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Disciplina: Terapia Nutricional Enteral e Parenteral AULA 4 – MONITORIZAÇÃO E COMPLICAÇÕES DA TERAPIA NUTRICIONAL Acompanhamento Nutricional – Monitoramento ou Evolução Nutricional ❑ Objetivo - avaliar a resposta à intervenção que aconteceu de acordo com o diagnóstico de nutrição e redefinir novos diagnósticos e objetivos. ➢ determinar o progresso, ➢ rever o estado nutricional, ➢ realizar comparação sistematizada com a avaliação inicial, as metas propostas e os padrões de referência de nutrientes. Monitoramento – deve ser pautado: Protocolos clínicos validados, adaptados à realidade da unidade Equipe treinada Registro em Prontuário Controle de qualidade da assistência Monitoramento diário – permite detecção e prevenção de complicações que podem ser fatais – importante para recuperação do paciente Sugestão para o acompanhamento ao paciente internado com indicação de Terapia Nutricional (TN) Acompanhamento Nutricional – Monitoramento ou Evolução Nutricional Resposta Metabólica ao Estresse – parte da adaptação para sobrevivência do indivíduo na fase aguda da doença. Monitoramento TNE – baseado em marcadores clínicos e bioquímicos inespecíficos. Parâmetros diários: ✓ Sinais clínicos ✓ Parâmetros Nutricionais ✓ Medidas Antropométricas ✓ Medidas Funcionais Alterações Metabólicas Aumento do gasto energético Hiperglicemia Diminuição de massa magra Alterações comportamentais Parâmetros clínicos de monitoração do paciente na terapia nutricional enteral Sinais Clínicos • Estado de alerta • Sinais vitais – temperatura, frequência cardíaca e respiratória, pressão arterial média • Estado de hidratação • Balanço hídrico • Exame clínico dos sistemas – conforme indicação Parâmetros Nutricionais • Apetite • Ingestão oral (se houver) • Tolerância a NE – volume infundido • Total de calorias e proteínas recebidas – considerar todas as vias • Distúrbios gastrintestinais – diarreia, constipação, distensão e dor abdominal, resíduo gástrico • Exame clínico nutricional – avaliar reserva de tecido adiposo e massa muscular Parâmetros clínicos de monitoração do paciente na terapia nutricional enteral Medidas Antropométricas • Peso no momento da admissão • Peso diário – importante para o balanço hídrico • Peso semanal – reflete o balanço hídrico e as alterações de reservas corporais (massa magra e tecido adiposo) Medidas Funcionais • Força do aperto de mão (para pacientes sem sedação) • Pressão expiratória máxima – reflete a força da musculatura respiratória. Acompanhamento Nutricional – Monitoramento ou Evolução Nutricional Monitoramento TNP – diário, com avaliação de sobrecarga ou deficiência de líquidos, glicose e eletrólitos. Monitoração clínica e laboratorial de pacientes em nutrição parenteral Parâmetro Acompanhamento Peso Diária Balanço hídrico Diária Glicemia sérica Diária Glicemia capilar 2 a 3x ao dia, ou mais Eletrólitos Diária TG Semanal Hemograma 1 a 2x semana TGO, TGP, Bilirrubina, GGT, FA 1 a 2x semana Ureia e creatinina Diária ❑ Mecânicas: Causas – deslocamento ou saída acidental da sonda; obstrução da sonda Fístula traqueoesofágica - comunicação anormal entre a traqueia e o esôfago - provoca a entrada de alimentos e líquidos do esôfago para a traqueia e desta para os brônquios e pulmões. ❑ Gastrintestinais: ❑ Metabólicas: ❑ Metabólicas: Complicações na Nutrição Parenteral Complicações na Nutrição Parenteral ❑ Mecânicas: Causas – relacionadas ao cateter - > complicações relacionadas: • Experiência do profissional que realiza o acesso • Número de tentativas de punção • Utilização de USG para punção Complicações Avaliação Flebite - + comum NPP – associada a osmolaridade da fórmula, presença de aditivos como heparina, presença de lipídios, duração, tipo de cateter e agulha. Sintomas – edema, rubor, dor local Prevenção – NPP – 7 a 10 dias Troca de acesso venoso em 48 a 72h Evitar solução hiperosmolar Pneumotórax – presença de ar entre as duas camadas da pleura. Sintomas – taquicardia, dispneia, tosse e sudorese Prevenção – realização de raio X para confirmar posicionamento do cateter. Complicações na Nutrição Parenteral ❑ Infecciosas: – > risco com acesso central - Fatores relacionados: • Não uso do TGI; • Higiene inadequada do paciente; • Gravidade da doença; • Tempo de uso do cateter ❑ Metabólicas – causam alterações a curto prazo – deficiência ou excesso de nutrientes – glicose, AG, eletrólitos, minerais e vitaminas. Síndrome de Realimentação ➢ Caracteriza-se por alterações neurológicas, sintomas respiratórios, arritmias e falência cardíacas, poucos dias após a realimentação. ➢ Ocorre em consequência do suporte nutricional (oral, enteral ou parenteral) em pacientes severamente desnutridos ou em jejum prolongado (>48h). ➢ Segundo a Braspen (2019) - caracterizada por um distúrbio metabólico de fluidos e eletrólitos, potencialmente fatal que surge em decorrência da reintrodução alimentar - resulta em uma alteração do estado catabólico para um estado anabólico após um período prolongado de privação alimentar ou desnutrição grave associado Síndrome de Realimentação Ocorre após o início da terapia nutricional (TN) - independente da via de alimentação, principalmente, quando realizada de forma plena e agressiva nos primeiros 3 dias de início da TN. (Braspen 2019) Alterações – hipofosfatemia, alterações do balanço hídrico, de glicose (hiperglicemia), deficiências vitamínicas, hipocalemia e hipomagnesemia IC, IR, Morte Síndrome de Realimentação A introdução da dieta, pode ser interpretada pelo corpo como um “fator de estresse’’. ✓ Processos enzimáticos inativos por longos períodos são subitamente ativados com a chegada de macronutrientes ao organismo, dando-se início a uma série de reações químicas; ✓ Esse cenário demanda utilização de grande quantidade de micronutrientes, já previamente depletados. ➢ Tiamina (B1) - coenzima essencial para o metabolismo de aminoácidos e carboidratos. Síndrome de Realimentação ➢ Deficiência de Tiamina (B1) Síndrome de Realimentação ➢ Diagnóstico – baseado na redução sérica de fósforo, potássio e magnésio, podendo estar associado ao desequilíbrio de sódio e fluidos, alterações no metabolismo de glicose, proteína e gordura e deficiência de tiamina. ➢ Prevenção – iniciar TN com 25 a 70% meta nutricional e atingir 100% em 3 a 7 dias – dependendo do déficit e do estado nutricional do paciente, evolução do caso. Caso Clínico - Paciente de 25 anos, sexo feminino deu entrada no hospital com um quadro de infecção grave. Após aproximadamente 2 horas de internação a paciente passou por uma avaliação pela equipe multidisciplinar para iniciar a terapia nutricional. Foi constatado que a motilidade gástrica estava diminuída e o intestino delgado apresentava obstrução mecânica. Além disso, a paciente apresentou perda de 10% do seu peso habitual no último mês e seu IMC está em 17,4 Kg/m2. 1) Qual tipo de Terapia Nutricional deve ser adotada? Justifique. 2) Quais as vantagens desta terapia? 3) Quais as complicações ou desvantagens associadas a essa via de administração? WAITZBERG, D. L. Nutrição oral, enteral e parenteral na prática clínica. 5ª ed. São Paulo: Atheneu, 2017. v. 1. e v.2 Sad e cols. Manejo nutricional em pacientes com risco de síndrome de realimentação. BRASPEN J 2019; 34 (4): 414-7. Manual Orientativo: Sistematização do Cuidado de Nutrição / [organizado pela] Associação Brasileira de Nutrição ; organizadora: Marcia Samia Pinheiro Fidelix. – São Paulo : Associação Brasileira de Nutrição, 2014 Slide 1: Disciplina: Terapia Nutricional Enteral e Parenteral Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26
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