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Fasciíte Necrotizante

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Dermatologia – Amanda Longo Louzada 
1 FACIÍTE NECROTIZANTE 
INTRODUÇÃO: 
➔ É um quadro infeccioso grave, rapidamente progressivo, com necrose do tecido celular subcutâneo e da fáscia 
muscular. 
➔ É potencialmente fatal, ameaçando a vida do paciente se não for rapidamente diagnosticada e tratada. 
FATORES DE RISCO: 
➔ Indivíduos alcoólatras 
➔ Usuários de drogas injetáveis 
➔ Imunossuprimidos 
➔ DM 
➔ Tabagismo 
TIPOS: 
TIPO I: 
➔ É de origem polimicrobiana, incluindo bactérias 
➔ aeróbicas e anaeróbicas. 
➔ Esse tipo está relacionado a procedimento cirúrgico ou ferida infectada. 
➔ Os pacientes diabéticos são os mais suscetíveis. 
TIPO II : 
➔ É de origem monomicrobiana e está associada à infecção por estreptococo do grupo A. 
➔ Acomete indivíduos mais jovens e hígidos. 
➔ Acredita-se que seja decorrente de uma disseminação hematogênica da bactéria a partir de uma 
faringoamigdalite. 
TIPO II I: 
➔ Causada pelo Clostridium perfringens 
➔ Também chamada de gangrena gasosa 
➔ Desenvolve-se após trauma ou por via hematogênica a partir do trato gastrointestinal. 
QUADRO CLÍNICO: 
➔ Eritema mal delimitado, edema e calor, porém o paciente queixa-se de uma dor desproporcional aos achados do 
exame físico 
➔ Há rápida progressão da doença e o paciente apresenta sinais de toxemia com febre alta, taquicardia e 
hipotensão. 
➔ A pele acometida passa para uma coloração violácea e posteriormente, azul-acinzentada, denotando sofrimento 
isquêmico. Pouco depois, surgem bolhas de conteúdo turvo ou hemorrágico e odor fétido até áreas de necrose 
serem visíveis. 
➔ Tipo I: presença de crepitação à palpação devido à produção de gases por bactérias anaeróbicas. 
➔ Anestesia pode surgir à medida que ocorre destruição de filetes nervosos. 
➔ O paciente pode evoluir com insuficiência renal aguda, hematúria, hiponatremia, hipoalbuminemia, 
trombocitopenia, elevação de CPK e acidose metabólica. 
➔ Ulceração com exposição de tecidos profundos 
➔ Secreção purulenta de odor fétido 
TRATAMENTO: 
Dermatologia – Amanda Longo Louzada 
2 FACIÍTE NECROTIZANTE 
➔ Desbridamento cirúrgico precoce de toda a área necrótica, enviando o material coletado para cultura 
➔ Antibioticoterapia de amplo espectro deve ser iniciada precocemente. 
➢ Um esquema proposto é a associação de um carbapenêmico ou piperacilina com tazobactam associado à 
vancomicina e clindamicina. 
➔ Esses pacientes requerem suporte clínico intensivo, com reposição volêmica agressiva e uso de vasopressores. 
➔ Mesmo com o tratamento adequado, a mortalidade é alta e cerca de um terço dos pacientes vão à óbito.

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