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Regime Tributário Simples Nacional

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CONTABILIDADE E PLANEJAMENTO TRIBUTARIO TOPICO 2:
INTRODUCAO:
Conceitos e tratativas de cálculo e contabilização o regime tributário denominado Simples Nacional. É o regime mais utilizado para micro e pequenas empresas. Também será abordado o lucro arbitrado conhecendo regras e motivos para a adoção desse regime de tributação.
IRPJ: SIMPLES NACIONAL E LUCRO ARBITRADO
Simples Nacional: Lei complementar nº 123/2006 – prevê as condições para iniciar o regime de tributação, com objetivo de simplificar e favorecer.
Compete ao Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN) regulamentar as tratativas do Simples Nacional.
TIPOS DE SOCIEDADES QUE PODEM INGRESSAR NO SIMPLES NACIONAL:
CONDIÇÕES A SEREM CUMPRIDAS PARA ABRIR O SIMPLES:
· Enquadrar-se na definição de microempresa ou de empresa de pequeno porte;
· Cumprir os requisitos previstos na legislação; e
· Formalizar a opção pelo Simples Nacional.
A Lei Complementar considera, como porte:
· Microempresa (ME): receita bruta igual ou inferior, em cada ano-calendário, a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e
· Empresa de Pequeno Porte (EPP): em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais).
Considera-se receita bruta o produto da venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos. (Base legal: art. 3º, § 1º, da Lei Complementar nº 123, de 2006).
“ As receitas financeiras, apuradas em aplicações de renda fixa ou variável não são somadas às Receitas Brutas para o cálculo do Simples Nacional”
A lei traz muitos benefícios a empresa, porém é limitada no regime tributário a:
· Empresa que participe de outro PJ
· Empresa que seja filial, sucursal, agência ou representação, no país, de pessoa jurídica com sede no exterior;
· Empresa com sócio que tenha outra empresa participante do Simples Nacional;
· Empresa em que o sócio participe com mais de 10% (dez por cento) do capital de outra empresa não optante do Simples Nacional e não ultrapasse o limite da Receita Bruta acima citada;
· Empresa em que o sócio seja administrador, na qual a receita bruta global ultrapasse o limite;
· As Cooperativas, exceto as de consumo;
· As empresas com objeto social relacionadas a financeiras e afins;
· As empresas resultantes de cisão ou qualquer outra forma de desmembramento de pessoa jurídica que tenha ocorrido em um dos 5 (cinco) anos-calendário anteriores;
· As Sociedades Anônimas (S/A);
· As empresas criadas para prestação de serviço em que o sócio tenha, com o contratante do serviço, relação de pessoalidade, subordinação e habitualidade;
· As empresas que explorem atividades de prestação de serviços de assessoria creditícia, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, gerenciamento de ativos e afins;
· As empresas que tenham sócios domiciliados no exterior;
· As empresas cujo capital participe da administração pública, direta ou indireta, independente da esfera governamental;
· As empresas que possuam débitos com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ou com as Fazendas Públicas Federal, estadual ou Municipal, cuja exigibilidade não esteja suspensa;
· As empresas que prestem serviços de transporte intermunicipal e interestadual de passageiros, exceto quando na modalidade fluvial ou quando possuir características de transporte urbano ou metropolitano ou realizar-se sob fretamento contínuo em área metropolitana para o transporte de estudantes ou trabalhadores;
· Empresa que seja geradora, transmissora, distribuidora ou comercializadora de energia elétrica;
· As empresas que exerçam atividades de importação ou fabricação de automóveis e motocicletas;
· As empresas que tenham como atividade a importação de combustíveis;
· As empresas que exerçam atividades de produção ou venda no atacado de: cigarros, cigarrilhas, charutos, filtros para cigarros, armas de fogo, munições e pólvoras, explosivos e detonantes, cervejas sem álcool e bebidas alcoólicas (exceto, a partir de 2018, as produzidas ou vendidas no atacado por micro e pequenas cervejarias, micro e pequenas vinícolas, produtores de licores e micro e pequenas destilarias);
· As empresas que realizem cessão ou locação de mão de obra;
· As empresas que se dediquem ao loteamento e à incorporação de imóveis; locação de imóveis próprios, exceto quando se referir à prestação de serviços tributados pelo ISS;
· As empresas sem inscrição ou com irregularidade em cadastro fiscal federal, municipal ou estadual, quando obrigatórias.
TRIBUTOS QUE INTEGRAM O SIMPLES NACIONAL:
Por meio de um documento único de arrecadação (DAS), o Simples Nacional integra os seguintes tributos:
• Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ);
• Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);
• Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL);
• Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS);
• Contribuição para o PIS/Pasep;
• Contribuição Patronal Previdenciária (CPP);
• Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS);
• Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS).
Vale lembrar que o pagamento do Simples Nacional não exclui a incidência de outros tributos e que devem ser recolhidos à parte, por exemplo:
• Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou Relativas a Títulos ou Valores Mobiliários (IOF);
• Imposto sobre a Importação (II);
• Imposto sobre a Exportação (IE);
• Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) etc.
Mesmo para alguns tributos listados, teremos situações com recolhimentos à parte do Simples Nacional, por exemplo, o PIS/Pasep, a Cofins e o IPI sobre importação.
Os percentuais de cada tributo incluído no Simples Nacional dependem do tipo de atividade e da receita bruta da empresa optante e, obrigatoriamente, todos os Estados e Municípios participam dessa modalidade.
TABELAS DE ATIVIDADES ECONÔMICAS DO SIMPLES NACIONAL:
A Lei Complementar nº 123, de 2006, trouxe vários anexos para demonstrar as alíquotas e como será distribuído o valor do Simples para os tributos nele incluídos.
Em 2016, a Lei Complementar nº 155/2016 vem alterar a Lei 123/2006, principalmente no que diz respeito aos anexos e às formas de cálculo por atividade.
Abaixo, apresentamos as tabelas em vigor:
ANEXO I – COMÉRCIO
	RECEITA BRUTA DE 12 MESES
	ALIQUOTA %
	VALOR A DEDUZIR
	1ª FAIXA
	ATÉ 180.000,00
	4,00%
	-
	2 ª FAIXA
	DE 180.000 A 360.000
	7,30%
	5.940,00
	3ª FAIXA
	DE 360.000 A 720.000
	9,50%
	13.860,00
	4ª Faixa
	De 720.000,01 a 1.800.000,00
	10,70%
	22.500,00
	5ª Faixa
	De 1.800.000,01 a 3.600.000,00
	14,30%
	87.300,00
	6ª Faixa
	De 3.600.000,01 a 4.800.000,00
	19,00%
	378.000,00
ANEXO II – INDÚSTRIA
	RECEITA BRUTA DE 12 MESES
	ALIQUOTA %
	VALOR A DEDUZIR
	1ª FAIXA
	ATÉ 180.000,00
	4,50%
	-
	2 ª FAIXA
	DE 180.000 A 360.000
	7,80%
	5.940,00
	3ª FAIXA
	DE 360.000 A 720.000
	10,00%
	13.860,00
	4ª Faixa
	De 720.000,01 a 1.800.000,00
	11,20%
	22.500,00
	5ª Faixa
	De 1.800.000,01 a 3.600.000,00
	14,70%
	85.500,00
	6ª Faixa
	De 3.600.000,01 a 4.800.000,00
	30,00%
	720.000,00
ANEXO III – LOCAÇÃO DE BENS MÓVEIS E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS NÃO RELACIONADOS NO PARÁGRAFO 5º C DO ARTIGO 18
• creche, pré-escola e estabelecimento de ensino fundamental, escolas técnicas, profissionais e de ensino médio, de línguas estrangeiras, de artes, cursos técnicos de pilotagem, preparatórios para concursos, gerenciais e escolas livres;
• agência terceirizada de correios;
• agência de viagem e turismo;
• centro de formação de condutores de veículos automotores de transporte terrestre de passageiros e de carga;
• agência lotérica;
• serviços de instalação, de reparos e de manutenção em geral, bem como de usinagem, solda, tratamento e revestimento em metais;
• transporte municipal de passageiros;
• escritóriosde serviços contábeis;
• produções cinematográficas, audiovisuais, artísticas e culturais, sua exibição ou apresentação, inclusive no caso de música, literatura, artes cênicas, artes visuais, cinematográficas e audiovisuais;
• fisioterapia;
• corretagem de seguros;
• arquitetura e urbanismo;
• medicina, inclusive laboratorial, e enfermagem;
• odontologia e prótese dentária;
• psicologia, psicanálise, terapia ocupacional;
• acupuntura, podologia, fonoaudiologia, clínicas de nutrição e de vacinação e bancos de leite.
ANEXO III – SIMPLES NACIONAL
	RECEITA BRUTA DE 12 MESES
	ALIQUOTA %
	VALOR A DEDUZIR
	1ª FAIXA
	ATÉ 180.000,00
	6,00%
	-
	2 ª FAIXA
	DE 180.000 A 360.000
	11,20%
	9.360,00
	3ª FAIXA
	DE 360.000 A 720.000
	13,50%
	17.640,00
	4ª Faixa
	De 720.000,01 a 1.800.000,00
	16,00%
	35.640,00
	5ª Faixa
	De 1.800.000,01 a 3.600.000,00
	21,00%
	125.640,00
	6ª Faixa
	De 3.600.000,01 a 4.800.000,00
	33,00%
	648.000,00
Anexo IV – Prestação de serviços constantes no parágrafo 5º C do artigo 18
• construção de imóveis e obras de engenharia em geral, inclusive sob a forma de subempreitada, execução de projetos e serviços de paisagismo, bem como decoração de interiores;
• serviço de vigilância, limpeza ou conservação;
• serviços advocatícios.
Anexo V – Prestação de serviços constantes no parágrafo 5º I do artigo 18
• administração e locação de imóveis de terceiros;
• academias de dança, de capoeira, de ioga e de artes marciais;
• academias de atividades físicas, desportivas, de natação e escolas de esportes;
• elaboração de programas de computadores, inclusive jogos eletrônicos, desde que desenvolvidos em estabelecimento do optante;
• licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação;
• planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas eletrônicas, desde que realizados em estabelecimento do optante;
• empresas montadoras de estandes para feiras;
• laboratórios de análises clínicas ou de patologia clínica;
• serviços de tomografia, diagnósticos médicos por imagem, registros gráficos e métodos óticos, bem como ressonância magnética;
• serviços de prótese em geral;
• serviços de comissaria, de despachantes, de tradução e de interpretação;
• engenharia, medição, cartografia, topografia, geologia, geodésia, testes, suporte e análises técnicas e tecnológicas, pesquisa, design, desenho e agronomia;
• representação comercial e demais atividades de intermediação de negócios e serviços de terceiros;
• perícia, leilão e avaliação;
• auditoria, economia, consultoria, gestão, organização, controle e administração;
• jornalismo e publicidade;
• agenciamento, exceto de mão de obra;
• outras atividades do setor de serviços que tenham por finalidade a prestação de serviços decorrentes do exercício de atividade intelectual, de natureza técnica, científica, desportiva, artística ou cultural, que constitua profissão regulamentada ou não, desde que não sujeitas à tributação na forma dos Anexos III ou IV.
É importante considerar também o que acarreta o desenquadramento do Simples Nacional. Se houver débito junto à Receita Federal, incluindo o INSS, a empresa é notificada e tem 30 dias de prazo para contestar a exclusão ou regularizar a dívida, que poderá ser parcelada. Caso isso não ocorra, a empresa será excluída do Simples Nacional a partir do próximo ano.
E temos duas situações específicas que resultam na exclusão, no mês seguinte ao fato:
• se durante o ano-calendário as despesas superarem 20% dos lucros no mesmo período, com exceção do primeiro ano de atividade;
• se durante o ano-calendário o valor de compra de mercadorias for superior a 80% das receitas do mesmo período, também com exceção do primeiro ano de atividade.
A última situação de exclusão é sobre a emissão de notas fiscais. Existe a obrigatoriedade de emissão destas, podendo ser excluída a empresa que não cumprir essa atividade.
CALCULOS E CONTABILIZAÇÃO DO SIMPLES NACIONAL:
Com o objetivo de facilitar o cálculo do imposto a ser recolhido, há a disponibilidade pelo Comitê Gestor e a obrigatoriedade, por parte do contribuinte, da utilização de sistema eletrônico, denominado como PGDAS – D.
As informações do PGDAS-D têm caráter declaratório, constituindo confissão de dívida e instrumento hábil e suficiente para a exigência dos tributos e contribuições que não tenham sido recolhidos, e deverão ser fornecidas à Secretaria da Receita Federal do Brasil até o vencimento do prazo para pagamento dos tributos devidos no Simples Nacional em cada mês, relativamente aos fatos geradores ocorridos no mês anterior.
O valor a ser recolhido mensalmente pelas empresas optantes pelo Simples Nacional será o resultado da aplicação da alíquota efetiva sobre a receita bruta mensal auferida (regime de competência) ou recebida (regime de caixa), conforme opção feita pelo contribuinte.
Regime de Competência – é o que apropria receitas e despesas ao período de sua realização, independentemente do efetivo recebimento das receitas ou do pagamento das despesas.
Regime de Caixa – é o regime contábil que apropria as receitas e despesas no período de seu recebimento ou pagamento, respectivamente, independentemente do momento em que são realizadas.
Para chegar à alíquota efetiva, faz-se o seguinte processo:
1) Verifica-se a receita bruta acumulada nos 12 (doze) meses anteriores ao do período de apuração (RBT12). Não se confunde com a Receita Bruta Acumulada (RBA) de janeiro até o período de apuração, que serve para identificar se a empresa ultrapassou o limite máximo de receita bruta para permanecer no Simples Nacional.
2) Conhecida a RBT12, consulta-se, no Anexo em que devem ser tributadas as receitas, a faixa de receita bruta a que ela pertence. E, identificada a faixa de receita bruta, descobre-se a alíquota nominal e a parcela a deduzir.
3) Conhecida a RBT12, a alíquota nominal e a parcela a deduzir, calcula-se a alíquota efetiva, que é o resultado de:
[(RBT12 × alíquota nominal) – parcela a deduzir]/RBT12
Os detalhes citados acima são apenas para informação de como calcular o tributo, pois não há necessidade de cálculo manual, já que, ao acessar o portal do Simples Nacional com os dados de acesso previamente cadastrados, será solicitado somente o valor da receita do mês e o sistema informará o valor a recolher, devendo ser emitida a Guia (DAS) para pagamento.
A contabilização do Simples Nacional a recolher pode ser efetuada de duas formas.
A primeira, e mais comum, é lançar em apenas uma conta a despesa e o passivo, utilizando o valor total do DAS. Então, ficaria assim:
D – Simples Nacional (Dedução da Receita)
C – Simples a Recolher (Passivo Circulante)
A segunda forma é lançar por tipo de tributo, utilizando a tabela de partilha da LC nº 123/2006, para cada um deles. Por exemplo:
D – ICMS (Dedução da Receita)
D – PIS (Dedução da Receita)
D – COFINS (Dedução da Receita)
D – IRPJ (Dedução da Receita)
D – CSLL (Dedução da Receita)
C – Simples a Recolher
Nesse caso, a contabilização dará muito mais trabalho, pois o valor total do DAS deverá ser rateado para cada conta de Dedução da Receita.
O valor do rateio dos impostos inseridos no DAS é apresentado no Portal do Simples Nacional.
Independentemente da forma escolhida, os valores lançados tanto na Despesa quanto no Passivo serão iguais.
FIQUE ATENTO
Lembre-se sempre de utilizar o regime de competência para a contabilização do Simples Nacional.
CONCEITOS E REQUISITOS PARA INGRESSAR NO LUCRO ARBITRADO:
O lucro arbitrado também é uma forma de cálculo para IRPJ e CSLL. Ele é mais utilizado pelas Autoridades Tributárias, mas pode também ser utilizado pelo contribuinte, desde que conhecida a Receita Bruta.
O lucro arbitrado não é uma forma de sanção, e sim uma forma de cálculo de tributo a ser recolhido pela empresa. Então, faz-se necessária a comprovação de valores de receitas, que é a base de cálculo dos tributos.
Os tributos devidos com base nos critérios do lucro arbitrado deverão ser recolhidos trimestralmente, quando:
• a escrituração obrigatória apresentada pelo contribuinte revelar evidentes indíciosde fraudes ou contiver vícios, erros ou deficiências que a tornem imprestável para:
• identificar a efetiva movimentação financeira, inclusive bancária; ou
• determinar o lucro real;
• o contribuinte deixar de apresentar à autoridade tributária os livros e documentos da escrituração comercial e fiscal, ou deixar de apresentar o Livro Caixa, no qual deverá estar escriturada toda a movimentação financeira, inclusive bancária, quando optar pelo lucro presumido e não mantiver escrituração contábil regular;
• o contribuinte optar indevidamente pelo lucro presumido;
• o representante da pessoa jurídica estrangeira deixar de escriturar e apurar o lucro da sua atividade separadamente do lucro do residente ou domiciliado no exterior;
• o contribuinte não mantiver, em boa ordem e segundo as normas contábeis recomendadas, Livro Razão ou fichas utilizadas para resumir, totalizar, por conta ou subconta, os lançamentos efetuados no Diário;
• o contribuinte não mantiver escrituração na forma das leis comerciais e fiscais, ou deixar de elaborar as demonstrações financeiras exigidas pela legislação fiscal, nos casos em que se encontre obrigado ao lucro real.
O lucro arbitrado será apurado mediante a aplicação de percentuais:
a) sobre a receita bruta quando conhecida, segundo a natureza da atividade econômica da empresa;
b) quando desconhecida à receita bruta, sobre valores (bases) expressamente fixados pela legislação fiscal.
A base de cálculo do lucro arbitrado será o montante determinado pela soma das seguintes parcelas:
1) o valor resultante da aplicação dos percentuais variáveis, conforme o tipo de atividade operacional, sobre a receita bruta auferida nos trimestres;
2) ao resultado obtido na forma do item 1 deverão ser acrescidos os ganhos de capital, os rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras (renda fixa e variável), as variações monetárias ativas, as demais receitas e todos os resultados positivos, inclusive os juros recebidos como remuneração do capital próprio, os descontos financeiros obtidos, os juros ativos não decorrentes de aplicações e os demais resultados decorrentes de receitas não abrangidas no item anterior;
3) também deverão ser incluídos os valores recuperados correspondentes a custos e despesas, inclusive com perdas no recebimento de créditos, a não ser que o contribuinte comprove não ter deduzido tais valores em período anterior no qual tenha se submetido à tributação com base no lucro real, ou que se refiram a período a que tenha se submetido ao lucro presumido ou arbitrado.
REFLITA
O Lucro Arbitrado poderá ser utilizado como opção para recolhimento de Imposto de Renda e Contribuição Social. Porém, vale lembrar que seu uso não é muito comum, e pode ser um atrativo para as autoridades fiscais.
Os percentuais a serem aplicados sobre a receita bruta são:
Tabela: Percentuais sobre a Receita Bruta.
O lucro arbitrado, quando não conhecida a receita bruta, será determinado por meio de procedimento de ofício, através de autoridade tributária, utilizando-se de uma das seguintes alternativas de cálculo:
Tabela: Bases Alternativas.
Uma vez conhecida a base de cálculo do lucro arbitrado conforme as condições acima citadas, a alíquota do Imposto de Renda que incidirá sobre essa base de cálculo é de 15% e o adicional será calculado com a aplicação do percentual de 10% sobre a parcela do lucro que exceder ao valor de R$ 60.000,00 em cada trimestre, como efetuado para o lucro real e presumido. O mesmo acontecerá com a contribuição social, que terá a alíquota de 9%.
REFLITA
Não há “vantagem” alguma em se optar pelo Lucro Arbitrado, pois os percentuais de arbitramento são muito maiores em relação ao Lucro Real e ao Presumido.
Uma empresa optante pelo Lucro Arbitrado pode ter distribuição de lucros para os sócios? Sim, a distribuição irá considerar o valor bruto arbitrado, ou seja, com os descontos dos impostos e contribuições fiscais. Porém, se a organização fizer a divisão de uma quantia maior que o contabilizado, esse valor estará sujeito ao Imposto de Renda.
FIQUE ATENTO
Se houver distribuição de uma quantia maior que o lucro apurado, esse valor estará sujeito ao Imposto de Renda.
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