Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Consciência Negra: Análise e poema No Brasil, novembro é tradicionalmente o mês dedicado à consciência negra, e tem o objetivo de relembrar a história de sofrimento dessa população no Brasil. Estas pessoas foram escravizadas pelos colonizadores portugueses, foram trazidas a força para o território nacional, e aqui foram exploradas através do uso da violência e da desumanização. Existe um dia especial para relembrar o passado sofrido dos negros, sendo 20 de novembro, que foi escolhido como uma homenagem a Zumbi dos Palmares, data na qual morreu, lutando pela liberdade do seu povo no Brasil, em 1695. Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares, é um dos símbolos da resistência negra contra a escravidão, tendo dedicado a sua vida lutando contra a escravatura no período do Brasil Colonial. Hoje, a população negra tem dado a volta por cima, e se encontra, cada vez mais, em condição de igualdade prática com a população branca. Em termos jurídicos, a igualdade já existe, mas o racismo impede que a igualdade plena seja alcançada, e este é um desafio de todos nós. Portanto, esse mês especial existe justamente para rememorar as problemáticas que afetam essas pessoas todos os dias. Enquanto a desigualdade perdurar em nossa sociedade, teremos, sim, que reservar um mês dentre os doze do ano para refletirmos a questão racial no país e os avanços por mais inclusão e igualdade. É por causa desse mês, que em outros meses ainda conseguimos refletir que a questão do racismo não é “vitimismo” e podemos apontar as inúmeras desigualdades produzidas, por exemplo o genocídio, no encarceramento em massa de jovens negros, na falta de acesso à uma educação de qualidade, nos baixos salários, moradias precárias e inúmeras outras injustiças evidenciadas cotidianamente. Minha conclusão é de que, esse mês é importante não só pros negros, mas sim pra todos que têm humanidade dentro de si, pois podemos ser diferentes por fora, mas por dentro somos todos iguais e sofremos do mesmo jeito quando violentados e rejeitados pelos demais. Pra quem viu a manchete no jornal Vai dizer que é só mais um delinquente A sociedade que assiste, vê um marginal Mas é apenas uma criança sozinha e carente. Em meio às barreiras, tenta sobreviver Sem família, sem amigos e sem um lar Pra você que assiste, é muito fácil falar Nunca teve que dormir em qualquer lugar. Do passado, não tem boas lembranças Cicatrizes é só o que ficou de recordação Perdeu completamente as esperanças E carrega no peito um solitário coração. Sempre convivendo com a maldade Pois sua pele é negra Não teve sequer uma oportunidade Mas ainda espera ser tratado com dignidade. Pobre menino, pelo mundo esquecido Tão cedo, foi considerado bandido É só alguém que não teve opção E hoje está só, no meio da multidão.
Compartilhar