! Ao final dessa aula, você deverá ser capaz de: 1. Compreender as similaridades e diferenças dos processos de planejamento de carreira e sucessão; 2. Conhecer técnicas e instrumentos utilizados pela área de gestão de pessoas (RH) para administrar processos de carreira e sucessão nas organizações; 3. Entender a influência da avaliação de potencial para o planejamento adequado da carreira e sucessão; 4. Reconhecer a importância do planejamento e do papel do RH na definição dos métodos e sistemas de carreira e sucessão para o empregado e para a organização. Olá! Nesta aula você estudará sobre os processos de planejamento de carreira e sucessão. Você já viu esse assunto quando estudou a disciplina de Remuneração e os conhecimentos apreendidos serão importantes para facilitar o seu entendimento dessa aula. Agora vamos verificar a importância dos processos de planejamento de carreira e sucessão para a perenidade organizacional, notadamente nos dias atuais, em que o mercado altamente globalizado e em constante evolução necessita de profissionais capazes de evoluir e suprir as exigências impostas pela concorrência e atender (se possível superar) as expectativas da sua clientela. Para o sucesso de um planejamento de carreira, a organização deve considerar que o provimento de suas necessidades de pessoal precisa ser realizado de forma ordenada e por meio da gestão racional do processo de encarreiramento profissional e sucessão funcional, permitindo assim maior visibilidade e melhor equacionamento do suprimento de recursos humanos a médio e longo prazo, sem dependência estrita do mercado de trabalho e gerando oportunidades profissionais para seus empregados. https://goodnotes.com/ - -3 Muitas vezes, o primeiro paradigma a ser quebrado é o hábito de manter sob “sete chaves” as coordenadas referentes ao plano de carreira dentro da própria área de RH. Frequentemente o próprio empregado desconhece o que a organização planeja para ele e, outras vezes, até os demais setores de RH e a área envolvida também não são comunicados. Essa situação gera a perda da sinergia que poderia ser suscitada pelo envolvimento de todos em busca do mesmo ideal. Por que manter um planejamento de carreiras na organização? O planejamento de carreiras oferece as seguintes vantagens à organização: Manutenção dos empregados com maior potencialidade (talentos), que se sentem atraídos pela possibilidade de ascensão profissional, e que de outra forma poderiam se desligar e ir para o concorrente; Motivação interna crescente dos profissionais, em face da perspectiva do progresso dentro da organização; Fique ligado É bom ressaltar que um planejamento de carreira não garante que o funcionário terá sucesso na empresa, mas na sua ausência eles sentem maior dificuldade para assumir as novas responsabilidades que surgem na organização. https://goodnotes.com/ - -4 Processo sucessório, principalmente em funções-chave (cargos críticos) e gerenciais, acontece sem traumas; Redução dos níveis de erros nos processos de promoção; Transparência nas promoções por meio da identificação, por meio de normas previamente conhecidas pelos profissionais com maior talento e potencial; Preparação adequada do tipo de profissional que a organização irá necessitar ao longo do tempo, reduzindo a dependência exclusiva da mão de obra externa. Vamos conhecer os conceitos e definições utilizados por autores da área: “ são as sequências de posições ocupadas e de trabalhos realizados durante a vida de uma pessoa. ACarreiras carreira envolve uma série de estágios e a ocorrência de transições que refletem necessidades, motivos e aspirações individuais e expectativas e imposições da organização e da sociedade. Da perspectiva do indivíduo, engloba o entendimento e a avaliação de sua experiência profissional, enquanto da perspectiva da organização, engloba políticas, procedimentos e decisões ligadas a espaços ocupacionais, níveis organizacionais, compensação e movimento de pessoas. Estas perspectivas são conciliadas pela carreira dentro de um contexto de constante ajuste, desenvolvimento e mudança.” (DUTRA,2010 apud LONDON e STUMPH, ) “ é o instrumento que define as trajetórias de carreiras existentes na empresa. É dePlano de Carreira responsabilidade da empresa... Planejamento de Carreira é o estabelecimento do plano de desenvolvimento individual com os funcionários. É de responsabilidade do indivíduo, podendo a empresa auxiliar as pessoas nesse processo.” (PONTES, 2008a) Segundo Pontes (2008a), existem termos e conceitos que são adotados em carreiras e que são importantes que conheçamos, vejamos: Plano de Carreira Instrumento que define as trajetórias de carreiras existentes na empresa. Trajetória de Carreira Sucessão de cargos que exigem requisitos crescentes. Associação: Plano de Carreira. Trajetória de Carreira – Linha de Especialização Sucessão de cargos de mesma família (atividades correlatas e de mesma natureza) que exigem requisitos crescentes. Associação: Plano de Carreira. https://goodnotes.com/ - -5 Trajetória de Carreira Linha de Especialização. Trajetória de Carreira – Linha Hierárquica Sucessão de cargos executivos que exigem requisitos crescentes e alocados em graus superiores aos cargos técnicos e administrativos. Associação: Plano de Carreira. Trajetória de Carreira – Y Sucessão de cargos técnicos ou administrativos com complexidade similar aos cargos executivos. Permite ao profissional crescer na organização através da ocupação de cargos técnicos ou gerenciais. Associação: Plano de Carreira. Segmento de Carreira Cargos configurados de forma ampla e dispostos em níveis crescentes de complexidade. Associação: Plano de Carreira. Planejamento de Carreira Estabelecimento do plano de desenvolvimento individual com os funcionários. C a r r e i r a Individual Sucessão de cargos ocupados por um indivíduo em sua trajetória profissional. Associação: Planejamento de Carreira P l a n o d e Desenvolvimento Individual (PDI) Objetiva o desenvolvimento futuro do profissional e o acompanhamento constante do atingimento das metas estabelecidas. O PDI refere-se ao aprendizado atual com as experiências profissionais do indivíduo que possam melhorar as competências para alcançar o objetivo do desenvolvimento. Associação: Planejamento de Carreira No decorrer dessa aula veremos com maior detalhe como essas e outras carreiras devem ser elaboradas. Como construir carreiras que desenvolvam o funcionário e contribuam para o crescimento da organização? Vamos começar entendendo como e para que se estrutura a Carreira. No entendimento de Dutra (2010), tem as seguintes funções: https://goodnotes.com/ - -6 Estabelecer e organizar as expectativas da organização em relação aos seus funcionários; Definir os níveis de valorização existentes entre os trabalhos de diferentes naturezas e vários graus de capacitação; Determinar os critérios de acesso a um trabalho cuja natureza possua maior complexidade / responsabilidade do que a atual ou os estágios de desenvolvimento pessoal e profissional do funcionário; Fixar critérios para movimentação dos funcionários entre as diferentes ocupações; tipos de especialização (técnica ou funcional); áreas; unidades ou regiões, e os vários tipos de carreira (gerencial; técnica; administrativa, entre outras). Talvez você possa estar pensando... (...) mas falta fixar a trajetória profissional. Como o funcionário saberá onde chegar? Para Dutra (2010), cabe à organização, assessorada pela área de RH, estabelecer Sistemas de valorização ou diferenciação, nos quais as expectativas da organização estarão definidas (valorizando as diferentes naturezas dos trabalhos ou níveis) e desenho da carreira, estabelecendo os critérios de mobilidade e de migração. Vejamos primeiramente Sistemas de valorizaçãoou diferenciação: Sistemas de valorização ou diferenciação – esses sistemas podem ser baseados no trabalho executado pelas pessoas (job-based) ou centrados na capacitação das pessoas (skill-based). Centrados no trabalho das pessoas (job-based) - Se caracterizam-se por: • Exigências sobre o ocupante da posição: experiências, formação habilidade, etc.; • Complexidade das atribuições da posição: supervisão, contatos, nível de autonomia, etc.; • Condições para exercer as atribuições da posição ou esforço depreendido: insalubridade; desgaste físico e mental, etc. Centrados na capacitação das pessoas (skill-based) - Se caracterizam por: • Valorizar o conjunto de capacidades que a pessoa possui: qualidade da experiência; formação, etc.; • Considerar o conjunto de realização da pessoa: trabalhos desenvolvidos; desafios profissionais ou pessoais enfrentados; resultados obtidos, etc.; • Perceber a maturidade pessoal; flexibilidade, facilidade de comunicação; habilidade para formar equipes; resistência à pressão ou à frustração, etc. Obviamente, há críticas, vantagens e desvantagens para cada sistema, vejamos no quadro a seguir: Fique ligado Lembre-se: quando pensamos em administração de carreiras, estamos falando de sucessivos ajustes de expectativas. Muitas pessoas pensam em carreira como uma estrada pavimentada, pronta a ser seguida, mas caberá ao funcionário construir e pavimentar a sua própria estrada. • • • • • • https://goodnotes.com/ - -7 Fonte: Dutra, 2010 Veja o próximo sistema a ser estudado: Desenho de carreira Desenho de carreira – Esse sistema e o de diferenciação influenciam-se mutuamente, haja vista que o desenho de carreira traduz as sequências lógicas de cargos, enquanto o sistema de diferenciação está centrado no trabalho. Contudo, o desenho de carreira se caracteriza por demonstrar os diferentes patamares de exigências sobre as pessoas que são influenciadas por vários aspectos, tais como: • Valores organizacionais; • Estratégias do negócio e a gestão de pessoas; • Especificidade da categoria profissional abrangida pela carreira; • Características do mercado de recursos humanos; • Inserção da gestão de carreira no contexto da gestão de recursos humanos da organização; • Aspectos relacionados ao momento vivido pela organização. Fique ligado Dutra (2010) nos lembra de que, na verdade, o trabalho executado pelo empregado é uma função das necessidades organizacionais versus a capacidade da pessoa. • • • • • • https://goodnotes.com/ - -8 Como podemos verificar e de acordo com Dutra (2010), os desenhos de carreiras assumem formas distintas que variam de acordo com a influência dos aspectos relacionados e geram combinações e variações de 3 (três) tipos básicos de desenho: estruturas em linha; em rede e paralelas, como veremos a seguir: • Estruturas em linha Caracteriza-se por ser uma sequência de posições alinhadas em uma única direção, não oferecendo alternativas aos empregados; • Estruturas em rede Caracteriza-se por apresentar várias opções para cada posições na organização, possibilitando que o empregado possa estabelecer sua trajetória a partir de critérios de acesso previamente definidos. • Estruturas em paralelo Caracteriza-se por ser um instrumento mais abrangente e flexível para a administração de carreiras. Gera possibilidades de encarreiramento alternativo a aquele diretamente ligado à estrutura organizacional, conciliando: • Sistemas de diferenciação centrados no trabalho e centrados em pessoas; • Sequências de cargos e posições totalmente atrelados à estrutura organizacional e sequências vinculadas a espaços ocupacionais ou às pessoas, totalmente desatrelados da estrutura organizacional. Considerando o momento de transição da área de RH para um papel estratégico e o próprio mercado globalizado, o desenho de carreira mostra, atualmente, mais fôlego para atender a realidade imposta por meio da carreira paralela, que podemos definir, segundo Dutra (2010), da seguinte forma: A Sequência de posições, que um empregado pode assumir dentro de uma organização é orientada por duas direções, uma de natureza profissional e outra gerencial, sendo o acesso aos maiores níveis de remuneração e de reconhecimento oferecidos pela organização e garantida em qualquer uma das direções escolhida. • • • • • Saiba mais Operacionalmente, as carreiras paralelas podem ser desenhadas de várias formas, sendo comum a carreira em Y. https://goodnotes.com/ - -9 Operacionalizar carreiras! Como? Vamos verificar como operacionalizar as alternativas de carreira. Segundo Pontes (2008a), podemos estruturá- las por meio de . Veja a seguir.cargos ou segmentos de carreiras Na o crescimento do profissional é originado do plano de cargos eestrutura de carreira através de cargos salários da organização, de acordo com a hierarquização preestabelecida. Essa carreira normalmente reduz a possibilidade de promoção em função da limitação de vagas para cada cargo. Além disso, os cargos são enquadrados nos graus com base em suas avaliações (hierarquização), o que pode ocasionar uma situação na qual o funcionário não receba um valor monetário significativo ou, se receber, fique muito tempo “parado”, sem novos aumentos. Na o delineamento do cargo é feito de forma ampla e genérica –estrutura através de segmentos de carreiras o que é uma tendência das práticas atuais de mercado. Nesse caso, o que pesa não é o cargo em si, mas a capacitação do indivíduo. A carreira é constituída de níveis e graus crescentes, de exigências de escolaridade, conhecimentos, experiência e habilidades. A maior diferença dessa estrutura para a de cargos é que a definição de cada nível não é por atividade e sim por requisitos baseados na competência do funcionário. Nessa formatação, o que pesa não é o que ele faz, mas sim o que ele é capaz de fazer. Segundo Pontes (2008), é necessário conhecer os diversos tipos de carreira para que a organização opte pela que melhor atenda as suas necessidades, analisando o quadro anterior, temos: A Carreira por linha hierárquica é a mais utilizada nas organizações. Ao longo do tempo vem perdendo espaço por ser uma das mais antigas e apresentar rigidez incompatível com a realidade atual. Nessa concepção, a carreira é encaminhada para os cargos gerenciais superiores. Como essas posições são em número bem menor que as demais e dependem de vagas para serem ocupadas, forma-se um limitador natural que inibe as perspectivas de crescimento profissional do empregado. A premissa é que os cargos gerenciais são mais importantes que os demais e não considera as metas ou desejos individuais. O maior problema dessa concepção é o de “punir” um profissional tecnicamente bem-sucedido com uma carreira gerencial, às vezes, medíocre, sem chances de retorno. A Carreira em Y é oposta à por linha hierárquica e tem como premissa a mobilidade e a ascensão do empregado por meio da realização de funções gerenciais ou pela ocupação de atividades na sua área de especialidade. Nessa carreira parte-se de nível inicial básico e com seu desenvolvimento profissional, o funcionário poderá optar por cargos gerenciais ou técnicos – que terão remuneração similar. Atualmente, esse tipo de carreira tem tido maior amplitude e permite que empregado opte por atuar numa área administrativa ou operacional, por exemplo. Por ser flexível e permitir o deslocamento do profissional entre diversas alternativas de carreira, possibilita maior número de pessoas no topo da organização, sem necessidade de vaga e satisfaz as expectativas de carreira dos https://goodnotes.com/ - -10 empregados. Nas organizações públicas com maior frequência, as quais o cargo gerencial é tratado com “função gratificada”.¹ Muitas vezes a linha gerencial pode oferecer um plus salarial. A Carreira por linha de especialização é um tipo bastante utilizada nas empresas. Possibilita a especialização do profissional dentro de sua área de atuação. Nessa formatação de carreira normalmente o crescimento doempregado é mais rápido, no entanto, tem como limitador o fato de que ele não ganha um conhecimento macro das demais áreas da organização. A Carreira por linha de polivalência é oposta à concepção da carreia por linha de especialização, pois permite o desenvolvimento do profissional em diversas áreas da organização. Normalmente as promoções são mais lentas, mas permite a absorção de experiências em áreas distintas da empresa. A Carreira por linha generalista permite que o profissional assimile um profundo conhecimento de uma área específica e uma noção das demais áreas da empresa. À medida que ele cresce na organização, sua experiência na área específica se aprofunda e aumenta seu conhecimento em outros setores correspondentes. A Carreira mista é a utilização simultânea de diversos tipos de carreira, visando a busca da que melhor se adapte às necessidades organizacionais. Nesse caso, pode-se usar a carreira em Y juntamente com a generalista; Y com linha de especialização, entre outras formas. Essa formatação, como nenhuma outra, garante o sucesso do plano e ainda requer uma gestão mais apurada do plano e um sistema de divulgação eficiente, haja vista a possibilidade de dúvida que pode gerar para os empregados, que ficam sem saber como podem construir suas carreiras na organização. Qual desses modelos é o melhor? Depende das características de sua organização e do que ela pretende alcançar no futuro. Vamos relembrar a primeira aula? Na primeira aula vimos como se define o Planejamento Estratégico da Organização, a partir dos aspectos ligados a Cultura Organizacional – balizada pela visão e missão – para a definição das estratégias organizacionais, ou seja, todo o planejamento de recursos humanos tem que se alinhar a ela, para definir as ações a serem implantadas. Definido a alternativa que melhor atenda à necessidade de sua organização, iremos para a implantação do planejamento de carreira. Para tanto, vejamos no quadro a seguir as responsabilidades das áreas e pessoas envolvidas nesse programa. Responsabilidades na gestão de carreiras https://goodnotes.com/ - -11 Vimos que cabe a área de RH preparar / desenvolver o funcionário para assumir as novas responsabilidades. Para desempenhar esse papel teremos que definir, implantar e acompanhar uma série de ações. Vejamos a seguir algumas ferramentas e procedimentos que podemos utilizar na gestão de carreiras: Instrumentos e técnicas para desenvolvimento de carreiras https://goodnotes.com/ - -12 Instrumentos para auto-avaliação • Workshops para planejamento de carreira • Manuais para planejamento de carreira Aconselhamento Individual • Profissionais de recursos humanos • Conselheiros profissionais – internos ou externos (coaching) • Profissionais de recolocação (outplacement) • Cheia imediata e mediata Informações acerca de oportunidades internas • Divulgação de posições disponíveis (job posting); • Levantamento de habilidades; • Sistema de carreiras, com divulgação dos pré-requisitos de acesso a cada posição; • Centro de informações acerca das oportunidades de carreira; Processo de avaliação de potencial • Centros de avaliação; • Previsão de demanda por recursos humanos; • Planos de sucessão e remanejamentos. Programas de desenvolvimento • Programa de rotação interna (job rotation); • Programa de desenvolvimento – interno e externo; • Bolsas de estudo ou programas de assistência à educação (Brasil e Exterior); • Desenvolvimento de gestores como conselheiros de carreira; • Programas de desenvolvimento visando carreiras paralelas; • Sistemas de orientação do desenvolvimento individual. O processo sucessório se mistura com o planejamento de carreira, haja vista que ambos pensam nas pessoas que serão necessárias ao futuro da organização, afinal, plano de sucessão é a extrapolação de uma situação atual para uma futura, dentro de uma organização. No processo sucessório a organização define os candidatos elegíveis (empregados) e os cargos – sempre verticalmente - que pretendem que assumam no futuro. • • • • • • • • • • • • • • • • • • • Fique ligado Só para delimitarmos nossa abordagem, não focaremos nesse estudo o processo de sucessão de empresa familiar que possui características e objetivos específicos. https://goodnotes.com/ - -13 No entendimento de Pontes (2008b), o plano de sucessão objetiva verificar os possíveis substitutos para as vagas futuras, devendo indicar pelo menos dois prováveis candidatos para essas vagas, sendo que a indicação desses empregados deve vir do inventário dos recursos humanos internos (vimos na aula 4), pressupondo os seguintes aspectos: • Possibilidade de projeção de vagas futuras a partir da manutenção ou da modificação planejada da estrutura organizacional; • Vínculo da carreira ao conjunto de cargos da organização conectada ao desenho organizacional; • Alto nível de adesão dos empregados às determinações de encarreiramento efetuadas pela organização. Dutra cita Walker 2010, e afirma que entende que a prática dos planos de sucessão como a proposta por Pontes (2008b) na verdade é um planejamento de recolocação interna, pois apresenta diversas limitações, tais como: • Os atuais e futuros requisitos para as posições a serem substituídas são pouco considerados; • A identificação dos substitutos é subjetiva; • O planejamento é orientado verticalmente, sem considerações horizontais e diagonais; • Não há a participação das pessoas nesse processo; • São processos episódicos, pois são decididos e revistos sistematicamente pela direção. No quadro a seguir, você irá conhecer as principais diferenças entre um programa de recolocação interna e um plano de sucessão: • • • Saiba mais Para que esses objetivos sejam atingidos é necessário que tenhamos uma organização e um mercado com razoável estabilidade, composto por empregados que estejam dispostos a abrir mão de suas expectativas individuais em prol das expectativas da organização. Essas prerrogativas são cada vez mais improváveis no mundo atual e para o futuro. Percebemos que cada vez mais os planos de sucessão com essa concepção estão mais restritos. (PONTES, 2008b). • • • • • https://goodnotes.com/ - -14 Há um consenso dos autores no sentido de que as decisões de um plano de sucessão para indicar pessoas para novas posições devem considerar: • Balizamento oferecido pelas diretrizes da organização envolvendo um grupo de gestores, não se limitando ao “sentimento” de uma chefia; • As pretensões e inclinações dos empregados elegíveis à nova posição; • O que a organização pretende ser amanhã (futuro) e não o que ela é hoje (atual). Para que todos esses objetivos sejam alcançados é fundamental que as decisões referentes ao plano de sucessão sejam suportadas pela reflexão da organização acerca de seus objetivos, estratégias e princípios de atuação, ou seja, seus valores que estão inseridos na cultura organizacional. (DUTRA, 2010) E a avaliação de potencial? Vimos na aula anterior – aula 6 – que a possibilita identificar funcionários com altoAvaliação de Potencial potencial a ser desenvolvido (talentos) para vir a atuar em cargos de maior envergadura na organização. Logo, ela é um dos instrumentos que pode e deve ser utilizada como referência para que possamos definir os candidatos que oferecem maior probabilidade de alcançarem o topo da carreira e da sucessão na empresa. Terminamos essa aula na expectativa de que você esteja fazendo as associações necessárias para a elaboração, execução e acompanhamento das ações previstas dentro de um planejamento de RH. Na próxima aula iremos relacionar as ações até aqui aprendidas com a estratégia organizacional e conhecer o BSC – , modelo de gestão que irá auxiliá-lo nesse processo.Balanced ScoreCard Até a aula 8! • • • https://goodnotes.com/ - -15 CONCLUSÃO Nesta aula, você: • conheceu as semelhanças e diferenças entre o planejamento de carreira e o de sucessão; • conheceu instrumentos que facilitarão a administração de processo de carreira e sucessãonuma organização; • entendeu a aplicação das informações colhidas em uma Avaliação de Potencial em um processo de carreias e sucessão; • estudou a finalidade da área de RH, como fator estratégico para a organização e para o empregado, quando da efetivação de carreiras e sucessão. • • • • https://goodnotes.com/ https://goodnotes.com/ https://goodnotes.com/
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