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Terapia Intensiva – Amanda Longo Louzada 1 FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA CONCENTRAÇÃO DO AR AMBIENTE: ➔ O ar é composto por: ➢ 78% de nitrogênio ➢ 21% de oxigênio ➢ E 1% composto por outros gases ➔ Em condições patológicas, pode aumentar o oxigênio em até 100% para aumentar a oferta de oxigênio COMPONENTES DO SISTEMA RESPIRATÓRIO: ➔ O bulbo controla a respiração, que é um fenômeno fisiológico e involuntário, mas também pode disparar a musculatura ventilatória de maneira voluntária. ➔ O SNC deflagra o estímulo para os nervos periféricos ➔ Que vão fazer a contração dos músculos respiratórios e da caixa torácica ➢ O diafragma quando ele contrai, ele abaixa gerando uma pressão negativa dentro do tórax, fazendo com que o ar entre, então a inspiração é um movimento ativo através da negativação da pressão torácica ➢ A expiração é um movimento passivo, então quando o diafragma relaxa ele faz uma pressão positivo intratorácica e bota o ar para fora ➔ O ar entra pelas vias aéreas superiores e vai para as vias áereas inferiores, indo para os alvéolos ➔ Dos alvéolos o oxigênio para o sangue através da barreira alvéolo-capilar PULMÃO: ➔ É dividido em duas partes: ➢ Uma parte que faz a condução do ar, que é composta pela traqueia, brônquios principais e bronquíolos ➢ E a outra parte que é os sacos alveolares, que são responsáveis pela troca gasosa ➔ Nos alvéolos ocorre a hematose, que consiste na saída do gás carbônico da hemoglobina para o alvéolo, e do oxigênio do alvéolo para a hemoglobina ➢ Então o sangue que chega no pulmão pela artéria pulmonar, é rico em gás carbônico e pobre em oxigênio ➢ Sai para as veias pulmonares rico em oxigênio e pobre em gás carbônico ➔ Espaço Morto: são áreas que não fazem a troca gasosa, porque são adequadamente ventiladas mas não adequadamente perfundidas, gerando hipercapnia ➢ Exemplos: traqueia, brônquios e bronquíolos ➢ Espaço morto anatômico: que é a tranqueia, brônquio e bronquíolo ➢ Espaço Morto Fisiológico: que é o ar que chega a entrar no alvéolo, mas que não participa efetivamente das trocas gasosas ➔ Volume Corrente: ar que entra e sai dos pulmões a cada ciclo respiratório ➢ Varia a cada respiração ➔ Volume por minuto: quantidade de ar que entra e sai do pulmão em um minuto, é o volume corrente x frequência respiratória ➔ Nem todo ar inspirado é trocado, deve sempre subtrair o espaço morto ➔ Ventilação/ Perfusão: existem áreas do pulmão que são adequadamente ventiladas, mas não são adequadamente perfundidas e vice-versa, isso gera um distúrbio de ventilação perfusão ➢ Isso quer dizer que a distribuição de fluxo sanguíneo e de vias aéreas, não é uniforme, é maior nas bases (possuem mais alvéolos e mais capilares), e é heterogênea, vai diminuindo à medida que vai se aproximando do ápice ➢ A ventilação cai menos que o fluxo sanguíneo, isso gera um distúrbio em que na base tem mais fluxo sanguíneo do que ventilação e no ápice é o contrário, tendo uma maior ventilação ➔ Shunt: quando áreas do pulmão são adequadamente perfundidas, mas não são adequadamente ventiladas, gerando hipoxemia (baixo oxigênio no sangue) ➢ Shunt é quando a obstrução completa do alvéolo ➢ Efeito shunt quando a obstrução do alvéolo é parcial e pode responder ao aumento da oferta de oxigênio ➔ Zonas do Pulmão: ➢ Zona 1: a pressão alveolar maior que a pressão arterial que é maior que a pressão venosa, isso significa que existe um predomínio da ventilação sobre a perfusão, predominando o espaço morto Terapia Intensiva – Amanda Longo Louzada 2 FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA ➢ Zona 2: a pressão arterial é maior que a pressão alveolar que é maior que a pressão venosa, essas áreas possuem o maior balanço entre a perfusão e a ventilação ➢ Zona 3: quando a pressão arterial é maior que a pressão venosa que é maior que a pressão alveolar, então tem muita perfusão e pouca ventilação, predominando o efeito shunt ➔ Volumes Pulmonares: ➢ Volume Corrente (VC): volume que entra e sai dos pulmões em uma respiração normal • 500 mL ➢ Volume de Reserva Expiratório (VRE): quando está respirando normal, e após é feito uma expiração forçada • 1100 mL ➢ Volume de Reserva Inspiratório (VRI): quando está respirando normal, e após é feito uma inspiração forçada • 3000 mL ➢ Volume Residual (VR): é o volume que nem e nem sai do pulmão, ele fica para manter os pulmões abertos e evitar que os alvéolos colabem ➢ 1200 Ml ➔ Capacidades Pulmonares: ➢ Capacidade Inspiratória (CI): VC + VRI ➢ Capacidade Vital (CV): VC + VRI + VRE ➢ Capacidade Residual Funcional (CRF): VRE + VR ➢ Capacidade Pulmonar Total (CPT): VC + VRI +VRE + VR CURVA DE DISSOCIAÇÃO DA HEMOGLOBINA: ➔ Diz a respeito a afinidade da hemoglobina pelo oxigênio ➔ É importante que a hemoglobina tenha alta afinidade ao oxigênio nos pulmões, para que ela consiga capta-lo e que tenha baixa afinidade quando está na periferia para poder libera-lo do sangue para os tecidos ➔ Condições que diminuem a afinidade da hemoglobina ao oxigênio: desvia a curva para a direita e para baixo ➢ Acidose ➢ Aumento de PCO2 ➢ Sepse ➢ Infecção ➢ Aumento da temperatura ➢ Aumento de 2,3-DPG ➔ Condições que Aumentam a Afinidade da Hemoglobina ao Oxigênio: ➢ Alcalose ➢ Diminuição da PCO2 ➢ Diminuição da temperatura ➢ Diminuição de 2,3-DPG Terapia Intensiva – Amanda Longo Louzada 3 FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA CONTROLE RESPIRATÓRIO: CONTROLE PRIMÁRIO: ➔ É feito pelo bulbo ➔ É sensível a: ➢ Aumento de PCO2 ➢ Redução do pH CONTROLE SECUNDÁRIO: ➔ É feito pelo seio carotídeo ➔ É sensível a: ➢ Aumento de PCO2 ➢ Redução do pH ➢ Redução da PO2 PADRÕES RESPIRATÓRIOS: ➔ Eupneia: ➔ Suspiro: ➔ Apneusi: respiração de lesão central ➔ Cheynes-Stokes: padrão em que o paciente começa coma respiração eupneica, vai aumentando progressivamente a amplitude, fazendo hiperpneia e taquipneia, seguido da redução dessa amplitude fazendo apneia ➔ Gasping: respiração que marca a hipoxemia e hipóxia grave ➔ Cluster Breathing: é o paciente que faz respiração rápida seguida de apneia ➔ Ataxica: é sem padrão
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