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Derrame Pleural Sanar

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Pneumologia – Amanda Longo Louzada 
1 DERRAME PLEURAL 
DEFINIÇÃO: 
➔ Desequilíbrio entre a produção e absorção de 
líquido pleural, ou seja, produz mais líquido do que 
consegue reabsorver 
➔ Então o espaço que teoricamente deveria ser 
virtual, começa a acumular líquido 
EPIDEMIOLOGIA E ETIOLOGIA: 
➔ A causa mais comum é ICC, seguida por 
pneumonia, câncer (principalmente no paciente 
idoso) e por fim por tuberculose (principalmente 
em jovens) 
FISIOPATOLOGIA: 
➔ O espaço pleural é composto por uma pleura 
visceral que a que está conectada com o pulmão e 
a parietal que está no gradil costal 
➔ O espaço entre essas duas pleuras é que forma o 
espaço que seria virtual e no derrame pleural é 
tomado por líquido 
➔ O aumento da pressão hidrostática que é o que 
acontece na insuficiência cardíaca, faz com que o 
líquido de dentro do vaso saia, indo para a 
cavidade pleural 
➔ A pressão osmótica coloidal, faz uma força 
contrária a pressão hidrostática, fazendo com que 
o fluído fique dentei do vaso 
➔ No espaço pleural existe um equilíbrio entre as 
forças da pleura parietal e visceral 
➔ A pleura visceral possui uma força hidostática que 
faz com que o líquido entre no espaço pleural com 
uma força de 29, mas a pressão coloidosmótica 
também é 29, ou seja, ela se iguala, não tendo 
movimentos de líquidos 
➔ Na pleura parietal existe uma pressão hidrostática 
de 35 para entrar dentro do espaço pleural e de 29 
para sair, ou seja, a pressão coloidosmótica é 
menor que a pressão hidrostática, levando a uma 
força contínua de tração de líquido do vaso para 
dentro do espaço pleural 
➢ Dentro da pleura parietal que existe um sistema 
que drena o excesso de líquido que naturalmente 
é produzido por essa diferença de pressão 
➔ Transudato: ocorre por um desequilíbrio entre as 
pressões 
➔ Exsudato: ocorre aumento da permeabilidade do 
vaso 
 
QUADRO CLÍNICO: 
➔ Dor pleurítica, principalmente se o derrame for 
exsudativo 
➔ Dispneia, a depender do volume e da velocidade 
de formação do derrame 
➔ Tosse de forma reflexa 
EXAME FÍSICO: 
➔ Inspeção: 
➢ Abaulamento 
➢ Desvio contralateral do mediastino 
➢ Alargamento intercostal 
➔ Palpação: redução do frêmito toracovocal 
➔ Percussão: 
➢ Macicez 
➢ Rebaixamento hepático 
➔ Ausculta: 
➢ MV reduzido 
➢ Sopro pleurítico, em caso de derrame 
inflamatório 
DIAGNÓSTICO: 
RADIOGRAFIA DE TÓRAX: 
➔ Opacidade do hemitórax acometido 
➔ Deve ser usado para derrames volumosos 
➔ Sinal do menisco: opacificação do limite superior 
dos seios costofrênicos 
 
ULTRASSONOGRAFIA 
➔ Deve ser usada para derrames pequenos 
 
Pneumologia – Amanda Longo Louzada 
2 DERRAME PLEURAL 
TC DE TÓRAX: 
➔ Fornece mais dados sobre o derrame, inclusive as 
possíveis etiologias 
 
TORACOCENTESE: 
➔ Coleta de líquido pleural 
➔ Em caso de dúvida etiológica pode ser feito a 
biópsia pleural 
CRITÉRIOS DE LIGHT: 
➔ Para definir se o paciente tem um exsudato ou um 
transudato 
➔ Relação proteína pleural e sérica > 0,5 
➔ Relação DLH pleural e sérico > 0,6 
➔ DHL pleural > 2/3 do limite superior no soro 
➔ Transudato: nenhum dos critérios 
➔ Exsudato: 1 ou mais critérios 
EXAMES QUE PODEM SER PEDIDOS PARA 
INVESTIGAÇÃO DO LÍQUIDO PLEURAL: 
➔ Celularidades 
➔ Proteínas 
➔ Glicose 
➔ pH 
➔ DHL 
➔ Amilase 
➔ Lipase 
➔ Triglicerídeos 
➔ ADA 
➔ FAN 
➔ FR 
➔ Complemento 
➔ Citometria de fluxo 
➔ PCR 
➔ Cultura 
➔ BNP 
ETIOLOGIAS: 
TRANSUDATO: 
➔ Insuficiência cardíaca 
➔ Cirrose hepática 
➔ Síndrome nefrótica 
➔ Desnutrição 
EXSUDATOS: 
➔ Câncer 
➔ Pneumonia bacteriana 
➔ Tuberculose 
➔ Doenças do tecido conectivo 
➔ Pancreatite 
TRATAMENTO: 
➔ Tratar a causa base 
➔ Alívio dos sintomas

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