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Prematuridade: principais dúvidas

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Prematuridade: principais dúvidas sobre o tema
4 minutos para ler
O que é? Causas? É possível prevenir? Essas e outras informações foram explicadas por Romy
Schmidt Brock Zacharias, coordenadora médica da equipe de Neonatologia do Hospital Israelita Albert
Einstein. Confira!
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Você sabia que todo 17 de novembro é comemorado o Dia Mundial da Prematuridade? A data tem como
finalidade chamar a atenção para os problemas e cuidados necessários com esses bebês e suas
famílias.
E não é para menos: o número de nascimentos prematuros é preocupante. Segundo a ONG
Prematuridade, cerca de 10% dos nascimentos são de bebês prematuros no mundo todo. No Brasil, o
caso é ainda mais grave: essa média sobe para 12%. São cerca de 340 milhões de nascimentos
prematuros todos os anos, o que corresponde a seis bebês a cada 10 minutos.
O que significa o termo prematuro?
É considerado prematuro — também chamado de recém-nascido pré-termo — todo bebê que nasce
antes da 37ª semana de gestação.
Quais os principais fatores de risco que podem levar uma
mulher a ter um parto prematuro?
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Fatores genéticos, anatômicos, uterinos, infecciosos, entre muitos outros. Um exemplo são as alterações
da placenta causadas por problemas como a hipertensão arterial crônica materna.
Outro fator é a incompetência istmo-cervical, que provoca a dilatação precoce do colo do útero, que não
suporta o peso do bebê com o avanço da gestação. Outra causa é a gestação de múltiplos, talvez o fator
mais conhecido.
É possível prevenir o parto prematuro?
Isso é possível a depender da causa. Por isso o pré-natal é tão importante: é com base nesse
acompanhamento que o obstetra consegue detectar alterações precocemente e sugerir as intervenções
necessárias.
Quais são os sinais que alertam para um trabalho de parto
prematuro?
É preciso ficar alerta na presença de contrações uterinas ritmadas e dolorosas, perda de líquido ou
sangramento vaginal. A recomendação é de sempre entrar em contato com o seu médico na presença
desses ou de qualquer sintoma diferente do habitual.
Em geral, quem tem parto prematuro em uma gestação terá
também nas outras?
Depende muito do motivo, porém se a causa for a incompetência istmo-cervical, há sim a chance de ter
outro parto prematuro na próxima gestação.
Quais os principais problemas de saúde que podem acometer o
bebê prematuro?
São problemas que geralmente estão relacionados à imaturidade de seus órgãos e funções que ainda
não estavam preparados para a vida fora do útero, como acontece com os pulmões e o sistema
neurológico.
Quais são os exames indispensáveis para o bebê que nasce
prematuro?
Depende muito do grau de prematuridade. O bebê passa por uma série de exames no decorrer desses
primeiros meses, incluindo a necessidade de se acompanhar algumas doenças específicas, como é o
caso da retinopatia da prematuridade, que pode levar a problemas visuais graves, inclusive a cegueira,
quando não diagnosticada.
Quando o prematuro geralmente tem alta?
Geralmente quando atinge a idade gestacional corrigida do termo, ou seja entre 37- 40 semanas,
aproximadamente. Assim, um bebê de 28 semanas vai permanecer internado por volta de 9 a 12
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semanas. É importante salientar que, para receber alta, ele deve estar apto a alimentar-se
adequadamente por via oral, ter um bom ganho de peso diário, manter a temperatura corpórea sem
auxílio de incubadora e respirar adequadamente sem necessidade de oxigênio.
A vacinação é diferente em casos de prematuridade?
Sim, um pouco diferente. Existe a recomendação de fazer a vacinação da hepatite B logo após o
nascimento — e por isso pode receber uma dose a mais dessa vacina na evolução.
Além do calendário oficial, é recomendada a administração de imunoglobulina específica (que são
anticorpos) contra o vírus sincicial respiratório para prematuros que nasceram com menos de 28
semanas.
A alimentação do prematuro é diferenciada?
A nutrição adequada é importantíssima para o bebê prematuro, sendo o leite materno fundamental para
a boa evolução. Em recém-nascidos prematuros com necessidades nutricionais especiais, pode-se
colocar um aditivo no leite materno a fim de garantir a oferta adequada de todos os nutrientes.
Para mais conteúdos sobre gravidez, navegue pelo blog do Vida Saudável.
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