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Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA)

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Pneumologia – Amanda Longo Louzada 
1 SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO AGUDO (SDRDA ) 
DEFINIÇÃO: 
➔ Para ser SRDA, precisa ter todos os seguintes 
critérios presentes: 
➢ Gatilho conhecido 
➢ Com início ou piora da dispneia em menos de 7 
dias 
➢ Associado a sinais de hipoxemia, com relação 
PaO2/FiO2 menor ou igual a 300 
➢ PEEP maior ou igual a 5 cmH2O 
➢ Com presença de opacidades bilaterais, que não 
podem ser explicadas por sobrecarga de volume, 
colapso pulmonar 
 
ESTÁGIOS: 
EXSUDATIVO: 
➔ Vai até aproximadamente o décimo dia da doença 
➔ É caracterizado por um padrão histopatológico de 
dano alveolar difuso 
➔ Esse dano alveolar se correlaciona com a 
gravidade do evento, então quanto maior a sua 
extensão mais grave é o quadro 
➔ Lesão pouca específica, que leva a muita 
inflamação, aumento da permeabilidade vascular e 
consequentemente forma membrana hialinas e as 
opacidades 
FIBROPROLIFERATIVO: 
➔ Vai acabar resolvendo o edema 
➔ Vai se iniciar com deposição de colágeno e matriz 
extracelular, mudando a característica 
➔ Ao longo do tempo vai se transformar em um 
quadro de fibrose intersticial e distorção 
parenquimatosa 
 
ETIOLOGIAS: 
CAUSAS EXTRATORÁCICAS: 
➔ Pancreatite 
➔ Trauma 
➔ Cirurgias 
➔ Transfusão 
➔ Drogas lícitas e ilícitas 
CAUSAS INTRATORÁCICAS: 
➔ Pneumonia 
➔ Aspiração 
➔ Sepse 
CLASSIFICAÇÃO DA GRAVIDADE: 
LEVE: 
➔ PaO2/FiO2: quando a relação vai de 201 a 300 
MODERADA: 
➔ PaO2/FiO2: quando a relação vai de 101 a 200 
GRAVE: 
➔ PaO2/FiO2: quando a relação é menor ou igual a 
100 
BABY LUNG: 
➔ A SRDA traz as opacidades pulmonares bilaterais 
➔ As regiões basais sempre terão mais densidade de 
doença, e eventualmente vão evoluir com áreas de 
atelectasia 
➔ Fazendo com que apenas o ápice do pulmão, seja 
a parte funcionantes, gerando uma grande queda 
da complacência pulmonar 
➔ Ou seja, baby lung é o pulmão pequeno 
➔ Então ao ventilar, deve ter cuidado para não 
danificar essa única área funcionante 
 
Pneumologia – Amanda Longo Louzada 
2 SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO AGUDO (SDRDA ) 
➔ No ventilador mecânico esse fenômeno é 
evidenciado com uma curva de fluxo com baixa 
amplitude 
 
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA: 
➔ Anamnese completa 
➔ Exames Séricos: 
➢ Gasometria arterial: ela que vai ajudar na 
classificação da gravidade as SARA 
➢ BNP: para afastar causas cardiológicas 
➔ Exames de Imagem: 
➢ Radiografia de tórax 
➢ Ultrassonografia de tórax 
➢ Ecocardiograma transtorácico 
➔ Microbiologia 
TRATAMENTO DE SUPORTE: 
➔ Suporte hemodinâmico 
➔ Vigilância infecciosa 
➔ Vigilância de disfunções 
➔ Manutenção de volemia 
VENTILAÇÃO PROTETORA: 
➔ Volume corrente > 6 ml/kg de peso predito 
➔ Hipercapnia permissiva (podendo tolerar um pH > 
7,2) 
➔ VCV OU PCV 
➔ FiO2 < 60% (mantendo a saturação entre 92-95%), 
para reverter a hipoxemia 
➔ PEEP acima de 5 cmH2O (PEEP Table – menor 
FiO2 para garantir SpO2 > 92%) 
 
➔ Metas Ventilatórias: 
➢ VC < 6 ml/kg do predito 
➢ DP < 15 cmH2O 
➢ Fr > 15, para conseguir lavar o CO2 mais rápido, 
e mantendo o pH > 7,2 
➢ Permitido uma PaCO2 > 50 mmHg 
➔ Para os pacientes que persistem com PaO2/FiO2 
< 150 mesmo com ventilação protetora, pode ser 
feito: 
➢ Bloqueador neuromuscular 
➢ Posição prona: 
• Paciente em posição supina possui 
colabamento das áreas alveolares das bases 
• Ao pronar o pulmão pendente não vai mais 
sofrer ação da gravidade, e os alvéolos vão 
abrir, fazendo com que melhore a ventilação 
➢ Pode ser feito a ECMO VV, para pacientes que 
não responderam a nenhuma das medidas acima

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