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Fé e Sacramento: Confiança em Deus


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3. Alguns são gravemente tentados acerca da fé nesse Sacramento; 
mas isso não se deve imputar a eles, senão ao inimigo. Não te 
importes, nem disputes com teus próprios pensamentos, nem 
respondas às dúvidas que o demônio te sugere, mas crê nas 
palavras de Deus, crê nos seus santos e profetas, e fugirá de ti o 
malvado inimigo. Muitas vezes é de grande proveito ao servo de 
Deus passar por tais provações, porque o demônio não tenta aos 
infiéis e pecadores, que já tem seguros: aos fiéis devotos, porém, 
ele tenta e molesta de vários modos. 
4. Persevera, pois, na fé, firme e simples, e chega-te ao Sacramento 
com profunda reverência. E quanto ao que não podes 
compreender, encomenda-o tranqüilamente a Deus onipotente. 
Deus não te engana; mas se engana quem demasiadamente 
confia em si mesmo. Deus anda com os simples, revela-se aos 
humildes, dá inteligência aos pequenos, abre o sentido às almas 
puras e esconde sua graça aos curiosos e soberbos. A razão 
humana é fraca e pode enganar-se, mas a fé verdadeira não se 
pode enganar. 
5. Toda razão e pesquisa natural deve seguir a fé, não precedê-la, 
nem enfraquecê-la, porque a fé e o amor aqui dominam e operam 
ocultamente nesse santíssimo e diviníssimo Sacramento. "Deus 
eterno, imenso e infinitamente poderoso faz coisas grandes e 
incompreensíveis no céu e na terra" (Jó 5,9), e ninguém pode 
penetrar as maravilhas de suas obras. Se fossem tais as obras de 
Deus, que facilmente as compreendesse a razão humana, não 
deveriam ser chamadas maravilhosas, nem inefáveis.

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