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1 Aline David – ATM 2025/B CLÍNICA MÉDICA: CARDIOLOGIA – AULA 04 + MEDCURSO – ANATOMIA CORONARIANA ❖ A. descendente anterior: dá os ramos septais e diagonais. ❖ II, III, avf → infarto inferior → coronária direita ❖ V1 – V6 → infarto de parede anterior → descendente anterior. ❖ D1 e aVL → infarto lateral alto → circunflexa. ❖ A circulação coronariana começa com dois vasos que se originam de cada lado da raiz aórtica: o Tronco da Coronária Esquerda (TCE) e a Coronária Direita (CD). - O TCE se divide em dois ramos principais: Descendente Anterior (DA) e Circunflexa (Cx). Estas são as coronárias epicárdicas, vasos de médio calibre que em conjunto irrigam todas as estruturas cardíacas. A aterosclerose geralmente incide sobre elas, principalmente em seus pontos de bifurcação (local onde o estresse mecânico sobre a superfície endotelial é maior devido ao turbilhonamento de sangue). • A DA irriga quase todo o septo IV, a parede anterior e a região apical do VE. Seus principais ramos são as artérias septais e diagonais. Irriga a maior parte do miocárdio do VE. • A Cx irriga a parede lateral do VE e, quando dominante, em 30% dos casos, irriga também a porção basal do septo e a parede inferior e posterior do VE. Seus principais ramos são as artérias marginais esquerdas, sendo a artéria do nodo AV e a descendente anterior ramos de uma Cx dominante. - A CD irriga o miocárdio do VD e, quando dominante, em 70% dos casos, irriga também a porção basal do septo e a parede inferior e posterior do VE. Os outros ramos da artéria CD são: artéria conal, artéria do nodo sinusal e marginais direitas. CARDIOPATIA ISQUÊMICA – SÍNDROME CORONARIANA AGUDA (SCA) ❖ O Infarto agudo do miocárdio é uma das principais causas de morte no Brasil e no mundo. ❖ Ocorre quando a obstrução coronariana for aguda e grave, acometendo mais de 80% do lúmen, mesmo com uma vasodilatação arteriolar máxima, o fluxo ficará tão baixo que não será suficiente para suprir a necessidade basal de O2. Caso não exista uma circulação colateral bem desenvolvida ou caso a coronária não seja reperfundida a tempo, irá ocorrer infarto agudo do miocárdio. ❖ A síndrome coronariana aguda tem 3 espectros de doença diferentes: - Infarto Agudo do Miocárdio com supra desnivelamento de Segmento ST (IAMCSST) → artéria 100% obstruída. Tem que ser resolvida na hora (30% dos casos). Relaciona-se aos trombos vermelhos, ricos em fibrina. - Infarto Agudo do Miocárdio sem supra desnivelamento de Segmento ST (IAMSSST) → troponina elevou (marcador de lesão miocárdica) → obstrução parcial. Cateterismo pode esperar até 48 horas (70% dos casos). Relaciona-se aos trombos brancos, ricos em plaquetas. - Angina Instável (AI) → não aumenta troponina, mas tem dor típica. ECG pode ter alterações que não são alterações de ST. Paciente geralmente não fica em casa, procura pronto atendimento por conta da dor. ❖ Todos esses caminhos podem ser transformados: IAMCSST → AI → IAMSSST → IAMCSST. ❖ IAM são causados por oclusões agudas nas artérias coronárias. A oclusão do tronco da coronária esquerda é uma entidade quase sempre fatal, causando menos de 5% dos IAM. 2 Aline David – ATM 2025/B ETIOLOGIA ❖ Em mais de 95% dos casos, a causa é aterotrombose (formação de um trombo sobre uma placa de ateroma que sofreu ruptura). Fissuras parciais estão relacionadas com o aparecimento de trombos brancos, gerando obstrução coronariana parcial (angina instável/IAMSSST). Rupturas mais profundas estão relacionadas com o surgimento de trombos vermelhos (IAMCSST). ❖ Em menos de 5% dos casos a obstrução coronariana aguda é secundária a processos patológicos outros que não a aterotrombose. ❖ O processo de necrose leva de 6 – 12 horas para se completar. Se a necrose ocupar a espessura total da parede cardíaca, teremos a necrose transmural. Se não houver extensão por toda a parede, teremos a necrose não transmural (geralmente subendocárdica). ❖ O que determina a evolução para necrose miocárdica ou não é: a capacidade da rede de colaterais; MVO2 do miocárdio em sofrimento isquêmico; reperfusão precoce; ❖ As áreas do miocárdio que sofrem infarto do miocárdio tendem a se dilatar, já as áreas não infartadas, tendem a sofrer hipertrofia, na tentativa de manter a fração de ejeção estável. O remodelamento costuma piorar muito a função sistólica, justificando a instalação de um quadro de insuficiência cardíaca congestiva dias após o IAM. INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO COM SUPRADESNIVEL DO SEGMENTO ST (IAMCSST) FATORES PREDISPONENTES ❖ Metade dos pacientes tem pródromos antes do evento. Podem ter início até 4-6 semanas antes do evento, sendo nada mais do que uma angina instável. ❖ Exercícios vigorosos em paciente sedentário. ❖ Angina de repouso ou acelerada podem culminar com IAMCSSST → cada vez menos esforço para desencadear a angina. ❖ Pacientes que são submetidos a grandes estresses: cirurgias não cardíacas podem precipitar IAMCSST. ❖ Hipotensão severa. ❖ Aumento consumo de oxigênio. ❖ Uso de simpaticomiméticos (noradrenalina, adrenalina, cocaína, crack). ❖ Angina de Prinzmetal (segmento proximal da coronária) ou por vasoespasmo coronariano. - Angina típica, faz CAT e não encontra nada. É ocasionada por espasmo coronariano. HISTÓRIA CLÍNICA ❖ Sintomas prodrômicos: dor torácica anginosa (de forte intensidade, longa duração - > 20 min, e que não se resolve por completo em repouso ou com uso de nitrato), exaustão franca, mal-estar generalizado (náusea, vômito, sudorese fria, ansiedade, palidez, dispneia, sensação de morte iminente). ❖ Dor torácica: • Intensidade: variável • Duração: prolongada, não aliviada com repouso (perpetua) e nem com o uso de nitratos. Não é uma dor corriqueira. • Descrição: constritivo • Localização: retroesternal • Irradiação: epigástrio (podendo ser confundida com indigestão), dorso (diagnóstico diferencial com dissecção de aorta), membros superiores (principalmente esquerdo) e pescoço/mandíbula (sensação de sufocamento). • Desaparecimento súbito: se reperfusão (comum acontecer). Quando isso ocorre o cateterismo não precisa ser na hora. • Diabetes Mellitus (pode não sentir dor por conta da neuropatia diabética), ICES (paciente pode apresentar com muita dispneia), sincope (redução da FC), PCR (jogador de futebol que morre no campo – morte súbita por desencadear uma arritmia ventricular). • Fatores de risco para IAM mascarado por sintomas atípicos: idosos, sexo feminino, DM, ICC, marca-passo definitivo, transplante cardíaco. ❖ Diagnóstico diferencial: - Pericardite aguda (COVID-19, TB, tumores) → geralmente é uma dor ventilatório-dependente. Colocar o paciente em decúbito piora a dor; inclinar peito para frente, alivia. A dor pode irradiar para o trapézio. - Dor pleurítica (trauma, TB) → dor ventilatório dependente; - Dissecção aórtica → é uma dor que pode começar no peito, mas geralmente o paciente se queixa de uma dor rasgante nas costas, dentro das escápulas; - Embolia pulmonar → dor súbita de caráter ventilatório-dependente. Geralmente é Dx de exclusão depois de fazer o cat e não ter nada; - Espasmo esofágico → dor forte retroesternal, geralmente associada a deglutição depois de comer algo; - Costocondrites/dor muscular → geralmente quando aperta em cima do músculo dói. Quando 3 Aline David – ATM 2025/B acontece isso pede enzimas para descargo de consciência, mas geralmente não é IAM; EXAME FÍSICO ❖ Aparência geral: só quem já viu um. ❖ Frequência cardíaca: Bradicardia (especialmente no IAM inferior, por aumento do reflexo da atividade vagal) ou taquicardia (especialmente no IAM anterior extenso, por adaptação a queda na função sistólica do VE), regular ou irregular. ❖ Pressão Arterial: maioria normotenso (se chegar hipertenso está bomtambém – aumento da atividade simpática), choque cardiogênico (hipotenso – pior prognóstico), IAM VD. ❖ Ausculta: surgimento de B4 (disfunção diastólica do VE). ❖ Taquipneia (por hipertensão pulmonar da IC ou por dor). ❖ Turgência Jugular → IC ❖ Quando a estertoração pulmonar está presente acima da metade inferior dos terços inferiores do tórax, definimos a existência de Edema Agudo de Pulmão (EAP). ❖ Quando há sinais de hipoperfusão generalizada como hipotensão arterial, pulsos finos, palidez, sudorese fria, oligúria e confusão mental), definem a existência de choque cardiogênico. ❖ Tórax: - Congestão pulmonar, Tosse, Hemoptise → importante fazer o exame pulmonar → Classificação de Killip Kimball (importante para saber o grau de congestão pulmonar): - Classe I: sem estertores e sem galope. - Classe II: estertores < 50%, com ou sem galope - Classe III: estertores > 50%, frequentemente galope. - Classe IV: choque cardiogênico ou edema agudo de pulmão. ❖ Ausculta: - Bulhas: abafamento da primeira bulha, B3 (desaceleração rápida do fluxo transmitral – disfunção de VE - Sopros: Imi, Itri, CIV - Atritos: IAM extensos, mais tardio, Síndrome de Dressler - Ritmo: Regular, irregular, taquicárdico, bradicárdico EXAMES ❖ Alterações laboratoriais inespecíficas: leucocitose (segundo ao quarto dia), elevação do VHS e da proteína C reativa. Redução de todas as frações de colesterol. ❖ Ecocardiograma: melhor exame para localizar e quantificar a extensão do infarto após o diagnóstico. ❖ Laboratoriais (marcadores séricos de lesão miocárdica): - CK MB - Troponina • Pedir depois de 3 e 6 horas de novo → dx de infarto sem supra. ❖ Confirmação diagnóstica: - História Clínica: dor precordialmente constritiva, em facada ou queimação, de início agudo e intenso, geralmente associada a sintomas sistêmicos. Por via das dúvidas deve ser considerada positiva. - ECG: sem alterações não descarta infarto. Fundamental repetir o ECG em intervalos curtos de 5-10 minutos em todo paciente com ECG normal que continua sintomático. - Curva enzimática: troponinas cardiomioespecíficas (troponinas T ou I e CK-MB massa). 4 Aline David – ATM 2025/B VALORES DE REFERÊNCIA CK-MB massa (+ sensível) → 3-6h após início. Pico em 16-24hrs. > 5 ng/ml CK-MB atividade → 4-6h após início. Pico em 18hrs. > 15-20 U/L Mioglobina: se não alterado serve para descartar IAM e não para confirmar, por não ser uma proteína específica do músculo cardíaco. Troponinas: são as enzimas mais específicas para o diagnóstico de IAM por estarem presentes apenas no tecido miocárdico. Seus níveis se elevam de 4-8h após o início dos sintomas, com pico em 32-72 horas e com normalização de 5-14 dias. Enzimas de escolha para diagnóstico recente e tardio de IAM. Considera-se positivo um valor > 0,1 ng/ml. EVOLUÇÃO ELETROCARDIOGRÁFICA DO IAMSST ❖ Eletrocardiograma.....????? - Sinusal... - Ondas.... - Intervalos. - A alteração eletrocardiográfica no IAMCSST é a indicação de reperfusão imediata.... ❖ Supradesnivelamento do Segmento ST → alteração típica do IAMCSST, porém, não é patognomônico de IAM podendo ocorrer agudamente na angina de Prinzmetal e, cronicamente, na discinesia ou aneurisma ventricular, bem como na cardiopatia chagásica. ❖ Obstrução da coronária eleva o segmento ST, ele começa a ficar quadradinho, forma a onda Q (necrose miocárdica), começa a inverter e no final tem se um QRS com onda T invertida. - Alteração em D2, D3 e aVF → parede inferior do coração → coronária direita. Fase Hiperaguda (primeiras horas): supradesnível de ST proeminente, com onda T positiva, promovendo um formato retificado ou côncavo do ST-T. A onda R pode aumentar sua amplitude, e a onda Q patológica de “inatividade elétrica” ainda não apareceu. Fase Subaguda (após as primeiras horas, até quatro semanas): a onda T começa a se negativar, modificando o segmento ST que passa a ter o formato de abóbada (convexo). A onda R reduz sua amplitude, podendo desaparecer, e surge a onda Q “patológica”. A onda Q patológica indica inatividade elétrica transmural; quando se torna crônica, significa necrose transmural. Em geral possui largura maior que 40ms (um “quadradinho”) e amplitude maior que 0,2 mV (dois “quadradinhos”). Fase Crônica ou Infarto Antigo (após 2-6 semanas): o “supra de ST” desaparece, permanecendo a onda Q patológica que marca a sequela do infarto. Neste caso, a onda Q patológica representa uma área de necrose ou fibrose miocárdica. As alterações na onda T (ex.: inversão) também podem persistir. 5 Aline David – ATM 2025/B - Alteração V1, V2, V3, V4, V5, V6 → parede anterior → descendente anterior → (tem onda Q profunda, já tem necrose). - Infarto de parede inferior com bloqueio atrioventricular total. Antes de abrir a coronária tem que botar um marca- passo. ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO NO IAMST ❖ TIMI risk para IAMCSST: TRATAMENTO TRATAMENTO PRÉ-HOSPITALAR ❖ Tempo é musculo → se o centro tem condição de fazer reperfusão, é isso que tem que fazer, mas se não tiver existe remédios que podem abrir a artéria sem precisar fazer cateterismo, até chegar em um local de referência, salvando o paciente da morte. ❖ ICP primária preferência: centro com > 200 ICP ano, 36 ICP primária, operador com > 75 ICP (intervenção primária percutânea – angioplastia) /ano. ❖ SME – SAMU ❖ Sistemas que abreviem o tempo isquêmico total ❖ Maioria das mortes associadas com IAMCSSST ocorre na primeira hora por FV ❖ Educação populacional ara o reconhecimento dos sintomas → importante para reconhecer a dor no peito. ❖ Fibrinólise pré-hospitalar: - Estudos fibrinólise pré-hospitalar: nenhum estudo individual mostrou benefício na mortalidade total, uma meta-análise de todos os estudos disponíveis mostrou redução de mortalidade de 17%. O estudo CAPTIM mostrou uma tendência para uma taxa menor de mortalidade se trombólise for feita antes de 2h do início do sintoma. O Brasil não tem capacidade financeira para arcar com os custos de fibrinolíticos e nem formação de equipe hospitalar. - Porém, a racionalização da prática de reconhecimento pré-hospitalar e o treinamento do centro hospitalar para redução de todos os tempos têm um melhor custo-benefício do que equipar toda uma equipe pré-hosp. SALA DE EMERGÊNCIA – MEDIDAS GERAIS ❖ Aspirina: todo o espectro de síndrome isquêmica agudas, além de prevenção secundária, Dose 200mg VO mastigável para aumentar a absorção (absorção bucal e não gástrica) e o elevar rapidamente o efeito antiplaquetário. - Todo paciente infartado precisa utilizar AAS. - O objetivo é bloquear rapidamente a formação de troboxano A2 nas plaquetas pela inibição da ciclo- oxigenase. 6 Aline David – ATM 2025/B CONTROLE DA DOR ❖ A dor aumenta o consumo de O2 e aumenta o dano miocárdico. ❖ Analgésicos (opiódes): morfina 4 – 8 mg IV, com repiques de 10 – 10 min até alívio da dor ou para efeito deletério iminente. Hipotensão, vomito, depressão respiratória (se ele parar de respirar bota em VM). Diminui atividade autonômica. Efeito vasodilatador benéfico para pacientes em EAP hipertensivo (congestão pulmonar). Antagonista – Naloxone → 0,1 a 0,2 mg IV repetida após 15 min se necessário (reverte o efeito da morfina. Tem meia vida mais curta do que o opioide, paciente pode dormir de novo). ❖ Nitratos: não tiram a dor, mas reduzem a congestão. Vasodilatação coronariana, vasodilatação sistêmica reduzindo a pré-carga (aumento da capacitância venosa). Contraindicação: infarto de VD (paciente pode chocar), Uso de FIL - viagra (efeito colateral que mata), Hipotensão com PAS < 100. Dose de Isossorbida SL 5mg, Nitroglicerina SL 0,4mg, Nitrogilcerina IV (pacientes com dor “vai e vem” ou hipertensão arterial) amp com 50mg + SF 250ml IV. ❖ Oxigênio: só dar O2 se o pacienterealmente precisar, caso contrário aumenta o estresse oxidativo e a produção de radicais livres, piorando a perfusão tecidual, visto que ele pode aumentar a resistência vascular sistêmica e a pressão arterial, reduzindo o débito cardíaco. Administrar apenas em pacientes hipoxêmicos (Sat<90), nesses pacientes, as medidas seriadas de gasometria arterial podem ser empregadas para acompanhamento da eficácia da terapia com oxigênio. A administração de 2 a 4 L/min de O2 a 100% por máscara ou cateter nasal por 6 a 12 horas é satisfatória na maioria dos pacientes com hipoxemia leve. Elevar a PaO2 não significa ofertar mais O2 para área isquêmica. Em pacientes com edema pulmonar pode ser necessária IOT e VM. ❖ Beta-bloqueadores: reduzem a FC, o inotropismo e a PA ao mesmo tempo em que aumentam o fluxo sanguíneo na rede de colaterais e no subendocárdio. Reduzem a dor isquêmica, reduzem a necessidade de analgésicos, reduzem o tamanho do infarto e as arritmias. Devem ser evitados ou postergados em pacientes com Killip 2 ou mais, por poderem precipitar ICEsq e choque. Evitar na bradicardia e bloqueios AV. Metoprolol EV 5mg em 3 bolus - até 15mg (observar sinais de deterioração HMDCA – 2 a 5 min após cada dose e, se a FC cair < 60 bpm ou a PAS cair < 100 mmHg, não se administrar doses adicionais). Após Metoprolol VO 50mg 6/6h por 48hrs, substituídos por Metoprolol VO 100mg 12/12h a partir daí se houver tolerância. - Na ausência de contraindicações, todos os pacientes devem ser avaliados para uso imediato. No entanto, mesmo nos pacientes livres de contraindicação, não faremos uso imediato de um BB caso haja fatores de risco para choque cardiogênico nas primeiras 24 horas. TERAPIA ANTIPLAQUETÁRIA ❖ AAS para todos + Outro agente antiplaquetário na (SCA). ❖ Inibidor P2Y12 (no BR existem 3): - Clopidogrel: 300mg em dose de ataque seguidos de 75mg/dia para pacientes trombolisados e 600mg de dose de ataque seguidos de 75mg/d para pacientes que vão a ICP. Mais barato e mais utilizado. • Para os pacientes que irão receber trombólise química, é mais indicado AAS + clopidogrel, em razão da falta de estudos com outros medicamentos. • 20% dos pacientes não respondem a esse medicamento, mas não tem como saber. - Prasugrel: 60mg em dose de ataque seguidos de 10mg/dia. É superior ao clopidogrel mas para os casos com baixo risco de sangramento (pacientes com maior risco trombótico e menor risco de sangramento: DM – evitar para idosos). - Ticagrelor: 180mg em dose de ataque, seguido de 90mg 12/12h, é superior ao clopidogrel (início mais rápido e maior poteência) e não existe paciente não respondedor. • Precisa ser utilizado duas vezes ao dia e é 4 vezes mais caro do que o clopidogrel. 7 Aline David – ATM 2025/B - Estudo que mostra a eficiência do clopidogrel em relação ao placebo. Reduz 36% ou mais da mortalidade do que com o placebo. - Comparação de clopidogrel com Prasugrel: prasugrel é melhor em eventos trombóticos e pior em pacientes que tem risco de sangramento. SALA DE EMERGÊNCIA - RESUMO ❖ História clínica e ECG 12 derivações ❖ NPO, MCC, Acesso Venoso periférico ❖ Oxigênio?? Somente se SatO2 < 90%. ESCOLHA DA TERAPIA DE REPERFUSAO: ❖ Avaliar tempo e risco: ❖ Fibrinólise geralmente é preferida se: - <= 3horas do início - Retardo para ICP > 90 min - ICP não é uma opção. ❖ ICP é preferida se: - Laboratório de ICP disponível em até 90 min - IAM alto risco: choque cardiogênico, Killip >= 3 - Contraindicações de fibrinólise • Paciente que fez cirurgia de coluna há 2 semanas atrás. Se der fibrinolítico ele pode sangrar lá dentro. • Má formação artério-venosa-cerebral; • Hemorragia digestiva recente; - Apresentação tardia > 3 horas - Dúvida diagnóstica • Não sabe se é embolia pulmonar ou infarto. Com ela tu vai saber o que é. - Não dá para colocar mola em tudo. Cada mola tem 5% de chance de dar estenose. Ela serve para estabilizar a placa. FIBRINÓLISE ❖ Melhora a chance de sobreviver em todos os grupos, logo, abrir a coronária é melhor do que não abrir. ❖ Os trombolíticos tendem a ser mais eficazes quanto mais precoce for sua administração. ❖ Principais complicações: AVC hemorrágico e outros sangramentos “maiores” não cerebrais. ❖ TNK: é melhor para pacientes com idade < 75 anos, porém seu custo é maior. ❖ SK: sua grande vantagem além do baixo custo, é o fator de provocar sangramentos cranianos com menor frequência. Logo, é indicado para pacientes com idade > 75 anos, pois possuem maior risco de AVC hemorrágico. - Os dois primeiros são fibrino-específicos, se ligam apenas ao plasminogênio ligado à rede de fibrina. Tem que ser usados com heparina. - Os não específicos só da heparina se o paciente tiver muito risco de ter infarto de novo, se não aumenta muito a chance de sangramento, visto que não se ligam apenas ao fibrinogênio ligado ao trombo, mas também ao fibrinogênio circulante. - A taxa de patência de abrir as coronárias é melhor nas fibrino-específicas. 8 Aline David – ATM 2025/B TERAPIA DE REPERFUSÃO ❖ Tempo é músculo. - Quanto mais cedo a terapia de reperfusão, melhor é o resultado, menor a mortalidade. ICP PRIMÁRIA (ANGIOPLASTIA) ❖ A ICP primária evoluiu ❖ Stents convencionais e stents farmacológicos (superfície interna impregnada com substância antiproliferativa), evitando uma reepitelização tardia exagerada, o que pode resultar em uma oclusão tardia. ❖ Agentes inibidores da glicoproteína IIb/IIIA, antagonistas P2Y12 da adenosina plaquetária ❖ Trombectomia ❖ Via Radial preferencial → sangra menos porque dá para comprimir, logo, quanto menor o sangramento, menor a mortalidade. ❖ Se disponível e centro experiente é melhor que terapia lítica → se tem hemodinâmica disponível, não tem por que não usar. ❖ ICP de resgate → faz fibrinolítico, não abre, manda para a hemodinâmica. Deve ser feita em < 180 minutos após a constatação de falha da trombólise. - Quem mais se beneficia são os pacientes com IAMST anterior extenso, com grande área miocárdica sob risco, conforme estimada pelo ECG. ESCOLHA TERAPÊUTICA DE REPERFUSÃO ❖ Tempo do Início dos sintomas até o início da TRM. ❖ É considerada a estratégia de reperfusão mais eficaz. Prefere-se a angioplastia primária em vez de trombolíticos se esta puder ser feita em até 90 min após o diagnóstico de IAMST. Será obrigatoriamente escolhida em caso de contraindicação da terapia fibrinolítica, não importando se o atraso for > 90 minutos, tendo até 12 horas para fazer o procedimento. Outro grupo em que a angioplastia primária é preferencial é o dos pacientes em choque cardiogênico. ❖ Risco de morte após IAMCSSST: Choque cardiogênico (classificação de Killip). ❖ Risco de Sangramento: HIC, baixo peso, idade avançada, HAS severa tendência a ICP. Se for usar fibrinólise o adequado usar fibrino-específico. ❖ Tempo de transporte para centro com ICP (max 60 min de transporte). ❖ Tempo máximo de espera total por PCI de até 120 min desde a chegada no hospital, preferencialmente menor que 90 min. TERAPIA ANTICOAGULANTE ❖ Heparina Não Fracionada (HNF0: usar sempre em infusão contínua nas primeiras 48 horas dos pacientes que receberam Fibrinólise com agente fibrino-específico. Dá um bólus e depois continua com bomba de infusão. Com STK administrar concomitante, nos pacientes sem alto risco de sangramento, de preferência após as primeiras 12 horas da aplicação do trombolítico. Sempre ajustar a dose com KTTP que deve estar de 1,5 a 2x a - Absolutas: paciente com hemorragia intracraniana prévia; malformação cerebral conhecida; neoplasia craniana conhecida; trauma craniano em 3 meses; sangramento ativo; cirurgia intracraniana ou na coluna nos últimos 2 meses; HAS não responsiva com terapia de emergência; paciente que fez streptocnase nos últimos 6 meses não pode dar de novo porque pode ocasionar choque anafilático.9 Aline David – ATM 2025/B referência. Preferida para os selecionados para ICP primária. (HNF 100U/Kg em Bolus e após 12U/Kg/H). - A droga de escolha após angioplastia (mantida por apenas 48 horas). ❖ Heparina de Baixo Peso Molecular (HBPM): vantagens são efeito ATC estável, não necessita controle de KTTP, não melhora taxa de patência, mas melhora taxa de reoclusão ou re-infarto (enoxaparina 1mg/kg primeira dose IV, após SC 12/12h). Melhor do que heparina não fracionada, principalmente em reinfarto. - Paciente com perda de função renal: 0,7mg/kg de 12/12hrs. - A droga de escolha após trombólise química, sendo a enoxaparina. Não necessita PTTa de 6/6h para controle (mantida enquanto durar a internação hospitalar ou até 8 dias). ❖ Não se utiliza os novos anticoagulantes orais em SCA, pois aumenta o risco de sangramento, de acordo com pesquisas realizadas. OUTRAS TERAPIAS BETA-BLOQUEADORES INIBIDORES DA ENZIMA CONVERSORA DE ANGIOTENSINA (IECA) ❖ Idealmente todos os pacientes deveriam fazer uso de IECA durante a fase aguda de IAMST na ausência de contraindicações. Não só ocorre uma melhora hemodinâmica (com redução da pós carga e menor remodelamento) como também pela inibição da Eca tecidual, há uma menor toxicidade direta da angiotensina II sobre os cardiomiócitos. ❖ Em longo prazo, quanto maior for o risco cardiovascular, maior será o benefício obtido com a manutenção dessas drogas. ❖ Assim, um IECA deve ser iniciado se possível dentro das primeiras 24 horas do IAMST. A preferência é pela via oral. Deve-se iniciar com doses reduzidas, para evitar hipotensão de primeira dose, efetuando-se aumentos a cada 24 horas de acordo com a tolerância hemodinâmica. ❖ Melhora HMDCA; ❖ Menos ICC; ❖ BRA não são melhores do que os IECAs em pacientes com IAMST. São utilizados como segunda linha, para pacientes que não toleram IECAs. Valsartan começar com 40mg/dia, titular até 160mg/dia; telmisartan começar com 40mg/dia e titular até 80mg/dia. NITRATOS ❖ Somente para pacientes com angina apesar da reperfusão e se necessário como vasodilatador para pacientes com ICEsq. ANTAGONISTAS DOS CANAIS DE CÁLCIO ❖ Não recomendados, pois apesar de reduzirem a angina, nunca demonstraram reduzir mortalidade nem a taxa de reinfarto. 10 Aline David – ATM 2025/B ANTAGONISTAS DA ALDOSTERONA ❖ A espironolactona estará indicada após o IAMST (em associação a IECA ou BRA) se: - FE menor ou igual a 40% + sinais clínicos de ICC; - FE menor ou igual a 40% + diabetes mellitus; ❖ Pacientes que cumprirem esses critérios, mas apresentarem insuficiência renal (Cr > 2,5 mg/dl em homens ou > 2,0 mg/dl em mulheres) não poderão utilizar espironolactona. ESTATINAS ❖ Altas doses de estatinas na vigência do IAM tem se mostrado eficazes em reduzir desfechos a longo prazo. ❖ O início precoce (primeiras 24 horas) de estatinas potentes em dose máxima (atorvastatina 80mg/dia) é comprovadamente benéfico no IAMST, reduzindo a morbimortalidade independentemente dos níveis prévios de colesterol do paciente. O benefício é confirmado nos primeiros 30 dias do evento, logo após, deve-se dosar um lipidograma e titular a dose da estatina de modo a manter o LDL < 70 mg/dl. MEDICAMENTOS QUE DEVEM SER SUSPENSOS ❖ AINEs, exceto o AAS, por risco aumentado de morte e reinfarto. Além disso, prejudicam o processo cicatricial nas zonas perinecróticas, predispondo o paciente a ruptura da parede miocárdica. COMPLICAÇÕES DE IAM COM SUPRA DE ST RUPTURA DE PAREDE LIVRE ❖ Mais frequente em idosos e mulheres ❖ Mais comum em hipertensos ❖ Geralmente acontece na junção da parede anterior e lateral ❖ De 3 – 6 dias após o IAM ❖ Geralmente ocorre na borda entre o musculo infartado e o normal. ❖ Frequência maior em pacientes sem colateral ou sem IAM prévio → pacientes mais jovens, que ainda não desenvolveram circulação colateral. ❖ Ocorre em até 10% dos pacientes que morrem de IAM no hospital. ❖ A evolução pode ser catastrófica com morte imediata ou subaguda com hipotensão e desconforto tipo pericárdico ❖ A sobrevida depende do diagnóstico, compensação hemodinâmica e tto cirúrgico imediato (colocar o paciente em circulação extracorpórea). ❖ Pseudo aneurisma: - Mais comum do que rurptura de parede livre porque consegue chegar a tempo para fazer o diagnóstico. - Ocorre quando há ruptura da parede livre e o sangue que sai para fora trombose, formando u, trombo intraventricular junto com o pericárdio que contém a ruptura → trombo com fluxo dentro. - Contém trombos e aumentam progressivamente, mantendo uma comunicação com a cavidade ventricular. - Diagnóstico: Eco - Tratamento: cirúrgico RUPTURA DO SEPTO INTERVENTRICULAR (CIV) ❖ Diminuiu muito após a era da reperfusão. ❖ Quando acontece aumenta a mortalidade em 10x. ❖ Tamanho determina a magnitude do shunt → mistura do sangue venoso com o sangue arterial. O tamanho da CIV vai determinar o quanto essa mistura de sangue é importante → gera hipoxemia. ❖ Maior chance de se acompanhar de BAVT, BRD e FA ❖ Sopro holossitolico, rude, intenso e novo (de início súbito). ❖ Diagnóstico: ECO ❖ Tratamento: cirúrgico - Tratamento percutâneo para pacientes muito graves com estabilidade hemodinâmica. RUPTURA DO MÚSCULO PAPILAR ❖ O músculo papilar sustenta as cordas tendíneas e as cordas tendíneas sustentam a valva mitral. Se 11 Aline David – ATM 2025/B rompe um musculo papilar, gerar insuficiência da valva mitral. ❖ Complicação rara, porém, grave. ❖ IAM inferior: ruptura do papilar postero-medial;, IAM anterior: ruptura do papilar antero-lateral (mais rara) . ❖ Imi severa aguda, muitas vezes fatal ❖ Pode ocorrer em infartos relativamente pequenos com DAC moderada ❖ Quadro clínico: instalação de um quadro de IVE, com EAP e o aparecimento de um sopro e frêmito no foco mitral, irradiando para axila e dorso. ❖ Admin ❖ Sopro sistólico mitral intenso novo ❖ Diagnóstico: ecocardiografia ❖ Tratamento: cirúrgico CHOQUE CARDIOGÊNICO ❖ Grandes infartos, falha de bomba diminui a PA, reduzindo perfusão coronária e aumentando a isquemia. ❖ Hipotensão sustentada PAS<90mmHg na vigência de isquemia miocárdica com queda da perfusão periférica como por exemplo diminuição do débito urinário, edema agudo de pulmão, extremidades úmidas e frias. ❖ Tratamento: suporte hemodinâmico (pressão arterial invasiva + cateter de Swan-Ganz), uso de aminas ionotrópicas (dobutamina) e vasopressoras (dopamina e noradrenalina) e ventilatório → mantém o paciente vivo até a cirurgia de revascularização, bypass ou transplante cardíaco. ❖ Revascularização completa → quanto mais artérias puderem ser revascularizadas melhor. ❖ Devices de sustentação ventricular. INFARTO DO VD ❖ Muito mais comum. Geralmente o infarto acomete a coronária direita. ❖ Infarto Inferior que envolve as marginais agudas para o VD ❖ ECG: supra ST inferior e V3R e V4R ❖ Disfunção do VD com Choque ❖ Reanimação preferencialmente com Volume ❖ NÃO administrar nitratos, paciente piora muito → vai chocar (porque o VD depende da pré-carga (sistema venoso trazendo sangue para o coração), pressão no átrio direito é muito baixa, a quantidade de sangue que está chegando é muito pouca, faz vasodilatação, abaixa mais ainda a pressão, paciente choca). Tem que dar volume em infarto do VD. ❖ Reperfusão ARRITMIAS TAQUICARDIA VENTRICULAR: ❖ Arritmia sem pulso. Extrassístoles ventriculares, com QRS largo. - Monomérficas: QRS largo com mesma morfologia. - Polimórifica: QRS largo em várias morfologias. - O tratamento para as duas é choque sincronizado. ❖ TVNS 3 ou mais batimentos ectópicos ventriculares consecutivos ❖ TVS duração maior que 30 seg ou que causem disfunção hemodinâmica. ❖ Tem relação com o tamanho do IAM, com o surgimento de IC e com sobrevida em 1 ano ❖ Corrigir K e Mg ❖ CVE sincronizada (nãoé desfibrilação, é cardioversão → SINC) para TV monomorfica (100J) e dessincronizada para polimórfica (200J). - A cardioversão dá o choque em cima do QRS, para não ocasionar fibrilação ventricular. ❖ Corrigir hipóxia, desiquilíbrio ácido/base ❖ Lidocaína e amiodarona são as medicações durante o infarto agudo. ❖ Corrigir isquemia se houver. → Polimórfica. Esse tipo de ritmo não produz pulso → parada cardíaca → cardioversão. FIBRILAÇÃO VENTRICULAR ❖ PCR ❖ 60% acontecem nas primeiras 4hrs do início e 80% até 12 horas dos sintomas. ❖ Pode ser secundária: estágio final de disfunção VE e choque cardiogênico ❖ Fibrilação Ventricular tardia após 48hrs do IAM, mais frequente em pacientes que sofreram IAM extensos e com disfunção de VE. Pacientes que saem com QRS alargado, Taquicardia sinusal persistente, FA ou Flutter na evolução inicial ou aqueles com IM de VD com necessidade de uso de MP tem risco maior de FV tardia ainda no hospital ❖ Cardioversão elétrica (não precisa sincronizar), corrigir K Mg, Betabloqueadores, vigiar sinais de re infarto, corrigir acidose. ❖ Amiodarona impregnação se possível. ❖ Assim que o ser humano morre. Todo evento final é uma fibrilação ventricular. 12 Aline David – ATM 2025/B BLOQUEIO AV 1 GRAU ❖ Prolongamento do PR > 200 mseg (+ 5 quadradinhos). ❖ 15% dos pacientes com IAM ❖ Não requer tratamento específico ❖ Suspender digitálicos e B-Bloq somente se PR >0,24 ❖ Vagotonia: Atropina (bloqueador do sistema parassimpático para aumentar a FC). BLOQUEIO AV DE 2 GRAU ❖ Tipo 1 ou Wenckebach: - 10% dos pacientes com IM - QRS estreito - Secundário a lesão isquêmica - IM inferior - Usualmente é transitório e não persiste mais de 72 horas - Pode ser intermitente e raramente progride para BAV total - Não necessita tto específico - Se associado a vagotonia: Atropina - O intervalo PR vai aumentando progressivamente até bloquear. - Benigno, raramente precisa de marca-passo. ❖ Mobitz Tipo 2: - Raro < 1% - Usualmente a lesão é do sistema de condução - QRS alargado - Progride com frequência para BAV total - Associa-se a IM anterior - Tto marcapasso temporário (o tecido vai melhorando e pode sair do marca-passo, mas as vezes é definitiva se não melhora em 2/3 dias, daí tem que implantar um definitivo). BAV 3 GRAU OU BAV TOTAL ❖ Dissociação AV ❖ Infartos inferiores ❖ Bradicardia pode ser severa ❖ Usualmente melhora após reperfusao ❖ Marcapasso transitório se necessário ❖ Geralmente o QRS é largo. ❖ A onda P está totalmente dissociada da despolarização ventricular.
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