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Status Epiléptico Não Convulsivo

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Neurologia – Amanda Longo Louzada 
1 STATUS EPILÉPTICO NÃO CONVULSIVO 
DEFINIÇÃO: 
➔ Status Epilepticus: mais de 30 minutos de atividade elétrica contínua não controlada ou duas ou mais convulsões 
sem recuperação total da consciência entre as crises 
➔ Estado epiléptico não convulsivo: não há manifestações externas típicas de convulsão apesar de haver altas 
descargas elétricas no cérebro 
EPIDEMIOLOGIA: 
➔ É mais comum em: 
➢ Indivíduos sabiamente epiléticos 
➢ Coma secundário à encefalopatia 
➢ Neoplasia do SNC 
➢ Injúria cerebrovascular 
➢ Intoxicações 
➢ Alterações metabólicas 
➢ Pacientes hospitalizados e ou em cuidados intensivos 
FISIOPATOLOGIA: 
➔ A falha de mecanismos que encerram e/ou que prolongam a excitação neuronal anormal culmina em perda da 
função celular e morte neuronal. 
➔ Em um primeiro momento, o consumo metabólico dos neurônios está aumentado devido a descarga elétrica 
anormal e excessiva, e há aumento do fluxo sanguíneo para o cérebro. 
➔ Após determinado período de excitação há falha na regulação celular, com diminuição do fluxo sanguíneo, 
aumento da pressão intracraniana e hipotensão sistêmica. 
➔ Nesse sentido, mesmo que a atividade elétrica ainda continue, as manifestações clínicas são mínimas. 
DIAGNÓSTICO: 
➔ De difícil diagnóstico. Isso se deve ao fato de que, ao contrário das crises convulsivas tônico-clônicas, em que há 
atividade muscular nítida associada a outros sinais clássicos, o estado epiléptico não é reconhecível de imediato. 
O paciente, aparentemente estável, está em atividade elétrica cerebral exacerbada. 
➔ Por isso o eletroencefalograma é o exame de diagnóstico usado para esses casos 
 
TRATAMENTO: 
➔ O tempo da crise é limitado 
➔ Quanto maior a duração, maior a chance do paciente ser refratário ao tratamento e de ocorrerem sinais cerebrais 
permanentes 
➔ O medicamento de primeira linha é Lorazepam EC, em até 2mg/kg 
➔ Se não melhorar em 10 minutos, deve fazer fenitóina 10 – 20 mg/kg EV ou valproato de sódio 20 mg/kg EV 
➔ Após estabilização do quadro, a terapia com drogas anticonvulsivantes de longa duração deve ser instituída. Os 
medicamentos incluídos são proporfol, midazolam, fernobarbital, ambos em infusão contínua. As doses podem ser 
mantidas no limite superior da faixa normal sem muitos prejuízos por um período de 24 horas, momento em que 
pode ser instituída a diminuição da sedação

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