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Escola e Currículo Objetivos de aprendizagem Ao término desta aula, vocês serão capazes de: • compreender o processo histórico do currículo no contexto norte-americano e suas influências para o Brasil; • entender as tendências “Escolanovismo” e “Tecnicismo”. Na aula 01, conversamos sobre o Currículo escolar frente às transformações culturais, sociais e econômicas enfatizando os modelos subjacentes, decorrentes das mudanças no processo histórico da sociedade. Dialogamos ainda com diferentes definições do termo Currículo e observamos como tem se organizado a estrutura curricular da educação básica no Brasil. Para ampliar ao máximo sua capacidade de estudo, compreensão do texto e construção dos conhecimentos, segue uma dica: durante a leitura desta e das demais Aulas desta disciplina, procure criar um ambiente que permita o máximo possível de concentração. Pense no que vai precisar e deixe tudo à mão: livros, apostilas, anotações, dicionário etc. Se for utilizar o computador, abra os arquivos que serão necessários ou úteis e avise a todos que você irá estudar. Fonte: Google Imagem. Acesso em 20 outubro, 2012. Bons estudos! 2ºAula 16Escola e Currículo e Avaliação Institucional 1 - O Currículo e sua Origem 1 - O Currículo e sua Origem Turma, A Aula 02 foi pensada para que vocês possam conhecer a origem das discussões a respeito do Currículo no ambiente educacional. Leiam os artigos sugeridos pelo Unicão no decorrer da aula. Façam anotações e consultas à bibliografia indicada! Bom estudo! Para Refletir A escola é um lugar em que a educação ocorre de forma sistemática, mas, há muitos outros lugares em que a educação assistemática acontece como na família, na igreja, nos sindicatos, nas empresas, nos meios de comunicação de massa entre outros. A educação não deve ser confundida com escolarização, pois a escola não é o único lugar onde a educação acontece. Em qualquer local existe conhecimento, cultura e estruturas sociais que são transmitidas de geração em geração. A educação está por toda parte, independentemente de se ter algum modelo formal de ensino. Inclusive, atualmente a instituição escolar vem recebendo diversas críticas. Alguns autores chegaram até a defender a extinção da unidade escolar, porém, muitos educadores e críticos discordam, mas enfatizam a urgência de mudanças drásticas em todos os níveis. A família, por exemplo, é o primeiro elemento social em que a educação se origina. Sem ela, o indivíduo não tem condições de subsistir. Fazer parte de uma família, não se restringe apenas à sobrevivência física, mas também às questões psicológicas, intelectuais, morais e espirituais. Porém, muitas famílias encontram dificuldades em cumprir seu papel de educar, por não estarem ou não se sentirem preparados. A falta de preparo desencadeia uma série de outros problemas como: abandono do lar, maus tratos, frustrações, separações e outros. Por isso, a escola tem, também, a função de auxiliar os pais, apresentando os meios e mecanismos para driblarem as dificuldades e assumirem seu papel na educação de seus filhos. Assim, a escola deve ser o ambiente em que os pais e professores promovam, juntamente, a educação. É necessário que a escola se torne um ambiente em que todos se reúnam entre si, alunos, pais e educadores em busca de um só objetivo: o de transformar cada aprendizagem em algo realmente significativo. A mudança, porém, não é nada fácil. É preciso se desvincular de mecanismos que há tanto tempo estão presentes na maneira da escola se organizar. Além do que, a mudança na escola também depende de uma mudança social e vice-versa. Para Paulo Freire, o maior problema não é o fracasso escolar, mas o fracasso de toda a sociedade educativa. Dessa maneira ele afirma: Seções de estudo Não é a educação que forma a sociedade de uma determinada maneira, senão que esta, tendo-se formado a si mesma de uma certa forma, estabelece a educação que está de acordo com os valores que guiam a sociedade. [...] A sociedade que estrutura a educação em função de interesses de quem tem o poder, encontra na educação um fator fundamental para a preservação do poder (FREIRE; P. ILLICHI, 1975, p.30). Diante dessa situação o que é possível fazer? O próprio Paulo Freire é quem nos responde: Só é possível uma transformação profunda e radical da educação quando também a sociedade tenha se transformado radicalmente. Isso não significa que o educador nada possa fazer. É muito o que ele pode realizar, ainda que para tanto não conte com normas prescritas para suas atividades. Com efeito, ele mesmo deve descobri-las e averiguar por si mesmo como praticá-las em sua situação histórica particular (Id. ibid., p.30). Pense nisso... É imprescindível que o educador seja ético-político. Que tenha posicionamento crítico e reflexivo frente aos acontecimentos do cotidiano. O educador é o responsável por conduzir os alunos a práticas cotidianas reflexivas! Dica de livro: Paulo Freire (1996). Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 165 p. O currículo sempre foi alvo de estudos de profissionais que buscavam compreender e organizar o processo educativo escolar, mesmo antes de ser considerado um objeto de estudo e de uma especialização do conhecimento pedagógico. Porém, observa-se um aumento significativo no interesse em trabalhar de maneira mais sistemática as questões curriculares por parte dos educadores dos Estados Unidos (país em que se originou e se desenvolveu o campo curricular), surgindo assim novos conceitos. Literaturas especializadas escreveram sobre diferentes visões e conceitos. No entanto, todas defendem a preocupação com os processos de racionalização, sistematização e controle da escola e currículo, ou seja, buscam organizar “cientificamente” os conteúdos e monitorá-los, com o intuito de evitar que ações e pensamentos dos alunos tomem outro rumo e não os de padrões predefinidos. Para compreendermos tais questões, conheçamos primeiramente o contexto sócio-histórico dos Estados Unidos, país em que se originam as discussões a respeito do campo curricular. A economia americana sofreu muitas mudanças após a Guerra Civil. Uma delas foi a economia que passou a ser dominada pelo capital industrial. Tal mudança proporcionou o aumento na produção e, consequentemente, no número de empregados. A economia em transformação reflete claro, na transformação da sociedade, buscando-se novas práticas 17 e valores. O processo de urbanização e de industrialização da sociedade não foi capaz de manter a homogeneidade da sociedade. Com a migração, de maneira acelerada, da comunidade rural para a cidade, além de inúmeros imigrantes, com seus diferentes costumes, ameaçando a cultura e a moldura da vida americana. Em busca de restaurar tal homogeneidade a escola teve como missão ensinar às crianças dos imigrantes as crenças e comportamentos considerados ideais a serem seguidos. A escola, a partir daí, ganha importância com o papel de desempenhar funções de adaptação das novas gerações, assim como das transformações sociais, econômicas e culturais. Na escola, considerou-se o currículo como o instrumento, por excelência, do controle social que se pretendia estabelecer. Coube, assim, à escola, inculcar os valores, as condutas e os hábitos “adequados”. Atentos a essa situação, surge a preocupação com a educação vocacional, com o intuito de organizar a escola com as novas necessidades da economia e consequentemente, organizar, também, o currículo, conferindo-lhe características de ordem, racionalidade e eficiência. De acordo com Moreira e Silva (1995, p.152): O campo do currículo tem sido associado, tanto em suas origens como em seu posterior desenvolvimento, às categorias de controle social e eficiência social, consideradas úteis para desvelar os interesses subjacentes à teoria e à prática emergentes. Todavia, não se deve entender o novo campo como monolítico, jáque outras intenções e outros interesses podem ser identificados, tanto em suas manifestações iniciais como nos estágios subseqüentes. Fiquem atentos para as tendências “Escolanovismo” e “Tecnicismo”. Observem como tais tendências influenciaram e ainda influenciam as propostas curriculares educacionais. Duas grandes tendências podem ser observadas nos primeiros estudos e propostas, segundo Kliebard (1974). A primeira, direcionada para a realização de um currículo que considerasse os anseios e interesses dos alunos e a segunda, voltada à construção científica de um currículo que desenvolvesse os aspectos da personalidade adulta, então considerados “adequados”. A primeira contribuiu para o desenvolvimento do que, no Brasil, se chamou de escolanovismo e a segunda constituiu a semente do que se denominou de tecnicismo. Escolanovismo: surgido no fim do século XIX, na Europa e nos Estados Unidos, opunha-se às práticas pedagógicas tradicionais, visando a uma educação que pudesse integrar o indivíduo à sociedade e, ao mesmo tempo, ampliar o acesso de todos à escola. Denunciava-se que a escola não promovia ascensão social e que, mesmo para as crianças dos grupos dominantes, era tradicional, opressiva, castradora, violenta e irrelevante. Seria necessário transformá-la e democratizá-la ou então aboli-la e substituí-la por outro tipo de instituição (MOREIRA; SILVA. 1995). Fonte: https://www.google.com.br/imghp?hl=pt-BR&tab=wi. Acesso em: 24 de maio de 2023. Para Refletir A escola da atualidade conseguiu resolver os problemas elencados na década de 1950? Quais são os anseios da contemporaneidade no que se refere ao papel da escola? A instituição escolar que temos hoje atende às demandas da sociedade? Informação Relevante: Escolanovismo no Brasil A ideia de Escola Nova surgiu no Brasil em contraposição ao que era conhecido como “Tradicional”. Os estudiosos que defendiam a “Escola Nova” lutavam para diferenciar-se das práticas que anteriormente haviam sido adotadas na educação escolar do país. No final do século XIX, muitas mudanças que seriam afirmadas como originais no escolanovismo da década de 1920 estavam sendo colocadas em prática. Na década de 1920 a tendência “escola nova” pretendia a incorporação de toda a população infantil. Voltava-se para o entendimento do aluno enquanto centro do processo de aprendizagem. Preocupações com a escrita e leitura tomaram maior espaço. As preocupações educacionais da década de 20 culminaram na elaboração do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, em 1932, assinado pelos principais expoentes do meio educacional brasileiro. (Saviani, 2003) Dica de artigo: Procure saber mais sobre o que foi o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova (1932) LEMME, P. O Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova e suas repercussões na realidade educacional brasileira. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, 2005. Outra tendência que passa a dominar as discussões educacionais entre as décadas de 1920 e 1980 é o tecnicismo. Tecnicismo: baseava-se em treinamentos, reforçando bastante a noção de que atividades, métodos e técnicas resolveriam a improdutividade da escola, deixando mesmo o conteúdo referente à aprendizagem cultural em segundo plano. Ambas as tendências apresentaram diferentes respostas às mudanças sociais, políticas e econômicas, de acordo com o momento que a sociedade vivia, adaptando assim, a escola e o currículo à ordem capitalista que então se consolidava. Dominaram o pensamento curricular dos anos vinte ao final dos anos sessenta e ainda início da década de setenta. As mudanças ocorridas nesse período conduziram, ainda que não mecanicamente, a conflitos e alianças temporárias que desencadearam o processo de escolarização e desenvolvimento curricular. 18Escola e Currículo e Avaliação Institucional Alguns marcos foram fundamentais para o desenvolvimento do campo, no início da década de vinte. Segundo Moreira e Silva (1995), são eles: • a publicação do 26º Anuário da National Society for the Study of Education; • a conferência sobre teoria curricular na Universidade de Chicago, em 1947; • a publicação, no ano de 1949, do livro Princípios Básicos de Currículo e Ensino, escrito por Ralph Tyler; • movimento das estruturas das disciplinas, desenvolvido pelos russos mais intensamente. Informação Relevante: Pedagogia tecnicista A partir do pressuposto da neutralidade científica e inspirada nos princípios de racionalidade, eficiência e produtividade, a pedagogia tecnicista advogou a reordenação do processo educativo de maneira a torná-lo objetivo e operacional. De modo semelhante ao que ocorreu no trabalho fabril, pretendeu-se a objetivação do trabalho pedagógico. Buscou-se, então, com base em justificativas teóricas derivadas da corrente filosófico-psicológica do behaviorismo, planejar a educação de modo a dotá-la de uma organização racional capaz de minimizar as interferências subjetivas que pudessem pôr em risco sua eficiência. Se na pedagogia tradicional a iniciativa cabia ao professor e se na pedagogia nova a iniciativa deslocou-se para o aluno, na pedagogia tecnicista o elemento principal passou a ser a organização racional dos meios, ocupando o professor e o aluno posição secundária. A organização do processo converteu-se na garantia da eficiência, compensando e corrigindo as deficiências do professor e maximizando os efeitos de sua intervenção. Fonte: Demerval Saviani/ Glossário da Unicamp. Disponível em: http://www. histedbr.fae.unicamp.br. Com a chegada da década de cinquenta, os americanos culparam os educadores e, principalmente, os progressistas pela má qualidade do ensino. Ajuda Federal foi solicitada para que pudessem melhorar e modificar os currículos de Ciências, Matemática, Estudos Sociais e outros. Foram adotadas, então, novas estratégias, materiais, programas e treinamento dos professores. O objetivo era enfatizar a redescoberta, a investigação e o pensamento indutivo, a partir de estudos de conteúdos que correspondiam a estruturas das diferentes disciplinas curriculares. A ênfase na estrutura, defendida por grandes escritores, levantou críticas e parece não ter contribuído, de fato, para a revolução pedagógica que se pretendia desenvolver e que partia das propostas e reformas curriculares, devido a inúmeros problemas que desafiaram toda a sociedade americana nos anos sessenta, o que resultou em uma grande crise, que girava em torno de valores tão fortemente defendidos pela sociedade. Mais uma vez, as instituições escolares tornaram-se alvo de diversas críticas, alegando que as escolas não eram capazes de promover a ascensão social e que, mesmo as crianças pertencentes ao grupo dominante, eram tradicionais, opressivas, violentas e irrelevantes. Sugeriu-se a transformação e a democratização ou, então, simplesmente o fim ou substituição da instituição por outra que viesse a atender tais anseios (MOREIRA, 1989). A partir daí, autores inconformados com desigualdades sociais, interessados em denunciar o papel da escola e do currículo e, ainda, preocupados em construir uma escola e um currículo que iriam ao encontro das necessidades dos oprimidos, passaram a buscar apoio em teorias sociais desenvolvidas, principalmente na Europa. Em 1973, diversos especialistas em currículo participaram de uma grande Conferência na Universidade de Rochester, iniciando, então, inúmeras tentativas de reconceitualização. Todos eles criticavam a tendência curricular dominante. Ao final dos anos setenta, novas tendências auxiliaram na formação do campo do currículo, contribuindo, assim, para a análise e compreensão de outras questões. O planejamento e o controle do currículo deixaram de ser tão valorizados e a pesquisa quantitativa deixou também de ser considerada o melhor caminho para se produzir o conhecimento. Sendo assim, deslocaram-se e renovaram-se, em síntese, os focos e as preocupações. Segundo Moreira e Silva (1995), A Teoria Curricularnão pode mais, depois disso, se preocupar apenas com a organização do conhecimento escolar, nem pode encarar de modo ingênuo e não-problemático o conhecimento recebido. O currículo existente, isto é, o conhecimento organizado para ser transmitido nas instituições educacionais, passa a ser visto não apenas como implicado na produção de relações assimétricas de poder no interior da escola e da sociedade, mas também como histórica e socialmente contingente. Dica de artigo: MOREIRA, A. F. B. O campo do currículo no Brasil: os anos noventa. Currículo sem Fronteiras v.1, n.1, pp.35-49, Jan/Jun 2001. No Brasil, autores como Alves, 2003; Saviani, 1997; 1999; 2001; Xavier, 2002; Ribeiro, 1986; Romanelli, 2002 têm realizado estudos e apontado três importantes ideias pedagógicas que vieram a emergir em nosso país ao longo do século XX, a saber: a pedagogia escolanovista, a pedagogia tecnicista e o surgimento das pedagogias críticas, com destaque para a concepção histórico-crítica. Saviani (2007) divide o período de 1969 a 2001 em três momentos importantes: 1º 1969 e 1980 - Nele é discutida extensamente a pedagogia tecnicista. A pedagogia tecnicista advoga a reordenação do processo educativo de maneira que o torne objetivo e operacional. De modo semelhante ao que ocorreu no trabalho fabril, pretende-se a objetivação do trabalho pedagógico. 2º 1980 e 1991 - devota-se ao estudo das experiências pedagógicas encetadas pelas pedagogias críticas. No conjunto, descreve as formas assumidas pelas mobilizações de educadores, pela organização política no campo educacional. No interior do processo de luta dos educadores germinaram entidades como ANDE, ANPEd, CEDES e outros. 19 3º 1991 e 2001 - as ideias pedagógicas no Brasil “expressam-se no neoprodutivismo, nova versão da teoria do capital humano”, o que acaba desaguando na “pedagogia da exclusão. O Estado imprime uma forma de organização às escolas buscando obter o máximo de resultados com os recursos destinados à educação. Para tanto, são mobilizados instrumentos como a “pedagogia da qualidade total” e a “pedagogia corporativa”. Saviani apropria-se de duas expressões analíticas, antes empregadas por Kuenzer, para ilustrar o resultado dessas iniciativas: “exclusão includente” e “inclusão excludente”. Os mecanismos de inclusão de mais estudantes no sistema escolar, tais como “a divisão do ensino em ciclos, a progressão continuada, as classes de aceleração”, que mantêm as crianças e os jovens na escola sem a contrapartida da “aprendizagem efetiva”, permitem a melhoria das estatísticas educacionais, mas a clientela continua excluída “do mercado de trabalho e da participação ativa na vida da sociedade” (p. 439-440). Observem como os acontecimentos norte-americanos tiveram impactos influentes nas tendências educacionais brasileiras. Dica de artigo: ALVES, F. W. A formação de professores e as teorias do saber docente: contextos, dúvidas e desafios. Educação e Pesquisa, São Paulo, v.33, n.2, p. 263-280, maio/ago. 2007. Chegamos ao final de mais uma aula! Vamos relembrar algumas questões importantes! Retomando a aula 1 - A Origem do Currículo No decorrer desta aula abordamos, em uma única seção, o processo histórico do currículo nos Estados Unidos, país onde originou as discussões sobre o desenvolvimento no campo curricular. Atentamo-nos ainda para as tendências pedagógicas que impactaram o processo educacional mundial e consequentemente a educação escolar no Brasil. Turma! Não esqueçam! Caso tenha ficado com alguma dúvida sobre a aula 02, acesse as ferramentas “fórum”, “quadro de avisos” e/ou “chat” e interajam com seus colegas de curso e com seu tutor. Participe! afinal, você é o personagem principal de sua aprendizagem! Currículo: Questões atuais. Antonio Flávio Barbosa Moreira. Vale a pena ler Vale a pena Portal do Professor. Disponível em: portaldoprofessor. mec.gov.br. Vale a pena acessar Filhos do Silêncio - 1986, Drama/Romance. Vale a pena assistir
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