Importância da Norma ABNT NBR ISO 14001

Prévia do material em texto

DESCRIÇÃO
A importância da norma ABNT NBR ISO 14001 – sistema de gestão ambiental; o detalhamento
dos requisitos do SGA; os benefícios da implantação de sistemas de gestão integrados; o
enfoque econômico do SGA; o valor econômico da empresa; os produtos não intencionais; as
multas e as penalidades; os grandes acidentes e seus Impactos.
PROPÓSITO
Compreender a importância da implantação de um sistema de gestão ambiental segundo a
norma ISO 14001 e a integração dos sistemas de gestão. Descrever os riscos, os aspectos e
os impactos negativos, que podem inviabilizar o negócio das empresas.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Reconhecer a importância das normas de sistemas de gestão
MÓDULO 2
Descrever os sistemas de gestão integrados
MÓDULO 3
Identificar a importância da implementação de SMS e o valor da empresa
INTRODUÇÃO AO TEMA DE SISTEMAS DE
GESTÃO

MÓDULO 1
 Reconhecer a importância das normas de sistemas de gestão
ABNT NBR IS0 14001:2015 – SISTEMA DE
GESTÃO AMBIENTAL

BREVE EVOLUÇÃO HISTÓRICA
DEPOIS DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL, O AMBIENTE
NATURAL DAS ÁREAS AFETADAS PELAS FRENTES DE
GUERRA SOFREU MARCAS PROFUNDAS.
A guerra deixou ruínas, destruições, sofrimentos e lixos por toda parte, além de equipamentos
bélicos de linhas de frente abandonados, navios semiafundados, destroços aéreos, bases
vazias e cidades bombardeadas na Europa e na Ásia.
OUTRA MARCA NEGATIVA DA SEGUNDA GUERRA É A
TRAGÉDIA HUMANA, NA QUAL CERCA DE 50 A 70 MILHÕES
DE PESSOAS PERDERAM SUAS VIDAS.
 VOCÊ SABIA
O controle de pragas, que no começo do século XX era feito a partir de métodos naturais,
durante a guerra passou a ser feito com o uso de DDT e inseticidas para combater as pragas
agrícolas. As áreas destruídas, as toxinas ambientais, a química da produção industrial, as
armas e radiações nucleares impactaram de maneira significativa a cultura e provocaram
problemas ambientais globais após a Segunda Guerra Mundial.
O fim da guerra deixou muitas cicatrizes, ocasionando ações para várias direções, interesses,
objetivos e gerando diversos desdobramentos. A preocupação com o fim do mundo também
aflorou mais ainda discussões e eventos sobre a Política Ambiental Internacional. Dentre esses
eventos, destacam-se:
1968
CLUBE DE ROMA
30 pessoas de 10 países discutiram sobre o presente e o futuro da humanidade.
1971
PAINEL DE PERITOS EM MEIO AMBIENTE, EM FONEUX, NA
SUÍÇA
Na ocasião, foram criados o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e o
Programa de Observação da Terra, além do lançamento do conceito de Eco desenvolvimento.
1972
CONFERÊNCIA MUNDIAL SOBRE O MEIO AMBIENTE
HUMANO, EM ESTOCOLMO, NA SUÉCIA
1980
Antes da criação das normas ISO 14001, houve o estabelecimento das auditorias ambientais
pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (US EPA), em 1980, que aprovou
tornou obrigatória a adoção de programas de auditorias para os pedidos de licenças
ambientais.
1981
Devido à forte resistência da sociedade, a US EPA retirou a obrigatoriedade da adoção de
auditorias ambientais. Em contrapartida, incentivou as empresas a utilizarem as auditorias
ambientais concedendo vantagens, como maior celeridade no processamento e na aprovação
das licenças ambientais, além de maior flexibilidade na fiscalização.
1991
A ISO formou o Grupo de Ação Estratégica sobre o Meio Ambiente (SAGE) para as
recomendações sobre os padrões ambientais internacionais.
1992
CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O MEIO
AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO, A ECO 92, NO RIO DE
JANEIRO, NO BRASIL
Ao considerarmos a evolução histórica da publicação e das revisões da norma ABNT NBR ISO
14001, podemos restringir aos eventos descritos na imagem a seguir.
 Evolução histórica da norma ISO 140001.
1993
O SAGE TORNOU-SE A BASE DO COMITÊ TÉCNICO 207 (TC
207) — GESTÃO AMBIENTAL — PARA ELABORAR A FAMÍLIA
DAS NORMAS ISO 14000.
Ainda no ano de 1993, a EMAS (Sistema Comunitário de Ecogestão e Auditoria) aprova o
Regulamento nº 1836/93, que permite a participação voluntária das empresas do setor
industrial no sistema comunitário de ecogestão e auditoria. Essa legislação transformou-se em
um mecanismo voluntário, que promove a melhoria contínua da proteção e do desempenho
ambiental das organizações no continente europeu, bem como a disponibilização de
informação do desempenho ambiental ao público e às outras partes interessadas.
1996
Foi publicada a primeira versão da série ISO 1400, com a emissão das normas:
ISO 14001 – descreve os requisitos mínimos para a certificação dos Sistemas de Gestão
Ambiental das empresas, sendo a única norma certificável da série.
ISO 14004 – fornece as diretrizes para a implementação e aprimoramento dos sistemas
de gestão ambiental.
ISO 14010 e 14011 – apresentam as diretrizes para auditoria ambiental – princípios
gerais e procedimentos de auditoria.
A primeira empresa brasileira certificada nesse mesmo ano foi a companhia Bahia Sul Celulose
S.A.
1998
Até fins de 1998, apenas 30 empresas brasileiras obtiveram essa certificação, enquanto na
Europa, havia mais de 3 mil empresas certificadas.
ATUALMENTE
Independentemente do porte da organização, entre a implantação e implementação, é possível
uma empresa certificar o SGA entre 8 a 20 meses. Após a publicação inicial das normas ABNT
NBR ISO 14001, ocorreram as revisões em 2004 e 2015, que é a versão atual.
INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR
STANDARDIZATION (ISO)
E ABNT NBR SÉRIE ISO 14000
EM OUTUBRO DE 1946, REPRESENTANTES DE 25 PAÍSES
PARTICIPARAM DE UMA REUNIÃO NO INSTITUTE OF CIVIL
ENGINEERS, EM LONDRES, E DECIDIRAM FUNDAR A
INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION
(ISO), COM O OBJETIVO PROMOVER O DESENVOLVIMENTO
DA NORMALIZAÇÃO DE ATIVIDADES INDUSTRIAIS.
A SIGLA APROVADA PARA A ENTIDADE ISO FOI DERIVADA DO
GREGO ISOS E SIGNIFICA IGUAL/IGUALDADE. A ENTIDADE
COMEÇOU A OPERAR EM FEVEREIRO DE 1947, COM SEDE EM
GENEBRA, SUÍÇA.
A criação da ISO possibilitou o fomento do intercâmbio econômico, científico e tecnológico. A
normalização na área da engenharia eletrônica e elétrica permaneceu sob a responsabilidade
da International Eletrotechnical Commission (IEC).
 SAIBA MAIS
A ISO concilia interesses de mais de 165 países associados para compartilhar conhecimento e
elaborar normas internacionais voluntárias e relevantes para o mercado. Essas normas devem
ser baseadas em consenso, apoiar a inovação e forneçer soluções para os desafios globais.
A publicação das primeiras normas da série ISO 9000 referentes a sistemas de garantia da
qualidade foi em 1987. No Brasil, as normas foram publicadas pela ABNT e ganharam a
denominação de ABNT NBR ISO 9000. A família ISO 9000 é uma das mais conhecidas e
utilizadas no mundo. Já foi revisada quatro vezes: 1994, 2000, 2008 e 2015.
Norma Revisão Título
ABNT NBR
ISO 9000
2015
Sistemas de gestão da qualidade – fundamentos e
vocabulário
ABNT NBR
ISO 9001
2015 Sistemas de gestão da qualidade – requisitos
ABNT NBR
ISO 9004
2010
Gestão para o sucesso sustentado de uma
organização — uma abordagem da gestão da
qualidade
ABNT NBR
ISO 19011
2019 Diretrizes para auditoria de sistemas de gestão
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
Quadro: As normas ISO série 9000 – sistemas de gestão da qualidade
Elaborado por Julio Nichioka
A aceitação e o reconhecimento dos sistemas certificados pela norma ISO 9001 pelo mercado
mundial acabaram favorecendo a publicação da família da ISO 14001, em 1996.
 ATENÇÃO
Outro aspecto significativo que tem auxiliado na disseminação das normas de sistemas de
gestão aprovadas pela ISO foi a decisão dos Comitês Técnicos da ISO (TC 176 – Qualidade e
TC 207 – Ambiental) de revisar e publicar a versão de 2015 das normas ISO 9001 e 14001,
mantendo os mesmos termos técnicos, as definições e o texto central, além da semelhança no
conteúdo técnico, redação e estrutura.
ABNT NBR ISO 14001: 2015 – SISTEMA DE
GESTÃO AMBIENTAL (SGA)
A NORMA ABNT NBR ISO 14001:2015 ESTABELECE
REQUISITOS QUE POSSIBILITAM QUE ASEMPRESAS
IMPLANTEM SGA CERTIFICÁVEIS.
Na versão atual da ABNT NBR ISO 14001, há grande ênfase na redução do consumo de
recursos, que assim sendo realizado, acarreta redução de custos, gerando vantagens
competitivas e econômicas com o processo de implantação e certificação do SGA.
 VOCÊ SABIA
Com a crescente preocupação a nível mundial por parte dos países e das sociedades com
relação às questões envolvendo o meio ambiente, tem-se observado que as organizações
buscam inserir em seus processos produtivos os SGA capazes de atender às legislações
vigentes, mitigar os aspectos e impactos causados ao meio ambiente e melhorar o
desempenho ambiental, o que traz melhores relacionamentos com os clientes, o público e a
comunidade em torno da empresa.
CUIDAR DO MEIO AMBIENTE E PREVENIR QUE A
ORGANIZAÇÃO CAUSE IMPACTOS NEGATIVOS SÃO DOIS
DOS IMPORTANTES DESAFIOS ENFRENTADOS PELO
NEGÓCIO DOS DIAS DE HOJE.
Logo, ao iniciarem o contato com as questões ambientais, as empresas percebem que não
devem se limitar somente à proteção do meio ambiente, mas também enfatizar os aspectos
socioeconômicos, éticos e a busca do desenvolvimento sustentável.
DEFINIÇÕES E CONCEITOS
Para a devida compreensão da norma ABNT NBR ISO 14001:2015, vamos discorrer sobre
alguns dos conceitos essenciais. Clique nas abas e saiba mais.
DEFINIÇÃO DE PROCESSO
Podemos apresentar três definições distintas, a saber:
I) “Conjunto de atividades inter-relacionadas ou interativas que utilizam entradas para um
resultado pretendido”, segundo a norma da ABNT NBR ISO 14001: 2015.
II) “Processo é a sucessão de estados ou mudanças.” Definição extraída do dicionário Aurélio
Buarque de Holanda.
III) Todo processo tem entradas (onde são introduzidos os insumos), as quais são
transformadas em saídas (produtos).
 Definição de processo e produto
DEFINIÇÃO DE PRODUTO
São apresentadas duas definições distintas:
I) “Saída de uma organização que pode ser produzida sem transação alguma ocorrendo entre a
organização e o cliente” – definição apresentada na norma ABNT NBR ISO 9000: 2015.
II) “Produto é o resultado de um processo” – por ser a definição mais simplista, podemos
considerá-la a preferível.
DEFINIÇÃO E CONCEITOS DE SISTEMA
Apresentaremos quatro definições distintas de sistema:
I) “Conjunto de elementos inter-relacionados ou interativos” – definição da ABNT NBR ISO
9000:2015.
II) “Conjunto de elementos com uma finalidade comum, que se relacionam entre si, formando
um todo dinâmico” – definição Obtida do Prêmio Nacional da Qualidade, 2017.
III) “Disposição das partes ou dos elementos de um todo, coordenados entre si e que
funcionam como uma estrutura organizada” – definição apresentada no dicionário Aurélio
Buarque de Holanda.
IV) “Parte do universo a qual nos dirigimos” – definição oriunda da Física do ensino médio.
Ao explorar um pouco mais a última definição e trazendo a abordagem deste módulo de estudo
para a definição proposta, temos: sistema da qualidade; sistema ambiental; sistema saúde e
segurança etc. Observe que todos são sistemas e não subsistemas, pois estamos abordando
cada tema específico.
DEFINIÇÃO DE REQUISITO
A norma ABNT NBR ISO 14001 define o termo “requisito” como “necessidade ou expectativa
que é declarada, geralmente implícita ou obrigatória”.
DEFINIÇÃO E CONCEITOS DE SISTEMA DE GESTÃO
A norma ABNT NBR ISO 14001:2015 define sistema de gestão como “conjunto de elementos
inter-relacionados ou interativos de uma organização para estabelecer políticas, objetivos e
processos para alcançar esses objetivos”.
Em síntese, podemos afirmar que sistema de gestão se refere a tudo que a organização faz
para gerenciar seus processos ou atividades. Em algumas empresas de pequeno porte,
provavelmente não existe um sistema formalizado, apenas uma forma de fazer as coisas, que
está na cabeça das pessoas.
Os sistemas de gestão foram desenvolvidos como meio para melhorar continuamente as
organizações, colaborando com uma estrutura que contribui para a administração de uma área
específica, por exemplo a qualidade.
O gerenciamento do sistema deve atentar para:
• organização – capacidade de implantar padrões;
• flexibilidade – capacidade de mudar os padrões implantados.
DEFINIÇÃO DE SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL
A norma ABNT NBR ISO 14001:2015 descreve o sistema de gestão ambiental (SGA) como
“parte do sistema de gestão usado para gerenciar aspectos ambientais, cumprir requisitos
legais e outros requisitos, e abordar riscos e oportunidades”.
BENEFÍCIOS NA IMPLEMENTAÇÃO DE UM SGA
A IMPLANTAÇÃO DE UM SGA É UMA DECISÃO ESTRATÉGICA
DE UMA EMPRESA, QUE PODE AUXILIAR A MELHORAR SEU
DESEMPENHO AMBIENTAL E A CONCEBER UMA BASE PARA
AS INICIATIVAS DA SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL.
Abaixo são descritos alguns benefícios possíveis de se obter com a implementação de
um SGA:
DIFERENCIAL COMPETITIVO
MELHORIA ORGANIZACIONAL
MINIMIZAÇÃO DE CUSTOS
MINIMIZAÇÃO DOS RISCOS
DIFERENCIAL COMPETITIVO
melhoria da imagem institucional
conquista de novos mercados;
aumento da produtividade.
MELHORIA ORGANIZACIONAL
gestão ambiental sistematizada;
integração da qualidade ambiental à gestão dos negócios da empresa;
maior conscientização ambiental dos colaboradores;
melhoria no relacionamento e parceria com a comunidade.
MINIMIZAÇÃO DE CUSTOS
eliminação dos desperdícios;
obtenção de conformidade com menor custo;
racionalização dos recursos humanos, físicos e financeiros.
MINIMIZAÇÃO DOS RISCOS
atuação atendendo à segurança legal;
maior segurança das informações;
minimização dos acidentes ambientais;
eliminação dos passivos ambientais;
minimização dos riscos dos produtos;
identificação das vulnerabilidades.
ESTRUTURA DA ABNT NBR ISO 14001:2015
O comitê da ISO/TC 207, responsável pela revisão da norma de SGA, em 2015, teve o cuidado
de manter semelhança no conteúdo técnico, na redação e na estrutura, em relação à ABNT
NBR ISO 9001:2015. Outros pontos comuns com as diversas normas de sistema de gestão da
ISO são os termos técnicos, as definições centrais e o texto central.
Observe que a norma ABNT NBR ISO 14001:2015 também se encontra estruturada no ciclo
PDCA (Plan – Do – Check – Act), note que os números entre parênteses se referem às seções
ou aos requisitos da norma.
 Representação da estrutura da Norma 14001 no ciclo PDCA.
O ciclo PDCA é associado aos requisitos da norma e explanado do seguinte modo:
PLANEJAR (PLAN)
EXECUTAR (DO)
VERIFICAR (CHECK)
AGIR CORRETIVAMENTE (ACT)
PLANEJAR (PLAN)
Conhecer o contexto organizacional (requisito 4), ou seja, entender a empresa e seu contexto
(requisito 4.1); compreender as necessidades e expectativas das partes interessadas (requisito
4.2); determinar o escopo do SGA (requisito 4.3); implementar o SGA e seus processos
(requisito 4.4).
EXECUTAR (DO)
Implantar/implementar o que foi planejado – apoio (requisito 7) e operação (requisito 8).
VERIFICAR (CHECK)
Monitorar e, quando aplicável, medir os processos, os produtos e os serviços resultantes em
relação a políticas, objetivos e requisitos, e relatar os resultados – Avaliação do Desempenho
(requisito 9).
AGIR CORRETIVAMENTE (ACT)
Executar as ações para melhorar o desempenho, conforme requerido, incluindo o novo ciclo do
PDCA – melhoria (requisito 10).
Se não verificarmos com atenção a imagem anterior, podemos achar que é a mesma imagem
apresentada na ABNT NBR ISO 9001:2015, contudo há uma diferença no direcionamento da
especificidade (ambiental) descrita nos requisitos. Esse fato facilita a compreensão para os
gestores que já tiverem domínio dos conceitos do SGQ e desejarem implantar um SGA ou um
sistema de gestão integrado.
REQUISITOS DA ABNT NBR ISO 14001:2015
REQUISITO 1 – ESCOPO
O escopo descreve que a empresa deve:
a) atender aos requisitos ambientais, legais e outros requisitos;
b) alcançar os objetivos ambientais;
c) eliminar ou mitigar os impactos ambientais;
d) melhorar o desempenho ambiental.
Objetivo do SGA
ABNT NBR ISO 14001:2015
Atender aos requisitosambientais, legais e outros requisitos.
Alcançar os objetivos ambientais.
Eliminar ou mitigar os impactos ambientais.
Melhorar o desempenho ambiental.
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
Quadro: Síntese do escopo da ABNT NBR ISO 14001:2005.
Extraída de: ABNT NBR ISO 14001:2005, adaptado por Julio Nichioka.
REQUISITOS SEMELHANTES À ABNT NBR ISO
9001:2015
Os requisitos mencionados a seguir mantêm semelhança quanto ao conteúdo técnico, porém,
ao analisá-los, devem ser internalizados sob a ótica específica ambiental:
Requisito 4 – Contexto da organização.
Requisito 5 – Liderança.
Requisito 7 – Recursos.
Requisito 9 – Avaliação de desempenho, excetuando o item 9.1.2. Avaliação do
atendimento aos requisitos legais e outros requisitos.
Requisito 10 – Melhoria.
REQUISITO 4 – CONTEXTO DA ORGANIZAÇÃO
Para descrever bem o contexto, a organização deve:
ENTENDER A ORGANIZAÇÃO E SEU CONTEXTO
(REQUISITO 4.1)
Determinar as questões externas e internas que afetam sua capacidade de alcançar os
resultados de seu SGA.
ENTENDER AS EXPECTATIVAS E NECESSIDADES DAS
PARTES INTERESSADAS (REQUISITO 4.2)
Atender aos requisitos das partes interessadas e aos requisitos legais.
DETERMINAR O ESCOPO DO SGA (REQUISITO 4.3)
Determinar os limites e a aplicabilidade do SGA, considerando as questões externas e internas;
os requisitos das partes interessadas; os produtos e serviços; e sua autoridade e capacidade
de exercer controle e influência.
IMPLEMENTAR O SGA E SEUS PROCESSOS
(REQUISITO 4.4)
Estabelecer, implementar, manter e melhorar continuamente o SGA.
REQUISITO 5 - LIDERANÇA
Clique nas abas a seguir e conheça melhor cada um dos requisitos de liderança.
LIDERANÇA E COMPROMETIMENTO (REQUISITO 5.1)
A empresa deve demonstrar liderança e comprometimento em relação ao SGA prestando
contas, assegurando que a política ambiental e os objetivos sejam estabelecidos e
compatíveis, integrando os requisitos, disponibilizando os recursos necessários, entre outras
ações.
POLÍTICA AMBIENTAL (REQUISITO 5.2)
A política ambiental é descrita na ABNT NBR ISO 14001:2015 como “intenções e direção de
uma organização relacionadas ao seu desempenho ambiental, como formalmente expresso
pela alta direção”. Em outras palavras, o conteúdo da política é como o executivo principal
percebe a função ambiental para a perpetuação da empresa. Para obter exemplos práticos,
sugerimos entrar em site de empresas, tais como Natura e Petrobras, para conhecer as
políticas ambientais vigentes no mercado.
PAPÉIS, RESPONSABILIDADES E AUTORIDADES
ORGANIZACIONAIS (REQUISITO 5.3)
Devem ser atribuídos, comunicados e entendidos. Cabe à alta administração definir quem é
quem e faz o quê, além de ser comunicada dos relatos do desempenho ambiental do SGA.
REQUISITO 6 - PLANEJAMENTO
De modo bem sintético, ao planejar o SGA, a empresa deve identificar os processos
pertinentes e as suas interações, analisando:
As ações para abordar riscos e oportunidades (Requisito 6.1.1), sob todos os aspectos
que afetem a organização, e contemplar a melhoria contínua.
Os aspectos ambientais significativos e dos impactos ambientais reais ou potenciais
(Requisito 6.1.2). A empresa deve identificar os processos pertinentes e suas interações,
analisando-os.
ASPECTOS AMBIENTAIS
São os elementos das atividades, dos produtos e dos serviços de uma organização que
interagem ou podem interagir com o meio ambiente. Aspectos ambientais a serem
considerados são: emissões gasosas; lançamento de dejetos em corpo d’água; lançamento de
resíduos em terra; uso de matérias-primas e recursos naturais; uso de energia; geração de
rejeitos e/ou subprodutos; uso do espaço.
IMPACTOS AMBIENTAIS
São as modificações no meio ambiente, tanto adversas ou benéficas, total ou parcialmente
resultantes dos aspectos ambientais de uma organização. São exemplos de impactos
ambientais: descarte da água de refrigeração em rios e mares com a alteração da qualidade
das águas; poluição e transformação da água pelo descarte de rejeitos da mineração ou de
petróleo; poluição com alteração da qualidade do ar devido à queima de elementos tóxicos;
poluição sonora que afetem a vizinhança; rejeitos radioativos etc.
Os requisitos legais e outros requisitos (Requisito 6.1.3) e relacioná-los aos seus
aspectos ambientais e como se aplicam.
Ao planejar as ações, a organização deve considerar suas opções tecnológicas e seus
requisitos financeiros, operacionais e de negócios.
Atividade Aspecto Ambiental Impacto Ambiental
Refinaria
Efluente líquido com óleo
Alteração na qualidade da
água
Resíduos sólidos com solvente Alteração do solo
Gases com material particulado
Alteração da qualidade do
ar
javascript:void(0)
javascript:void(0)
Restaurante
Restos de comida e de
embalagens
Poluição dos aterros
sanitários
Efluentes líquidos com carga
inogânica
Alteração na qualidade da
água
Transporte
rodoviário
Emissões gasosas
Alteração da qualidade do
ar
Derramamento de óleo pela
manutenção mecânica
Alteração do solo ou da
qualidade da água
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
Quadro: Exemplos de aspectos e impactos ambientais.
Elaborado por Julio Nichioka
QUIZ
REQUISITO 7 – APOIO
Vamos agora conhecer cada tipo dos requisitos de apoio clicando nas abas abaixo:
RECURSOS (REQUISITO 7.1)
A alta administração deve prover os recursos necessários para o estabelecimento, a
implementação, a manutenção e a melhoria contínua do SGA.
COMPETÊNCIA (REQUISITO 7.2)
A organização deve determinar a competência requerida, alocando pessoas competentes,
educadas, treinadas e experientes; avaliando a eficácia das ações tomadas e mantendo
informação documentada para a devida operacionalização do SGA.
Como exemplo, podemos citar que a formação de pessoas capazes e treinadas para atender
às situações de respostas a emergências.
CONSCIENTIZAÇÃO (REQUISITO 7.3)
Sobre a política ambiental; os aspectos ambientais significativos e os impactos ambientais reais
ou potenciais; a eficácia do sistema de gestão ambiental; e o atendimento aos requisitos legais
e outros requisitos da organização.
COMUNICAÇÃO (REQUISITO 7.4)
Determinar as comunicações internas e externas pertinentes.
INFORMAÇÃO DOCUMENTADA (REQUISITO 7.5)
Definir a informação documentada; criar e atualizar; controlar a Informação documentada
gerada.
A informação documentada é a “informação que se requer que seja controlada e mantida por
uma organização e o meio no qual ela está contida” (ABNT NBR ISO 14001:2015).
Definição e diferenciação.
A imagem a seguir apresenta um exemplo da documentação requerida para a implantação do
SGA em uma organização. As denominações de documentos e registros descritas na imagem
podem variar de empresa para empresa, inclusive não há a exigência de a documentação estar
distribuída em três níveis, podendo em muitos casos ser somente em dois. A informação
documentada pode estar em qualquer formato e meio, e pode ser proveniente de qualquer
fonte.
 Documentação do SGA detalhado em três níveis de uma organização.
REQUISITO 8 – OPERAÇÃO
Clique nas abas e confira cada um dos requisitos de operação.
PLANEJAMENTO E CONTROLE OPERACIONAIS
(REQUISITO 8.1)
A empresa deve determinar, controlar e manter os processos necessários para atender
aos requisitos do SGA.
O conceito de “atender aos requisitos do SGA” deve ser compreendido como enquadrar os
impactos ambientais excedentes aos requisitos ambientais estabelecidos nas legislações
vigentes (não conformidades), por meio de ações corretivas e preventivas que possibilitem
mitigar os impactos, de modo a melhorar o desempenho ambiental da empresa. De forma mais
visual, apresentamos abaixo um fluxograma que demonstra como deve ser operacionalizado o
processo de planejamento e controles operacionais.
É interessante reforçar o tratamento dos controles operacionais de atividades/processos ou das
áreas, quando da identificação dos aspectos ambientais. Identificadosos aspectos, deve-se
avaliar os impactos ambientais frente às legislações vigentes, buscando mitigá-los, quando
desejável, adequando-os aos objetivos do SGA.
Na operacionalização do SGA, a extensão das ações de planejamento e controles operacionais
não se restringem aos processos principais da organização, mas a todas as áreas ou
atividades/processos, mesmo as terceirizadas quando executadas dentro das instalações da
empresa. Se há impacto significativo ao meio ambiente ou não atendimento a um requisito
ambiental, cabe ao gestor do processo agir para mitigar quaisquer efeitos adversos, como
necessário.
PREPARAÇÃO E RESPOSTA A EMERGÊNCIAS
(REQUISITO 8.2)
A empresa deve determinar e manter o(s) processo(s) necessário(s) para as potenciais
situações emergenciais, respondendo de maneira eficaz às ocorrências.
Qualquer empresa, independentemente de seu porte, mesmo sendo um escritório de
dimensões bem modestas, caso deseje demonstrar atendimento aos requisitos dessa norma,
deve elaborar, pelo menos, uma informação documentada (procedimento) que demostre a
preparação e resposta a emergências, como, por exemplo, a ocorrência de incêndios.
 Fluxograma para avaliação e adequação dos impactos ambientais
Caso as organizações implementem efetivamente as atividades descritas na preparação e
resposta a emergências, serão capazes de identificar as deficiências, as necessidades de
melhorias e estabelecer uma maior conscientização da força interna, dos conhecimentos
técnicos e do domínio das técnicas e práticas operacionais referentes aos riscos de acidentes.
Veja a seguir dois exemplos de acidentes que impactaram muito o meio ambiente e a
sociedade:
• Usina nuclear de Fukushima
O acidente da usina nuclear de Fukushima aconteceu no Japão, no dia 11 de março de 2011.
Foi causado por um terremoto seguido do tsunami Tōhoku. Devido à radiação liberada para a
atmosfera, por medida de segurança, o governo japonês evacuou, no raio de 20km da usina,
154.000 habitantes para outras regiões.
• Barragem do Fundão
O rompimento da barragem do Fundão ocorreu em Mariana da Vale no dia 5 de novembro de
2015, quando a lama do Rio Doce atingiu 230 municípios dos estados de Minas Gerais e
Espírito Santo.
REQUISITO 9 – AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
Clique nas abas e confira cada um dos requisitos de avaliação de desempenho.
MONITORAMENTO, MEDIÇÃO, ANÁLISE E AVALIAÇÃO
(REQUISITO 9.1)
AUDITORIA INTERNA (REQUISITO 9.2)
ANÁLISE CRÍTICA PELA DIREÇÃO (REQUISITO 9.3)
MONITORAMENTO, MEDIÇÃO, ANÁLISE E AVALIAÇÃO
(REQUISITO 9.1)
A organização deve avaliar o desempenho por meio de monitoramento, medição, análise e
avaliação necessários. Exemplos de monitoramentos e medições são relacionados aos
indicadores, ao desempenho ambiental e à eficácia do SGA. A informação documentada
apropriada deve ser retida como evidência de monitoramento, medição, análise e resultados da
avaliação.
O requisito 9.1.2 – avaliação do atendimento aos requisitos legais e outros requisitos requer
que a organização se prepare para executar o processo de avaliação, definindo a frequência e
a compreensão do atendimento às legislações vigentes, e registrá-lo.
AUDITORIA INTERNA (REQUISITO 9.2)
A empresa deve implementar e manter um programa de auditorias internas para prover
informações sobre o SGA, verificando se o executado está de acordo com o planejado.
ANÁLISE CRÍTICA PELA DIREÇÃO (REQUISITO 9.3)
A alta administração deve analisar criticamente o SGA, em intervalos regulares, para assegurar
sua efetividade e o alinhamento com o planejamento estratégico organizacional, além das
oportunidades de melhorias.
REQUISITO 10 – MELHORIA
A norma descreve que a empresa deve identificar e implementar melhorias, visando alcançar
os resultados pretendidos pelo seu SGA. O processo de melhoria deve ser implementando por
meio de ações corretivas e preventivas efetivas, em relação às não conformidades, que levem
ao aprimoramento contínuo e a uma maior efetividade do SGA.
OUTRAS NORMAS DA FAMÍLIA DA ABNT
NBR ISO 14.000
É desejável que quem atue com SGA conheça as outras normas da família da ABNT NBR
ISO 14001 para a devida aplicação dos conceitos ambientais:
14004:2018 – sistemas de gestão ambiental – diretrizes gerais para a implementação.
14015:2003 – gestão ambiental – avaliação ambiental de locais e organizações (AALO).
14020:2002 – rótulos e declarações ambientais – princípios gerais.
14021:2017 – rótulos e declarações ambientais – autodeclarações ambientais (rotulagem
do tipo II).
14024:2004 – rótulos e declarações ambientais – rotulagem ambiental do tipo l –
princípios e procedimentos.
14031: 2015 – gestão ambiental – avaliação de desempenho ambiental – diretrizes.
14040: 2014 – gestão ambiental – avaliação do ciclo de vida – princípios e estrutura.
14041:2004 – gestão ambiental – avaliação do ciclo de vida – definição de objetivo e
escopo e análise de inventário.
14044:2014 – gestão ambiental – avaliação do ciclo de vida – requisitos e orientações:
requisitos adicionais e diretrizes para a ABNT NBR ISO 14044:2009.
14050:2012 – gestão Ambiental – vocabulário.
14063:2009 – gestão ambiental – comunicação ambiental – diretrizes e exemplo.
14071:2018 – gestão ambiental – avaliação do ciclo de vida – processos de análise crítica
e competências do analista.
VEM QUE EU TE EXPLICO!
Sistema de Gestão Ambiental
Política Ambiental
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 2
 Descrever os Sistemas de Gestão Integrados
SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADO
EVENTOS CONTRIBUTIVOS PARA A
INTEGRAÇÃO DOS SISTEMAS DE GESTÃO
Os sistemas de gestão (SG) foram, pouco a pouco, valorizados ao longo do tempo. As
empresas demoraram a perceber que esses sistemas não eram somente instrumentos de
marketing, mas também facilitadores da gestão que auxiliavam na melhoria do desempenho
institucional, por meio da formação de uma estrutura de gerenciamento de um aspecto
específico, tais como: qualidade, meio ambiente, saúde e segurança etc.
 SAIBA MAIS
Os sistemas de gestão integrados (SGI) ocorrem quando dois ou mais sistemas são fundidos,
resultando na perda de parte da individualidade de um deles ou de ambos, mas não
renunciando a suas identidades. A integração pode ser resumida como um processo de união
entre diferentes SG em um único sistema. Para isso, são utilizados recursos comuns, buscando
melhorar o desempenho gerencial dos sistemas.
Até meados da década de 1980, a integração de SG não era uma prática comum nas
empresas. Os sistemas eram desenvolvidos por especificidades, atendendo, muitas vezes, às
demandas das áreas, porém não se buscava a integração da gestão. Com a elaboração e
aprovação de diversas normas sobre SG, naturalmente foi se direcionando para a associação
dos sistemas.
A primeira norma de SG publicada pela ISO foi a da qualidade, em 1987, que tinha como
princípios:
Enfatizar o cliente externo, visando à sua satisfação.
Entender e gerenciar os sistemas.
Compreender e tratar dados.
Atuar no processo de melhoria.
Ter diretrizes e foco bem alinhados.
DUAS PUBLICAÇÕES RELEVANTES OCORRERAM EM 1996: A
SÉRIE ISO 14000, VOLTADA PARA A ÁREA AMBIENTAL, E A
NORMA BRITISH STANDARD BS 8800, QUE ESTABELECEU
DIRETRIZES PARA A SAÚDE E SEGURANÇA OCUPACIONAL.
NO ANO DE 1999, A OCCUPATIONAL HEALTH AND SAFETY
ASSESSMENT SERIES (OHSAS) APROVOU A NORMA
CERTIFICÁVEL OHSAS 18001 SOBRE SG DE SAÚDE E
SEGURANÇA DO TRABALHADOR.
Inicialmente, os SG nas indústrias eram independentes: o da qualidade, o ambiental e o da
saúde e segurança do trabalhador, sendo operados isoladamente e com administração
individualizada. As primeiras empresas certificadas tinham custos duplicados ou triplicados,
com redundâncias de documentação e de esforços.
Passe o cursor na imagem. Objeto com interação.
Pouco a pouco, as organizações passaram a perceber a integração como melhoria da gestão,
atendendo às exigências específicas da norma utilizada como base referencial, tais como:
especificações, normas, legislações vigentes relativas à funçãoqualidade, meio ambiente e/ou
saúde e segurança ocupacional; exigências governamentais de controle de poluição e
resíduos; dentre outras.
Desde o início dos anos 2000, diversas empresas passaram a integrar SG nos mais diversos
formatos, além da ação isolada de vários países, tais como: Holanda, França, Dinamarca,
Espanha, Austrália e Nova Zelândia. Esses países passaram a desenvolver guias próprios para
orientar a integração das normas de SG.
Em 2004, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) editou a ABNT NBR 16001 –
responsabilidade social — sistema de gestão — requisitos, que estabelece os requisitos
mínimos para um SG da responsabilidade social certificável. Observe que a norma 16001 não
tem a sigla ISO em seu título, já que é somente aprovada pela ABNT, ou seja é uma norma
brasileira.
EM 2008, A ISO PUBLICOU O LIVRO THE INTEGRATED USE OF
MANAGEMENT SYSTEM STANDARDS, QUE FORNECE
CONSELHOS SOBRE COMO INTEGRAR SG NORMATIZADOS.
Em 2012, a norma foi revisada e integrou os conceitos da ABNT NBR ISO 26000:2010 –
diretrizes sobre responsabilidade social (norma não certificável, são diretrizes). A norma 16001
permite que a organização formule e implemente políticas e objetivos relativos à
responsabilidade social e obtenha a certificação.
Em 2015, a decisão conjunta dos comitês da ISO — TC 176 (qualidade) e o TC 207 (ambiental)
— de revisarem as normas ISO 9001 e a ISO 14001, mantendo semelhança quanto ao
conteúdo técnico, à redação e à estrutura, além da utilização comum dos termos técnicos,
definições centrais e o texto central, facilitou mais ainda a integração dos SG normatizados.
UM DOS SG MUITO IMPLANTADO E DE GRANDE
IMPORTÂNCIA PARA AS ORGANIZAÇÕES, QUE AINDA SE
ENCONTRA NA VERSÃO DE 2013, É O DA ABNT NBR ISO/IEC
27001 – TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO – TÉCNICAS DE
SEGURANÇA – SISTEMAS DE GESTÃO DA SEGURANÇA DA
INFORMAÇÃO – REQUISITOS. CURIOSAMENTE, APESAR DE A
NORMA TER SIDO APROVADA ANTES DE 2015, A ESTRUTURA
É SEMELHANTE À DAS NORMAS ISO 9001:2015 E ISO
14001:2015.
Essa norma está sendo muito difundida, pois a empresa que não tiver o cuidado com seus
dados e suas informações pode sofrer invasões de hackers e ter o seu sistema sequestrado,
gerando muitos transtornos, prejuízos financeiros e impacto em sua imagem institucional no
mercado.
A imagem a seguir apresenta de modo sintético os eventos que contribuíram para a difusão da
integração dos SG, ao longo do tempo. É fácil perceber que as organizações que integram
seus SG se beneficiam mais da utilização do SGI do que aquelas que utilizam os SG isolados.
 Eventos contributivos para a integração dos sistemas de gestão.
O QUE É UM SISTEMA DE GESTÃO
INTEGRADO (SGI)?
O SGI VISA ATENDER AOS REQUISITOS COMUNS EM MAIS DE
UMA NORMA DE SISTEMA DE GESTÃO.
Desde o lançamento da versão da ABNT NBR ISO 14001:1996, algumas empresas já
percebiam a possibilidade de integração dos sistemas, devido às normas contemplarem muitos
requisitos comuns e alguns com pouca diferenciação de nível de exigência, e à especificidade
de cada norma.
A partir da publicação das versões de 2015 das normas ISO 9001 e 14001, esse processo de
integração de SG foi facilitado. As normas de SG revisadas ou aprovadas após 2015 deram
continuidade à estruturação normativa das ISO 9001 e a 14001, conforme descrito no quadro a
seguir.
ABNT NBR ISO Assunto (especificidade) Última Revisão
37.001 Antissuborno 2016
50.001 Energia 2018
45.001 Saúde e Segurança Ocupacional 2018
56.002 Inovação 2019
22.000 Segurança de Alimentos 2019
37.301 Conformidade (Compliance) 2021
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
Quadro: Normas de sistemas de gestão publicadas ou revisadas após 2015.
Elaborado por Julio Nichioka.
O quadro a seguir foi elaborado para comparar os requisitos de três normas de sistema de
gestão aprovadas após 2015, explicitando as especificidades.
Requisito ISO 9001 - SGQ ISO 14001 - SGA ISO 45001 - SGSSO
4.2
Necessidades e
expectativas das
partes
interessadas
Necessidades e
expectativas das
partes interessadas
Necessidades e
expectativas dos
trabalhadores e das
partes interessadas
4.3 SGQ SGA SGSSO
4.4
SGQ e seus
processos
SGA SGSSO
5.2
Política de
Qualidade
Política Ambiental Política SSO
6.2 Objetivos da Objetivos Objetivos SSO
qualidade ambientais
6.3
Planejamento da
Mudança
Não contemplado
Gestão da Mudança
(8.1.3)
8
Operação -
processo produtivo
Operação -
processos para
SGA
Operação -
processos para o
SGSSO
9.1.2
Satisfação do
Cliente
Não existente Não existente
9.1.3
Análise e
avaliação
Atendimento aos
requisitos legais e
outros requisitos
(9.1.2)
Avaliação da
conformidade (9.1.2)
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
Quadro: Comparação dos requisitos específicos das normas do sistema de gestão da ISSO.
Elaborado por Julio Nichioka.
Para maior esclarecimento, serão tecidos alguns comentários para que, posteriormente, seja
feita a mesma correlação em relação aos outros requisitos apresentados no quadro 1:
REQUISITOS 4.2, 4.3 E 4.4
O responsável pelo SG deve analisar os requisitos sob o contexto da organização, observando:
as questões internas e externas; as expectativas e necessidades das partes interessadas; os
limites e a aplicabilidade do SG que afetem a sua capacidade de alcançar os resultados
pretendidos, seja da qualidade, ambiental ou saúde e segurança ocupacional.
REQUISITO 5.2
Como já abordado no item sobre a política ambiental, podemos reafirmar que o conteúdo da
política é como o executivo principal percebe a função qualidade, ambiental ou saúde e
segurança ocupacional para a perpetuação da empresa.
javascript:void(0)
javascript:void(0)
QUIZ
BENEFÍCIOS NA IMPLANTAÇÃO DE SISTEMAS
DE GESTÃO INTEGRADOS
Embora as normas aparentem ser específicas, os processos e as normas devem estar
essencialmente alinhados. Dentre os benefícios mais observados na implantação de um SGI,
podemos citar:
UTILIZAÇÃO DE UMA ÚNICA PLATAFORMA
OPERACIONAL
REDUÇÃO DE DUPLICIDADES
FACILITAÇÃO DO GERENCIAMENTO
MELHORA NA COMUNICAÇÃO
REDUÇÃO DA BUROCRACIA
DEMANDA DE MENOR CONTINGENTE PROFISSIONAL
ATUANTE
UTILIZAÇÃO DE UMA ÚNICA PLATAFORMA
OPERACIONAL
Facilita o planejamento, a operacionalização e a melhoria do SGI.
REDUÇÃO DE DUPLICIDADES
Existe a solicitação de atendimento de requisitos comuns às normas, que, quando integrados,
minimiza a geração de documentos e de esforços, e os custos.
FACILITAÇÃO DO GERENCIAMENTO
A centralização de informações dos SGI minimiza o tempo de operação das atividades e
permite a pronta recuperação de forma mais ágil e rápida.
MELHORA NA COMUNICAÇÃO
A integração dos sistemas melhora a comunicação entre as diversas equipes de trabalho, já
que elas terão acesso às atividades do SGI.
REDUÇÃO DA BUROCRACIA
A compatibilização dos procedimentos entre si melhora as ocorrências de falhas e de esforços
desnecessários.
DEMANDA DE MENOR CONTINGENTE PROFISSIONAL
ATUANTE
Com a integração, pode ser reduzido o nível de atividades e de profissionais envolvidos no
SGI, requerendo menor volume de treinamento e maior conscientização dos envolvidos. Há
uma diminuição na realização de atividades redundantes, além de canalizar esforços e
melhorar a coordenação entre as áreas. Outra afirmativa é a redução dos custos operacionais.
INTEGRAÇÃO DOS SISTEMAS DE GESTÃO
A integração dos sistemas de gestão ocorre pela união de dois ou mais sistemas normatizados.
Um SGI atende melhor às necessidades dos negócios, pois:
Simplifica processos semelhantes.
Evita a duplicação de esforços, de informação documentada, de trabalho e de recursos.
Agrega os sistemas de gestão com uma visão holística ao invés de uma visão
fragmentada das normas.
A DECISÃO DE IMPLANTAR UM SGI DEVE SER DA ALTA
ADMINISTRAÇÃO DA EMPRESA, ASSIM COMO ESTABELECER
A DEFINIÇÃO DO NEGÓCIO, A MISSÃO, A VISÃO E OS
CREDOS E VALORES DA ORGANIZAÇÃO.
Para este módulo, tomaremos como base referencial de exemplo o mais difundido,que é o de
sistema de gestão da saúde, meio ambiente e segurança ocupacional (SMS). A tríade saúde,
meio ambiente e segurança é uma preocupação cada vez maior e fundamental, para que as
organizações busquem uma relação harmônica, mediante a adoção de práticas de controle
sobre os processos produtivos e o uso de recursos naturais renováveis e não renováveis.
Além disso, destacam-se o bem-estar de sua força de trabalho e da comunidade local; a
segurança de suas instalações, implicando em necessidades de mudanças significativas nos
padrões de produção, comercialização e consumo. Essas mudanças respondem a normas
nacionais e internacionais e a dispositivos legais rígidos de controle, associados a um novo
perfil de consumidor.
O SMS DEVE CONTEMPLAR AS POLÍTICAS, DIRETRIZES E
PRÁTICAS DA ORGANIZAÇÃO, EM RELAÇÃO À FORMA COMO
ELA REALIZA A GESTÃO DOS IMPACTOS: À SAÚDE DOS
COLABORADORES E DA COMUNIDADE; AOS SEUS
PRODUTOS E PROCESSOS COM RELAÇÃO AO MEIO
AMBIENTE; E TAMBÉM À SEGURANÇA DE SEUS PROCESSOS
E DO MEIO AMBIENTE, SEJA DENTRO OU FORA DAS
INSTALAÇÕES DA ORGANIZAÇÃO.
O SMS baseado nos padrões ISO 14001 e 45001 apresenta afinidades, e a sinergia pode ser
alcançada, podendo ser evitadas inconsistências e duplicação. É um sistema unificado
proposto pelas empresas para alcançar uma visão racional e abrangente, direcionando-se e
aderindo às leis e aos regulamentos, para criar um local de trabalho seguro e saudável.
A empresa deve buscar um ambiente de gestão eficaz e incorporar um sistema de medidas que
assegure o alinhamento das atividades com o objetivo maior da organização. A tomada de
decisão em relação a cada atividade e a execução também serão influenciadas pelo
estabelecimento do SG adequado.
Cada dia mais, uma organização deve incorporar ao seu SG os conceitos do desenvolvimento
sustentável, por meio da otimização dos recursos naturais e energéticos; assim como precisa
ter respeito ao cliente, ao colaborador, à sociedade, à preservação do meio ambiente, à
responsabilidade social e melhorar a sua imagem institucional.
 SAIBA MAIS
Os processos devem ser planejados para serem ambientalmente amigáveis, com um olhar
mais aguçado para a saúde e a segurança, identificando riscos ocupacionais para minimizar o
número de doenças, lesões ou incidentes e evitar exposição a condições e substâncias
perigosas. Não cabe somente aos principais gestores do SMS as questões relativas ao meio
ambiente, à saúde e segurança, mas também a todos os membros da organização, que devem
estar comprometidos e participativos integralmente nos aspectos do sistema.
A organização deve realizar treinamento de funcionários para prevenção de doenças
ocupacionais, incidentes e acidentes, de preparação e respostas a emergências, e para o uso
de equipamentos de proteção.
Do ponto de vista ambiental, isso implica o desenvolvimento de uma abordagem sistemática à
conformidade ambiental, gerindo:
a remoção ou redução de resíduos sólidos e perigosos;
as emissões gasosas e líquidas;
as radiações térmicas e luminosas; as vibrações;
a mitigação do consumo de energia elétrica.
Com a integração dos SG, há o direcionamento natural para a utilização de softwares que
devem ser interligados aos vários programas existentes. Quando um novo software é
adicionado sem integração, gera transtornos para a transferência ou acesso aos dados
desejados de um módulo para outro.
A necessidade de implantar e certificar um SMS é cada vez maior. Pode-se ressaltar
algumas razões, tais como:
Experiências bem-sucedidas com a implementação de SMS foram propagadas e
motivaram outras empresas.
Exigências governamentais que imponham responsabilidades legais relativas aos riscos
das atividades da organização direcionam a alta administração na implementação do
SMS.
Desenvolvimento sustentável do planeta e das organizações, requerendo atuações mais
efetivas nos aspectos econômico, social, ambiental e político, com uma gestão
socialmente responsável e mais transparente junto às partes interessadas.
Mitigação dos impactos — econômicos, sociais e ambientais — que afetam a imagem
institucional ou inviabilizam o negócio da empresa.
Construção novas estratégias para fazer frente ao processo de globalização.
VEM QUE EU TE EXPLICO!
SGI e SMS
Integração dos Sistemas de Gestão
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 3
 Identificar a importância da implementação de SMS e o valor da empresa.
ENFOQUE ECONÔMICO DOS SISTEMAS DE
GESTÃO INTEGRADO
INTRODUÇÃO
Nos dias atuais, as questões de saúde, segurança e meio ambiente tornaram-se parte
integrante de qualquer negócio e organização, principalmente pela observância do
desenvolvimento sustentável, que almeja a melhoria nos aspectos sociais, econômicos e
ambientais. Outro ponto muito difundido é a busca por um estilo de vida saudável, criado em
um ambiente sadio, livre de poluição e de doenças.
O OBJETIVO GERAL DO SMS É FORNECER UMA ABORDAGEM
SISTÊMICA, COM BASE NAS NORMAS EXISTENTES, PARA
GARANTIR QUE OS RISCOS REAIS E POTENCIAIS DE
SEGURANÇA, SAÚDE, MEIO AMBIENTE E
RESPONSABILIDADES SOCIAIS SEJAM IDENTIFICADOS,
DEVIDAMENTE CONTROLADOS E MITIGADOS. OS GESTORES
DO SISTEMA DEVEM CRIAR UM AMBIENTE DE TRABALHO
COM RISCO MÍNIMO OU LIVRE DE RISCOS.
Apesar de os órgãos reguladores e organizacionais voltados para a regulamentação do
trabalho atuarem na proteção da saúde dos trabalhadores contra acidentes, a realidade dos
ambientes de trabalho, no entanto, ainda está muito aquém.
SEGUNDO A ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO,
2,3 MILHÕES DE PESSOAS MORREM TODOS OS ANOS POR
LESÕES RELACIONADAS AO TRABALHO.
Os acidentes e as lesões incorrem em altos custos para as empresas, além das outras
questões que são criadas para os funcionários e familiares. Essas perdas incluem
compensações financeiras e indenizações, custos de saúde, dias úteis perdidos, paralisações
de produção, recuperação de parte das instalações ou equipamentos, além de treinamentos,
que custam cerca de 3,94% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial anualmente (ILO, 2014).
Esses acidentes ainda causam outros problemas para os empregadores, tais como: pagamento
de altas pensões; perda de pessoal qualificado; absenteísmo; perda de tempo e produtividade;
atraso na entrega de bens e serviços; exposição a reclamações e penalidades; lucro cessante;
perda da imagem institucional; e perda do valor de mercado da empresa.
VALOR ECONÔMICO DA EMPRESA
SEGUNDO KAPLAN E NORTON (2004): “OS ATIVOS
INTANGÍVEIS RESPONDEM POR MAIS DE 75% DO VALOR DA
EMPRESA E OS ATIVOS TANGÍVEIS REPRESENTAM MENOS
DE 25% DO VALOR DE MERCADO”.
Clique nas abas a seguir e saiba mais a respeito dos ativos tangíveis e intangíeis.
ATIVOS INTANGÍVEIS
Ativos que não são mensurados pelo sistema financeiro da empresa: capital humano; banco de
dados e sistemas de informações; infraestrutura tecnológica e processos de alta qualidade;
gestão da marca e do conhecimento; recursos de inovação; e cultura. Esses ativos
impulsionam a criação de valor diferenciado e sustentável a longo prazo.
ATIVOS TANGÍVEIS
Valor contábil líquido do ativo menos o passivo. São todos os recursos físicos que possam ter o
seu valor medido em termos monetários. Exemplos: máquinas, equipamentos e veículos;
matéria-prima; produto final estocado; imóveis; terrenos etc. Para exemplificar o valor de
empresa, compare as empresas Google e Coca Cola, analise em termos de ativos intangíveis e
tangíveis, e conclua qual e por que uma é mais valiosa que a outra. Resposta: A empresa mais
valiosa é a Google.
QUIZ
PRODUTOS NÃO INTENCIONAIS
SÃO OS PRODUTOS RESULTANTES DE UM PROCESSO
PRODUTIVO QUE NÃO AGREGAM VALOR AO PRODUTO
FINAL, NÃO SENDO INTENÇÃO DA ORGANIZAÇÃO PRODUZI-
LOS PARA OBTER FATURAMENTO.
Veja alguns exemplos:
produtos defeituosos, contaminados ou sucatados;
aspectos e impactos ambientais;
perigos e riscos à segurança e à saúde;
falhas no tocante à responsabilidade social — bem-estar dos indivíduos.
 ATENÇÃO
As mais de 700 mil vítimas de acidentes do trabalhopor ano e as mais de 2800 mortes de
trabalhadores posicionam o Brasil no quarto lugar do ranking dos países que mais registram
acidentes de trabalho no mundo, sendo superado somente pela China, Índia e Indonésia.
A implementação de SMS assegura maior efetividade na gestão da saúde, da segurança do
trabalhador e do meio ambiente, incorporando maior produtividade, redução do absenteísmo,
atendimento às legislações vigentes, comprometimento com o capital humano, preservação da
imagem da empresa e diminuição do risco de envolvimento com processos judiciais por
impactos ambientais, doenças ocupacionais e acidentes de trabalho.
MULTAS E PENALIDADES
DEVE-SE TER CIÊNCIA QUE, PARA A IMPLANTAÇÃO DO SMS,
A EMPRESA DEVE ATENDER A REGULAMENTOS,
LEGISLAÇÕES E NORMAS REGULAMENTADORAS
REQUERIDAS, EVITANDO A GERAÇÃO DE MULTAS E OUTRAS
PENALIDADES QUE AFETEM DE MANEIRA EXTREMAMENTE
NEGATIVA A SAÚDE FINANCEIRA E A IMAGEM DO NEGÓCIO.
Cumprir todos os regulamentos, as legislações e as normas regulamentadoras não é algo
opcional para um empregador. Para o órgão regulador das leis trabalhistas, toda e qualquer
empresa com um tamanho significativo de funcionários deve estabelecer corretamente os
aspectos de saúde e segurança do trabalho.
GRANDES ACIDENTES E SEUS IMPACTOS
Embora o Sebrae (2016) tenha apresentado as principais dificuldades enfrentadas pelas
empresas como sendo falta de clientes (16%), falta de capital (16%), falta de conhecimento
(12%), mão de obra (10%), imposto/ tributos (10%), inadimplência(6%), concorrência (4%) e
burocracia (4%), podemos afirmar que as organizações precisam se atentar para os principais
riscos na gestão dos processos produtivos, precavendo-se em relação aos aspectos que
possam inviabilizar o negócio.
Ao analisarmos alguns dos principais acidentes ocorridos no mundo, temos os impactos e os
custos associados, que demonstram a necessidade de maior cuidado na gestão dos SMS, pois
esses aspectos — os produtos não intencionais dos processos produtivos — não administrados
adequadamente causam muitos transtornos e dificuldades na continuidade das organizações.
FLIXBOROUGH – INGLATERRA
No dia 1 de junho de 1974, ocorreu o acidente na empresa Nypro, em Flixborough, na
Inglaterra. A empresa armazenava 43 vezes mais que a quantidade permitida de ciclohexano,
um líquido inflamável. Houve uma explosão que destruiu a planta, causando 28 mortes e
ferindo 36 trabalhadores.
O INCÊNDIO PERDUROU POR MAIS DE DEZ DIAS. O
VAZAMENTO DE 30 TONELADAS DECICLOHEXANO GEROU
GRANDE DEVASTAÇÃO DO ENTORNO, ALÉM DE MUITOS
FERIMENTOS NA POPULAÇÃO, AFETANDO 1.821
RESIDÊNCIAS E 167 ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS E
CAUSANDO OUTROS DANOS MATERIAIS.
O acidente de Flixborough, que destruiu a planta industrial, levou a um clamor público para a
segurança de processo nas indústrias do Reino Unido, sendo estabelecidos os regulamentos
de controle de riscos de acidentes graves de 1999.
BHOPAL – ÍNDIA
BHOPAL ERA UMA CIDADE HISTÓRICA DE 900 MIL
HABITANTES E FOI O PALCO DO MAIOR ACIDENTE DA
INDÚSTRIA QUÍMICA NO MUNDO.
No dia 2 de dezembro de 1984, um vazamento de 25 mil toneladas de metil isocianato de
metila, da fábrica da Union Carbide de defensivos agrícolas, matou aproximadamente 3.800 e
feriu mais de 50 mil pessoas. Na ocasião, quase a metade dos feridos ficou cega, com as
córneas ulceradas pelo gás.
O acidente foi causado por problemas de armazenamento, gerenciamento do produto e
operação, que destruiu a planta e mais de 2 mil casas da cidade. O entorno de 40km da fábrica
da Union Carbide transformou-se em uma letal câmara de gás, deixando uma paisagem
aterradora, muito parecida com um cenário de guerra química e biológica.
MAIS DE 35 ANOS DEPOIS, CIENTISTAS ESTIMAM QUE A
ÁREA AO REDOR DA ANTIGA USINA CONTINUARÁ
INABITÁVEL POR ATÉ 20 MIL ANOS. EM 1989, A UNION
CARBIDE PAGOU US$ 470 MILHÕES PARA RESOLVER
LITÍGIOS DECORRENTES DO DESASTRE. ESSE VALOR
CORRIGIDO EM 2019 É EQUIVALENTE A US$ 860 MILHÕES.
CHERNOBYL – RÚSSIA
A USINA NUCLEAR DE CHERNOBYL PRODUZIA 10% DA
ENERGIA DA UCRÂNIA.
O desastre da planta ocorreu no dia 25 de abril de 1986, com a explosão de vapor e posterior
incêndio, produzindo correntes ascendentes de material radiativo lançado na atmosfera durante
nove dias. É considerado o acidente nuclear mais desastroso da história, tanto em termos de
custos quanto de baixas.
O acidente de Chernobyl emitiu aproximadamente 60 toneladas métricas de urânio na
atmosfera. As autoridades soviéticas estabeleceram uma zona de exclusão de 30km, que
resultou na evacuação de mais de 135 mil pessoas das localidades do entorno. Com o passar
dos anos, foi sendo percebida a necessidade de movimentar mais 350 mil habitantes de áreas
severamente contaminadas.
O NÚMERO TOTAL DE VÍTIMAS CONTINUA A SER UMA
QUESTÃO CONTROVERSA E DISPUTADA. DURANTE O
ACIDENTE, OS EFEITOS DA EXPLOSÃO DE VAPOR
CAUSARAM DUAS MORTES DENTRO DA INSTALAÇÃO E,
POSTERIORMENTE, 28 BOMBEIROS E FUNCIONÁRIOS
MORRERAM PELA EXPOSIÇÃO ÀS RADIAÇÕES. MILHARES
DE PESSOAS CONTRAÍRAM CÂNCER, O QUE LEVOU
DIVERSAS DELAS AO ÓBITO, ASSIM COMO CAUSOU
IMPACTOS SOBRE A SAÚDE MENTAL E SOBRE AS
GERAÇÕES FUTURAS.
Após a explosão inicial, foi planejada a construção de uma estrutura de contenção, conhecida
como "Sarcófago", para conter o material radioativo que vazava do reator e subia para a
atmosfera. Essa construção utilizou 250 mil trabalhadores, que se revezavam no trabalho, para
evitar exposição excessiva às radiações nucleares. Inicialmente, devido ao alto índice de
contaminação, foram utilizados mais de 60 robôs remotamente controlados, contudo os
circuitos eletrônicos dos equipamentos foram degradados pela radiação na área.
 ATENÇÃO
Os esforços posteriores da descontaminação do entorno da usina envolveram mais de 500 mil
trabalhadores, tendo um custo de aproximadamente 18 bilhões de rublos soviéticos. Espera-se
que as operações de descontaminação perdurem até pelo menos 2065. O desastre de
Chernobyl teve outra repercussão: seu preço econômico e político apressou o fim da União
Soviética e estimulou o movimento global contra o uso da energia nuclear.
Estima-se que os danos do desastre em Chernobyl tenham custado cerca de US$ 235 bilhões.
A atual Bielorrússia teve 23% do território contaminado pelo acidente e perdeu cerca de 20%
de sua terra cultivável. No auge das operações de resposta ao desastre, em 1991, a
Bielorrússia gastou 22% de seu orçamento total com Chernobyl (BLAKEMORE, 2019).
BRITISH PETROLEUM – EUA
A plataforma semissubmersível Deepwater Horizon, operada pela British Petroleum (BP),
explodiu e incendiou-se, no dia 20 de abril de 2010, no Golfo do México, nos Estados Unidos.
Após ficar em chamas por dois dias, ela afundou. Houve 11 mortes e 22 trabalhadores ficaram
feridos.
O derramamento de mais de 5 milhões de barris de petróleo se espalhou e chegou à costa da
Louisiana e a outros quatro estados (Flórida, Alabama, Mississippi e Texas), prejudicando o
habitat de centenas de espécies marinhas e aves, danificando praias e provocando enormes
perdas para as indústrias da pesca e do turismo.
PASSADOS QUASE TRÊS MESES, EM 17 DE JULHO DE 2010,
QUE A BP CONSEGUIU ESTANCAR O POÇO DE PETRÓLEO,
DEPOIS DE INSTALADAS NOVAS VÁLVULAS QUE
CONSEGUIRAM TRAVAR O DERRAME. FORAM OBSERVADAS
FALHAS SISTÊMICAS NA GESTÃO E NA ANÁLISE DE RISCOS.
APÓS O ACIDENTE, O GOVERNO NORTE-AMERICANO
PASSOU A EXIGIR A IMPLEMENTAÇÃO EFETIVA DA CULTURA
DE SEGURANÇA DAS ORGANIZAÇÕES ATUANTES NO
SEGMENTO DE PETRÓLEO E GÁS.
A BP desembolsou mais de US$ 65 bilhões até 2019. Nesse montante, não há a contabilização
de perda de receita e os danos à reputação da empresa. O prejuízo pode aumentar, já que
alguns dos milhares de processos judiciais movidos por indivíduos e pequenos negócios
prejudicados pelo desastre ainda estão em aberto. A empresa viu suas ações despencarem,
teve de vender bilhões de dólares em ativos e chegou a colocar em dúvida sua sobrevivência.
BARRAGEM DE MARIANA – BRASIL
No dia 5 de novembro de 2015, houveo rompimento da barragem do Fundão da Samarco
Mineração, o que causou o maior impacto ambiental da história brasileira, com o despejo total
de 62 milhões de metros cúbicos de lama e 19 mortos. A Samarco é uma empresa da Vale S.A.
e da anglo-australiana BHP Billiton.
A lama de rejeito fez desaparecer a maior parte do vilarejo de Bento Rodrigues, que tinha 620
habitantes, e virar área de risco para sempre. Hoje, essa população de mais de 200 famílias
vive em casas alugadas pela Renova, fundação criada pela Samarco para cuidar das ações de
reparação. Segundo a prefeitura de Mariana, seriam necessários R$100 milhões para reparar
os danos causados à infraestrutura do município.
OS 230 MUNICÍPIOS DOS ESTADOS DE MINAS GERAIS E
ESPÍRITO SANTO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DOCE,
ONDE HABITAVAM 1,2 MILHÕES DE PESSOAS, FORAM
ATINGIDOS PELA LAMA DO ACIDENTE.
O leito do Rio Doce é utilizado como subsistência da população ribeirinha. Das 80 espécies de
peixes do Rio Doce, 23 podem ser extintas, dentre elas 12 que só existem nessa bacia
hidrográfica. Muitos dos municípios captam a água do rio para abastecer sua população. Além
disso, há os impactos ambientais que são incalculáveis e, provavelmente, irreversíveis.
A lama chegou até o mar, no Norte do Espírito Santo, e algumas prefeituras interditaram as
praias, já que as águas tornaram-se impróprias para o banho. Após atingir o oceano, a lama
afetou milhares de espécies da fauna e flora marinhas. Ambientalistas consideraram que o
efeito dos rejeitos no mar continuará por mais de 100 anos.
O Ibama aplicou multas, totalizando 250 milhões de reais, enquanto o Ministério Público
Federal, em 2015, assinou acordo com a Samarco, que se comprometeu a pagar uma caução
socioambiental de R$ 1 bilhão. Um novo acordo, em 2016, aumentou a quantia a ser
desembolsada pela Samarco para R$ 4,4 bilhões até 2018. Depois disso, a empresa deve
realizar aportes anuais de R$ 1,8 bilhão.
 ATENÇÃO
De acordo com a Vale, esses programas de reparação já receberam, até novembro de 2020,
mais de R$ 10 bilhões.
BARRAGEM DE BRUMADINHO – BRASIL
O MAIOR ACIDENTE DE TRABALHO NO BRASIL EM PERDA DE
VIDAS HUMANAS E O SEGUNDO MAIOR DESASTRE
INDUSTRIAL DO SÉCULO OCORREU NO DIA 25 DE JANEIRO
DE 2019 COM O ROMPIMENTO DA BARRAGEM DE
BRUMADINHO, EMPRESA CONTROLADA PELA VALE S.A., NO
ESTADO DE MINAS GERAIS.
O rompimento da barragem liberou cerca de 12 milhões de metros cúbicos de rejeitos, o que
causou a destruição da área administrativa da empresa, de casas e propriedades da região e
percorreu 8km, poluindo o rio Paraopeba. O desastre atingiu diretamente a área administrativa,
onde havia centenas de funcionários e terceirizados trabalhando, causando a maioria das 270
mortes e 10 desaparecidos.
EM 26 DE JANEIRO, O IBAMA APLICOU UMA MULTA DE R$ 250
MILHÕES À VALE PELO IMPACTO AMBIENTAL, ENQUANTO A
SECRETARIA ESTADUAL DE MEIO-AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DE MINAS GERAIS
(SEMAD) A AUTUOU EM R$ 99 MILHÕES.
No dia 28 de janeiro, a segunda-feira subsequente ao desastre, a Vale S.A. teve a maior perda
de valor de uma empresa na história na bolsa de ações brasileira em um único dia, com queda
de 24%. Desvalorizou R$ 71 bilhões em valor de mercado, caindo da terceira para a quinta
posição entre as empresas mais valiosas do país. A maior queda na bolsa tinha acontecido em
2018, com perda de mais de R$ 47 bilhões.
No dia 29 de janeiro, foram presos cinco funcionários da Vale S.A suspeitos de
responsabilidade no colapso da barragem, e outros dois engenheiros da empresa alemã TÜV
Süd, na cidade de São Paulo. A Vale é recriminada pela responsabilidade civil por diversos
níveis de danos morais, materiais, trabalhistas e ambientais (causados à flora e à fauna
terrestre e aquática), pela contaminação de rios, solos e da Mata Atlântica e por ter praticado
poluição qualificada.
 VOCÊ SABIA
Nos Estados Unidos, muitos escritórios abriram ações coletivas contra a Vale S.A. por danos
aos seus acionistas. Brumadinho teve impactos econômicos com prejuízos incalculáveis pelo
soterramento de parte da cidade e da população, perda do turismo local e do comércio, a
destruição de áreas agricultáveis e da pecuária (bovinos e aves).
Mesmo não operando mais a unidade de processamento de minério, a Vale S.A. se
comprometeu, junto à prefeitura de Brumadinho, a não cortar os royalties pela exploração dos
recursos minerais, evitando o colapso no atendimento das demandas municipais essenciais.
Em 4 de fevereiro de 2021, a Vale fez um acordo com o Ministério Público Estadual e Federal
pelos danos causados, prevendo uma indenização de mais de R$ 37 bilhões com vigência de
dez.
VEM QUE EU TE EXPLICO!
Produtos Não Intencionais
Multas e Penalidades
VERIFICANDO O APRENDIZADO
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Implantar um sistema de gestão ambiental é a maneira mais efetiva para a proteção e
preservação do meio onde vivemos. É a forma de assegurar a perpetuação da espécie e da
continuação da vida empresarial. Partindo desses conceitos, logo surge a necessidade da
inclusão da sustentabilidade.
O conceito de sustentabilidade de um negócio é a sua perpetuação ao longo do tempo. Uma
organização que deseje permanecer no mercado, mesmo tendo que se esforçar em sua área
principal de negócio, deve também se preocupar em investir em áreas que possam inviabilizar
suas atividades, ou seja, minimizar ou mitigar os potenciais impactos negativos que possam
afetar sua imagem institucional e viabilidade econômico-financeira.
Um passo posterior é a extensão aos SGI. Os SGI buscam identificar os aspectos e impactos
negativos dos processos de negócio, mitigando os impactos negativos e melhorando os seus
desempenhos, possibilitando prover os melhores resultados ao negócio.
Pode-se afirmar, sem medo de errar, que os SGI serão implantados em maior escala, pois os
gestores devem se antecipar à supressão dos riscos e dos impactos potenciais, evitando
grandes acidentes, perdas, penalidades e multas.
 PODCAST
Ouça o podcast e confira o conteúdo preparado especialmente para enriquecer o seu
conhecimento.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT. NBR ISO 22000:201 – sistemas
de gestão de segurança de alimentos – requisitos para qualquer organização na cadeia
produtiva de alimentos. Rio de Janeiro, ABNT, 2019.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT. NBR ISO 50001:2018–
sistemas de gestão da energia – requisitos com orientações para uso. Rio de Janeiro, ABNT,
2018a
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT. NBR ISO 45001:2018 – sistema
de gestão de saúde e segurança ocupacional – requisitos com orientação para uso. Rio de
Janeiro, ABNT, 2018b
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT. NBR ISO 37001:2016 – sistema
de gestão antissuborno – requisitos com orientações para uso. Rio de Janeiro, ABNT, 2016.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT. NBR ISO 9001:2015 – sistema
de gestão da qualidade – requisitos. Rio de Janeiro, ABNT, 2015a.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT. NBR ISO 9000:2015 – sistemas
de gestão da qualidade – fundamentos e vocabulário. ABNT, Rio de Janeiro, 2015b.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT. NBR ISO 14001:2015 – sistema
de gestão ambiental – requisitos com orientação para uso. Rio de Janeiro, ABNT, 2015c.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT. NBR ISO 27001:2013 –
tecnologia da informação – técnicas de segurança — Sistemas de gestão da segurança da
informação — Requisitos. Rio de Janeiro, ABNT, 2013.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT. NBR 16001:2012 – sistema de
gestão da responsabilidade social. Rio de Janeiro, ABNT, 2012a.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT. NBR ISO 26.000:2010 –
diretrizes sobre responsabilidade social. Rio de Janeiro, ABNT, 2010.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT. NBR ISO 31.000:2009 – gestão
de riscos – princípios e diretrizes. Rio de Janeiro, ABNT, 2009.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMASTÉCNICAS. ABNT. NBR ISO/IEC 31.010:2012 –
gestão de riscos – técnicas para processo de avaliação de riscos. Rio de Janeiro, ABNT, 2012b.
BLAKEMORE, E. Desastre de Chernobyl: o que aconteceu e os impactos a longo prazo.
National Geographic Brasil, 3 jun. 2019. Consultado na internet em: 5 out. 2021.
CERQUEIRA, J. P. Sistemas de gestão integrados. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2010.
FERREIRA, J. J. A. Modelos normalizados de sistemas de gestão. In: CARVALHO, M. M.;
PALADINI. E. P. (Org.). Gestão da qualidade: teoria e casos. Rio de Janeiro: Campus, 2005. p.
153-186.
INTERNATIONAL LABOUR ORGANIZATION. Safety and health at work: a visión for
sustainable prevention. In: 20thWorld Congresson Safety and Health at Work: Global Forum for
Prevention. Frankfurt: International Labour Organization. August, 2014.
KAPLAN, R. S.; NORTON, D. P. Mapas Estratégicos: Convertendo Ativos Intangíveis em
resultados tangíveis (Strategy Maps). Trad. Afonso Celso de Cunha Serra. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2004.
SEBRAE. Sobrevivência das empresas no Brasil. 2016. Consultado na internet em: 5 out.
2021.
EXPLORE+
Para saber mais sobre os assuntos explorados neste conteúdo:
 Pesquise no Google acadêmico sobre um caso de implantação de um sistema de gestão
da ambiental e absorva mais conhecimento sobre o tema em questão.
 Pesquise no Google acadêmico sobre um caso de implantação de um sistema de gestão
integrado e absorva mais conhecimento sobre o tema em questão. Cuidado para não
escolher um artigo sobre sistemas informatizados (ERP; Customer Relationship
Management (CRM); Supply Chain Management (SCM) etc.).
 Busque um vídeo no YouTube sobre um grande acidente ambiental.
 Procure no YouTube sobre o acidente da plataforma de petróleo Deepwater Horizon, da
British Petroleum.
 Pesquise sobre a Iniciativa Global de Segurança Alimentar (GFSI) e a certificação FSSC
22000. Conheça a diferença entre a certificação ISO 22000 e FSSC 22000. Assista ao
vídeo disponível na seção “Sobre nós” FSSC 22000.
 Identifique um caso real de segurança da informação que tenha afetado muito a imagem
institucional de uma empresa.
 Conheça mais sobre o WannaCry.
CONTEUDISTA
Julio Nichioka