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COORDENADAS GEOGRÁFICAS

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5
COORDENADAS GEOGRÁFICAS E UTM
APRESENTANDO A AULA
Vimos, na aula anterior, que o globo terrestre possui 
linhas imaginárias traçadas as quais foram nomeadas de 
paralelos e meridianos, que são utilizadas como referência 
para facilitar a localização de qualquer lugar sobre a 
superfície da Terra, criando uma rede geográfi ca com a 
qual podemos determinar a latitude e a longitude para 
um determinado ponto da superfície terrestre, ou seja, as 
Coordenadas Geográfi cas.
Nesta aula, vamos entender melhor como se compõem 
as coordenadas Geográfi cas e como proceder para gerar 
uma coordenada métrica UTM utilizada em mapas para 
aplicações locais e não globais.
DEFININDO OBJETIVOS
Ao fi nal desta Aula, você deverá:
identifi car as principais bases conceituais para 
geração dos sistemas de coordenadas;
diferenciar as superfícies de projeção;
distinguir os sistemas de coordenadas;
compreender como são geradas as coordenadas 
UTM;
diferenciar coordenadas UTM e Geográfi cas.
6
CARTOGRAFIA AMBIENTAL
DESENVOLVENDO O CONTEÚDO 
A localização de um lugar é defi nida pelas coordenadas geográfi cas 
(latitude e longitude) e pela altitude. Sua posição está ligada ao conjunto de 
relações que foram estabelecidas entre esse lugar e os outros lugares, dentro 
do espaço geográfi co. A fi m de obtermos a localização de um objeto ou lugar, 
devemos levar em consideração a superfície da Terra para a representação em 
plantas, cartas ou mapas.
Para representar os pontos sobre a superfície terrestre, faz-se necessário 
um sistema de coordenadas, conforme vimos na aula anterior. Em Cartografi a, 
são trabalhados, basicamente, três sistemas de Coordenadas: Coordenadas 
Geodésicas, Cartesianas e Plano-Retangulares. Com o fi m de entender melhor 
esses sistemas, precisamos, inicialmente, compreender como é projetada uma 
região do globo, que possui uma curvatura, sobre uma superfície plana, que é 
o mapa.
Podemos obter a localização, em termos globais, levando em consideração 
a curvatura da Terra ou nos utilizando de artifícios, com o objetivo de planifi car 
a região de interesse. Para tanto, o homem desenvolveu artifícios cartográfi cos 
denominados de projeções cartográfi cas, as quais representam a superfície 
da Terra com certas deformações. Existem sistemas que representam a área 
com a mesma proporção/grandeza, outras que conservam a forma da área, 
outras que mantém o comprimento em certas direções (NOGUEIRA, 2009). 
É importante ressaltar que não é possível conservar todas as características 
da área em representação, pontuando assim as propriedades das projeções 
cartográfi cas: conformidade, equivalência e equidistância. Veremos adiante 
estas propriedades com mais detalhes.
Outro conceito importante diz respeito à superfície de projeção que serve 
como superfície “intermediária” para “projetar” a região de interesse sobre um 
plano, um cilindro ou um cone (Figura 1).
7
COORDENADAS GEOGRÁFICAS E UTM
Fo
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Fig. 01 - Superfícies de projeção: plano, cilíndrica e cônica
A partir das projeções, temos certos aspectos que as classifi cam em 
relação à superfície de projeção como normal, transversa ou oblíqua. A 
projeção classifi cada como normal signifi ca que o plano de projeção do mapa 
é perpendicular ao eixo de rotação da Terra, com ponto de tangencia no polo; 
o aspecto transverso tem relação como o plano perpendicular ao plano do 
Equador; e o aspecto oblíquo acontece quando o plano de projeção não é nem 
perpendicular ao eixo da Terra nem perpendicular ao plano do Equador, sendo, 
neste caso, chamado azimutal (Figura 1). 
Vamos entender melhor estes conceitos que são apresentados a você e 
como aplicá-los na confecção de mapas.
Sistemas de Coordenadas Geográfi cas
Como vimos na aula 4, através da latitude e longitude podemos posicionar 
qualquer objeto utilizando um elipsoide de referência. As coordenadas localizam, 
de forma direta, qualquer ponto sobre a superfície terrestre, bastando que se 
forneça o hemisfério em que se localiza (norte/sul e leste/oeste). 
Com o uso dos paralelos e meridianos, podemos atribuir uma latitude e 
uma longitude para um determinado ponto da superfície terrestre, obtendo 
assim as suas Coordenadas Geográfi cas, utilizando graus, minutos e segundos. 
Os meridianos medem a que distância um local está a leste ou oeste do meridiano 
principal e os paralelos medem a que distância um local está ao norte ou ao sul 
da linha do Equador.
8
CARTOGRAFIA AMBIENTAL
Fig. 02 – Globo Terrestre com a visualização 
das grades de latitude e longitude
Fo
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Vamos pegar como exemplo um ponto coletado na praia de Ponta Negra, 
próximo ao morro do careca na cidade de Natal-RN. Ele terá uma coordenada 
geográfi ca com latitude (λ) = 54º30’50” W e longitude (ϕ)= 5º40’40” S.
Fig. 03 – Indicação Geográfi ca da Praia de Ponta Negra
Fo
nt
e:
 G
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e 
Ea
rt
h
Com essas coordenadas em mãos, entendemos que esse ponto se localiza a 
oeste do meridiano de Greenwich (W – oeste) e está abaixo da linha do Equador 
(S – ao sul). Existem ainda outras formas de escrever a mesma coordenada com 
grau decimalizado como na forma abaixo:
latitude (λ) = -54,52334434 e longitude (ϕ)= - 5,634343434.
9
COORDENADAS GEOGRÁFICAS E UTM
Sistema de Coordenadas Cartesianas
O sistema de Coordenadas Cartesianas (x, y e z), também chamado Plano 
Cartesiano foi criado em 1637, pelo matemático francês René Descartes, com 
o objetivo de localizar pontos. É formado por dois eixos perpendiculares: 
um horizontal e outro vertical que se cruzam na origem das coordenadas 
(geralmente 0,0) podendo-se adicionar ainda um eixo z que equivale a altitude. 
O eixo horizontal é chamado de abscissa (x) e o vertical de ordenada (y). Assim, 
as coordenadas cartesianas são representadas pelos pares ordenados no plano 
(x; y) ou no espaço (x; y; z). 
Fonte: <http://oblogdaciencia.blogspot.com.br/2012/10/rene-descartes.html>.
Sistema de Coordenadas Plano-Retangulares
No sistema de coordenadas plano-retangulares as posições dos pontos 
situados na superfície terrestre não fazem referência a paralelos e meridianos, 
mas a eixos coordenados plano-retangulares, ou seja, determinados por 
coordenadas retangulares X e Y que são relacionadas matematicamente às 
coordenadas Geográfi cas, de maneira que podemos converter coordenadas 
geográfi cas em coordenadas plano retangulares e vice-versa.
Para representar uma superfície curva em plana, são necessárias 
formulações matemáticas chamadas de projeções. Diferentes projeções poderão 
ser utilizadas na confecção de mapas, no Brasil a projeção mais utilizada é a 
Universal Transversa de Mercator (UTM).
O sistema de coordenadas Universal Transversa de Mercator (UTM) utiliza 
um sistema de coordenadas bidimensional para dar localizações na superfície 
da Terra. Veremos mais adiante as principais características do sistema UTM.
Vamos então entender o que são projeções e como são utilizadas para a 
confecção de cartas, mapas e plantas e a partir dai entender o sistema UTM.
10
CARTOGRAFIA AMBIENTAL
ATIVIDADE 01
1. Faça uma pesquisa e registre os conceitos das 
principais propriedades das projeções cartográfi cas.
2. O sistema de coordenadas Cartesianos é muito 
utilizado em plantas topográfi cas. Faça uma pesquisa 
e verifi que quais são as diferenças entre coordenadas 
cartesianas e plano-retangulares.
Projeções Cartográfi cas
A projeção cartográfi ca corresponde a um conjunto de métodos 
empregados e relações matemáticas, para representar a superfície terrestre 
sobre um plano, onde cada ponto desse plano corresponde a um ponto na 
superfície de referência (ROCHA, 2009).
Já entendemos que a representação de uma superfíciecurva a (Terra) sobre 
um plano gera distorções, porque não é possível representar uma superfície 
esférica em uma superfície plana sem causar “extensões” ou “contrações” da 
superfície original. Dessa maneira, todo mapa apresenta uma deformação ou a 
combinação de mais de uma dos seguintes tipos de deformação: linear, angular 
e superfi cial (FITZ, 2008).
De certa forma, as projeções foram desenvolvidas com o objetivo de obter 
a maior aproximação possível entre o real e sua representação num plano 
através de um mapa (NOGUEIRA, 2009).
Existem diversas maneiras de classifi car as projeções e, segundo o IBGE, 
temos:
de acordo com suas propriedades;
em função do tipo de superfície de projeção;
quanto ao método;
quanto ao tipo de contato entre as superfícies de projeção e referências.
11
COORDENADAS GEOGRÁFICAS E UTM
De acordo com suas propriedades, as projeções são classifi cadas em 
projeções equivalentes, conformes, equidistantes e azimutais/zenitais ou 
afi láticas (OLIVEIRA, 1993; FITZ, 2008; IBGE, 2012). A fi gura 4 traz a compilação 
das projeções segundo as superfícies de projeção desenvolvidas em um plano 
associando à classifi cação.
 
Fig. 04 – (a) Projeções segundo as superfícies 
de projeção e (b) exemplo de desenvolvimento 
de projeções
Fo
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12
CARTOGRAFIA AMBIENTAL
Os mapas com a Projeção Equivalente (Figura 5) têm as dimensões das 
áreas constantes, ou seja, não sofrem deformações. Assim, qualquer região do 
mapa conserva a mesma relação com a área de todo o mapa, com deformações 
apenas nos ângulos. Como exemplo, podemos citar as projeções Cônicas, de 
Albers e Azimutal, de Lambert.
Fig. 05 – Projeção Cõnica Equivalente de Albers
Fo
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A Projeção Conforme (Figura 6) é aquela na qual a forma de qualquer 
superfície cartografada sofre alteração e na qual todos os ângulos, de qualquer 
ponto, são corretamente representados. As projeções de Mercator e UTM 
têm a característica dessa conformidade. Paranhos et al. (2008) destaca que a 
projeção de Mercator é muito usada em navegação porque representa as linhas 
de azimute constante como linhas retas, com exceção das regiões polares.
 
13
COORDENADAS GEOGRÁFICAS E UTM
Fig. 06 – Projeção Conforme de Mercator
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Na projeção equidistante (Figura 7), temos a constância entre as 
distâncias representadas não apresentando deformações lineares, ou seja, os 
comprimentos são representados em escala uniforme. O exemplo de projeção 
equidistante é a projeção Cilíndrica Equidistante.
Fig. 07 – Projeção Equidistante Cilíndrica
Fo
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Por fi m, temos a projeção azimutal/zenital (Figura 8) utilizada quando as 
projeções conforme e equivalentes não oferecem a adequada representação da 
área estudada. Geralmente, utilizamos essa projeção para a representação dos 
polos.
14
CARTOGRAFIA AMBIENTAL
Fig. 08 – Projeção Azimutal
Fo
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Escolha da Superfície de Projeção
A seleção da superfície sobre a qual se projeta a superfície de interesse 
depende da fi nalidade do mapa e da situação geográfi ca da área a ser mapeada. 
Conforme já vimos, de acordo com a superfície desenvolvível, as projeções 
podem ser classifi cadas em: Projeção Cônica, Cilíndrica e Plana/Azimutal.
Vamos observar o modo em que se projeta a Projeção Cônica. Nela os 
meridianos e paralelos geográfi cos são projetados em um cone (tangente ou 
secante) à superfície de referência, desenvolvendo, a seguir, o cone num plano, 
conforme visualizamos na Figura 9.
Fig. 09 – Projeção Cônica
Fo
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15
COORDENADAS GEOGRÁFICAS E UTM
 LEMBRE-SE! 
Reta Tangente e reta Secante
Vamos lembrar das suas aulas de Geometria... Sabe o que signifi ca reta 
tangente e reta secante? Estes são importantes conceitos para entendimento 
das projeções.
Uma reta secante é qualquer reta que cruze dois ou mais pontos de uma 
circunferência ou curva. Fixando um ponto A de uma curva e fazendo aproximar 
de A um ponto B da mesma curva, a reta eu liga os dois pontos é chamada 
secante que passa por A e B.
Uma reta tangente é qualquer reta que apenas toca uma circunferência 
ou curva sem cortá-la, compartilhando um único ponto com a curva. Seja A um 
ponto fi xado em uma curva. Ao passarmos uma reta pelo ponto A, esta será 
tangente à curva.
Fig. 10 – Reta Secante 
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 A
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Fig. 11 – Reta Tangente 
Fo
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 A
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16
CARTOGRAFIA AMBIENTAL
Ao trabalhamos com a Projeção Cilíndrica, observamos que a projeção dos 
meridianos e paralelos geográfi cos é feita num cilindro tangente, ou secante, à 
superfície de referência e esta é desenvolvida num plano (Figura 12).
Fig. 12 – - Projeção Cilíndrica
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Uma projeção usada nos polos é a plana ou azimutal que é construída com 
base num plano tangente ou secante a um ponto na superfície de referência. 
(Figura 13).
Fig. 13 – Projeção Plana
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17
COORDENADAS GEOGRÁFICAS E UTM
ATIVIDADE 02
1. De acordo com o conteúdo estudado: Projeções, 
informe qual é o melhor sistema de projeção para 
gerar um mapa do continente americano que possa 
conservar as áreas.
A escolha da superfície de projeção irá depender de vários fatores tais 
como: qual região do globo você quer projetar, se pode haver distorções de 
área, ângulo ou forma. Cabe, assim, ao usuário fi nal decidir.
O sistema de coordenadas UTM
O sistema de coordenadas Universal Transversa de Mercator (UTM) é 
baseado no plano cartesiano bidimensional (x, y) e utiliza o sistema métrico 
decimal como unidade para medir distâncias e determinar a posição de um 
objeto. Diferentemente das Coordenadas Geográfi cas (ou Geodésicas), o sistema 
UTM, não acompanha a curvatura da Terra e por isso seus pares de coordenadas 
também são chamados de coordenadas planas.
 LEMBRE-SE! 
O sistema UTM não é uma simples projeção de mapa. Em vez disso, ele 
divide a Terra em sessenta zonas ou fusos, com uma amplitude de seis graus 
de longitude e utiliza a projeção transversa de Mercator secante em cada zona. 
A projeção de Mercator utiliza o desenvolvimento do cilindro e foi 
concebida pelo cartógrafo belga Gerhard Kremer (1512-1594), mais conhecido 
pelo seu nome latinizado Mercator.
O Sistema Universal Transverso de Mercator (UTM) é baseado na projeção 
cilíndrica transversa proposta nos Estados Unidos em 1950, com o objetivo de 
abranger todas as longitudes.
Fonte: http://www.youblisher.com/p/877249-Manual-de-Orientacao/
18
CARTOGRAFIA AMBIENTAL
O Fuso UTM tem como característica básica a divisão do globo terrestre em 60 fusos de 
6º de amplitude (Figura 15), contados a partir do meridiano de Greenwich à leste e oeste com 
180ºW (ou -180º) e 180ºE, ou seja, são 30 fusos para oeste e 30 fusos para leste. Cada fuso tem 
um meridiano central distanciado de 3º dos meridianos limites. A Figura 15 ilustra a divisão 
com a visualização de todos os 60 fusos com destaque àquelesque passam pelo Brasil.
Fig. 15 – Sistema Universal Transversa de Mercator
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Fig. 14 – Cilindro na posição normal e transversa
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As duas principais diferenças entre a projeção de Mercator e o sistema 
UTM é que, no primeiro, o cilindro é paralelo ao eixo de rotação da Terra 
esférica, enquanto que, no segundo, o cilindro é perpendicular ao eixo de 
rotação da Terra elipsoidal.
Esse sistema foi adotado pela Diretoria de Serviço Geográfi co do Exército 
e pelo IBGE como padrão para o mapeamento sistemático do Brasil.
19
COORDENADAS GEOGRÁFICAS E UTM
1 
1 * SARAIVA, Sérgio Luiz Costa. Notas de Aula de Cartografi a, no Curso de Georreferenciamen-
to, Faculdade de Agimensura de Minas Gerais. Minas Gerais, 2007.
1
Fig. 16 – Divisão do globo em Fusos com amplitude de 6º com destaque 
para o Brasil
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 1 
(2
00
7)
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Devido à sua extensão longitudinal, o território brasileiro está distribuído 
territorialmente por oito fusos UTM (não confundir com fuso horário), entre 
os meridianos 30ºW e 75ºW, do fuso 14, situado no extremo oeste, ao fuso 25, 
situado no extremo leste do território (Figura 16 e Figura 17).
Fig. 17 – Fusos UTM que atravessam o 
território brasileiro
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20
CARTOGRAFIA AMBIENTAL
O número do fuso (Figura 16) do sistema UTM indica em que parte do 
globo as coordenadas obtidas se aplicam, uma vez que o mesmo par de 
coordenadas pode se repetir nos 60 fusos diferentes. A Figura 18 representa 
um desses fusos, com a linha horizontal representando o Equador e a vertical, o 
Meridiano Central do Fuso UTM.
Fig. 18 – Fuso UTM
Fo
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Outra característica do sistema UTM é que não há coordenadas negativas 
e há apenas dois eixos: E(x) e N(y), indicando, respectivamente, Longitude 
e Latitude. No nosso Hemisfério Sul, as distâncias do eixo N(y) iniciam em 
10.000.000 na linha do Equador e decrescem para o sul até 0; enquanto que 
o eixo E(x) começa em 500.000 aumentando para o leste e decrescendo para 
oeste. No Hemisfério Norte, as coordenadas de eixo E(x) se comportam da 
mesma maneira, enquanto que as do eixo N(y), têm sua origem no Equador e 
aumentam para o norte (Figura 19).
21
COORDENADAS GEOGRÁFICAS E UTM
Fig. 19 – Origem das 
coordenadas de um fuso UTM
Fo
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Em latitudes o sistema é limitado pelos paralelos 84º N e 80º S no qual 
as deformações ainda não são signifi cativas. Para latitudes maiores, é utilizada 
a projeção Estereográfi ca Polar Universal (sigla em inglês UPS, de Universal 
Polar Stereographic). Em muitos aparelhos receptores de sinal do Sistema de 
Posicionamento Global, consta a opção de coordenadas UTM/UPS.
Como convenção, atribui-se a letra N para coordenadas norte-sul 
(ordenadas) e, a letra E, para as coordenadas leste-oeste (abscissas). Um par de 
coordenadas no sistema UTM é defi nido, assim, pelas coordenadas (E, N).
Cada fuso, na linha do Equador, apresenta, aproximadamente, 670 km 
de extensão leste-oeste, já que a circunferência da Terra é próxima a 40.000 
km. Como o meridiano central possui valor de 500.000m, o limite leste e oeste 
de cada fuso corresponde, na linha do Equador, respectivamente, a valores 
próximos a 160.000m e 830.000m (IBGE, 2005).
As linhas de secância do cilindro estão situadas entre o meridiano central 
e o limite inferior e superior de cada fuso, o que infere, assim, duas linhas onde 
a distorção é nula, ou seja, o fator escala igual a 1. Elas estão situadas a cerca de 
22
CARTOGRAFIA AMBIENTAL
180km a leste e a oeste do meridiano central, correspondendo, respectivamente, 
à coordenada 320.000m e 680.000m. Entre os círculos de secância, fi ca 
estabelecida a zona de redução e, externa a eles, a zona de ampliação. No 
meridiano central, o coefi ciente de redução de escala corresponde a 0,9996, 
enquanto, nos limites do fuso, o coefi ciente de ampliação é igual a 1,0010 
(Figura 20).
Fig. 20 – Zonas de ampliação e redução de um fuso UTM
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AVALIANDO SEUS CONHECIMENTOS
Utilize o Software Google Earth ou o Google Maps 
pelo link <https://maps.google.com.br/> e ative a 
visualização de Fusos e Coordenadas no menu Opções . 
Insira um marcador sobre um ponto qualquer e capture 
o mapa gerado exportando para o word. Faça a captura 
utilizando coordenadas UTM e outra com coordenadas 
Geográfi cas. No Word, faça uma resenha das informações 
geográfi cas fazendo uma analogia com o assunto 
abordado nesta aula.
23
COORDENADAS GEOGRÁFICAS E UTM
LEITURAS COMPLEMENTARES
Nos links abaixo relacionados temos mais informações 
sobre o assunto abordado nesta aula na forma de vídeos. 
Aproveite para explorar os links de outros vídeos que estão 
disponíveis. 
Existem problemas no uso de coordenadas UTM nos 
trabalho de campo em que a área de estudo se situa em dois 
fusos. Veja como são solucionados este tipo de problema no 
artigo disponível em <http://analysts.com.br/download/
GEO/GEO.pdf>.
Vídeo do Youtube com informações sobre sistemas 
de coordenadas com outros links associados a este tema 
disponível em < AULA LIVRE. Geografi a: Aula 01: Orientação 
e Cartografi a. Disponível em: <https://www.youtube.com/
watch?v=sQewkYR4_sg>. Acesso em: 28 ago. 2013.>.
24
CARTOGRAFIA AMBIENTAL
CONHECENDO AS REFERÊNCIAS
ANDERSON, P. S. Princípios de Cartografi a Básica. Disponível em: <http://lilt.ilstu. 
edu/psanders/Cartografi a/cartografi a.html>. Acesso em: 10 nov.2012. 
BRANDALIZE, M. C. B. Topografi a. Disponível em: <http://www. topografi a.com.br>. 
Acesso em: 03 set. 2004. 
CRUZ, C. B. M.; PINA, M. F. R. P. Fundamentos de Cartografi a. Rio de Janeiro: LAGEOP; 
UFRJ, 2002. (CEGEOP Unidades didáticas 29 a 41. v. 2.)
FITZ, P. R. Cartografi a Básica. São Paulo: Ofi cina de textos, 2008. 
FUNDAÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Noções Básicas 
de Cartografi a. Disponível em: <http://www.ibge. gov.br/home/geociencias/
cartografi a>. Acesso em: 12 jul. 2005. 
NOGUEIRA, R. E. Cartografi a: Representação, comunicação e visualização de dados 
espaciais. Florianópolis: Ed. UFSC, 2009. 
ROCHA, C. H. B. Geoprocessamento: Tecnologia Transdisciplinar. 2. ed. Juiz de Fora: 
Ed. do Autor, 2000. 
CARVALHO, M. S.; PINA, M. F.; SANTOS, S.M. (Orgs.) Conceitos Básicos de Sistemas 
de Informação Geográfi ca e Cartografi a aplicados à Saúde. Brasília: Ministério da 
Saúde; Organização Panamericana da Saúde, 2000. 
LISTA DE FIGURAS
Fig. 01 - http://www.labtate.ufsc.br/ce_aprenda_cartografi a_projecoes.html
Fig. 02 - http://georeference.blogspot.com.br/2010/02/
Fig. 03 - Google Earth. Acesso em: 12 dez. 2013.
Fig. 04 - http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/cartografi a/manual_nocoes/representacao.html
Fig. 05 - http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfp9wAK/fundamentos-geodesia?part=3
Fig. 06 - http://marcosbau.com.br/geogeral/escala-e-projecoes-cartografi cas/
Fig. 07 - http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfp9wAK/fundamentos-geodesia?part=3/
Fig. 08 - http://www.curso-objetivo.br/vestibular/roteiro_estudos/projecoes_cartografi cas.aspx
Fig. 09 - http://www.professores.uff .br/cristiane/Estudodirigido/Cartografi a.htm
Fig. 10 - Fonte: Autoria própria
Fig. 11 - Fonte: Autoria própria
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COORDENADAS GEOGRÁFICAS E UTM
Fig. 12 - http://www.professores.uff.br/cristiane/Estudodirigido/Cartografi a.htm
Fig. 13 - http://www.professores.uff .br/cristiane/Estudodirigido/Cartografi a.htm
Fig. 14 - http://www.professores.uff .br/cristiane/Estudodirigido/Cartografi a.htm
Fig. 15 - http://www.professores.uff .br/cristiane/Estudodirigido/Cartografi a.htm
Fig. 16 - Fonte: Saraiva, 2007.
Fig. 17 - http://www.professores.uff .br/cristiane/Estudodirigido/Cartografi a.htm
Fig. 18 - http://www.professores.uff .br/cristiane/Estudodirigido/Cartografi a.htm
Fig. 19 - http://www.professores.uff .br/cristiane/Estudodirigido/Cartografi a.htm
Fig. 20 - http://www.professores.uff .br/cristiane/Estudodirigido/Cartografi a.htm

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