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Procedimentos e Efeitos da ADIN

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Confederação Sindical ou entidade de classe de âmbito nacional; 
 
 Inicial: petição em duas vias, instruída com cópias da lei impugnada + documentos comprobatórios, 
devendo mencionar expressamente o dispositivo da lei impugnada, o fundamento de tal 
impugnação e o pedido. Inicial inepta, não fundamentada ou manifestamente improcedente serão 
LIMINARMENTE indeferidas. Tal indeferimento é atacável por agravo em 5d. Deferida a inicial, não 
admitir-se-á desistência. 
 
 Rito: 
 relator --------- solicita informações ------ órgãos/autoridade da qual veio lei ---- presta as 
informações em até 30 dias ao órgão a contar do recebimento. Nesse mesmo período, Relator 
poderá pedir informações a outros órgãos e autoridades, designar peritos, etc. Não há intervenção 
de terceiros. 
 Findo o prazo de 30 dias, ouve-se: julgamento da cautelar; advogado geral da união (manf em 15 
dias) e o procurador geral da república (se não interpôs, manifesta-se em 15 dias também). Findo 
o prazo das oitivas, Relator faz relatório e manda cópia para Ministros, pedindo data para 
julgamento. Se urgente, faz-se julgamento em 5 dias. 
 
 Cautelar: maioria absoluta, salvo recesso; após 30 dias das informações, salvo urgência; pode 
haver sustentação oral autoridades do ato; ministros julgam em 05 dias; ADGeral E Pgeral podem 
ser ouvidos em 03 dias. Concedida liminar, faz-se publicação no DOU Seção especial; tem eficácia 
erga-omnes e ex-nunc, salvo se tribunal der ex-tunc e lei anterior volta a viger, se existente, salvo 
manifestação contrária. 
 
 Efeitos da sentença da ADIN Genérica e Interventiva: vincula a todos 
 a) REGRA: ex-TUNC (retroativos); gerais (erga-omnes); repristinatórios (porque legislação 
anterior volta a viger) e vinculantes (porque dirige-se aos poderes Executivo e Judiciário, bem 
como à administração pública direta, fundacional, autárquica; 
 b) EXCEÇÃO: ex-NUNC (eficácia da decisão dali por diante) ou pro-FUTURO (eficácia da decisão 
em data futura – introduzido pelo Ministro Gilmar Ferreira Mendes, por motivos de orçamento 
financeiro, LOA por exemplo) é a chamada modulação dos efeitos. Para tal, precisa de 2/3 dos 
votos dos Ministros do STF + o interesse público (segurança jurídica, boa-fé, ato jurídico perfeito, 
etc). 
 
 Quorum de instalação: 8 
 Quorum de aprovação: 6 (maioria absoluta, mesmo que se instale com oito ministros apenas). 
 
 Se Juiz desconsiderar o acórdão e aplicar a lei já tida como insconstitucional, cabe reclamação 
constitucional, conforme art. 102, I, CF. 
 
 São dois anos para a sentença atingir o trânsito em julgado! 
 
Efeitos da Sentença da ADIN Interventiva: garantia da forma federativa de Estado! Há diferentes 
conclusões a respeito dos efeitos produzidos pela decisão que julga a ADIN Interventiva, as quais 
dependem do posicionamento adotado! Tal posicionamento está ligado às duas interpretações 
acerca da natureza jurídica do processo interventivo. 
 
Assim, decorre que a classificação da natureza jurídica do processo interventivo determinará a 
própria classificação da decisão proferida no âmbito dessa espécie de Ação Constitucional. 
 
Quanto à natureza: 
 
DECLARATÓRIA: é a principal. Para José Afonso da Silva, a declaração de inconstitucionalidade 
NÃO é o objeto principal da ADIN Interventiva e que por isso não seria uma espécie de controle 
concentrado. A declaração de inconstitucionalidade não é o único objeto desta Ação, fazendo-se 
acompanhar a intervenção no ente federativo, este é o objeto político e aquele é o objeto jurídico. 
Para o STF, inclusive, o instituto da intervenção consiste em ato discricionário (facultativo – ato 
político administrativo) do Governante (Pres da Rep), não cabendo, portanto, qualquer ingerência 
do Poder Judiciário. Dessa maneira, um eventual afastamento do governante que provocou a 
intervenção, não obsta com o prosseguimento da ADIN Interv, visto que ela não perde o objeto 
jurídico. A tutela CONSTITUTIVA E A CONDENATÓRIA estão aqui incluídas!

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