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01/12/2022 22:49 Curadoria https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=18241 1/30 Autoria: Ma. Erika Amaral Revisão técnica: Ma. Patrícia Moreira Santos CURADORIA CURADORIA NO AUDIOVISUAL 01/12/2022 22:49 Curadoria https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=18241 2/30 Introdução Caro(a) estudante, você assina algum serviço de streaming de �lmes e séries? Ou prefere a experiência da sala de cinema, com a imersão proporcionada pela tela grande? Você repara nos créditos, em que são apresentadas as parcerias comerciais, as produtoras, as distribuidoras e o apoio �nanceiro de instituições públicas e privadas para a realização daquele �lme? Nos últimos anos, o cinema tem passado por grandes mudanças. O advento de novas tecnologias, o surgimento de novas formas de consumir materiais audiovisuais, as formas públicas e independentes de �nanciamento e outros fatores impactam o modo de produzir e de apreciar �lmes, séries, videoclipes, programas de televisão etc. A partir de agora, você está convidado a conhecer um pouco mais sobre o cenário do mercado cinematográ�co e como o �lme chega até você. Assim, descobriremos estratégias de comercialização de �lmes, pensando o cinema como um produto que pode ser apresentado a investidores e parceiros de negócios. Ao �nal da unidade, você terá uma visão ampla e diversi�cada do cenário atual da aplicação da curadoria no mercado audiovisual contemporâneo. Bons estudos! Tempo estimado de leitura: 45 minutos. Iniciando nossos estudos sobre a curadoria no audiovisual, um dos primeiros elementos a se considerar é a forma como percebemos o cinema em nossa sociedade. Em primeiro lugar, �lmes podem ser vistos como um objeto cultural, como a manifestação artística de uma determinada pessoa. Por outro lado, os �lmes estão inseridos em uma dinâmica de circulação que envolve variadas fases, como a produção e a distribuição. Assim, forma-se um mercado cinematográ�co em que existem determinadas regras mercadológicas. A seguir, aprofundaremos nosso entendimento sobre esse importante debate. 1.1 Procedimentos expressivos no cinema 1.1.1 Diferentes formas de identificar o cinema 01/12/2022 22:49 Curadoria https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=18241 3/30 Há diversas maneiras de compreender o cinema e seu valor nos dias de hoje. Dependendo de como olhamos para o objeto audiovisual, ele pode assumir diferentes valores e signi�cados, o que demonstra a potência da expressividade do cinema e a sua pluralidade de sentidos. Re�etindo sobre a relação entre cinema e curadoria, surge o debate: o cinema é arte ou é produto? Em sua de�nição sobre o que é arte, os teóricos franceses Jacques Aumont e Michel Marie (2010) propõem três diferentes leituras: Ao longo de sua história, o cinema adquire todos esses tipos de reconhecimento artístico. Vejamos alguns exemplos da atribuição do caráter artístico ao cinema, nos termos de Aumont e Marie (2010): No caso do cinema da Nouvelle Vague, na França, no �m da década de 1950, diversas instituições como o Festival de Cannes atribuíam premiações que destacavam o caráter artístico dos �lmes, como aponta a de�nição institucional. Nesse mesmo período, o teórico francês André Bazin, um dos criadores da revista Cahiers du Cinéma, atribuía qualidade artística aos �lmes inovadores lançados por cineastas como Orson Welles, o que se relaciona à de�nição intencional. É o reconhecimento de uma instituição ou de um grupo social amplo sobre o valor artístico de uma determinada obra. É a atribuição de qualidade artística às obras realizadas por alguém que pretende fazer arte. É a atribuição de um valor estético a um objeto, por sua capacidade de despertar sensações ou emoções especí�cas. Institu cional Intenci onal Estétic a 01/12/2022 22:49 Curadoria https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=18241 4/30 Assim, podemos observar que o cinema estabelece diversas relações com a de�nição de arte, o que signi�ca pensarmos o cinema como manifestação artística. Ao mesmo tempo, em diferentes ocasiões desde o seu surgimento, o cinema foi visto como um produto capaz de gerar lucros. Isso porque, como nos apontam Aumont e Marie (2010), desde o início do século XX, nos Estados Unidos, ele era exibido em nickelodeons, mediante o pagamento de um ingresso. Assim, o cinema passava a ser um objeto comercializável, capaz de gerar riquezas, ainda que não tivesse o objetivo de atingir uma rentabilidade tão signi�cativa quanto a que veri�camos atualmente, por estar ainda em seus primórdios. A perspectiva da sua rentabilidade evoluiu até os dias atuais, em que existem mecanismos semelhantes: a compra de ingressos como meio necessário para usufruir de um �lme em uma sala de cinema. Vale, ainda, considerar que nem todos os formatos de exibição cinematográ�ca são idênticos aos que conhecemos hoje: além dos nickelodeons, o cinema era consumido por meio do cinetoscópio, em experiências individuais muito diferentes do formato da sala de cinema, que tem capacidade para acomodar grandes públicos que podemos frequentar, por exemplo, em shopping centers. Por �m, quando a crítica cinematográ�ca atribui forte valor estético à linguagem cinematográ�ca empregada por diretores, como o próprio Orson Welles em seu aclamado �lme Cidadão Kane (1941), é possível perceber a de�nição estética da arte aplicada ao cinema. "A primeira sala �xa, destinada, embora não exclusivamente, ao cinema, inaugurou-se em julho de 1897, na Rua do Ouvidor, e seus proprietários eram Pascoal Segreto e José Roberto Cunha (ATIVIDADE NÃO PONTUADA) TESTE SEUS CONHECIMENTOS 01/12/2022 22:49 Curadoria https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=18241 5/30 Salles – este, um conhecido explorador do jogo do bicho e outros jogos de azar e criador de um famoso Pantheon Ceroplástico. Ao lado de bonecos automáticos, caça-níqueis, bibelôs excêntricos, números de variedades e aparelhos de entretenimento cientí�co, o Salão de Novidades Paris no Rio de Janeiro exibia também um Cinematógrafo Lumière" (SOUZA, 2007, p. 21). SOUZA, C. R. Raízes do cinema brasileiro. Alceu: Revista de Comunicação, Cultura e Política, Rio de Janeiro, v. 8, n. 15, p. 20-37, jul./dez. 2007. O excerto remonta a ambientação de um dos primeiros espaços expositivos para o cinema no Brasil, ao lado de diversos outros produtos de entretenimento, como brinquedos e novidades. Em relação às primeiras exibições de cinema no Brasil, pode-se a�rmar que: a. Ele nascia, no Rio de Janeiro, como um produto cultural reservado às elites cariocas. b. Era amplamente consumido por todas as camadas sociais, pois era um item gratuito que atraía amplo público. c. Era visto por grandes empresários como um produto comercializável e integrava um circuito de atrações voltadas para chamar a atenção do público. d. Os �lmes eram exibidos em espaços exclusivos, que preservavam a experiência de imersão cinematográ�ca proporcionada pelas salas de cinema. e. As salas de exibição eram ocupadas com outras possibilidades de entretenimento, pois o cinema conquistava quantidades reduzidas de público e de lucros. VERIFICAR 01/12/2022 22:49 Curadoria https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=18241 6/30 Dessa forma, identi�car o cinema como produto é também uma forma de perceber as possibilidades de consumo dos objetos audiovisuais, tanto ao longo da história do cinema quanto na sociedade contemporânea. Figura 1 - Sala de cinema lotada Fonte: Gorodenkoff, Shutterstock, 2021. #PraCegoVer A imagem apresenta o interior de uma sala de cinema, com a plateia lotada. A tela grande exibe um filme de ficção científica com astronautas. Com isso, podemos começar a ver �lmes como resultado de um processo que envolve variadas estratégias de mercado, marketing, publicidade, investimento, parcerias comerciais e legislações de fomento à cultura. E é aqui que entra o papel do curador: um pro�ssional capaz de pensar o cinema como um objeto que está sujeito a processos de gestão, organização, seleção e comercialização,como aponta Reinaldim (2015, p. 26), ao trazer, entre as possibilidades de atuação curatorial, que o curador desempenha responsabilidades especí�cas: “Em cada uma dessas atividades, o curador age, agencia, desempenha relações sociais, de modo a ampliar e compartilhar um conjunto de conteúdos simbólicos, a partir da dimensão e do alcance público de suas proposições”. Vimos, então, a importância de articular os conhecimentos de curadoria à atuação no mercado cinematográ�co pensando em termos de produção, pós- produção, exibição, divulgação, circulação e comercialização do cinema. 01/12/2022 22:49 Curadoria https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=18241 7/30 Entretanto, como �cam as outras formas audiovisuais? Como podemos pensar estratégias para divulgar um videoclipe? Ou como é possível fazer com que uma série conquiste um grande público? Tais questões são respondidas ao pensarmos nas diferentes estratégias mercadológicas e sua variação conforme a natureza dos produtos audiovisuais. É preciso compreender que a imensa variedade de recursos que podem estar presentes no mundo do audiovisual cria também diferentes técnicas de comercializar tais produtos. Vamos pensar no exemplo do videoclipe em contraposição a �lmes e a séries televisivas. O videoclipe pode ser compreendido como recurso audiovisual ou como um curta-metragem cinematográ�co, que promove a comercialização musical, bem como pode apresentar elementos artísticos próprios da linguagem cinematográ�ca. Em nossa sociedade, não costumamos ver videoclipes nos cinemas, mas sim em programas de televisão e em sites na internet. Além disso, os procedimentos expressivos, isto é, os elementos de linguagem e estética que estão presentes em um videoclipe são diferentes daqueles apresentados em um �lme ou em uma série. O videoclipe associa uma 1.1.2 Variedade de formatos audiovisuais e seu impacto na comercialização Sara Silveira é uma produtora de cinema de origem gaúcha, atuante desde a década de 1980. Além de ter trabalhado com cineastas consagrados como Carlos Reichenbach, foi produtora de obras marcantes do cinema brasileiro recente, como o �lme Trabalhar Cansa (2011), dirigido por Marco Dutra e Juliana Rojas, vencedor do Prêmio Especial do Júri, do Festival Paulínia de Cinema, em 2011, e indicado à mostra Um Certo Olhar, do Festival de Cannes, no mesmo ano. Com sua experiência e seus conhecimentos sobre os aspectos mercadológicos da realização de cinema no Brasil, a trajetória de Sara Silveira revela a importância do papel da produção cinematográ�ca no desenvolvimento da vida comercial de um �lme. VOCÊ O CONHECE? 01/12/2022 22:49 Curadoria https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=18241 8/30 determinada música a um cenário, a personagens e a narrativas, tendo normalmente a duração da música que apresenta. Por outro lado, podemos considerar exemplos de videoclipes que dissociam imagens e letra da música, ou que utilizam recursos tradicionalmente presentes no cinema, o que demarca a grande variedade de formatos e estilos possibilitada pelo videoclipe. Um dos fatores que integram a montagem, a estética, a linguagem e a expressividade fílmica é o som, em suas mais diversas facetas: desenho de som, mixagem, trilha sonora, entre outras. Porém, o som no cinema não se limita à música: ele compreende diversos elementos, como a voz, os ruídos, o silêncio, entre outros aspectos elencados por Alves (2012, p. 94), ao concluir que “[...] música e cinema possuem laços fortes. Mesmo assim, não podemos restringir o conteúdo da banda sonora a apenas este elemento”. Portanto, o �lme não pode ser considerado dependente de uma música especí�ca nem que busca promover um determinado artista ou grupo musical. O cinema, então, centra seu foco no desenvolvimento da narrativa que surge do roteiro; além disso, tem uma duração muito maior do que um videoclipe, quando se trata de um longa-metragem, o que revela novos contrastes. Em relação às séries televisivas, por sua vez, a música contribui para criar uma polissemia, isto é, um conjunto de signi�cados diversos a partir das emoções ativadas pela musicalidade. Pela repetição, como demonstra Jangrossi (2020, p. 110), os sentidos da música reforçam a carga dramática presente em um episódio de série televisiva: dessa forma, “[...] além do intuito desejado pelos criadores, é necessário levar em conta a estrutura musical, que agrega letra e melodia, e [...] as relações do espectador com as canções”. Assim, �ca evidente a diferença entre os procedimentos expressivos de cada recurso audiovisual, não é verdade? Essa diferença indica também que as estratégias de marketing utilizadas para divulgar um �lme não são as mesmas que são adequadas para a difusão de um videoclipe. Assim, é fundamental compreender que cada recurso audiovisual demanda táticas especí�cas para a realização de parcerias comerciais com o objetivo de atingir o sucesso comercial. 01/12/2022 22:49 Curadoria https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=18241 9/30 Dessa forma, podemos perceber que saber diferenciar a natureza de cada formato audiovisual e os procedimentos expressivos utilizados por cada um deles é uma importante habilidade a ser desenvolvida pelo pro�ssional de curadoria no mercado audiovisual. Em Saneamento Básico, o Filme (2007), um grupo de moradores de uma pequena cidade da Serra Gaúcha está reivindicando a construção de uma fossa. Para isso, deverão realizar um vídeo com recursos doados pelo Governo Federal. O �lme retrata, de forma divertida, o processo de criação de um �lme, envolvendo desde a etapa da captação de recursos públicos até as di�culdades da �lmagem e da direção de elenco. Além disso, aborda um dos temas mais importantes de nossa disciplina: as estratégias mercadológicas necessárias para desenvolver um �lme de acordo com os recursos obtidos para seu �nanciamento. VOCÊ QUER VER? Realize uma pesquisa a respeito do último �lme ou da série a que você assistiu. Busque destacar os aspectos relativos à comercialização desse produto audiovisual, como formas de circulação por salas de cinema, streaming, festivais e premiações. Compartilhe suas descobertas no fórum da disciplina. VAMOS PRATICAR? 01/12/2022 22:49 Curadoria https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=18241 10/30 A partir da noção de que é fundamental diferenciar os recursos audiovisuais para desenvolver estratégias para sua circulação no mercado, vamos agora aprofundar nossos conhecimentos a respeito da multiplicidade presente dentro do cinema. Assim, discutiremos a respeito do que é estética e como se formam os gêneros cinematográ�cos, em sua relação com estratégias de marketing e negócios. Você consegue distinguir os gêneros cinematográ�cos? Quais são as diferenças entre um �lme de comédia romântica e um de terror? Já reparou que cada um apresenta uma identidade visual e estratégias de comercialização especí�cas, que vão desde o cartaz até o trailer? O gênero cinematográ�co é visto como um grupo de �lmes que tem em comum determinadas características da linguagem e da estética cinematográ�ca, tais como roteiro, trilha sonora, cenários, personagens etc. (STUBBS, 2013). A partir de tal agrupamento, as estratégias de produção, marketing e consumo se tornam mais direcionadas e podem alcançar maior e�ciência. É por isso que, por exemplo, há alguns anos, quando era costume alugar �lmes em videolocadoras, eles eram normalmente organizados de acordo com seu gênero: romance, suspense, drama, infantil, animação, terror, comédia, policial, entre outros. Assim, era muito mais simples ir para o corredor do �lme que gostaríamos de alugar naquele momento. 1.2 Estética, modos e gêneros no cinema 1.2.1 Questões estéticas no cinema e sua importância para a curadoria 01/12/2022 22:49 Curadoria https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=18241 11/30 Figura 2 - Casal compra ingressos para o cinema Fonte: antoniodiaz, Shutterstock, 2021. #PraCegoVer Um homem e uma mulher sorridentes compram ingressos para uma sessãode cinema na bilheteria. Quem recebe o pagamento é o vendedor, que está com o uniforme vermelho, de costas para a câmera. Em decorrência de tais estratégias de comercialização dos produtos audiovisuais, é possível perceber grandes diferenças entre a forma de apresentação de cada tipo de �lme para o público. Vamos conhecê-las? São os cartazes de �lmes, expostos em grandes formatos nos cinemas. Cartazes podem conter os nomes das estrelas que compõem o elenco, trechos de críticas sobre a obra e o número de premiações que o �lme obteve. Também variam conforme o gênero: aquele de um �lme de terror será mais obscuro e assustador, enquanto o de uma comédia romântica poderá apresentar o Primeir o exemp lo 01/12/2022 22:49 Curadoria https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=18241 12/30 Dessa forma, é possível observar que, de acordo com o gênero do �lme, a estética e a estratégia de divulgação do mesmo serão diferentes. Assim, podemos concluir que a natureza de cada recurso audiovisual determina a forma como ele será comercializado. casal principal da trama. Dessa forma, �camos cada vez mais interessados pelo �lme, o que nos leva a comprar um ingresso para vê-lo. São os recursos interativos, em que podemos “entrar no �lme”, por meio de certos materiais de divulgação presentes, por exemplo, no saguão das salas de cinema. No caso do lançamento de um �lme de super-herói, podemos ver instalações do tamanho da �gura humana, em 3D, que nos convidam a “chegar perto” do herói. Às vezes, é até possível tirar uma fotogra�a colocando seu próprio rosto “encaixado” no corpo da personagem. Com isso, o público pode se identi�car com o �lme e ter ainda mais desejo de comprar um ingresso para a próxima sessão. É a catalogação em serviços de streaming visando a um público-alvo. Quando vamos ver um �lme em família, é possível consultar a categoria “família”, que propõe �lmes adequados a todos os tipos de público. Assim, torna-se mais fácil escolher ao que assistir naquele momento. Segun do exemp lo Terceir o exemp lo 01/12/2022 22:49 Curadoria https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=18241 13/30 Assim como existe variação na divulgação de produtos audiovisuais de acordo com o gênero, os festivais de cinema também trazem suas demandas especí�cas. Para exempli�car, vamos pensar no caso do Festival Internacional de Cinema Fantástico de Porto Alegre (Fantaspoa), realizado anualmente, que oferece um panorama das principais obras de terror, horror, fantasia e suspense recentemente lançadas, funcionando como um veículo de difusão do cinema fantástico, sobretudo aquele realizado por cineastas estreantes e por �lmes de baixo orçamento, vindos de iniciativas independentes. No artigo “Intermidialidade e impureza em Black Mirror”, a pesquisadora Fernanda Cobo de Sousa (2018) investiga elementos estéticos e de linguagem cinematográ�ca de uma das séries de maior sucesso comercial da plataforma de streaming Net�ix, observando como os usos de diferentes formatos artísticos contribui para tornar complexa a narrativa trazida no episódio “San Junipero”, lançado em 2016. Acesse (https://sites.google.com/site/revimovi/edicoes- anteriores/edicao-atual?authuser=0) VOCÊ QUER LER? https://sites.google.com/site/revimovi/edicoes-anteriores/edicao-atual?authuser=0 01/12/2022 22:49 Curadoria https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=18241 14/30 Figura 3 - Festivais de cinema e o mercado cinematográfico Fonte: PureRadiancePhoto, Shutterstock, 2021. #PraCegoVer A fotografia apresenta uma entrada de um cinema em que, no letreiro luminoso, está escrito “Sundance Film Festival”, o nome de um dos mais tradicionais festivais cinematográficos do mundo. No caso desse festival, não faz sentido inscrever um �lme de comédia romântica que não apresenta nenhuma característica presente no gênero do terror. O �lme provavelmente não será aceito pela equipe curatorial do festival e, consequentemente, não obterá visibilidade. Isso demonstra a importância de se re�etir sobre os espaços de circulação comercial, como os festivais, e como eles se relacionam com os �lmes. 01/12/2022 22:49 Curadoria https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=18241 15/30 "Para um grande número de �lmes que não consegue chegar às salas de exibição, os lançamentos são feitos diretamente em DVD e com exibições exclusivas em Festivais. O cineasta Jurandir Oliveira conta que seu �lme O Quinze começou a ser pensado em 1995, foi �lmado em 2002 e chegou aos festivais em 2004, para ser lançado somente em 2007" (BARONE, 2008, p. 8). BARONE, J. G. Exibição, crise de público e outras questões do cinema brasileiro. Sessões do Imaginário, Porto Alegre, v. 13, n. 20, p. 6-11, dez. 2008. A partir do caso relatado, é possível observar questões relativas às di�culdades de lançamento de �lmes nos circuitos convencionais, como salas de exibição. Com relação ao papel dos festivais de cinema, analise as a�rmativas a seguir. I. São formas consolidadas de exibição e difusão de �lmes pelos mais diversos circuitos comerciais e artísticos. II. Por meio de premiações, eles podem favorecer a divulgação de �lmes. III. Favorecem �lmes de alto orçamento, o que impossibilita a exibição de produções independentes. IV. Filmes exibidos em festivais são bene�ciados pela repercussão midiática. V. No Brasil, ainda há pouca tradição de realização de festivais, inviabilizando a difusão de �lmes nesse tipo de circuito. Estão corretas as a�rmativas: a. I, III e V. (ATIVIDADE NÃO PONTUADA) TESTE SEUS CONHECIMENTOS 01/12/2022 22:49 Curadoria https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=18241 16/30 Dessa maneira, é também fundamental pensar na diferenciação de gêneros cinematográ�cos em sua relação com a curadoria antes de submeter �lmes a festivais, concursos ou mostras de cinema especí�cas, que apresentam recortes de gênero, dado que compreendemos, agora, a importância do gênero cinematográ�co para as estratégias comerciais presentes no mercado audiovisual. Assim, como podemos pensar o cinema como produto, é esperado que este último atinja êxito comercial. Logo, é preciso estar atento à diferenciação das estratégias de marketing no mercado cinematográ�co e na curadoria. b. I e V. c. I, II e V. d. I, II e IV. e. III e IV. VERIFICAR 1.2.2 Princípios de marketing e negócios no audiovisual Não apenas �lmes podem ser inscritos em festivais de cinema. Recentemente, videoclipes têm sido inseridos como uma nova categoria em diversos festivais, o que facilita sua circulação e permite uma maior divulgação de músicas e artistas. Um exemplo é o videoclipe Manifesto Preto, de Du Kiddy Artivista, dirigido pela cineasta Lygia Pereira, que foi selecionado para a 5ª Mostra de Cinema Negro de Mato Grosso. VOCÊ SABIA? 01/12/2022 22:49 Curadoria https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=18241 17/30 Vamos nos aproximar dos principais conhecimentos necessários para a difusão de um material audiovisual. Existem estratégias convencionais de apresentação do produto para o público, como a criação de um cartaz que apresente os principais elementos temáticos e as informações de crítica para atrair o público. Para a criação de um cartaz e�ciente, é preciso mobilizar conhecimentos de design, como o uso de imagens chamativas e a centralização do título do �lme em letras garrafais. É também possível criar um trailer para ser apresentado tanto na internet quanto em salas de cinema, sendo uma e�caz forma de propaganda que desperta nosso interesse para ver o �lme por inteiro. Assim, é preciso ter conhecimentos de montagem e marketing para oferecer um olhar sobre os pontos centrais do �lme, sem revelar spoilers (informações importantes da narrativa). O cinema normalmente direciona �lmes para a exibição em salas de cinema e em plataformas digitais, com certas técnicas especí�cas de divulgação. Por exemplo, é comum que os cineastas e o elenco divulguem os �lmes realizando sessões especiais, de pré-lançamento, em eventos abertos ao público. Figura 4 -Painel de divulgação de filme Fonte: Sarunyu L, Shutterstock, 2021. #PraCegoVer Painel interativo, do tamanho da figura humana, com a publicidade do filme Pantera Negra. Apresenta, ao centro, a personagem do super- herói, sobre o título do filme, e ao fundo as demais personagens centrais da narrativa. 01/12/2022 22:49 Curadoria https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=18241 18/30 É também possível criar um trailer para ser apresentado tanto na internet quanto em salas de cinema, sendo uma e�caz forma de propaganda que desperta nosso interesse para ver o �lme por inteiro. Assim, é preciso ter conhecimentos de montagem e marketing para oferecer um olhar sobre os pontos centrais do �lme, sem revelar spoilers (informações importantes da narrativa). O cinema normalmente direciona �lmes para a exibição em salas de cinema e em plataformas digitais, com certas técnicas especí�cas de divulgação. Por exemplo, é comum que os cineastas e o elenco divulguem os �lmes realizando sessões especiais, de pré-lançamento, em eventos abertos ao público. Esse tipo de evento envolve grandes estratégias de marketing, pois o �lme é exibido em uma sessão “exclusiva” com a presença dos realizadores e de atores famosos, o que gera grande repercussão na mídia. Por meio de comentários, críticas, resenhas e indicações, tais sessões especiais promovem ainda mais a difusão do �lme após seu lançamento o�cial. Assim, utilizando-se do “poder de in�uência” dos realizadores e do elenco, o público é motivado a comprar ingressos para ver o �lme e compartilhar suas impressões entre amigos e nas redes sociais. Além das formas convencionais de promoção de objetos audiovisuais, como vimos, existem algumas formas alternativas de divulgação e captação de recursos. Elas são muito usadas pelo cinema independente, isto é, aqueles �lmes realizados sem o apoio de grandes empresas, com um menor orçamento, tendo possibilidade de circulação mais reduzidas. Para atingir o maior número possível de público, algumas produtoras e equipes de cinema independente fazem uso do crowdfunding. Em 2021, Babenco – Alguém Tem que Ouvir o Coração e Dizer: Parou, dirigido por Bárbara Paz, foi selecionado para representar o Brasil nas categorias Melhor Filme Internacional e Melhor Documentário no Oscar, uma das cerimônias de premiação de cinema mais tradicionais do mundo. Para realizar sua campanha para a premiação, o �lme iniciou um �nanciamento coletivo divulgado na internet. Em poucos meses, a meta de arrecadação de R$ 200.000,00 foi superada. VOCÊ SABIA? 01/12/2022 22:49 Curadoria https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=18241 19/30 Vimos, portanto, que existem diversas maneiras de comercializar um �lme, que envolvem desde as estratégias mais convencionais até as formas alternativas e inovadoras de cativar o público. Assim, podemos perceber a importância dos conhecimentos de marketing para o mercado cinematográ�co contemporâneo. O crowdfunding, que pode ser traduzido como “�nanciamento coletivo”, é uma maneira de captar recursos para produzir, �nalizar ou distribuir um �lme, que envolve o próprio público e é conduzida principalmente por divulgação em redes sociais. Nele, a equipe de produção pede doações do público e em troca oferece recompensas e outras formas de reconhecimento. Para tanto, é preciso desenvolver uma boa publicidade, realizar um extenso trabalho de divulgação da campanha com vídeos promocionais para atrair atenção e apresentar o projeto de �lme para o público, utilizando recursos como uma boa retórica e marketing. Dessa forma, o público pode se engajar na realização do �lme, o que favorece as iniciativas independentes e o trabalho de pro�ssionais do audiovisual iniciantes. 01/12/2022 22:49 Curadoria https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=18241 20/30 1.3 Cinema e outras artes Vamos aprofundar nossos conhecimentos sobre estratégias de marketing e sua relação com os gêneros cinematográ�cos? Realize uma pesquisa on-line a respeito de uma série de televisão ou exibida em uma plataforma de streaming. Examine um dos episódios da série e identi�que a qual gênero cinematográ�co ela pode ser associada. Justi�que suas re�exões a partir dos elementos estéticos que formam a base de tal gênero. Observe, então, a relação entre o gênero cinematográ�co e as estratégias utilizadas para difundir e apresentar esta série para o público, tais como estilo do cartaz, elementos temáticos e sonoros presentes no trailer e demais campanhas de divulgação. Não se esqueça de compartilhar suas descobertas com o fórum da disciplina. VAMOS PRATICAR? 01/12/2022 22:49 Curadoria https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=18241 21/30 Para aprofundar nossa aproximação com o mundo do mercado cinematográ�co, é preciso considerar uma característica fundamental do cinema: sua relação com as outras formas artísticas. Isso porque, como veremos no tópico a seguir, as outras artes podem impactar ou determinar a forma como um produto audiovisual será comercializado. Figura 5 - Diversidade de conexões entre obras artísticas Fonte: Zastolskiy Victor, Shutterstock, 2021. #PraCegoVer A imagem apresenta um livro aberto em que uma das páginas é substituída por cortinas de teatro, simbolizando a relação entre literatura e artes do espetáculo. Um dos exemplos mais signi�cativos do contato entre o cinema e outras artes é o caso da literatura. André Bazin, ao escrever o que se tornou uma das obras mais fundamentais da teoria do cinema, a coletânea de ensaios O Cinema, dedicou-se extensivamente a compreender essa relação entre livro e �lme. Um de seus mais célebres estudos recai sobre o �lme Diário de um Pároco de Aldeia, dirigido pelo cineasta francês Robert Bresson e lançado em 1951, e o livro homônimo, escrito em 1936 por Georges Bernanos, que o origina. Vejamos o que Bazin (1991, p. 122) conclui: 01/12/2022 22:49 Curadoria https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=18241 22/30 [...] Esta contradição não existe entre o romance e o cinema. Não somente ambos são artes do relato e, portanto, do tempo, mas não é sequer possível afirmar que a imagem cinematográfica é inferior em sua essência à imagem evocada pela escritura. É mais provável que seja o contrário. Mas a questão não é essa. Basta que o romancista, como o cineasta, tenda à sugestão do desenrolar de um mundo real. Colocadas essas similitudes essenciais, a pretensão de escrever um romance em cinema não é absurda. O , porém, vem nos revelar que é ainda mais frutuoso especular sobre suas diferenças do que sobre seus pontos comuns, de acusar a existência do romance pelo filme que o dissolver nele. Seria a priori “Journal d'un curé de campagne” 01/12/2022 22:49 Curadoria https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=18241 23/30 É correto a�rmar, portanto, que Bazin não hierarquiza obras: para o autor, o cinema não é “melhor” que o livro e vice-versa. O autor não busca avaliar a qualidade de um �lme a partir de sua �dedignidade com o livro, como acontece entre certos setores da crítica cinematográ�ca. Na verdade, Bazin busca observar quais são as novidades, as interpretações e as perspectivas que os diferentes meios podem trazer a respeito de uma história. Isso signi�ca que podemos pensar tais relações entre as obras de arte de forma harmônica, buscando compreender a riqueza que surge do diálogo entre cada meio artístico. Se trouxermos essa questão para os dias de hoje, um dos fenômenos mais populares de adaptação literária para o cinema é Crepúsculo, história original escrita pela romancista Stephenie Meyer. Seus livros foram adaptados para cinco pouco dizer, da obra em segundo grau que surge daí, que ela é por essência "fiel" ao original, já que em princípio ela é o romance. Ela é sobretudo, não sem dúvida, "melhor" (tal juízo não teria sentido), porém, efetivamente "mais" que o livro. O prazer estético que se pode sentir com o filme de Bresson, se o mérito cabe evidentemente, no essencial, à genialidade de Bernanos, contém tudo oque o romance podia oferecer e, além disso, sua refração no cinema. 01/12/2022 22:49 Curadoria https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=18241 24/30 �lmes, lançados de 2008 a 2012, os quais conquistaram grandes números de bilheteria e geraram uma variedade incrível de merchandising, desde brinquedos e materiais escolares até CDs, roupas e objetos colecionáveis. Assim, existe um universo de possibilidades a serem exploradas quando o cinema cria conexões com outras formas artísticas. Vamos conhecer um pouco mais sobre elas. O cinema é uma arte que engloba diversas outras. Como vimos, no caso de um livro adaptado de uma obra da literatura, por exemplo, esse tipo de “mistura” é evidente. Mas você já parou para pensar como esse fenômeno desencadeia estratégias especí�cas de escoamento e venda de produtos relacionados ao �lme? Vejamos alguns exemplos: 1.3.1 Como o mercado audiovisual se relaciona com as demais expressões artísticas Você conhece O Fantasma da Ópera? Escrito pelo romancista francês Gaston Leroux em 1909, já foi adaptado para tantos formatos diferentes que é até impressionante. Na narrativa, uma cantora de ópera chamada Christine é assombrada pela �gura de um fantasma, um homem mascarado que vive no subterrâneo de uma ópera em Paris, isolado da sociedade. Há registros de que O Fantasma da Ópera foi adaptado para o cinema em ao menos seis diferentes �lmes, tais como a versão de 1925, dirigido por Rupert Julian, estrelando um famoso ator do cinema silencioso, Lon Chaney, e, mais recentemente, The Phantom of the Opera (2004), com direção de Joel Schumacher. Além disso, foi retratado em diversas pinturas, reeditado como livro inúmeras vezes e é um dos teatros musicais mais famosos da história, com recordes de bilheteria inigualáveis. Essa obra é, portanto, um claro exemplo de como o cinema pode se alimentar de contribuições de outras artes, ganhando novas dimensões, o que contribui para a nossa apreciação de histórias cativantes. ESTUDO DE CASO 01/12/2022 22:49 Curadoria https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=18241 25/30 Você já se deparou com esse tipo de merchandising? Você coleciona algum item derivado de algum �lme? Tais estratégias de comercialização são tão e�cazes que é possível observá-las até mesmo em nosso cotidiano. No lançamento de um �lme, salas de cinema podem vender “combos” especiais, ofertando potes de pipoca ou copos de refrigerante com a iconogra�a dos �lmes. Quando a trilha sonora de um �lme obtém grande sucesso, ela pode ser transformada em um CD, a ser vendido separadamente. O cartaz de um �lme pode ser vendido como pôster colecionável. Filmes voltados para o público infantil podem ter seus personagens transformados em brinquedos, vendidos em lojas ou até mesmo como brindes em redes de fast-food. Filmes originados de livros costumam ter tanto sucesso que é possível acontecer de essas obras serem reeditadas e publicadas com os mesmos cartazes dos longas- metragens. Roupas são um dos principais itens de merchandising disponíveis, sendo viável estampar camisetas com elementos que remetam a um �lme. Um �lme de grande sucesso comercial pode ser depois transformado em um musical ou em uma peça de teatro. 01/12/2022 22:49 Curadoria https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=18241 26/30 Figura 6 - Merchandising e cinema Fonte: Barry Barnes, Shutterstock, 2021. #PraCegoVer A fotografia apresenta as prateleiras de uma loja em que há uma vasta oferta de cadernos, livros, canetas coloridas e bonecas com personagens derivadas de um filme infantil que obteve grande sucesso comercial. Além disso, o cinema oferece possibilidades de merchandising e implica parcerias comerciais especí�cas que reúnem diferentes áreas da produção cultural, como editoras, companhias teatrais, estúdios de música etc. Isso demonstra como a relação entre o cinema e o mundo dos negócios é lucrativa para investidores, ao mesmo tempo em que permite que o público leve para casa um “pedacinho” daquele �lme que tanto emociona. Assim, pensar o cinema como articulador de outras expressões artísticas expande nossos horizontes para oportunidades de negócios inovadoras e complexas, integradas às demandas de consumo da sociedade atual. 01/12/2022 22:49 Curadoria https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=18241 27/30 Concluímos esta unidade sobre a curadoria no audiovisual, tendo re�etido sobre as potencialidades do cinema como manifestação artística que está inserida em uma dinâmica de mercado. Você se aproximou das estratégias mercadológicas que estão em funcionamento na relação entre cinema e público, com as questões de marketing, tecnologia, publicidade e produção, que in�uenciam a forma como consumimos um produto audiovisual. Vimos também as possibilidades de comercialização do �lme nos dias de hoje, o que nos permite escolher entre desfrutar do cinema do conforto das nossas próprias casas por meio de plataformas de streaming ou comprando ingressos para uma sessão exibida em uma sala de cinema de um shopping center, CONCLUSÃO Re�ita sobre as conexões entre cinema e demais artes realizando uma pesquisa sobre algum �lme adaptado de uma obra literária. Explicite de que forma o �lme se apropria da narrativa literária. Busque responder aos seguintes questionamentos: o �lme mantém os aspectos principais do livro ou produz alterações? É uma adaptação livre ou é �el à obra original? Como essas modi�cações contribuem para o surgimento de novas perspectivas sobre a história? Compartilhe suas descobertas no fórum da disciplina. VAMOS PRATICAR? 01/12/2022 22:49 Curadoria https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=18241 28/30 aproveitando da experiência de ver o �lme em uma tela grande. Além disso, observamos como podemos nos aproximar do �lme e de seus personagens por meio de materiais de divulgação que aumentam nosso interesse pelo �lme e nos motivam a comprar um ingresso para uma sessão de cinema. Nesta unidade, você teve a oportunidade de: entender o cinema como produto; estudar diferentes concepções sobre o cinema ao longo da história; re�etir sobre as diferentes estratégias de marketing conforme a natureza do produto audiovisual; pensar sobre a relação entre gêneros cinematográ�cos e a comercialização de �lmes; compreender a importância de um pro�ssional de curadoria no audiovisual; analisar as possibilidades de merchandising presentes nas áreas artísticas correlatas ao cinema. Clique para baixar conteúdo deste tema. ALVES, B. M. Trilha sonora: o cinema e seus sons. Revista Novos Olhares, São Paulo, v. 1, n. 2, p. 90-95, 2012. Referências 01/12/2022 22:49 Curadoria https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=18241 29/30 AUMONT, J.; MARIE, M. Dicionário teórico e crítico de cinema. Campinas: Papirus, 2010. BABENCO - Alguém tem que ouvir o coração e dizer: parou. Direção: Bárbara Paz. Produção: Canal Brasil. São Paulo: Imovision, 2019. DVD (75 min). BARONE, J. G. Exibição, crise de público e outras questões do cinema brasileiro. Sessões do Imaginário, Porto Alegre, v. 13, n. 20, p. 6-11, dez. 2008. BAZIN, A. O cinema: ensaios. São Paulo: Brasiliense, 1991. BERNANOS, G. Diário de um pároco de aldeia. Lisboa: É Realizações, 2011 [1936]. CIDADÃO Kane. Direção: Orson Welles. Produção: RKO Radio Pictures. Los Angeles: RKO Radio Pictures, 1941. 35 mm (120 min). CREPÚSCULO. Direção: Catherine Hardwicke. Produção: Summit Entertainment. Earth City: Summit Distribution, 2008, DVD (120 min). DIÁRIO de um pároco de aldeia. Direção: Robert Bresson. Produção: Union Générale Cinématographique. Paris: L'Alliance Générale de Distribution Cinématographique, 1951, 35 mm (115 min). LEROUX, G. O fantasma da ópera. Rio de Janeiro: Zahar, 2019 [1909]. JANGROSSI, V. Fechamentos narrativos (melo)dramáticos por meio da repetição musical. Revista Movimento, São Paulo, n. 14, p. 97-113, mar. 2020. MANIFESTO Preto. Artista: Du Kiddy Artivista. Direção: Lygia Pereira. São Paulo, 2019, digital (4 min). MEYER, S. Crepúsculo. São Paulo:Gailivro, 2008. O FANTASMA da ópera. Direção: Joel Schumacher. Produção: Warner Bros. Burbank: Warner Bros., 2004. DVD (143 min). O FANTASMA da ópera. Direção: Rupert Julian. Produção: Universal Pictures. Los Angeles: Universal Studios, 1925. 35 mm (93 min). REINALDIM, I. Tópicos sobre curadoria. In: MATESCO, V. (ed.). Poiésis. 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