Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
5 COORDENADAS GEOGRÁFICAS E UTM APRESENTANDO A AULA Vimos, na aula anterior, que o globo terrestre possui linhas imaginárias traçadas as quais foram nomeadas de paralelos e meridianos, que são utilizadas como referência para facilitar a localização de qualquer lugar sobre a superfície da Terra, criando uma rede geográfi ca com a qual podemos determinar a latitude e a longitude para um determinado ponto da superfície terrestre, ou seja, as Coordenadas Geográfi cas. Nesta aula, vamos entender melhor como se compõem as coordenadas Geográfi cas e como proceder para gerar uma coordenada métrica UTM utilizada em mapas para aplicações locais e não globais. DEFININDO OBJETIVOS Ao fi nal desta Aula, você deverá: identifi car as principais bases conceituais para geração dos sistemas de coordenadas; diferenciar as superfícies de projeção; distinguir os sistemas de coordenadas; compreender como são geradas as coordenadas UTM; diferenciar coordenadas UTM e Geográfi cas. 6 CARTOGRAFIA AMBIENTAL DESENVOLVENDO O CONTEÚDO A localização de um lugar é defi nida pelas coordenadas geográfi cas (latitude e longitude) e pela altitude. Sua posição está ligada ao conjunto de relações que foram estabelecidas entre esse lugar e os outros lugares, dentro do espaço geográfi co. A fi m de obtermos a localização de um objeto ou lugar, devemos levar em consideração a superfície da Terra para a representação em plantas, cartas ou mapas. Para representar os pontos sobre a superfície terrestre, faz-se necessário um sistema de coordenadas, conforme vimos na aula anterior. Em Cartografi a, são trabalhados, basicamente, três sistemas de Coordenadas: Coordenadas Geodésicas, Cartesianas e Plano-Retangulares. Com o fi m de entender melhor esses sistemas, precisamos, inicialmente, compreender como é projetada uma região do globo, que possui uma curvatura, sobre uma superfície plana, que é o mapa. Podemos obter a localização, em termos globais, levando em consideração a curvatura da Terra ou nos utilizando de artifícios, com o objetivo de planifi car a região de interesse. Para tanto, o homem desenvolveu artifícios cartográfi cos denominados de projeções cartográfi cas, as quais representam a superfície da Terra com certas deformações. Existem sistemas que representam a área com a mesma proporção/grandeza, outras que conservam a forma da área, outras que mantém o comprimento em certas direções (NOGUEIRA, 2009). É importante ressaltar que não é possível conservar todas as características da área em representação, pontuando assim as propriedades das projeções cartográfi cas: conformidade, equivalência e equidistância. Veremos adiante estas propriedades com mais detalhes. Outro conceito importante diz respeito à superfície de projeção que serve como superfície “intermediária” para “projetar” a região de interesse sobre um plano, um cilindro ou um cone (Figura 1). 7 COORDENADAS GEOGRÁFICAS E UTM Fo nt e: h tt p: // w w w .la bt at e. uf sc .b r/ ce _ ap re nd a_ ca rt og ra fi a _p ro je co es .h tm l ap re nd a_ ca rt og ra fi a _p ro je co es .h tm l Fig. 01 - Superfícies de projeção: plano, cilíndrica e cônica A partir das projeções, temos certos aspectos que as classifi cam em relação à superfície de projeção como normal, transversa ou oblíqua. A projeção classifi cada como normal signifi ca que o plano de projeção do mapa é perpendicular ao eixo de rotação da Terra, com ponto de tangencia no polo; o aspecto transverso tem relação como o plano perpendicular ao plano do Equador; e o aspecto oblíquo acontece quando o plano de projeção não é nem perpendicular ao eixo da Terra nem perpendicular ao plano do Equador, sendo, neste caso, chamado azimutal (Figura 1). Vamos entender melhor estes conceitos que são apresentados a você e como aplicá-los na confecção de mapas. Sistemas de Coordenadas Geográfi cas Como vimos na aula 4, através da latitude e longitude podemos posicionar qualquer objeto utilizando um elipsoide de referência. As coordenadas localizam, de forma direta, qualquer ponto sobre a superfície terrestre, bastando que se forneça o hemisfério em que se localiza (norte/sul e leste/oeste). Com o uso dos paralelos e meridianos, podemos atribuir uma latitude e uma longitude para um determinado ponto da superfície terrestre, obtendo assim as suas Coordenadas Geográfi cas, utilizando graus, minutos e segundos. Os meridianos medem a que distância um local está a leste ou oeste do meridiano principal e os paralelos medem a que distância um local está ao norte ou ao sul da linha do Equador. 8 CARTOGRAFIA AMBIENTAL Fig. 02 – Globo Terrestre com a visualização das grades de latitude e longitude Fo nt e: h tt p: // ge or ef er en ce .b lo gs po t.c om .b r/ 20 10 /0 2/ Vamos pegar como exemplo um ponto coletado na praia de Ponta Negra, próximo ao morro do careca na cidade de Natal-RN. Ele terá uma coordenada geográfi ca com latitude (λ) = 54º30’50” W e longitude (ϕ)= 5º40’40” S. Fig. 03 – Indicação Geográfi ca da Praia de Ponta Negra Fo nt e: G oo gl e Ea rt h Com essas coordenadas em mãos, entendemos que esse ponto se localiza a oeste do meridiano de Greenwich (W – oeste) e está abaixo da linha do Equador (S – ao sul). Existem ainda outras formas de escrever a mesma coordenada com grau decimalizado como na forma abaixo: latitude (λ) = -54,52334434 e longitude (ϕ)= - 5,634343434. 9 COORDENADAS GEOGRÁFICAS E UTM Sistema de Coordenadas Cartesianas O sistema de Coordenadas Cartesianas (x, y e z), também chamado Plano Cartesiano foi criado em 1637, pelo matemático francês René Descartes, com o objetivo de localizar pontos. É formado por dois eixos perpendiculares: um horizontal e outro vertical que se cruzam na origem das coordenadas (geralmente 0,0) podendo-se adicionar ainda um eixo z que equivale a altitude. O eixo horizontal é chamado de abscissa (x) e o vertical de ordenada (y). Assim, as coordenadas cartesianas são representadas pelos pares ordenados no plano (x; y) ou no espaço (x; y; z). Fonte: <http://oblogdaciencia.blogspot.com.br/2012/10/rene-descartes.html>. Sistema de Coordenadas Plano-Retangulares No sistema de coordenadas plano-retangulares as posições dos pontos situados na superfície terrestre não fazem referência a paralelos e meridianos, mas a eixos coordenados plano-retangulares, ou seja, determinados por coordenadas retangulares X e Y que são relacionadas matematicamente às coordenadas Geográfi cas, de maneira que podemos converter coordenadas geográfi cas em coordenadas plano retangulares e vice-versa. Para representar uma superfície curva em plana, são necessárias formulações matemáticas chamadas de projeções. Diferentes projeções poderão ser utilizadas na confecção de mapas, no Brasil a projeção mais utilizada é a Universal Transversa de Mercator (UTM). O sistema de coordenadas Universal Transversa de Mercator (UTM) utiliza um sistema de coordenadas bidimensional para dar localizações na superfície da Terra. Veremos mais adiante as principais características do sistema UTM. Vamos então entender o que são projeções e como são utilizadas para a confecção de cartas, mapas e plantas e a partir dai entender o sistema UTM. 10 CARTOGRAFIA AMBIENTAL ATIVIDADE 01 1. Faça uma pesquisa e registre os conceitos das principais propriedades das projeções cartográfi cas. 2. O sistema de coordenadas Cartesianos é muito utilizado em plantas topográfi cas. Faça uma pesquisa e verifi que quais são as diferenças entre coordenadas cartesianas e plano-retangulares. Projeções Cartográfi cas A projeção cartográfi ca corresponde a um conjunto de métodos empregados e relações matemáticas, para representar a superfície terrestre sobre um plano, onde cada ponto desse plano corresponde a um ponto na superfície de referência (ROCHA, 2009). Já entendemos que a representação de uma superfíciecurva a (Terra) sobre um plano gera distorções, porque não é possível representar uma superfície esférica em uma superfície plana sem causar “extensões” ou “contrações” da superfície original. Dessa maneira, todo mapa apresenta uma deformação ou a combinação de mais de uma dos seguintes tipos de deformação: linear, angular e superfi cial (FITZ, 2008). De certa forma, as projeções foram desenvolvidas com o objetivo de obter a maior aproximação possível entre o real e sua representação num plano através de um mapa (NOGUEIRA, 2009). Existem diversas maneiras de classifi car as projeções e, segundo o IBGE, temos: de acordo com suas propriedades; em função do tipo de superfície de projeção; quanto ao método; quanto ao tipo de contato entre as superfícies de projeção e referências. 11 COORDENADAS GEOGRÁFICAS E UTM De acordo com suas propriedades, as projeções são classifi cadas em projeções equivalentes, conformes, equidistantes e azimutais/zenitais ou afi láticas (OLIVEIRA, 1993; FITZ, 2008; IBGE, 2012). A fi gura 4 traz a compilação das projeções segundo as superfícies de projeção desenvolvidas em um plano associando à classifi cação. Fig. 04 – (a) Projeções segundo as superfícies de projeção e (b) exemplo de desenvolvimento de projeções Fo nt e: h tt p: // w w w .ib ge .g ov .b r/ ho m e/ ge oc ie nc ia s/ ca rt og ra fi a /m an ua l_ no co es /r ep re se nt ac ao .h tm l 12 CARTOGRAFIA AMBIENTAL Os mapas com a Projeção Equivalente (Figura 5) têm as dimensões das áreas constantes, ou seja, não sofrem deformações. Assim, qualquer região do mapa conserva a mesma relação com a área de todo o mapa, com deformações apenas nos ângulos. Como exemplo, podemos citar as projeções Cônicas, de Albers e Azimutal, de Lambert. Fig. 05 – Projeção Cõnica Equivalente de Albers Fo nt e: h tt p: // w w w .e ba h. co m .b r/ co nt en t/ AB AA Af p9 w AK / fu nd am en to s- ge od es ia ?p ar t= 3 A Projeção Conforme (Figura 6) é aquela na qual a forma de qualquer superfície cartografada sofre alteração e na qual todos os ângulos, de qualquer ponto, são corretamente representados. As projeções de Mercator e UTM têm a característica dessa conformidade. Paranhos et al. (2008) destaca que a projeção de Mercator é muito usada em navegação porque representa as linhas de azimute constante como linhas retas, com exceção das regiões polares. 13 COORDENADAS GEOGRÁFICAS E UTM Fig. 06 – Projeção Conforme de Mercator Fo nt e: h tt p: // m ar co sb au .c om .b r/ ge og er al /e sc al a- e- pr oj ec oe s- ca rt og ra fi c as / Na projeção equidistante (Figura 7), temos a constância entre as distâncias representadas não apresentando deformações lineares, ou seja, os comprimentos são representados em escala uniforme. O exemplo de projeção equidistante é a projeção Cilíndrica Equidistante. Fig. 07 – Projeção Equidistante Cilíndrica Fo nt e: h tt p: // w w w .e ba h. co m .b r/ co nt en t/ AB AA Af p9 w AK / fu nd am en to s- ge od es ia ?p ar t= 3/ Por fi m, temos a projeção azimutal/zenital (Figura 8) utilizada quando as projeções conforme e equivalentes não oferecem a adequada representação da área estudada. Geralmente, utilizamos essa projeção para a representação dos polos. 14 CARTOGRAFIA AMBIENTAL Fig. 08 – Projeção Azimutal Fo nt e: h tt p: // w w w .c ur so -o bj et iv o. br /v es tib ul ar /r ot ei ro _ es tu do s/ pr oj ec oe s_ ca rt og ra fi c as .a sp x Escolha da Superfície de Projeção A seleção da superfície sobre a qual se projeta a superfície de interesse depende da fi nalidade do mapa e da situação geográfi ca da área a ser mapeada. Conforme já vimos, de acordo com a superfície desenvolvível, as projeções podem ser classifi cadas em: Projeção Cônica, Cilíndrica e Plana/Azimutal. Vamos observar o modo em que se projeta a Projeção Cônica. Nela os meridianos e paralelos geográfi cos são projetados em um cone (tangente ou secante) à superfície de referência, desenvolvendo, a seguir, o cone num plano, conforme visualizamos na Figura 9. Fig. 09 – Projeção Cônica Fo nt e: h tt p: // w w w .p ro fe ss or es .u ff . br /c ris tia ne / Es tu do di rig id o/ Ca rt og ra fi a .h tm 15 COORDENADAS GEOGRÁFICAS E UTM LEMBRE-SE! Reta Tangente e reta Secante Vamos lembrar das suas aulas de Geometria... Sabe o que signifi ca reta tangente e reta secante? Estes são importantes conceitos para entendimento das projeções. Uma reta secante é qualquer reta que cruze dois ou mais pontos de uma circunferência ou curva. Fixando um ponto A de uma curva e fazendo aproximar de A um ponto B da mesma curva, a reta eu liga os dois pontos é chamada secante que passa por A e B. Uma reta tangente é qualquer reta que apenas toca uma circunferência ou curva sem cortá-la, compartilhando um único ponto com a curva. Seja A um ponto fi xado em uma curva. Ao passarmos uma reta pelo ponto A, esta será tangente à curva. Fig. 10 – Reta Secante Fo nt e: A ut or ia p ró pr ia Fig. 11 – Reta Tangente Fo nt e: A ut or ia p ró pr ia 16 CARTOGRAFIA AMBIENTAL Ao trabalhamos com a Projeção Cilíndrica, observamos que a projeção dos meridianos e paralelos geográfi cos é feita num cilindro tangente, ou secante, à superfície de referência e esta é desenvolvida num plano (Figura 12). Fig. 12 – - Projeção Cilíndrica Fo nt e: h tt p: // w w w .p ro fe ss or es .u ff . br /c ris tia ne / Es tu do di rig id o/ Ca rt og ra fi a .h tm Uma projeção usada nos polos é a plana ou azimutal que é construída com base num plano tangente ou secante a um ponto na superfície de referência. (Figura 13). Fig. 13 – Projeção Plana Fo nt e: h tt p: // w w w .p ro fe ss or es .u ff . br /c ris tia ne / Es tu do di rig id o/ Ca rt og ra fi a .h tm 17 COORDENADAS GEOGRÁFICAS E UTM ATIVIDADE 02 1. De acordo com o conteúdo estudado: Projeções, informe qual é o melhor sistema de projeção para gerar um mapa do continente americano que possa conservar as áreas. A escolha da superfície de projeção irá depender de vários fatores tais como: qual região do globo você quer projetar, se pode haver distorções de área, ângulo ou forma. Cabe, assim, ao usuário fi nal decidir. O sistema de coordenadas UTM O sistema de coordenadas Universal Transversa de Mercator (UTM) é baseado no plano cartesiano bidimensional (x, y) e utiliza o sistema métrico decimal como unidade para medir distâncias e determinar a posição de um objeto. Diferentemente das Coordenadas Geográfi cas (ou Geodésicas), o sistema UTM, não acompanha a curvatura da Terra e por isso seus pares de coordenadas também são chamados de coordenadas planas. LEMBRE-SE! O sistema UTM não é uma simples projeção de mapa. Em vez disso, ele divide a Terra em sessenta zonas ou fusos, com uma amplitude de seis graus de longitude e utiliza a projeção transversa de Mercator secante em cada zona. A projeção de Mercator utiliza o desenvolvimento do cilindro e foi concebida pelo cartógrafo belga Gerhard Kremer (1512-1594), mais conhecido pelo seu nome latinizado Mercator. O Sistema Universal Transverso de Mercator (UTM) é baseado na projeção cilíndrica transversa proposta nos Estados Unidos em 1950, com o objetivo de abranger todas as longitudes. Fonte: http://www.youblisher.com/p/877249-Manual-de-Orientacao/ 18 CARTOGRAFIA AMBIENTAL O Fuso UTM tem como característica básica a divisão do globo terrestre em 60 fusos de 6º de amplitude (Figura 15), contados a partir do meridiano de Greenwich à leste e oeste com 180ºW (ou -180º) e 180ºE, ou seja, são 30 fusos para oeste e 30 fusos para leste. Cada fuso tem um meridiano central distanciado de 3º dos meridianos limites. A Figura 15 ilustra a divisão com a visualização de todos os 60 fusos com destaque àquelesque passam pelo Brasil. Fig. 15 – Sistema Universal Transversa de Mercator Fo nt e: h tt p: // w w w .p ro fe ss or es .u ff . br / cr ist ia ne /E st ud od iri gi do /C ar to gr afi a .h tm Fig. 14 – Cilindro na posição normal e transversa Fo nt e: h tt p: // w w w .p ro fe ss or es .u ff . br / cr ist ia ne /E st ud od iri gi do /C ar to gr afi a .h tm As duas principais diferenças entre a projeção de Mercator e o sistema UTM é que, no primeiro, o cilindro é paralelo ao eixo de rotação da Terra esférica, enquanto que, no segundo, o cilindro é perpendicular ao eixo de rotação da Terra elipsoidal. Esse sistema foi adotado pela Diretoria de Serviço Geográfi co do Exército e pelo IBGE como padrão para o mapeamento sistemático do Brasil. 19 COORDENADAS GEOGRÁFICAS E UTM 1 1 * SARAIVA, Sérgio Luiz Costa. Notas de Aula de Cartografi a, no Curso de Georreferenciamen- to, Faculdade de Agimensura de Minas Gerais. Minas Gerais, 2007. 1 Fig. 16 – Divisão do globo em Fusos com amplitude de 6º com destaque para o Brasil Fo nt e: S ar ai va 1 (2 00 7) . Devido à sua extensão longitudinal, o território brasileiro está distribuído territorialmente por oito fusos UTM (não confundir com fuso horário), entre os meridianos 30ºW e 75ºW, do fuso 14, situado no extremo oeste, ao fuso 25, situado no extremo leste do território (Figura 16 e Figura 17). Fig. 17 – Fusos UTM que atravessam o território brasileiro Fo nt e: h tt p: // w w w .p ro fe ss or es .u ff . br /c ris tia ne /E st ud od iri gi do / Ca rt og ra fi a .h tm 20 CARTOGRAFIA AMBIENTAL O número do fuso (Figura 16) do sistema UTM indica em que parte do globo as coordenadas obtidas se aplicam, uma vez que o mesmo par de coordenadas pode se repetir nos 60 fusos diferentes. A Figura 18 representa um desses fusos, com a linha horizontal representando o Equador e a vertical, o Meridiano Central do Fuso UTM. Fig. 18 – Fuso UTM Fo nt e: h tt p: // w w w .p ro fe ss or es .u ff . br /c ris tia ne /E st ud od iri gi do / Ca rt og ra fi a .h tm Outra característica do sistema UTM é que não há coordenadas negativas e há apenas dois eixos: E(x) e N(y), indicando, respectivamente, Longitude e Latitude. No nosso Hemisfério Sul, as distâncias do eixo N(y) iniciam em 10.000.000 na linha do Equador e decrescem para o sul até 0; enquanto que o eixo E(x) começa em 500.000 aumentando para o leste e decrescendo para oeste. No Hemisfério Norte, as coordenadas de eixo E(x) se comportam da mesma maneira, enquanto que as do eixo N(y), têm sua origem no Equador e aumentam para o norte (Figura 19). 21 COORDENADAS GEOGRÁFICAS E UTM Fig. 19 – Origem das coordenadas de um fuso UTM Fo nt e: h tt p: // w w w .p ro fe ss or es .u ff . br /c ris tia ne /E st ud od iri gi do /C ar to gr afi a . ht m Em latitudes o sistema é limitado pelos paralelos 84º N e 80º S no qual as deformações ainda não são signifi cativas. Para latitudes maiores, é utilizada a projeção Estereográfi ca Polar Universal (sigla em inglês UPS, de Universal Polar Stereographic). Em muitos aparelhos receptores de sinal do Sistema de Posicionamento Global, consta a opção de coordenadas UTM/UPS. Como convenção, atribui-se a letra N para coordenadas norte-sul (ordenadas) e, a letra E, para as coordenadas leste-oeste (abscissas). Um par de coordenadas no sistema UTM é defi nido, assim, pelas coordenadas (E, N). Cada fuso, na linha do Equador, apresenta, aproximadamente, 670 km de extensão leste-oeste, já que a circunferência da Terra é próxima a 40.000 km. Como o meridiano central possui valor de 500.000m, o limite leste e oeste de cada fuso corresponde, na linha do Equador, respectivamente, a valores próximos a 160.000m e 830.000m (IBGE, 2005). As linhas de secância do cilindro estão situadas entre o meridiano central e o limite inferior e superior de cada fuso, o que infere, assim, duas linhas onde a distorção é nula, ou seja, o fator escala igual a 1. Elas estão situadas a cerca de 22 CARTOGRAFIA AMBIENTAL 180km a leste e a oeste do meridiano central, correspondendo, respectivamente, à coordenada 320.000m e 680.000m. Entre os círculos de secância, fi ca estabelecida a zona de redução e, externa a eles, a zona de ampliação. No meridiano central, o coefi ciente de redução de escala corresponde a 0,9996, enquanto, nos limites do fuso, o coefi ciente de ampliação é igual a 1,0010 (Figura 20). Fig. 20 – Zonas de ampliação e redução de um fuso UTM Fo nt e: h tt p: // w w w .p ro fe ss or es .u ff . br /c ris tia ne / Es tu do di rig id o/ Ca rt og ra fi a .h tm AVALIANDO SEUS CONHECIMENTOS Utilize o Software Google Earth ou o Google Maps pelo link <https://maps.google.com.br/> e ative a visualização de Fusos e Coordenadas no menu Opções . Insira um marcador sobre um ponto qualquer e capture o mapa gerado exportando para o word. Faça a captura utilizando coordenadas UTM e outra com coordenadas Geográfi cas. No Word, faça uma resenha das informações geográfi cas fazendo uma analogia com o assunto abordado nesta aula. 23 COORDENADAS GEOGRÁFICAS E UTM LEITURAS COMPLEMENTARES Nos links abaixo relacionados temos mais informações sobre o assunto abordado nesta aula na forma de vídeos. Aproveite para explorar os links de outros vídeos que estão disponíveis. Existem problemas no uso de coordenadas UTM nos trabalho de campo em que a área de estudo se situa em dois fusos. Veja como são solucionados este tipo de problema no artigo disponível em <http://analysts.com.br/download/ GEO/GEO.pdf>. Vídeo do Youtube com informações sobre sistemas de coordenadas com outros links associados a este tema disponível em < AULA LIVRE. Geografi a: Aula 01: Orientação e Cartografi a. Disponível em: <https://www.youtube.com/ watch?v=sQewkYR4_sg>. Acesso em: 28 ago. 2013.>. 24 CARTOGRAFIA AMBIENTAL CONHECENDO AS REFERÊNCIAS ANDERSON, P. S. Princípios de Cartografi a Básica. Disponível em: <http://lilt.ilstu. edu/psanders/Cartografi a/cartografi a.html>. Acesso em: 10 nov.2012. BRANDALIZE, M. C. B. Topografi a. Disponível em: <http://www. topografi a.com.br>. Acesso em: 03 set. 2004. CRUZ, C. B. M.; PINA, M. F. R. P. Fundamentos de Cartografi a. Rio de Janeiro: LAGEOP; UFRJ, 2002. (CEGEOP Unidades didáticas 29 a 41. v. 2.) FITZ, P. R. Cartografi a Básica. São Paulo: Ofi cina de textos, 2008. FUNDAÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Noções Básicas de Cartografi a. Disponível em: <http://www.ibge. gov.br/home/geociencias/ cartografi a>. Acesso em: 12 jul. 2005. NOGUEIRA, R. E. Cartografi a: Representação, comunicação e visualização de dados espaciais. Florianópolis: Ed. UFSC, 2009. ROCHA, C. H. B. Geoprocessamento: Tecnologia Transdisciplinar. 2. ed. Juiz de Fora: Ed. do Autor, 2000. CARVALHO, M. S.; PINA, M. F.; SANTOS, S.M. (Orgs.) Conceitos Básicos de Sistemas de Informação Geográfi ca e Cartografi a aplicados à Saúde. Brasília: Ministério da Saúde; Organização Panamericana da Saúde, 2000. LISTA DE FIGURAS Fig. 01 - http://www.labtate.ufsc.br/ce_aprenda_cartografi a_projecoes.html Fig. 02 - http://georeference.blogspot.com.br/2010/02/ Fig. 03 - Google Earth. Acesso em: 12 dez. 2013. Fig. 04 - http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/cartografi a/manual_nocoes/representacao.html Fig. 05 - http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfp9wAK/fundamentos-geodesia?part=3 Fig. 06 - http://marcosbau.com.br/geogeral/escala-e-projecoes-cartografi cas/ Fig. 07 - http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfp9wAK/fundamentos-geodesia?part=3/ Fig. 08 - http://www.curso-objetivo.br/vestibular/roteiro_estudos/projecoes_cartografi cas.aspx Fig. 09 - http://www.professores.uff .br/cristiane/Estudodirigido/Cartografi a.htm Fig. 10 - Fonte: Autoria própria Fig. 11 - Fonte: Autoria própria 25 COORDENADAS GEOGRÁFICAS E UTM Fig. 12 - http://www.professores.uff.br/cristiane/Estudodirigido/Cartografi a.htm Fig. 13 - http://www.professores.uff .br/cristiane/Estudodirigido/Cartografi a.htm Fig. 14 - http://www.professores.uff .br/cristiane/Estudodirigido/Cartografi a.htm Fig. 15 - http://www.professores.uff .br/cristiane/Estudodirigido/Cartografi a.htm Fig. 16 - Fonte: Saraiva, 2007. Fig. 17 - http://www.professores.uff .br/cristiane/Estudodirigido/Cartografi a.htm Fig. 18 - http://www.professores.uff .br/cristiane/Estudodirigido/Cartografi a.htm Fig. 19 - http://www.professores.uff .br/cristiane/Estudodirigido/Cartografi a.htm Fig. 20 - http://www.professores.uff .br/cristiane/Estudodirigido/Cartografi a.htm
Compartilhar