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interacoes medicamentosas

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Farmacologia 
Caso SI 2 
1. Explique os tipos de interação medicamentosa 
Introdução 
Interação medicamentosa é o fenômeno farmacológico onde 
os efeitos de um fármaco podem ser modificados 
(aumentados, diminuídos ou serem produzidos efeitos 
adversos) pela administração simultânea ou anterior a de 
outro fármaco, alimento ou suplemento. Interações 
medicamentosas podem ser boas ou não para o organismo, 
sendo que algumas podem levar até à morte do paciente. 
Por esse motivo, elas devem ser analisadas individualmente 
para se avaliar a relação risco-benefício ao paciente. 
*Em casos de superdosagem, por exemplo, é necessária uma 
neutralização de determinado fármaco, então o médico pode se 
utilizar de uma interação para promover isso. 
As interações mais comuns acontecem em pacientes que 
usam medicamentos contínuos, sendo que quanto mais 
medicamentos, maior a chance de existirem interações. 
Quanto a interação, é importante conhecer as drogas 
envolvidas, o mecanismo de interação, o efeito resultante e 
a severidade clínica. É importante levar em conta os fatores 
ligados ao paciente e os fatores ligados ao fármaco. 
É comum classificar as interações de acordo com a sua 
severidade. A baixa se refere a consequências clínicas 
limitadas, o que não exige mudança na terapia. A moderada 
requer mudança nas dosagens ou monitoramento da 
toxicidade. Por fim, a severa deve ser evitada sempre que 
possível pois sua toxicidade é importante. 
As interações podem ser divididas em três grupos: 
farmacêuticas, farmacocinéticas ou farmacodinâmicas. 
Interações Farmacêuticas 
Também chamadas de incompatibilidades medicamentosas, 
são interações que acontecem antes da administração dos 
medicamentos ou antes deles serem absorvidos pelo 
organismo, isto é, antes de ser iniciada a farmacocinética 
deles. 
Geralmente acontecem interações físico-químicas entre as 
substâncias que podem diminuir a atividade ou até mesmo 
inativar um fármaco graças a formação de novos compostos 
que podem ser derivados não absorvíveis pelo organismo, 
derivados inócuos ou tóxicos. É comum acontecerem 
alterações organolépticas, que correspondem a mudança de 
cor, consistência, ocorrência de turvação ou precipitação. 
Interações Farmacocinéticas 
São interações que podem acontecer em qualquer etapa da 
farmacocinética, na absorção, distribuição, metabolismo ou 
excreção. As principais interações desse tipo envolvem a 
absorção e o metabolismo. Em geral, essas interações 
podem afetar o momento de início do efeito da ação, o pico 
de efeito, alteração da duração e intensidade do efeito. 
Absorção 
As interações que interferem na absorção podem fazer isso 
por quatro formas, ou pela formação de substâncias 
insolúveis/ não-absorvíveis, pela alteração do pH 
gastrointestinal, por alteração na motilidade intestinal ou na 
microbiota gastrointestinal. 
A formação de substâncias não-absorvíveis obviamente 
reduz a biodisponibilidade do fármaco, a alteração do pH 
fisiológico gastrointestinal altera a absorção de drogas ácidas 
no estômago e básicas no intestino. Quando a alteração da 
motilidade intestinal provoca um aumento dela se terá uma 
menor absorção dos fármacos sendo o contrário verdadeiro 
também. Por fim, a microbiota gastrointestinal é importante 
para uma primeira metabolização de alguns fármacos, o que 
facilita a absorção deles, com isso, alterações nela prejudicam 
a absorção de fármacos. 
Distribuição 
As alterações na distribuição são provocadas por vários 
fatores, como alterações no fluxo sanguíneo para 
determinados tecidos e a ligação com proteínas plasmáticas, 
onde acontecerá uma competição por essas proteínas. 
Quando a competição acontece entre medicamentos que 
.
se ligam muito a proteínas, provavelmente acontecerão 
efeitos adversos pois eles estarão livres na corrente 
sanguínea em uma quantidade superior a ideal. 
Metabolismo 
A principal alteração que uma interação medicamentosa 
pode provocar nessa etapa é a indução ou inibição 
enzimática, o que vai afetar diretamente na metabolização 
dos fármacos. 
Excreção 
As duas alterações provocados por interações que 
interferem na excreção são a competição pelo processo de 
secreção tubular e a alteração na reabsorção tubular graças 
a acidificação ou alcalinização da urina. Medicamentos que 
interfiram na intensidade de excreção renal também 
promovem alterações nessa etapa. 
Em qualquer etapa 
Qualquer substância que se liguem a proteínas de transporte, 
em qualquer etapa da farmacocinética, vai alterar a 
farmacocinética de outras substâncias. 
Interações Farmacodinâmicas 
As interações farmacodinâmicas são aquelas onde a 
interação de dois fármacos vai alterar o efeito farmacológico 
deles. As alterações podem ser do tipo sinergismo ou 
antagonismo. 
O sinergismo é quando dois fármacos de efeitos 
semelhantes vão ter um efeito farmacológico aumentado 
quando juntos. Esse aumento, pode ser de dois tipos, ou uma 
soma dos efeitos dos fármacos que, quando associados, 
promovem uma terapêutica mais eficaz, ou uma 
potencialização do efeito final deles, geralmente acontece 
em fármacos com efeitos semelhantes. 
Quando se usa dois fármacos de efeitos opostos acontece 
uma interação que leva a diminuição (ou a anulação) dos 
efeitos desses fármacos, interação essa que recebe o nome 
de antagonismo. O antagonismo se apresenta de diversas 
formas, como o competitivo, o parcial, o irreversível e o 
fisiológico. 
O antagonismo competitivo acontece quando o antagonista 
compete com o agonista por um receptor, o que vai formar 
um complexo inativo. Quando se aumenta a quantidade do 
agonista, o bloqueio é desfeito. 
O antagonismo irreversível, ou não competitivo, acontece 
quando não é possível desfazer o bloqueio gerado mesmo 
aumentando a concentração de agonista. Os antagonistas 
aqui geralmente se ligam em sítios diferentes dos quais os 
agonistas se ligam no receptor, porém vão alterar o receptor 
e interferir, consequentemente, na ligação do agonista. 
Interações com Alimentos e Plantas 
Os alimentos podem alterar a biodisponibilidade e outros 
parâmetros farmacocinéticos de medicamentos. 
Medicamentos como inibidores de protease tem sua 
absorção aumentada na presença de alimentos, por outro 
lado, o sulfato ferroso tem sua absorção diminuída na 
presença de alimentos. 
É cultural para algumas populações o uso de plantas 
medicinais, porém, seu uso junto de medicamentos pode 
alterar a farmacocinética ou a farmacodinâmica dos fármacos 
e prejudicar a terapêutica. Plantas com efeitos laxantes e 
diuréticos, assim como a malva que é rica em mucilagem, 
diminuem a absorção de medicamentos. A erva de São João 
é um importante indutor de CYPs, com isso interfere 
diretamente na biotransformação de diversos medicamentos. 
2. Identificar as vias de administração, princípio ativo, forma 
farmacêutica, grupo farmacológico e mecanismo de ação do 
sulfato ferroso e do gastrol. Explique a interação 
medicamentosa entre esses dois medicamentos e o leite. 
Sulfato Ferroso 
●Vias de Administração: Oral 
●Princípio Ativo: Sulfato Ferroso 
●Forma Farmacêutica: Solução oral e comprimido revestido 
●Grupo Farmacológico: O sulfato ferroso é considerado um 
suplemento vitamínico. 
●Mecanismo de Ação: Este sal é considerado terapêutica 
padrão para correção da anemia ferropriva. Após 
administração oral, o pico de concentração plasmática de 
ferro é atingido em cerca de duas horas. A forma de 
comprimido apresenta revestimento gastrorresistente, 
sendo o composto ativo liberado a partir do duodeno. Os 
eritrócitos em formação incorporam o ferro ligado ao núcleo 
heme da molécula de hemoglobina. 
Gastrol 
●Vias de Administração: Oral 
●Princípios Ativos: Hidróxido de Magnésio, Carbonato de 
Cálcio e Hidróxido de Alumínio 
●Forma Farmacêutica: Pó efervescente, pastilha e 
suspensão 
●Grupo Farmacológico: Os três princípios ativos fazem parte 
do grupo dos antiácidos 
.
●Mecanismo de Ação: O hidróxido de magnésio possui 
excelente capacidade de neutralização e o íon de magnésio 
é dificilmenteabsorvido. Os sais de magnésio promovem um 
efeito laxativo que contrabalança a tendência do hidróxido de 
alumínio causar constipação. 
O carbonato de cálcio forma cloreto de cálcio quando entra 
em contato com o ácido clorídrico no estômago, depois 
reage com o bicarbonato de sódio no tubo intestinal 
formando o carbonato de cálcio novamente. 
Por fim, o hidróxido de alumínio não é absorvido e não 
provoca alcalose sistêmica. Ele reage com o ácido clorídrico 
do estômago, neutralizando-o e formando o cloreto de 
alumínio, o qual reage com as secreções alcalinas do 
intestino, produzindo sais básicos de alumínio. Além disso, 
esse PA tem a capacidade de inativar a pepsina do suco 
gástrico. 
Interações 
O sulfato ferroso é um medicamento de caráter ácido, dessa 
forma, é melhor absorvido no estômago onde o pH do meio 
é ácido. Medicamentos como o gastrol e alimentos como o 
leite aumentam o pH estomacal, tornando ele bem menos 
ácido do que o normal. Dessa forma, a administração 
simultânea de antiácidos (sejam eles medicamentos ou 
alimentos) e sulfato ferroso promove um prejuízo da 
absorção dessa segunda substância. 
A interação que acontece entre as substâncias antiácidas e 
o sulfato ferroso é do tipo interação farmacocinética, onde 
há uma alteração na absorção de uma das substâncias por 
mudança no pH do meio.

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