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5 DIVISÃO DA CARTOGRAFIA APRESENTANDO A AULA Vimos, na aula anterior, que a história da Cartografi a confunde-se com a história da humanidade, e que o homem necessitou representar o seu ambiente sob a forma de mapas. A evolução da representação dos fenômenos sobre a superfície terrestre foi se confi gurando em problemas na medida em que a área a ser representada foi aumentando, necessitando de novas formas de representação com a divisão de acordo com a escala ou da temática abordada. Vamos agora estudar os conceitos gerais da cartografi a, tratando dos produtos que podem ser gerados e a divisão que se dá a essa ciência. Os textos e atividades propostas nesta aula são elementos importantes para os estudos em Cartografi a Ambiental. DEFININDO OBJETIVOS Ao fi nal desta aula, você deverá ser capaz de: compreender o signifi cado da cartografi a e suas divisões; identifi car os principais produtos cartográfi cos; identifi car os tipos de mapas e sua classifi cação de acordo com a escala; e diferenciar as nomenclaturas da divisão da topografi a e suas aplicações. 6 CARTOGRAFIA AMBIENTAL DESENVOLVENDO O CONTEÚDO Quando você ouve falar em mapas, o que logo vem à sua mente? Para algumas pessoas, esse termo está associado ao mapa de uma cidade ou ao mapa mundi; ainda, aos atlas escolares; a imagens de satélite; radar; ou outras tecnologias recentes que podem fornecer informações para confecção de um mapa. Os mapas são abstrações da realidade, reproduzindo e representando o mundo real num mapa com informações selecionadas para alguma fi nalidade, seja para o estudo da vegetação ou para o da hidrografi a, do relevo, da geologia local, da fauna, da fl ora, ou seja, para o estudo de qualquer área de interesse. Para a geração de um mapa, dois elementos da realidade são primordiais: a localização e os seus atributos. Além disso, é essencial também escolher a escala, a projeção e o sistema de referência, elementos importantes para a correlação com outros dados. Todos esses conceitos serão trabalhados ao longo desta aula para que você possa entender, confeccionar e/ou fazer a leitura de um mapa ou de uma carta cartográfi ca. Conceitos de Cartografi a Existem diversos conceitos defi nidores da cartografi a ao longo do tempo, de acordo com a sua evolução tecnológica, mas todos possuem um traço em comum, todos concordam que a cartografi a tem como principal fi nalidade a produção de mapas. Segundo Fernand Joly (2001), cartografi a é a arte de conceber, de levantar, de redigir e de divulgar mapas. Porém esse autor defi ne que o mapa é uma representação geométrica plana, simplifi cada e convencional, do todo ou de parte da superfície terrestre, numa relação de similitude denominada escala. Nogueira (2009) destaca que o objetivo da cartografi a, inicialmente, consiste na representação da superfície terrestre de forma gráfi ca e bidimensional na forma de um mapa ou carta. 7 DIVISÃO DA CARTOGRAFIA Uma defi nição ampla do conceito de cartografi a é a da Associação Cartográfi ca Internacional (ACI) de 1964 que diz que a cartografi a é um conjunto de estudos e operações científi cas, artísticas e técnicas, baseado nos resultados de observações diretas ou de análise de documentação, com vistas à elaboração e preparação de cartas, projetos e outras formas de expressão, assim como a sua utilização. Como o produto fi nal da cartografi a é um mapa, precisamos também defi ni-lo. Mapa, segundo Menezes (1996) e Board (1990), é a representação plana dos fenômenos sócio-bio-físicos, sobre a superfície terrestre, projetados e transformados numa abstração da realidade de forma palpável. Os mapas podem ser classifi cados de diversas maneiras e diversos autores divergem um pouco sobre essa classifi cação. Porém, é possível resumir essa classifi cação em mapas de referência ou de base e os mapas temáticos. Segundo a escala de representação, os mapas podem ser classifi cados em pequenos, médios e grandes ou em globais, geográfi cos, topográfi cos e cadastrais, conforme o Quadro 1 que faz associação de acordo com a escala. Fo nt e: A ut or ia p ró pr ia Quadro 1 - Escala de Representação Cartográfi ca (Escalas e Classifi cação) Escalas Classifi cação < 1:5.000.000 Muito pequena Globais 1:5.000.000 - 1:250.000 Pequena Geográfi cos 1:250.000 – 1:50.000 Média Topográfi cos 1:50.000 – 1:5.000 Grande Cadastrais >1:5.000 Muito grande Cadastrais A relação dos tipos de mapas está, intrinsecamente, relacionada com a divisão que se dá à cartografi a, ao dado coletado, com a precisão requerida para defi nir a escala adequada para o produto fi nal. Compare um mapa, ao qual você tenha acesso, com a tabela acima e comprove essa classifi cação. Divisão da Cartografi a Diversos autores tratam de maneira diferente a divisão da cartografi a. Tyner (1992) e Dent (1996) tratam da cartografi a de propósito geral e temática, 8 CARTOGRAFIA AMBIENTAL já Castro (2012) cita a Cartografi a Sistemática (subdividindo em Topográfi ca e Geocartografi a) e Cartografi a Temática. Entretanto iremos fazer a divisão em três: (1) cartografi a topográfi ca, topo-cartografi a ou cartografi a original ou sistemática; (2) cartografi a geográfi ca ou geo-cartografi a; e (3) cartografi a temática ou cartografi a aplicada. Podemos simplifi car lembrando que a linha que divide a cartografi a é sutil e que muitos conceitos de uma das divisões se confundem com outros. A cartografi a topográfi ca está vinculada à topografi a e à geodésia e consiste na confecção de cartas e mapas com o emprego de escalas pequenas para mapas mais detalhados, na execução de levantamento aerofotogramétrico (ou com imagens de satélite) e na elaboração e atualização de mapeamentos com uso da topografi a. Podemos citar como exemplo as cartas topográfi cas. As cartas topográfi cas são constituídas por “folhas” conexas e têm sua aplicação em áreas da engenharia, navegação, estratégia militar etc. Podemos citar as Cartas DSG do Exército Brasileiro, as Cartas Náuticas, entre outras. Fo nt e: A ut or ia p ró pr ia . Fig. 01-Detalhe de uma Carta Topográfi ca DSG – Folha Babaçulândia na escala 1:100.000 9 DIVISÃO DA CARTOGRAFIA LEMBRE-SE Geodésia é a ciência que se ocupa da determinação da forma, das dimensões e do campo de gravidade da Terra (IBGE, 1998), considerando sua curvatura para uma melhor defi nição da sua superfície. O Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística (IBGE) é um dos órgãos ofi ciais do governo responsáveis pela normatização e execução do mapeamento topográfi co, realizando um “retrato” do país com informações necessárias ao conhecimento do nosso território e criando mapas utilizados em atlas e em outros mapeamentos temáticos. Um dos produtos gerados pelo IBGE é a carta ao milionésimo do BRASIL, a qual é integrante da carta mundial (Carta Internacional do Mundo ao Milionésimo, chamada de CIM). LEMBRE-SE Carta Internacional do Mundo ao Milionésimo (CIM) A Carta Internacional do Mundo ao Milionésimo (CIM) surgiu da necessidade de uniformizar a cartografi a internacional, destinada a servir de base para outras cartas e que possuem um bom detalhamento topográfi co (geralmente, executado pelo exército), originário da divisão do globo terrestre em sessenta partes iguais, denominadas fusos, com seis graus de amplitude. A CIM é uma carta na escala de 1:1.000.000 distribuída em folhas de mesmo formato com 4º de latitude e 6º de longitude, cobrindo toda a Terra. Os fusos são numerados de 1 a 60 a partir do antimeridiano de Greenwich, no sentido oeste-leste. Cada fuso tem um meridiano central calculado pela fórmula: MC = 6F-183º em que MC é o meridiano central e F o fuso considerado. O Brasil foi dividido em quarenta e seis folhas ao milionésimo, sendo 10 CARTOGRAFIA AMBIENTAL cinco delas no Hemisfério Norte. O Rio Grande do Norte está inserido nascartas SB-24 e SB-25, conforme ilustra a Figura 2. Existe um desdobramento da CIM em cartas com escalas maiores (dentro das cartas da escala 1:1.000.000) até o limite de 1:25.000, com uma numeração específi ca como forma de codifi cação para intercalação. A fi gura 3 mostra o desdobramento mostrado por Fitz (2008) para a folha SH.22. Fo nt e: h tt p: // ge ob an k. sa .c pr m .g ov .b r/ pl s/ pu bl ic o/ ge ob an k. w eb sit e. m ap as ?p _w eb m ap =N Fo nt e: h tt p: // ge ob an k. sa .c pr m .g ov .b r/ pl s/ pu bl ic o/ ge ob an k. w eb sit e. Fig. 02-Divisão do Brasil em Cartas ao Milionésimo 11 DIVISÃO DA CARTOGRAFIA Fig. 03 - (a) Folha SH.22 (b) Desdobramento da Folha SH.22 (c) Desdobramento da Folha SH.22-Z (d) Desdobramento da Folha SH.22-Z-A-I (e) Desdobramento da Folha Folha SH.22-Z-A-I-3 Fo nt e: F itz (2 00 8) . Vamos agora aplicar o que foi estudado. As tarefas abaixo vão ajudá-lo a fi xar o conteúdo e entender melhor sobre as cartas geradas pelos IBGE e CPRM. 12 CARTOGRAFIA AMBIENTAL ATIVIDADE 01 1. Com base nos conceitos e defi nições estudados até agora, elabore um conceito para cartografi a, ressaltando elementos que você considera fundamentais. 2. Um dos produtos gerados pelo IBGE é a Carta Internacional do Mundo ao Milionésimo (CIM). Pesquise mais informações sobre a carta SB-24 do Rio Grande do Norte, a fi m de conhecer melhor esse produto cartográfi co. Além disso, desenhe o desdobramento dessa carta até a escala 1:25.000. DESENVOLVENDO O CONTEÚDO A cartografi a geográfi ca ou geocartografi a utiliza os produtos gerados pela cartografi a topográfi ca, reduzindo escalas, simplifi cando o conteúdo e generalizando alguns aspectos do desenho para a geração de produtos mais amplos como atlas, mapas avulsos, plantas de cidades, globos e cartas em relevo, por exemplo. A fi gura 4 ilustra um exemplo da geocartografi a com um mapa Geológico do estado do Rio Grande do Norte. 13 DIVISÃO DA CARTOGRAFIA Fo nt e: A ut or ia p ró pr ia . Fig. 04- Mapa Geológico do Rio Grande do Norte A cartografi a temática representa ideias abstratas por meio de mapas (cartogramas), como por exemplo, as áreas de infl uência de cidades, a densidade populacional, a produtividade de uma cultura, entre uma infi nidade de temas, com fi ns conceituais e/ou informativos. Na Cartografi a Temática, é mais importante compreender o conteúdo do tema a ser representado do que a precisão do mapa-base, as suas dimensões e seus componentes de localização. Os mapas podem mostrar mais do que a localização dos fenômenos no espaço e sua proporção, pois também podem representar, em diferentes escalas geográfi cas, sua diversidade tais como: geologia, geomorfológicos, solos, clima, vegetação, hidrografi a, entre outros. Os mapas de clima, por exemplo, retratam elementos como temperatura, pluviometria, umidade do ar, ventos, evaporação, pressão atmosférica etc., com a utilização de isolinhas, cores ou imagens pictóricas que venham expressar o tema proposto. 14 CARTOGRAFIA AMBIENTAL Você já deve ter visto diversos mapas temáticos em sua vida sem saber. Na Figura 5, são exibidos dois tipos de mapas temáticos. O primeiro é o mapa rodoviário do Rio Grande do Norte, mostrando as principais rodovias federais (BRs) e estaduais (RNs) que interligam o estado. O segundo mapa informa a temperatura máxima e mínima registrada em todo o país numa determinada data, informação adquirida do site do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). Martinelli (2003a) destaca que, além de indicar o fenômeno e onde ele ocorre, a cartografi a temática também pode, através de símbolos, indicar: a qualidade, a quantidade e a dinâmica desses fenômenos. Para isso, geralmente, são usadas linhas, áreas, cores e pontos dependendo do assunto tratado. A Representação Qualitativa é empregada para mostrar a presença, a localização e a extensão das ocorrências dos fenômenos que se diferenciam pela sua natureza e tipo, podendo ser classifi cados por critérios estabelecidos pelas ciências que estudam tais fenômenos, segundo Martinelli (2003a). A Representação Quantitativa em mapas é empregada para evidenciar a relação de proporcionalidade entre objetos, junto à realidade, sendo entendida como de quantidades. Martinelli (2003a) considera que tal relação deve ser transcrita por uma relação visual de mesma natureza. A única variável visual Fo nt e: a ) h tt p: // pr of es so rm ar ci an od an ta s.b lo gs po t.c om . br /2 01 1/ 02 /c ar to gr afi a .h tm l b) ht tp :// w w w .in m et .g ov .b r/ po rt al / ar q/ up lo ad /B O LE TI M -A G RO _ M EN SA L_ 20 12 11 .p df Fig. 05- (a) Mapa Rodoviário do RN e (b) Mapa de Temperatura registrada em 3 de novembro de 2012 no site do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) 15 DIVISÃO DA CARTOGRAFIA que transcreve, fi elmente, essa noção é a de tamanho. A Representação Ordenada é indicada quando os fenômenos admitem uma classifi cação segundo uma ordem, com categorias deduzidas de interpretações qualitativas, quantitativas ou de datações. Conforme os fenômenos se manifestam em pontos, linhas ou áreas no mapa, utiliza-se, respectivamente, pontos, linhas e áreas, que terão uma variação visual com propriedade perceptiva compatível com a ordenação: a ordem visual. Deve-se, pois, usar o valor, alerta Martinelli (2003a). A Figura 6 mostra uma legenda das principais formas de representação do cartograma com suas variáveis visuais e um mapa do Brasil, indicando, através de cores e formas circulares de diversos tamanhos, a relação de emprego e valor. O autor afi rma ainda que, quando temos de representar fenômenos que têm localização isolada, devemos usar pontos. Quando a representação é qualitativa, ou seja, apresenta tipos diferentes de uma determinada informação, usamos pontos de cores e formas diferentes. Quando são ordenados, representando valores, usamos pontos de tamanhos diferentes. A Figura 7 é um exemplo da representação pontual, onde visualizamos o Mapa do Brasil com pontos de tamanho uniforme indicando a localização de shoppings centers, Fo nt e: M ar tin el li (2 00 3) Fig. 06- (a) Legenda de variáveis visuais utilizadas em cartogramas e (b) Mapa do Brasil com cores e símbolos proporcionais à variação da intensidade pela variação de tamanho de cada círculo 16 CARTOGRAFIA AMBIENTAL sendo este um cartograma qualitativo. Podemos criar um mapa que represente a migração no Brasil, indicando a origem e o destino dos migrantes. Para demonstrar a trajetória desse fenômeno, podemos utilizar setas. Para distinguir a origem e o destino de migração, as linhas devem ser diferenciadas por cores e, para quantidades diferentes, o ideal são espessuras diferentes. A Figura 8 traz um cartograma do fl uxo de comercialização das madeiras amazônicas utilizando setas com uma única cor, mas com espessuras diferenciadas. Fo nt e: M ar tin el li (2 00 3) . Fig. 07- Mapa indicando a localização de shoppings centers no Brasil 17 DIVISÃO DA CARTOGRAFIA Há ainda um outro modo de representar fenômenos na cartografi a temática conhecido como Anamorfose Geográfi ca. Nele, as forma e áreas geográfi cas são alteradas e apresentadas de acordo com a sua importância no assunto tratado. A Figura 9 ilustra um mapa da população mundial em que foi usada a técnica da anamorfose geográfi ca, ou seja, onde há maior população, há um aumento da área do mapa. Fo nt e: h tt p: // w w w .g eo gr afi a pa ra to do s.c om .b r/ in de x. ph p? pa g= ca pi tu lo _1 4_ do m in io s_ m or fo cl im at ic os _e _q ue st ao _ am bi en ta l_ no _b ra sil Fig. 08 - O cartograma representando o fl uxo de comercialização das madeiras amazônicas Fo nt e: M ar tin el li (2 00 3) Fig. 09 - Cartograma do Globo Terrestrecom a utilização da técnica de anamorfose 18 CARTOGRAFIA AMBIENTAL Como forma de resumir esse assunto, destacamos quatro regras básicas que Duarte (1991) destaca como orientadoras da representação temática: a) um fenômeno se traduz somente por um sinal (cor, por exemplo); b) um valor forte ou fraco se traduz por um sinal forte ou fraco (gradação de cores); c) as variações qualitativas se traduzem pela variação da forma dos sinais (hachuras variadas); d) as variações quantitativas se traduzem pela variação do tamanho dos sinais (círculos menores e maiores). LEMBRE-SE Mapas da Geografi a e Cartografi a Temática Fonte: Martinelli (2006) Podemos considerar que a elaboração do mapa temático da geografi a se insere num contexto que envolve a busca de conhecimento e o esclarecimento acerca de certa questão da realidade que se tem interesse em resolver. Assim, diante de questões a serem problematizadas pelo interessado na realização da representação, com vistas a estabelecer diretrizes que orientam a busca de respostas, seja no âmbito da sociedade ou da natureza, inicia-se tal construção. Defi ne-se, assim, o tema. O tema, objeto de representação, será trabalhado a partir de dados adequados referentes àquela parte da realidade já defi nida. Essa aquisição pode levar em conta tanto o aspecto direto - contato do pesquisador com a própria realidade, realizada com observações de campo e respectivas anotações, com ou sem instrumentos – como o indireto - através da exploração de uma documentação, não só numérica, verbal, de forma impressa ou digital, como também iconográfi ca (mapas, gráfi cos, imagens analógicas ou digitais), hoje agilmente proporcionada pela informática. Dados são fatos e, no caso de dados que interessam à elaboração de 19 DIVISÃO DA CARTOGRAFIA mapas, a tecnologia da informática que envolvia a cartografi a assistida por computador evoluiu para os chamados Sistemas de Informações Geográfi cas (SIGs). Por sua vez, as técnicas de Sensoriamento Remoto, associadas às possibilidades da geomática para tratamento de imagens, têm grande importância na geração indireta de dados e informações acerca da realidade, registrando dados radiométricos, espectrais e radarmétricos, sendo apresentados em vários tipos de produtos compatíveis com softwares de geoprocessamento. Outro aspecto importante diz respeito à base cartográfi ca, ou seja, a cartografi a topográfi ca com sua escala, projeção, rede geográfi ca, meridiano central, seleção dos elementos planimétricos e altimétricos, pontuais, lineares, zonais etc. Hoje, a coordenação dos dados e da base cartográfi ca constitui uma operação integrada através de arquivos digitais. Caro aluno, estes são os principais conceitos sobre os produtos e divisão da cartografi a. Precisamos agora realizar mais uma atividade para fi xar melhor o conteúdo estudado. ATIVIDADE 02 1. Cite temas que podem ser representados apenas de maneira qualitativa com o uso de pontos, linhas e áreas. 2. No Brasil, existem diversos órgãos ligados ao governo que são responsáveis pela coleta de dados e confecção de mapas e cartas. Com exceção do IBGE, relacione outras instituições e que tipos e informações elas registram. 20 CARTOGRAFIA AMBIENTAL RESUMINDO Nesta aula, você teve a oportunidade de estudar os conceitos relativos à Cartografi a e suas divisões com o conceito geral de cartografi a e a relação dos mapas com sua escala e classifi cação. Na divisão da cartografi a, foi explicitada a diferença entre as principais representações com uma certa ênfase no conceito de cartografi a temática, com o seu potencial de apresentação de dados ligados à natureza, à sociedade e à economia. LEITURAS COMPLEMENTARES Abaixo, temos alguns links de conteúdo com outras informações complementares ao assunto abordado nesta aula. Aproveite para explorar os links que existem nos mesmos e entender melhor sobre o assunto abordado. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Atlas escolar. Disponível em: <http:// atlasescolar.ibge.gov.br/en/>. Acesso em: 20 ago. 2014. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/igeo/m.topografi a/>. Acesso em: 20 ago. 2014. 21 DIVISÃO DA CARTOGRAFIA AVALIANDO SEUS CONHECIMENTOS Faça Download da Carta ao Milionésimo de uma das folhas inerentes ao Rio Grande do Norte e, em algum programa gráfi co, com base na população atual das principais cidades do estado, elabore um mapa temático com esse fenômeno. A partir deste mapa, tente elaborar outros, com renda, saneamento etc. 22 CARTOGRAFIA AMBIENTAL CONHECENDO AS REFERÊNCIAS BOARD, C. Report of the Working Group on Cartographic Defi nitions. Cartographic Journal, v. 29, n. 01, p. 65-69, 1990. BOCHICCHIO, V. R. Manual de cartografi a. In: ______. Atlas Atual Geografi a. São Paulo: Atual, 1993. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Noções básicas de cartografi a. Rio de Janeiro: IBGE, 1999. CASTRO, J. F. M. História da Cartografi a e Cartografi a Sistemática. Belo Horizonte: Ed. PUC Minas, 2012. DENT, B. D. Cartography: thematic map design. Dubuque, USA: WCB Publisher, 1996. DUARTE, P. A. Cartografi a Temática. Florianópolis: Ed. UFSC, 1991. (Série Didática). FITZ, P. R. Cartografi a Básica. São Paulo: Ofi cina de textos, 2008. GONZALEZ, R. C.; WOODS, R. E. Processamento de imagens digitais. São Paulo: Edgard Blucher Ed., 2002. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Noções Básicas de Cartografi a. Rio de Janeiro: IBGE, 1998. Disponível em: em <http://www.ibge. gov.br/ home/geociencias/cartografi a/manual_nocoes/introducao.html>. Acesso em: 30 nov. 2012. JOLY, F. A cartografi a. Campinas-SP: Editora papiros, 2001. MARTINELLI, M. Curso de cartografi a temática. São Paulo: Contexto, 1991. ______. Cartografi a temática: caderno de mapas. São Paulo: EDUSP, 2003a. ______. Mapas da Geografi a e Cartografi a Temática. 3. ed. São Paulo: Contexto, 2006. ______. Mapas da geografi a e cartografi a temática. São Paulo: Contexto, 2003b. MENEZES, P. M. L. Notas de Aula de Cartografi a e Cartografi a Temática. Rio de Janeiro: UFRJ, 1996a. (Curso de Graduação em Geografi a, Dep. de Geografi a). 23 DIVISÃO DA CARTOGRAFIA NOGUEIRA, R. E. Cartografi a: representação, comunicação e visualização de dados espaciais. Florianópolis: Ed. UFSC, 2009. OLIVEIRA, C. Curso de cartografi a moderna. 2. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 1993. TYNER, J. Introduction to Thematic Cartography. New Jersey: Englewood Cliff s; Prentice Hall, 1992. LISTA DE FIGURAS Fig. 01 - Autoria própria. Fig. 02 - http://geobank.sa.cprm.gov.br/pls/publico/geobank.website.mapas?p_webmap=N Fig. 03 - Fonte: Fitz (2008). Fig. 04 - Autoria própria. Fig. 05 - a) http://professormarcianodantas.blogspot.com.br/2011/02/cartografi a.html b)http://www.inmet.gov.br/portal/arq/upload/BOLETIM-AGRO_MENSAL_201211.pdf Fig. 06 - Martinelli (2003). Fig. 07 - Martinelli (2003). Fig. 08 - http://www.geografi aparatodos.com.br/index.php?pag=capitulo_14_dominios_ morfoclimaticos_e_questao_ambiental_no_brasil Fig. 09 - Martinelli (2003).
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