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ORIENTAÇÃO E USO DE MAPAS

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5
ORIENTAÇÃO E USO DE MAPAS
APRESENTANDO A AULA
Na primeira aula , estudamos que, em tempos remotos, 
houve a necessidade de o homem criar mapas para 
representar os ambientes onde estava inserido. Nessa época, 
por volta de 3.000 a.C., para subsidiar as representações das 
localidades, eram utilizados referenciais físicos como a Terra, 
o mar, astros e estrelas.
fonte: http://www.mast.br/pdf/catalogo_olhar_o_ceu_
medir_a_terra.pdf
 O deslocamento para regiões mais distantes e a 
consequente necessidade de representação desses novos 
espaços trouxe alguns problemas de orientação para o 
homem. Os referenciais físicos já não eram os mesmos, 
dependendo de onde eles estavam. E agora, como viajar 
por lugares desconhecidos?
Veremos como foram os primeiros passos para a 
solução desse problema e como atualmente fazemos para 
nos orientar. 
DEFININDO OBJETIVOS
Ao fi nal desta Aula, você deverá:
compreender a função da orientação para as 
atividades cartográfi cas;
perceber a necessidade de referenciais para a 
orientação;
compreender as principais técnicas e cálculos para 
orientação geográfi ca com uso de mapas;
conhecer as principais formas de orientação e os 
instrumentos utilizados para esse fi m.
6
CARTOGRAFIA AMBIENTAL
DESENVOLVENDO O CONTEÚDO 
Orientação
Quando você pensa em orientação, o que lhe vem à cabeça? Você 
provavelmente pensa na direção, rosa dos ventos, em norte, rumo, não é 
mesmo? Pois é isso mesmo. O termo orientação está diretamente ligado a esses 
elementos. Orientação diz respeito a se deslocar de um ponto a outro através 
de pontos de referência em terra ou mar (montanhas, rios, vales, ilhas, o Sol, as 
estrelas com uma direção (pré-)determinada.
Realizar essa tarefa em locais que você conhece parece fácil, mas como 
fazer isso em lugares desconhecidos? Será que você conseguiria? Esse problema 
surgiu desde o início da civilização e, ao longo do tempo, o homem criou 
artifícios para se orientar de maneira segura em qualquer lugar da terra.
Sampaio (2005) destaca que, nos tempos primitivos da navegação, era 
desconhecida a existência de rotação da Terra, bem como a sua forma. Os Polos 
e a linha Norte/Sul não tinham importância. A maior importância era dada ao 
rumo onde o Sol nascia, chamado Este ou Oriente, a partir do qual o homem 
passou a se orientar. 
No sentido geográfi co, orientar-se signifi ca determinar a nossa posição 
ou a posição de um lugar em relação a pontos de referência (DIMAIO, 2012). 
Em um mapa, sempre é importante conter a indicação do norte. Geralmente, 
a parte superior do mapa dá a indicação do Norte e a inferior o Sul. A partir da 
indicação da direção Norte (N) e Sul (S) e, por conseguinte, Leste (L ou E) e Oeste 
(O ou W), podemos construir uma Rosa dos Ventos com a indicação de direções 
intermediárias Nordeste (NE), Noroeste (NW), Sudeste (SE) e Sudoeste (SW) e, 
dessa forma, auxiliar a orientação.
7
ORIENTAÇÃO E USO DE MAPAS
 LEMBRE-SE! 
Curiosidade: Rosa dos Ventos, Pontos Cardeiais, Colaterais e Sub-
colaterais
A eclíptica é defi nida como a circunferência imaginária correspondente 
à trajetória aparente do Sol na esfera celeste. O eixo da eclíptica é uma reta 
perpendicular à eclíptica e passa pelo centro da Terra.
As rosas dos ventos tiveram sua origem na Grécia Antiga, com quatro, oito 
“ventos” ou rumos. No século XIV, originou-se a rosa dos ventos com dezesseis 
e trinta e dois rumos, que representam os pontos Norte, Sul, Leste, Oeste, 
Nordeste, Sudeste, Noroeste e Sudoeste, Norte-Nordeste, Leste-Nordeste, 
Leste-Sudeste, Sul-Sudeste, Sul-Sudoeste, Oeste-Sudoeste, Oeste-Noroeste 
e Norte-Noroeste, Norte por Leste, Nordeste por Norte, Nordeste por Leste, 
Leste por Norte, Leste por Sul, Sudeste por Leste, Sudeste por Sul, Sul por 
Leste, Sul por Oeste, Sudoeste por Sul, Sudoeste por Oeste, Oeste por Sul, 
Oeste por Norte, Noroeste por Oeste, Noroeste por Norte e Norte por Oeste.
O Norte das rosas dos ventos era desenhado em forma de uma fl or-de-
lis, e o Leste de uma cruz, porque apontava a direção de Jerusalém. O Leste 
também é denominado de Oriente, Nascente ou Levante.
Fonte: Mendonça (2007).
Atualmente, convenciona-se a Rosa dos Ventos pelos pontos:
1. Cardeiais 
Norte (N), Sul (S), Leste (L ou E), Oeste (O ou W)
2. Colaterias 
Nordeste (NE), Sudeste (SE), Noroeste (NW) e Sudoeste (SW) 
3. Subcolaterias
Norte-nordeste - NNE;
Leste-nordeste - ENE;
Leste-sudeste - ESE;
Sul-sudeste - SSE;
8
CARTOGRAFIA AMBIENTAL
Fig. 02 – Esquema da 
representação dos nortes 
geográfi co, magnético e 
de quadrícula
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Sul-sudoeste - SSO ou SSW;
Oeste-sudoeste - OSO ou WSW;
Oeste-noroeste - ONO ou WNW;
Norte-noroeste - NNO ou NNW.
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Fig. 01- Exemplos de rosas dos ventos com os pontos cardeais e colaterais 
em A e mostrando os subcolaterais em B
Você sabia que existem vários tipos de nortes? Temos o norte verdadeiro, 
o norte magnético e o norte de quadrícula e é importantíssimo entender o 
que signifi ca cada um deles. A Figura 2 apresenta um esquema contendo a 
representação dos nortes.
9
ORIENTAÇÃO E USO DE MAPAS
Fig. 03 – Esquema da representação da 
Declinação Magnética
Fo
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O Norte Geográfi co (NG) ou Norte Verdadeiro é assinalado pelos 
meridianos geográfi cos (este assunto estudaremos na Aula 4), indicando o eixo 
de rotação do planeta. O Norte Magnético (NM) apresenta a direção do polo 
norte magnético indicado pela bússola e o Norte de Quadrícula (NQ), segundo 
Fitz (2008), é a direção apresentada nas cartas topográfi cas seguindo-se, no 
sentido sul-norte, a direção das quadrículas apresentadas pelas cartas.
A Figura 3 mostra uma informação importante para a leitura de uma 
carta topográfi ca: a declinação magnética e sua variação anual. A declinação 
magnética permite, por meio de uma bússola, saber a real direção a ser seguida. 
Repare que as setas em preto indicam o norte geográfi co e as setas vermelhas 
o Norte Magnético.
Perceba que, na Figura 2, temos uma declinação magnética de 17º e 21’ e 
que esta cresce 7’ anualmente. Mas afi nal o que é a declinação magnética?
A declinação magnética corresponde ao ângulo formado entre a direção 
do norte magnético, apontado pela agulha de uma bússola, com relação à 
direção do norte verdadeiro (geográfi co), em virtude do polo magnético da 
Terra não coincidir exatamente com o polo geográfi co, que varia de lugar para 
lugar e ao longo do tempo.
10
CARTOGRAFIA AMBIENTAL
Fo
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Fig. 04 - Declinação 
magnética da carta 
topográfi ca do DSG de 
Babaçulandia
A Figura 4 mostra uma expansão da fi gura 2, indicando o ano de coleta dos 
dados e a nome da folha de onde foi retirada a carta. Como vimos anteriormente, 
ela apresenta declinação magnética de 17º21’ em 1979 e consta ainda que a 
variação anual é de 7’ por ano. Para o ano de 2012, teríamos uma variação de 
7’ x 33 anos, ou seja, 231’ ou 3º51’. Para o ano de 2013, teríamos 7’ x 34 anos, ou 
seja, 238’ ou 3º58’ e assim por diante. Como resultado, temos que, para 2012, o 
ângulo deverá ser corrigido para 21º12’ e 21º19’ para o ano de 2013, de acordo 
com o apontado pela bússola.
Ainda analisando a fi gura 4, observamos que existe um ângulo formado 
entre o Norte Verdadeiro e o Norte de Quadrícula. Esse ângulo é chamado 
de Convergência Meridiana. Ele existe porque a grade UTM (estudaremos 
com mais detalhes este assunto na Aula 5) não é alinhada de forma exata aos 
meridianos e paralelos e não apontam exatamente para o norte. A convergência 
meridiana então indica o quanto o norte de quadrícula está deslocado para leste 
(convergêncianegativa) ou oeste (convergência positiva), do norte verdadeiro.
11
ORIENTAÇÃO E USO DE MAPAS
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Fig. 05 - Convergência meridiana positiva em A e 
negativa em B
 LEMBRE-SE! 
Curiosidade: Cartas Isogônicas e Isopóricas
As cartas que ligam os pontos de mesma Declinação Magnética são 
chamadas de Cartas Isogônicas e as que ligam os pontos de mesma variação 
anual de declinação são chamadas de Cartas Isopóricas. Essas cartas são 
fornecidas pelos anuários dos observatórios astronômicos. Caso você queira o 
valor da declinação e da variação anual, é preciso conhecer as coordenadas do 
ponto em questão. A Figura 6 mostra a declinação magnética em cada ponto 
do globo terrestre.
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Fig. 06 - Curvas isogônicas indicando a declinação magnética em 
cada ponto do globo
12
CARTOGRAFIA AMBIENTAL
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Fig. 07 - Declinação magnética negativa em A e positiva 
em B 
Uma declinação positiva ou leste signifi ca que o norte magnético está 
desviado do norte verdadeiro no sentido horário. Exemplos: 14°, 12° L e 13°E 
(Este).
Uma declinação negativa ou oeste signifi ca que o norte magnético está 
desviado no sentido anti-horário. Exemplos: -15°, 18° O e 9° W (Oeste).
Nota: O que são medidas azimutais?
As medidas azimutais são medidas de ângulos que variam de 0° a 360° 
e devem ser diferenciadas das medidas feitas por quadrante, que recebem o 
nome de rumo. 
Mas, como calcular o norte verdadeiro a partir da declinação magnética?
Ao se fazer medidas azimutais, com uma bússola, é necessário fazer a 
devida correção da declinação magnética para se ter as medidas segundo o 
Norte Geográfi co ou Verdadeiro.
Caso você tenha uma declinação para Leste, é necessário somar o valor 
da declinação à medida realizada e, se você obtiver uma declinação Oeste, é 
preciso subtrair o valor da declinação da medida feita.
13
ORIENTAÇÃO E USO DE MAPAS
Você pode se perguntar ainda: e como calcular a declinação magnética ao 
longo do tempo? 
Quando a variação anual da declinação indicada no mapa for Oeste (O ou 
W), implica em aumento da declinação com o tempo e, quando a variação anual 
indicada for Leste (L ou E), como indicada no Quadro 1, implica em diminuição 
da declinação magnética ao longo dos anos.
Cidade Declinação Variação anual
Natal (RN) 21° 46' W 0° 2' E
 Quadro 1 - Declinação magnética para a Cidade de Natal em 01/01/2007
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ATIVIDADE 01
1.1. Considerando a declinação magnética 
da cidade de Natal-RN no ano de 2007 e a 
indicação da variação anual mostrada na 
tabela, calcule a declinação magnética para 
os anos de 2012 e 2013.
1.2. Verifi cando a fi gura abaixo, temos o rumo verdadeiro de 
78º graus. Considerando a declinação magnética, qual será 
o ângulo correto do rumo magnético a seguir?
Cidade
Declinação em 
2007
Variação 
anual
Declinação em 
2012
Declinação 
em 2013
Natal 
(RN) 21° 46' W 0° 2' E
 
14
CARTOGRAFIA AMBIENTAL
1.3. De Acordo com uma certa medição em uma rosa dos ventos, a 
declinação magnética é 19º30’ W em 1990. Como o aumento anual é 
de 6’ W por ano, temos que a atual declinação é de quanto?
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Fig. 08
Rumos e azimutes
Expressar uma direção, com um certo grau de precisão, exige mais do que 
uma simples afi rmação como “O Rio Grande do Norte está localizado a leste 
do estado do Ceará”, usando somente os quatro pontos cardeais (N, E, S, W) 
e as quatro direções intermediárias (NE, SE, SW, NW), pois deixa a orientação 
um pouco vaga. Para trabalhar com direções precisas, é necessário conhecer os 
conceitos de azimute e rumo (ANDERSON, 2012).
Na cartografi a, precisamos defi nir a direção a ser tomada. Para tanto, 
utilizamos, assim como na topografi a e nas ciências geodésicas, uma forma de 
orientação que se dá pelo uso de Rumos e Azimutes.
O Azimute é o ângulo formado entre a direção NORTE-SUL e a direção 
considerada. O azimute é medido no sentido horário, variando de 0º a 360º. O 
norte considerado pode ser o verdadeiro, o magnético ou o de quadrícula.
15
ORIENTAÇÃO E USO DE MAPAS
O Rumo é o menor ângulo formado entre a direção NORTE-SUL e a 
direção considerada, variando de 0º a 90º, devendo ser indicado o quadrante 
correspondente: primeiro quadrante ou NE, segundo quadrante ou SE, terceiro 
quadrante ou SW, quarto quadrante ou NW. Repare que a contagem dos rumos 
tem como origem o Norte (N) ou o Sul (S) e, da mesma maneira que o azimute, 
o norte considerado pode ser o verdadeiro, o magnético ou o de quadrícula.
Fig. 09 – Exemplo de azimute
Fig. 10 – Exemplo de rumo
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Fo
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16
CARTOGRAFIA AMBIENTAL
Primeiro Quadrante Quadrante NE
Segundo Quadrante Quadrante SE
Terceiro Quadrante Quadrante SW
Quarto Quadrante Quadrante NW
 
Quadro 2 - Declinação magnética para a Cidade de Natal em 01/01/2007
Quando temos em mãos o azimute de um alinhamento (a direção a ser 
seguida), podemos calcular o rumo correspondente através de um cálculo 
matemático, observando em que quadrante se encontra o alinhamento do 
azimute, como também é possível, a partir do rumo, encontrar o azimute.
Para transformar o azimute em rumo, podemos observar que, a partir do 
Norte, os rumos crescem no sentido horário para Este e anti-horário para Oeste. 
A partir do Sul, os rumos crescem no sentido anti-horário para Este e horário 
para Oeste, visualizado na Figura 11.
Os Quadros 3 e 4 mostram, de forma simples, como é feito a transformação 
de um azimute em rumo e de rumo para azimute, respectivamente. Esse cálculo 
também é exibido pela Figura 9. Observe as relações existentes nos cálculos com 
as direções NORTE-SUL e LESTE-OESTE, para entender como é feito o cálculo.
Fig. 11 – Representação dos rumos e azimutes e suas relações de acordo 
com o quadrante
Fo
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17
ORIENTAÇÃO E USO DE MAPAS
Quadrante NE Rumo = Azimute
Quadrante SE Rumo = 180º - Azimute
Quadrante SW Rumo = Azimute – 180º
Quadrante NW Rumo = 360º - Azimute
 
Quadrante NE Azimute = Rumo 
Quadrante SE Azimute = 180º - Rumo
Quadrante SW Azimute = 180º + Rumo
Quadrante NW Azimute = 360º - Rumo
 
Quadro 3 - Transformação de Azimute em Rumo
Quadro 4 - Transformação de Rumo em Azimute
ATIVIDADE 02
1.1. Converta, em azimute, os seguintes rumos:
a) 39º 46’ 23’’ NW
b) 36º 19’ 38’’ SE 
c) 21º 09’ 28’’ SW
d) 10º 34’ 35´NE 
1.2. Converta, em rumos, os azimutes:
a) Az = 310º 28’ 37’’
b) Az = 135º 03’ 50’’
c) Az = 212º 45’ 13’’
Fo
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18
CARTOGRAFIA AMBIENTAL
O uso de mapas para determinação de direção e 
sentido 
Uma das primeiras maneiras de orientação deu-se através do Sol, de 
forma que, apontando o braço direito para o leste, onde nasce o Sol, era 
possível identifi car os demais pontos cardeiais. Assim, o braço esquerdo estará 
apontando para oeste, as costas para a direção sul e, na frente, você estará 
“enxergando” o norte.
Outra forma de orientação possível era dada pelas estrelas. A Estrela Polar 
indica sempre a direção norte, sendo visível apenas no Hemisfério Norte. No 
Hemisfério Sul, é possível se orientar por meio da constelação do Cruzeiro do 
Sul, indicando, é claro, o Sul.
Mas esse tipode orientação é bastante relativa, pois, dependendo da nossa 
localização na Terra e da estação do ano, o sol nascerá em um “local” diferente. 
Além do mais, você pode estar em uma noite nublada e não visualizar nenhuma 
estrela. 
Você consegue imaginar de que forma esses problemas foram 
solucionados? No tópico a seguir, você encontrará subsídios para responder a 
essa pergunta.
Instrumentos de Orientação
Como vimos, o ser humano sempre precisou se orientar para se deslocar e, 
por causa disso, ao longo da história, foi fabricando instrumentos de orientação 
cada vez mais precisos. Na antiguidade, vimos que os viajantes se orientavam 
pelo Sol e por outros elementos da natureza. Na época das grandes navegações, 
os marinheiros utilizavam o astrolábio para se orientar de acordo com a posição 
das estrelas e, mais tarde, utilizando a bússola para orientar os seus mapas.
Para superar as difi culdades elencadas no último tópico, foram surgindo 
elementos que pudessem nos dar uma localização absoluta baseada nas 
coordenadas geográfi cas. Podemos citar como exemplo de instrumentos 
19
ORIENTAÇÃO E USO DE MAPAS
de orientação mais utilizados nos dias de hoje as cartas ou mapas, a bússola 
e, modernamente, o sistema de navegação GNSS (Global Navigation Satelite 
System), por causa das facilidades oferecidas por eles.
As Cartas Topográfi cas ou mapas representam uma determinada região, 
em um plano cartográfi co, com a descrição do relevo com curvas altimétricas, 
localizado picos, vales, planícies, entre outros aspectos.
A bússola foi criada pelos chineses e aponta para o norte magnético, 
permitindo a navegação e orientação em locais em que o sinal dos satélites 
GNSS não chega, como matas fechadas e cavernas.
O receptor GNSS é um sistema de posicionamento baseado em satélites 
artifi ciais formado pelo GPS (americano), pelo GLONASS (russo) e pelo GALILEO 
(União Européia), que fornece posições (coordenadas geográfi cas), na superfície 
terrestre, com uma precisão de centímetros (MONICO, 2008). A Aula 6 tratará de 
detalhar melhor este assunto.
Fig. 12 – Figura ilustrativa da bússola (A) e receptor GNSS de 
navegação (B)
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Usando a bússola para orientar um mapa
Uma bússola serva para orientar corretamente um mapa. Esta é a sua 
função mais básica. Agora imagine se você estivesse em campo e não existissem 
pontos referenciais de destaque. Lá está você com sua bússola e com um mapa 
na mão...Você consegue identifi car a sua posição no mapa, como também 
20
CARTOGRAFIA AMBIENTAL
consegue identifi car o ponto em que quer chegar. Mas então surge uma 
dúvida:O mapa deve estar em que direção? De ponta para cima, de cabeça para 
baixo, inclinado? Para saber como orientar o mapa, você precisa da posição do 
Norte Geográfi co. 
Por convenção, as linhas verticais do mapa coincidem com a direção Norte-
Sul, e o Norte (Geográfi co) é a direção do topo do mapa. Portanto, para orientar 
o mapa, precisamos da direção do Norte Geográfi co, ou seja, de uma bússola 
que o indique.
Fonte: Adaptado de <http://babeldeluz.blogspot.com.br/2011/03/bussola.html>. 
Acesso em: 14 fev. 2013.
Siga as seguintes etapas:
1. Coloque o mapa em uma superfície plana.
2. Pegue a sua bússola, já declinada, e coloque sobre o mapa. Na fi gura 
acima, temos uma bússola geográfi ca, declinada em aproximadamente 14ºW. As 
linhas paralelas que estão dentro do disco graduado, sempre fi cam apontando 
para o N do disco graduado. 
3. Faça com que essas linhas fi quem paralelas aos meridianos (linhas 
verticais do mapa). 
4. Gire o mapa, com a bússola repousada sobre ele, até que a ponta N da 
agulha (vermelha) esteja concordando com a seta grande vermelha gravada 
Fig. 13 – Declinando a bússola
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21
ORIENTAÇÃO E USO DE MAPAS
sobre o acrílico, acima do disco graduado da bússola. Neste ponto, o mapa 
estará orientado. A direção de qualquer ponto sobre o mapa, será a direção que 
você deverá tomar no terreno.
Na Figura 13 acima, temos a bússola declinada de 19ºW, e o mapa deve 
ainda ser girado para a esquerda até que a agulha “N” coincida com o Zero da 
escala.
RESUMINDO
Nesta Aula, vimos a importância da orientação 
nas atividades cartográfi cas que remontam com o 
início dos primeiros mapas, mostrando os principais 
conceitos e instrumentos utilizados para esse 
fi m. Conhecemos o modelo de orientação inicial 
pelos astros até o desenvolvimento de modernas 
tecnologias com uso de satélites artifi ciais do GNSS. 
Pudemos compreender as principais técnicas e 
cálculos para orientação geográfi ca com uso de mapas 
e conhecer as principais formas de orientação 
e os instrumentos utilizados para esse fi m. Veremos 
que todas esses conceitos serão importantes para as 
próximas aulas.
Caro aluno, esses são os principais conceitos 
sobre orientação em cartografi a. Precisamos agora 
responder algumas perguntas para fi xar melhor o 
conteúdo estudado.
22
CARTOGRAFIA AMBIENTAL
ATIVIDADE 03
1. Pesquise e elabore um breve texto explicativo sobre a forma de 
orientação da bússola. Em seu texto, procure demonstrar o porquê 
de a bússola sempre apontar para a direção Norte-Sul.
2. Estudamos os principais conceitos da Declinação Magnética em 
nossa Aula. Agora, pesquise por que é utilizado o termo “declinação” 
em vez de inclinação magnética.
3. Seja curioso. Pesquise qual a vantagem de usar a bússola em vez 
do receptor GNSS para a navegação. Produza em um breve texto com 
os principais resultados da sua pesquisa.
LEITURAS COMPLEMENTARES
Nos links abaixo relacionados, temos mais 
informações sobre o assunto abordado nesta aula. 
Temos um tutorial interativo de como usar a bússola 
e links de vídeos também, um manual de leitura 
de mapas e de orientação utilizado em combates a 
incêndios fl orestais. Aproveite para explorar os links 
que existem nos mesmos e entender melhor sobre o 
assunto abordado.
Aprenda a usar a bússola RIBEIRO, Luciano. Você 
sabe como funciona e como utilizar uma bussola?. 
Disponível em: <http://aventuranaveia.blogspot.
com.br/2009/04/voce-sabe-como-funciona-e-como-
utilizar.html>. Acesso em: 26 ago. 2013.
OLIVEIRA, Emanuel de. Manual de leitura 
de mapas e orientações para combatentes de 
incêndios fl orestais. Disponível em: <http://www.
23
ORIENTAÇÃO E USO DE MAPAS
terrabrasilis.org.br/ecotecadigital/pdf/manual-de-
leitura-de-mapas-e-orientacao-para-combatentes-de-
incendios-fl orestais-.pdf>. Acesso em: 26 ago. 2013.
ARTES DO MATO. Orientações: tirar azimutes e 
ajustar a declinação magnética com uma bussola tipo 
“Silva”. Disponível em: <https://www.youtube.com/
watch?v=gNm8Qac6k9U>. Acesso em: 26 ago. 2013.
24
CARTOGRAFIA AMBIENTAL
CONHECENDO AS REFERÊNCIAS
ANDERSON, P. S. Princípios de Cartografi a Básica. Disponível em: <http://lilt.ilstu.
edu/psanders/Cartografi a/cartografi a.html>. Acesso em: 10 nov. 2012.
DIMAIO, A. C. Projeto GEODEN: Geotecnologias Digitais no Ensino. Disponivel em: 
<http://www.uff .br/geoden>. Acesso em: 30 nov. 2012. 
FITZ, P. R. Cartografi a Básica. São Paulo: Ofi cina de textos, 2008.
GESTEIRA, H. M. VALENTE, M. E. A. VERGARA, M. R. Olhar o céu, medir a terra. Museu 
de Astronomia e Ciências Afi ns, Rio de Janeiro, 2011. Disponível em: <http://www.
mast.br/pdf/catalogo_olhar_o_ceu_medir_a_terra.pdf>. Acesso em: 09 dez. 2014.
JOLY, F. A cartografi a. Campinas, SP: papiros, 2001.
MENDONÇA, Ana Teresa Pollo. Ana Teresa Pollo Mendonça Por mares nunca 
dantes cartografados:A permanência do imaginário antigo e medieval na 
cartografi a moderna dos descobrimentos marítimos ibéricos em África, Ásia e 
América através dos oceanos Atlânticos e Índico nos séculos XV e XVI. 2007. 257 f. 
Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós- Graduação em História Social da Cultura, 
Departamento de Departamento de História, Universidade Católica do Rio de Janeiro, 
Rio de Janeiro, 2007.
MONICO, J. F. G. Posicionamento pelo GNSS: Descrição, fundamentos e aplicações. 
2. ed. São Paulo: Ed. Unesp, 2008.
SAMPAIO, Elsa. Noções de Cartografi a. Departamento de Geociência da 
Universidade de Évora, Portugal, 2005. Disponível em: <http://home.dgeo.uevora.
pt/~ems/fi les/Anexo%20B-05.PDF>. Acesso em: 10 nov. 2012.
LISTA DE FIGURAS
Fig. 01 - http://www.geografi a7.com/rosa-dos-ventos.html 
Fig. 02 - Fonte: Carta topográfi ca do DSG de Babaçulândia (1979). 
Fig. 03 - http://www.electronica-pt.com/content/view/246/
Fig. 04 - Carta topográfi ca do DSG de Babaçulandia (1979).
Fig. 05 - Adaptado de http://www.amiranet.com.br/fi les/produtos/sumario_2097.pdf
Fig. 06 - http://clubeazimute.com.br/portal/por-tras-do-nome-e-do-logotipo-do-clube.html
Fig. 07 - http://www.dicionario.pro.br/index.php/Declina%C3%A7%C3%A3o
Fig. 08 - Adaptado de http://marcelle.br.tripod.com/bussola.htm
25
ORIENTAÇÃO E USO DE MAPAS
Fig. 09 - Autoria própria.
Fig. 10 - Autoria própria.
Fig. 11 - Autoria própria.
Fig. 12 - Fonte: <http://ishop.s8.com.br/produtos/01/01/item/110934/3/110934373SZ.
jpg> e https://encrypted-tbn3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRJMidY70aNc_
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