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ESTUDO DIRIDIGO – PROCESSOS BIOLÓGICOS II 1. Quais as principais funções do sangue. Explique duas funções de forma detalhada. Suprimento de nutrientes, metabólitos e de oxigênio, transporte de produtos de degradação e dióxido de carbono a partir das células, transporte de hormônios e outras substâncias reguladoras para as células e os tecidos, manutenção da homeostasia, atuando como tampão para o equilíbrio acidobásico (para manter o pH em torno de 7.4), participando na hemostasia e no controle da temperatura e dos fluídos corportais, transporte de anticorpos e células do sistema imune que protegem o organismo dos agentes patogênicos, de proteínas estranhas e de células transformadas. Hemácias: transporte de oxigênio para o corpo. Leucócitos: Imunidade e defesa. Plaquetas: coagulação do sangue. 2. Quais são os componentes do sangue? Hemácias (chamadas também de eritrócitos ou glóbulos vermelhos), leucócitos (conhecidos como glóbulos brancos) e plaquetas, que estão solubilizados em um componente líquido (a matriz extracelular), conhecido como plasma, contendo compostos orgânicos e inorgânicos. 3. Quais as funções do sistema circulatório? Explique as funções do sistema linfático. Sistema circulatório: Tranporte de nutrientes absorvidos pelo TGI para o resto do corpo; Transporte de gases: Oxigênio dos órgãos respiratórios para os tecidos e CO2 no sentido oposto; Transporte de produção de excreção das células ou órgãos onde são formadas para os órgãos excretores; Transporte de hormônios e produtos metabólicos de uma parte do corpo para a outra; Regulação da temperatura corpórea transferindo calor das partes mais internas para a superfície, onde o mesmo pode ser dissipado; Defesa contra agentes patogênicos, permitindo a ação de processos imuno- celulares desempenhadas pelo sangue por todo organismo e coagulação sanguínea. Sistema linfático: Absorção; Transporte da gordura dos alimentos; Coletar e transportar a linfa (excesso de líquido intersticial) de volta e para a circulação sanguínea; Remover resíduos e nos proteger contra possíveis infecções. 4. Quais são as principais características dos eritrócitos? A principal característica dos eritrócitos é a presença de uma proteína rica em ferro, a hemoglobina. Essa proteína garante o transporte de oxigênio e gás carbônico no sangue. 5. Faça uma tabela com as funções dos leucócitos. TIPO FUNÇÕES Granulócitos (neutrófilos, eosinófilos e basófilos) Neutrófilos: É a primeira linha de defesa contra bactérias e fungos. Eosinófilos: Fazem digestão e fagocitose. Basófilos: Contém em seu citoplasma substâncias que atraem ou repelem células. Agranulócitos (linfócitos e monócitos) Linfócitos: Defesa imunológica. Monócitos: Podem se transformar em macrófagos pela diapedese. 6. O que é sistema ABO e Rh? Quais são os quatro tipos sanguíneos e sua compatibilidade? O sistema ABO e Rh é um sistema de classificação sanguínea que determina a presença de antígenos nas hemácias. Os quatro tipos sanguíneos principais são A, B, AB e O. Além disso, o fator Rh pode ser positivo (+) ou negativo (-). A compatibilidade sanguínea segue a regra básica de que indivíduos com tipo sanguíneo A podem receber sangue A ou O, indivíduos com tipo sanguíneo B podem receber sangue B ou O, indivíduos com tipo sanguíneo AB podem receber sangue de qualquer tipo (A, B, AB ou O) e indivíduos com tipo sanguíneo O só podem receber sangue do tipo O. Em relação ao fator Rh, indivíduos Rh positivo podem receber sangue Rh positivo ou negativo, enquanto indivíduos Rh negativo só podem receber sangue Rh negativo. 7. Explique com suas palavras o conceito de hemostasia. A hemostasia é o processo pelo qual o corpo controla o sangramento e mantém o equilíbrio adequado entre a coagulação e a anticoagulação para garantir a circulação sanguínea normal. Envolve uma série de mecanismos complexos que começam quando ocorre uma lesão nos vasos sanguíneos. Os principais componentes da hemostasia incluem: Vasoconstrição: Os vasos sanguíneos se contraem para diminuir o fluxo sanguíneo na área lesionada, ajudando a reduzir o sangramento. Formação do tampão plaquetário: As plaquetas aderem à área lesionada do vaso sanguíneo e formam um tampão plaquetário temporário para interromper o sangramento. Ativação da coagulação: Uma série de reações químicas ocorre para formar um coágulo sanguíneo estável, envolvendo fatores de coagulação, como a trombina e a fibrina, que convertem o fibrinogênio em fibrina, formando uma rede que estabiliza o tampão plaquetário. Fibrinólise: Após a cicatrização do vaso sanguíneo, o coágulo sanguíneo é gradualmente dissolvido pela fibrinólise, que envolve a degradação da fibrina pelo plasminogênio em plasmina. O equilíbrio entre esses processos é essencial para prevenir sangramento excessivo ou formação de coágulos indesejados. Distúrbios na hemostasia podem levar a complicações como sangramento excessivo (hemorragia) ou formação de coágulos sanguíneos (trombose). 8. Quais são os componentes da coagulação? Parede vascular: a parde vascular próxima ao local do endotélio que sofreu lesão vai sofrer vasoconstrição arteriolar, é importante, porque reduz a cirulação local, evitando a chegada de muitos elementos figurados e faz com que de tempo de recrutar os principais agentes para começar o reparo do endotélio machucado. Plaquetas: percebe alguns fatores expostos no local da lesão, como colágeno ou fator de Von Willebrand e podem formar o tampão. Fatores de coagulação: existe dois tipos de vias. A via intrínseca ocorre quando há exposição de colágeno subendotelial e a extrínseca quando tem exposição do fator tecidual (tromboplastina tecidual) liberado de células lesadas. Ambas tem o mesmo efeito final: formação de fibrina. 9. Quais são as principais etapas da hemostasia? Vasoconstrição arteriolar, formação do tampão plaquetário, estruturação da rede fibrina, estabilização do coágulo (trombo) e dissolução do coágulo (trombo) pelo sistema fibrinolítico. 10. Qual o papel das plaquetas na coagulação? É prender as fibras de colágeno das paredes dos vasos rompidos e produzir substâncias que ativam mais plaquetas que se aderem as iniciais, formando assim uma grande união ou acúmulo de plaquetas denominado Tampão Plaquetário. 11. Diferencie a via intrínseca, extrínseca e comum na cascata de coagulação. Via intrínseca: Coagulação no interior do vaso sanguíneo, sem o rompimento. Sangue lento = plaquetas aderes às paredes dos vasos (adesão plaquetátia) = agregação plaquetária = tampão plaquetário = coagulação. Se o sangue fica parado, ele coagula. Via extrínseca: Ocorre quando há contato do sangue com os tecidos conjuntivo fora do vaso sanguíneo. 12. Explique o que é uma coagulopatia. Qual a etiologia da hemofilia A e B? Uma coagulopatia é uma condição em que o sangue não coagula adequadamente, levando a um maior risco de sangramento excessivo ou dificuldade em parar o sangramento. A hemofilia A é causada por uma deficiência ou ausência do fator VIII de coagulação sanguínea. Já a hemofilia B é causada por uma deficiência ou ausência do fator IX de coagulação. Ambas são doenças genéticas ligadas ao cromossomo X, sendo mais comuns em homens. 13. Explique o que é sistema fibrinolítico. O sistema fibrinolítico ou sistema plasminogênio/plasmina é composto por diversas proteínas (proteases séricas e inibidores) que regulam a geração de plasmina, uma enzima ativa produzida a partir de uma pro-enzima inativa (plasminogênio) que tem por função degradar a fibrina e ativar metaloproteinases de matriz extracelular. 14. Como podemos avaliar desordens na coagulação? As desordens na coagulação podem ser avaliadas através de testes laboratoriais, como o tempo de protrombina (TP), o tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPa), contagem de plaquetas, entre outros. Além disso, exames genéticos podemidentificar mutações que afetam a coagulação. 15. Qual a função endócrina do coração? Explique como funciona esse mecanismo. A função endócrina do coração envolve a produção e liberação de hormônios, como o atrial natriurético (ANP) e o peptídeo natriurético tipo B (BNP). Esses hormônios são secretados principlamente pelas células cardíacas quando o coração detecta um aumento na pressão sanguínea ou no volume de sangue circulante. Quando o coração detecta um aumento na pressão sanguínea ou no volume de sangue, as células cardíacas secretam ANP e BNP. Esses hormônios têm efeitos vasodilatadores, o que significa que relaxam os vasos sanguíneos, resultando em uma redução da pressão arterial. Além disso, eles promovem a excreção de sódio e água pelos rins, ajudando a reduzir o volume de líquido circulante no corpo. Essencialmente, o ANP e o BNP atuam para regular a pressão arterial e o equilibrio de fluídos no corpo, contribuindo para a homeostase do sistema cardiovascular. Esse mecanismo é importante para manter a PA dentro de uma faixa saudável e prevenir o acúmulo excessivo de líquidos nos tecidos. 16. Diferencie pequena e grande circulação. Pequena circulação: Transporta sangue do coração aos pulmões e, destes, novamente ao coração (coração – pulmão – coração). Grande circulação: Conduz o sangue do coração a todos os órgãos do corpo e é responsável pelo seu retorno ao coração (coração – corpo – coração). 17. O que é sistema de condução? Quais são os seus componentes? O Sistema de Condução Cardíaco são as estruturas onde se produz e se transmite o estímulo eléctrico, permitindo a contração do coração. Os seus elementos principais são o Nó Sinsual, o Nó Atrioventricular (Nó AV), o Feixe de His e as Fibras de Purkinje. Em um batimento normal, o impulso elétrico é gerado pelo Nó Sinusal, desde onde se propaga para ambos os átrios, causando a contração atrial. Por vias preferenciais atriais o impulso atinge ao Nó AV, onde ocorre um atrazo na condução, depois se transmite ao Feixe de His e, através das seus dois ramos, é conduzido por todo o miocárdio pelas Fibras de Purkinje 18. Explique como é a regulação pelo sistema nervoso autônomo no sistema cardiovascular. O SNA desempenha um papel crucial na regulação do sistema cardiovascular, controlando a frequência cardíaca, a contratilidade do músculo cardíaco e a resistência vascular. Existem duas divisões principais do SNA que regulam o sistema cardiovascular: o sistema nervoso simpático e o sistema nervoso parasimpático. Sistema Nervoso Simpático: Este sistema é ativado em resposta a situações de estresse, exercício físico ou necessidade de aumento da atividade cardíaca. A liberação de noradrenalina pelos nervos simpáticos aumenta a frequência cardíaca, a contratilidade do músculo cardíaco e a vasoconstrição periférica, o que aumenta a PA. Sistema Nervoso Parasimpático: Este sistema é ativado em situações de repouso e relaxamento. A liberação de acetilcolina pelos nervos parassimpáticos diminui a FC e tem um efeito inotrópico negativo, reduzindo a contratilidade do músculo cardíaco. Além disso, promove a vasodilatação periférica, o que reduz a PA. Esses dois sistemas trabalham em conjunto para manter a homeostase cardiovascular, ajustando a atividade cardíaca e a resistência vascular de acordo com as demandas do corpo. A regulação precisa desses mecanismos é essencial para garantir um fluxo sanguíneo adequado para os tecidos e órgãos do corpo em diferentes situações fisiológicas. 19. Para que serve o eletrocardiograma? O que representa a onda P, complexo QRS e onda T? O eletrocardiograma é um exame que registra a atividade elétrica do coração. A onda P representa a despolarização atrial, o complexo QRS representa a despolarização ventricular, e a onda T representa a repolarização ventricular. 20. Explique o que é débito cardíaco. O débito cardíaco é a quantidade de sangue bombeada pelo coração em um minuto. É determinado pelo volume de sangue que é ejetado a cada batimento cardíaco (volume sistólico) e pela FC. Matematicamente, o débito cardíaco (DC) pode ser expresso como: DC = Volume SISTÓLICO X Frequência cardíaca. O volume sistólico é a quantidade de sangue ejetada pelo ventrículo em cada batimento cardíaco, e a frequência cardíaca é o número de batimentos cardíacos por minuto. O débito cardíaco pode variar em resposta às demandas do corpo. Durante o exercício físico ou em situações de estresse, o débito cardíaco aumenta para fornecer mais oxigênio e nutrientes aos tecidos. Em repouso, o débito cardíaco diminui para conservar energia. O débito cardíaco é um importante indicador da função cardíaca e da perfusão adequada dos tecidos do corpo. Distrúrbios no débito cardíaco podem indicar problemas no coração ou em outros sistemas do corpo. 21. Como o débito cardíaco e a resistência vascular periférica modulam a pressão arterial? O débito cardíaco é a quantidade de sangue bombeada pelo coração em um minuto determinada pelo volume sistólico (quantidade de sangue ejetada a cada batimento cardíaco) multiplicado pela frequência cardíaca. Um aumento no débito cardíaco resulta em um aumento na PA, pois mais sangue é empurrado para as artérias a cada minuto. Da mesma forma, uma diminuição no débito cardíaco pode levar a uma diminuição na PA. Resistência Vascular Periférica (RVP): Refere-se à resistência que o sangue encontra ao circular nos vasos sanguíneos fora do caoração. Quando a resistência vascular periférica aumenta, é mais difícil para o coração bombear o sangue para fora, o que pode levar a um aumento na PA. Por outro lado, quando a RVP diminui, a PA tende a cair. Em resumo, a PA é modulada pelo débito cardíaco e pela resistência vascular periférica. Alterações em qualquer um desses fatores podem levar a mudanças na PA. Por exemplo, se o DC aumenta e a RVP permanece constante, a PA tende a aumentar. Por outro lado, se a RVP aumenta e o DC permanece constante, a PA também tende a aumentar. 22. Explique a regulação da pressão arterial a curto prazo (barorreflexo). A regulação da pressão arterial a curto prazo é realizada principalmente pelo reflexo barorreceptor, um mecanismo de retroalimentação negativa que mantém a pressão arterial dentro de uma faixa estreita. Barorreceptores: São receptores sensíveis à pressão localizados nas paredes das artérias, especialmente nas artérias carótidas e na aorta. Eles detectam mudanças na pressão arterial. Estímulo: Quando a pressão arterial aumenta, os barorreceptores são esticados, ativando sinais nervosos. Centros de Controle no Sistema Nervoso Central (SNC): Os sinais dos barorreceptores são transmitidos para os centros de controle no sistema nervoso central, especialmente para o bulbo, uma região do tronco cerebral. Resposta do Sistema Nervoso Autônomo: Se a pressão arterial estiver muito alta, os centros de controle no bulbo enviam sinais para diminuir a frequência cardíaca e a força das contrações cardíacas (efeito inotrópico negativo), reduzindo assim o débito cardíaco. Além disso, os vasos sanguíneos podem se dilatar, reduzindo a resistência vascular periférica. Redução da Pressão Arterial: Essas respostas têm o efeito de reduzir a pressão arterial de volta ao normal. Se a pressão arterial estiver muito baixa, os barorreceptores detectam a diminuição da pressão, ativando sinais nervosos que levam a um aumento na frequência cardíaca, na força das contrações cardíacas e na vasoconstrição, aumentando assim a pressão arterial. Essa regulação é rápida e eficiente, ocorrendo em questão de segundos. No entanto, é importante ressaltar que esse mecanismo de regulação é principalmente eficaz para ajustes rápidos e a curto prazo na pressão arterial, enquanto outros mecanismos, como os sistemas renina-angiotensina- aldosterona e os mecanismos de controle de fluidos, ajudam a regular a pressão arterial a longo prazo. 23. Compare e diferencie a hipertensão primáriada secundária. A hipertensão arterial, também conhecida como pressão alta, pode ser classificada como primária (essencial) ou secundária, com base em suas causas e características: Hipertensão Primária (Essencial): Também conhecida como hipertensão arterial essencial, é o tipo mais comum de hipertensão, representando cerca de 90-95% dos casos. A causa exata não é conhecida, mas é geralmente o resultado de uma combinação de fatores genéticos, estilo de vida e fatores ambientais. A hipertensão primária se desenvolve ao longo do tempo e geralmente é diagnosticada em adultos mais velhos, embora também possa ocorrer em adultos jovens. Os principais fatores de risco incluem histórico familiar de hipertensão, idade avançada, dieta rica em sal, obesidade, sedentarismo e consumo excessivo de álcool. Hipertensão Secundária: Representa cerca de 5-10% dos casos de hipertensão e é caracterizada por uma causa subjacente identificável. A hipertensão secundária é geralmente causada por condições médicas subjacentes ou medicamentos que afetam diretamente os níveis de pressão arterial. As causas comuns incluem doenças renais (como doença renal policística, glomerulonefrite), distúrbios endócrinos (como doença da tireoide, hiperplasia adrenal, síndrome de Cushing), obstruções arteriais (como estenose da artéria renal), uso de certos medicamentos (como contraceptivos orais, corticosteroides) e outras condições médicas. A hipertensão secundária muitas vezes se desenvolve em adultos mais jovens e pode ser mais grave do que a hipertensão primária. Em resumo, enquanto a hipertensão primária é mais comum e geralmente ocorre devido a uma combinação de fatores genéticos e estilo de vida, a hipertensão secundária é menos comum e é causada por uma condição médica subjacente específica. O tratamento e a gestão da hipertensão dependem da causa subjacente e do perfil de saúde do indivíduo. 24. Liste os fatores de risco da aterosclerose. Entenda como a aterosclerose pode ser causa de eventos clínicos significativos. Níveis elevados de PCR têm sido relacionados a fatores de risco para a aterosclerose, história familiar de Doença Arterial Coronariana (DA), dislipidemia (colesterol e triacilglicerol), hipertensão arterial, diabetes mellitus, obesidade, tabagismo e sedentarismo. 25. Cite uma causa do edema. Aumento da pressão hidrostática e/ou retenção de sódio: Aumento da pressão que o volume de líquido dentro do vazo faz sobre a parede do próprio devido há algum tipo de obstrução, mesmo que parcial, ao fluxo sanguíneo venoso. 26. O que é hiperemia? Presença de excesso de sangue nos vasos que irrigam uma parte do corpo. Na hiperemia ativa (hiperemia arterial), as arteríolas estão relaxadas e produz-se aumento do fluxo sanguíneo. Na hiperemia passiva, a corrente sanguínea procedente da parte afetada está obstruída. 27. Quais as causas da hemorragia? A hemorragia deve-se à laceração ou ruptura de vasos sanguíneos, com extravasamento de sangue para o interior do próprio organismo ou para fora dele e possui diversas causas. Pode haver hemorragia aguda devido ao rompimento abrupto de um grande vaso, como nos acidentes ou no rompimento de um aneurisma, por exemplo. “Extravasamento de sangue para fora do sistema cardiovascular, por ruptura ou laceração”. Pode ser: 1 – Externa = superfície da pele. 2 – Hematoma = Fica contido no interior dos tecidos. Causas da hemorragia: lesão vascular, traumatismos, aterosclerose e erosão inflamatória ou neoplásica. 28. Explique a etiopatologia da trombose. Obstrução de um vaso sanguíneo por coágulo. Importância clínica dos trombos: podem causar obstrução de artérias e veias. Alterações da parede vascular ou endocardíaca: evidenciável na maioria das tromboses arteriais e cardíacas, e em algumas venosas. Causas: traumas, localização de bactérias na superfície vascular, infecções virais de células endoteliais, arteriosclerose, infarto no miocardio, erosões vasculares decorrentes de infiltrações neoplásicas. Mecanismo: Lesão endotelial com consequente adesão e agregação plaquetária. Alterações reológicas ou hemodinâmicas: Por estase: altera o fluxo lamelar fazendo com que as células (inclusive plaquetas) facilitando o contato plaquetas – endotélio, ao tempo que concentra os fatores da coagulação. Por turbulência: Presdispõem à deposição de plaquetas e por traumatizar a íntima cardiovascular, facilitando a exposição do colágeno subendotelial. Por esse motivo é condideravelmente maior a frequência de trombose nas áreas de estenose e bifurcação vasculares. Alterações sanguíneas (Hipercoagulabilidade): um dos fatores mais importantes na trombogênese. Trombocitose: anemias ferroprivas, após hemorragias graves, doença de HODGKIN e disseminação de neoplasias malignas incremento de fatores de coagulação: na gestação e síndrome nefrótica. Redução da atividade fibrinolítica: diabetes mellitus, obesidade, síndrome nefrótica. Aumento da viscosidade sanguínea: Anemia falciforme, policitemia, desidratação e queimaduras. 29. Quais os tipos de embolia? Embolia é a ocorrência de qualquer elemento estranho (êmbolo) à corrente circulatória, transportado por esta, até eventualmente se deter em vaso de menor calibre. Embolia pulmonar: originam-se geralmente nas veias das pernas. Embolia sistêmica: seguem dentro da circulação arterial; 75% em membros inferiores, 10% cérebro, também em vísceras. Embolia por líquido amniótico: por ruptura de veias uterinas, ocorre infusão de líquido amniótico para dentro da corrente sanguínea materna, durante o parto. Embolia gasosa: bolhas de gás (>100ml). Durante procedimentos obstétricos ou através de traumatismo na parede torácica. Embolia gordurosa: glóbulos microscópicos de gordura. Fratura de ossos longos e queimaduras. 30. Diferencia vasculite, tromboflebite e flebotrombose. Vasculite, tromboflebite e flebotrombose são condições relacionadas aos vasos sanguíneos, mas cada uma delas tem características distintas: Vasculite: A vasculite é uma inflamação dos vasos sanguíneos, que pode afetar vasos de diferentes tamanhos e tipos, incluindo artérias, veias e capilares. Pode ser causada por uma variedade de condições, incluindo doenças autoimunes, infecções, reações a medicamentos ou exposição a substâncias tóxicas. Os sintomas da vasculite podem variar dependendo do tipo e da localização dos vasos sanguíneos afetados, mas podem incluir dor, inchaço, erupções cutâneas, úlceras na pele e danos aos órgãos afetados. Tromboflebite: A tromboflebite é a inflamação de uma veia causada pela formação de um coágulo sanguíneo (trombo) dentro da veia. Geralmente ocorre em veias superficiais, como as veias das pernas, e pode ser causada por trauma, imobilização prolongada, varizes, infecções ou distúrbios de coagulação sanguínea. Os sintomas incluem dor, vermelhidão, calor e inchaço ao longo da veia afetada. Em alguns casos, podem ocorrer complicações graves, como embolia pulmonar, se um coágulo se desprender e viajar para os pulmões. Flebotrombose: A flebotrombose refere-se à formação de um coágulo sanguíneo (trombo) dentro de uma veia profunda, geralmente nas pernas. É uma condição mais grave do que a tromboflebite superficial, pois o coágulo está localizado em uma veia profunda, o que pode aumentar o risco de complicações, como embolia pulmonar. Os sintomas podem incluir dor, inchaço, vermelhidão e sensibilidade ao longo do curso da veia afetada. Em alguns casos, pode não haver sintomas evidentes, mas a condição ainda pode representar um risco significativo de complicações. Em resumo, a vasculite é uma inflamação dos vasos sanguíneos, enquanto a tromboflebite e a flebotrombose envolvem a formação de coágulos sanguíneos em veias, sendo que a tromboflebite geralmente ocorre em veias superficiais e a flebotrombose ocorre em veias profundas.
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