Buscar

Semiologia Pulmonar

Prévia do material em texto

Semiologia Pulmonar 
Pr Dr.Victor M .Castro
SISTEMA RESPIRATÓRIO
Respirar é uma necessidade humana básica
Caixa torácica
SISTEMA RESPIRATÓRIO
Bronquíolos
Alvéolos
SISTEMA RESPIRATÓRIO
Anamnese: 
Histórico de tabagismo(tipo, quantidade, tempo)
Exposição ambiental( silicose, trabalhadores com aves, 
radiação..)
idade( vacinação BCG e gripe)
Ortopnéia
Hemoptise
Perfusão periférica
Qualidade e frequência da respiração
SISTEMA RESPIRATÓRIO
SISTEMA RESPIRATÓRIO
Posição do paciente: 
Sentado ou deitado, com tórax desnudo
A avaliação sempre é comparativa, avalia-se o 
pulmão direito e esquerdo, o ápice com a base, 
parte anterior e posterior
Técnicas de avaliação: 
Inspeção
Palpação
Percussão
Ausculta
• INSPEÇÃO:
• PALPAÇÃO:
• PERCUSÃO:
• AUSCULTAÇÃO:
Métodos propedêuticos:
Exame pulmonar
´ Inspeção
´ Palpação 
´ Percussão
´ Auscultação
Inspeção
ESTÁTICA E DINÂMICA 
ESTÁTICA: 
• Inspecionar a pele: lesões de pele, 
coloração e distribuição de pelos
• Simetria: deformidades na coluna, 
• Abaulamentos
• Retrações
• Cicatrizes
• Posição da pessoa, expressão facial, nível 
de consciência
SISTEMA RESPIRATÓRIO
Tórax normalnormal
SISTEMA RESPIRATÓRIO
Tórax normal: diâmetro anteroposterior é 
menor do que o diâmetro transverso.
Inspeção 
cianose
´ Cor azul 
´ Intensidade variável Ou é discreto e localizado em 
zonas eletivas onde é necessário procurá-lo: 
´ a) as extremidades: dedos das mãos, dedos dos pés, 
nariz, lóbulos das orelhas 
´ b) onde o tegumento é mais transparente: as unhas; 
membranas mucosas labiais, conjuntivais Ou é óbvio, 
generalizado = sinal de gravidade.
Cianose 
Inspeção 
cianose
´ Desaparece transientemente à pressão 
´ Aumenta com esforço 
´ No fundo do olho, encontraríamos: 
´ reflexão azulada difusa 
´ dilatação da rede vascular 
´ semelhança de tonalidades de arteríolas e vénulas
Cianose periférica 
Inspeção
hipocratismo digital
´ Aumento da curvatura das unhas curvas nas direções 
longitudinal e transversal produzindo uma 
deformação em "vidro de relógio" 
´ Alargamento da última falange, dando a aparência 
clínica dos dedos em "baquetas".
Hipocratismo digital ou 
Clubbing
hipocratismo digital 
´ Medir o ângulo entre o prego e o nail bed. Este 
ângulo é normalmente inferior a 160 ° no estado 
normal, torna-se superior a 180 ° no caso de Clubbing
hipocratismo digital 
´ Exame do espaço 
pequeno presente 
entre as duas falanges 
quando colocadas no 
unha contra unha: 
Normalmente existe um 
espaço losango que 
desaparece mais ou 
menos completamente 
no caso de clubbing
iniciantes 
hipocratisme digital 
´ O exame da estrutura óssea subjacente possibilita 
diferenciar entre: 
´ 1. A simples clubbing digital isolada 
´ 2. clubbing digital associado a anormalidades ósseas 
que realizam osteoartropatia hipertrófica pneumática de 
Pierre Marie
l'osteo-artropatia hipertrofiante
pneumatica de Pierre Marie
´ Clubbing digital 
´ Dor e inchaço dos pulsos e dos tornozelos 
´ Presença de aplicações periósticas que apresenta o 
aspeto da ”vela fluindo " ao nível dos ossos longos na 
radiográfia (em particular das tíbias), mas também no 
nível dos ossos do metacarpo.
aplicações periósticas
hipocratismo digital 
diagnostico diferencial
´ Câncer broncopulmonar (onde é frequentemente 
associado à osteoartropatia hipertrófica pneumática) 
´ Bronquiectasia 
´ Fibrose pulmonar –
´ Doenças extrarespiratórias
´ Endocardite
´ Doença cardíaca congênita cianótica 
´ Doença inflamatória intestinal crônica (recto-colite, 
doença de Crohn) 
´ Hepatite crônica e cirrose 
´ Câncer digestivo
Inspeção 
postura
´ a posição de "tripé" 
´ Suporte nos membros superiores (nos cotovelos ,nos 
braços, mãos sobra as coxas), cabeça em flexão nos 
ombros, busto inclinado para a frente
´ Permite o uso dos músculos acessórios da respiração 
´ SCM, Escalenos 
Inspeção 
postura
Tórax escavado ou pectus excavatum: 
depressão acentuada no esterno e cartilagens costais
CAUSAS: congênito ou adquirido
Inspeção 
postura
Tórax em peito de pombo ou pectus carinatum: 
saliência do esterno, parecido com peito de pombo.
CAUSAS: genéticas 
ou adquiridas
Inspeção torácica
repercussão da coluna vertebral
´cifose: curvatura anormal da coluna vertebral no plano ântero-
posterior
´escoliose: curvatura anormal do rachis no plano lateral.
Inspeção 
postura
Tórax em tonel: diâmetro anteroposterior é igual ao transverso
Causas: doença pulmonar obstrutiva
Inspeção
distensão torácica
´ Aumento crônico do volume pulmonar (enfisema) 
´ Aumento do diâmetro antero-posterior do tórax 
´ Tórax em Tonel com costelas horizontais ( cuidado nas técnicas HVBA ) 
Inspeção
distensão torácica
´ Elevação do manúbrio esternal com encurtamento 
do segmento supraesternal da traqueia (sinal de 
Campbell), que geralmente mede pelo menos 3 cm; 
é um sinal de distensão torácica
Inspeção
Ò Relevo anormal (arqueamento, protrusão ...) que pode indicar uma 
localização do tumor de osso ou músculo, ou um abscesso infecioso..
Inspeção
Dinâmica da respiração 
´ Freqüência regular de 10 a 16 ciclos por minuto, com inspiração
menor do que a expiração (cerca de 2/5 do ciclo respiratório para 
inspiração, 3/5 para a expiração).
´ Suspiro = fenômeno normal, se sua freqüência não for excessiva
(normalmente não mais de um suspiro a cada 10 a 15 minutos).
´ Polipnea ou taquipnea = aumento da taxa respiratória
´ Bradipnea = diminuição
´ Hiperpnea = aumento da amplitude dos ciclos respiratórios
Inspeção
Dinâmica da respiração
´ Expansão torácica simétrica
´ Doenças
´ - Imobilidade de um hemitórax
´ - Asíncrono entre os dois hemitóraxos
´ envolvimento pulmonar unilateral (ressecção pulmonar
cirúrgica, atelectasia, pneumonia prolongada)
´ envolvimento pleural (pneumotórax especialmente, 
abundante pleurisia com menos frequência)
INSPEÇÃO DINÂMICA
Cheyne Stokes : períodos de 
respiração rápida e profunda 
alternados com períodos de 
Apnéia.(Idosos, RN, ICC,TCE,
AVE)
Respiração de Kussmaul: respiração 
profunda com inspirações rápidas e 
amplas / curtos períodos de apnéia / 
após resp. profundas e 
ruidosas.(distúrbios metabólicos: uremia 
,CAD)
Ritmo respiratório:
respiração rítmica ou arrítmica
Alterações: 
Respiração de biot: períodos de 
respiração irregular seguidos por 
períodos variados de apneia.(lesões 
cerebrais, meningite)
Inspeção 
anormalidades da dinâmica toraco-
abdominal
´ Expiração abdominal ativa.
´ Em um contexto agudo, é um sinal de gravidade.
´ DPOC.
´ Respiração abdominal paradoxal
´ Em um contexto agudo, é um sinal de gravidade. Este sinal é
muito sugestivo de uma grave disfunção do diafragma. 
Pode aparecer apenas em posição supina.
´ Respirando "alternando"
´ Esta modalidade ventilatória consiste em uma alternância
de respirações "normais" onde o diafragma parece
contribuir principalmente para a inspiração (expansão
abdominal) e respirações "anormais" sem expansão
abdominal ou movimento abdominal paradoxal.
´ constitui um sinal de gravidade.
Inspeção 
anormalidades da dinâmica toraco-abdominal
´ Sinal Hoover
´ Diminuição do diâmetro transversal da parte inferior do tórax durante a 
inspiração, em vez do aumento esperado
´ Sinal de distensão torácica, que indica uma horizontalização do diafragma
´ Depressão intercostal
´ depressão inspiratória dos espaços intercostais
´ aba costal
´ movimento paradoxal duma parte do tórax
´ Fracturas múltiplas de costelas com linha de fratura dupla em cada costela
Inspeção
inspeção do pescoço
´ Visibilidade anormal dos músculos inspiratórios do pescoço
´ Hipertrofia ou Modificação de sua geometria
´ Em caso de doença respiratória crônica aumentando o trabalho 
mecânico
´ Atingimento crônico do diafragma (onde mostra uma 
"compensação" da fraqueza diafragmática pelos músculos 
inspiratórios do pescoço)
´ Pulso respiratório "ou" pulso inspiratório "
´ Contração das fases dos músculos inspiratórios do pescoço, 
síncrono com a inspiração´ Escavação supersternal ou supraclavicular durante a 
inspiração
´ Existência de fortes depressões intratorácicas durante a 
inspiração
Visibilidade anormal dos músculos
inspiratórios do pescoço
Turgescência das veias jugulares
externas
Refluxo hepato-
jugular durante a 
compressão da 
região hepática 
Palpação 
PALPAÇÃO
È realizada com as mãos espalmadas sobre o 
tórax.
Verificar a presença de nódulos, massas, dor, 
enfisema subcutâneo,
sensibilidade,
pulsações, simetria, 
frêmito tátil 
Começar no ápice indo
de um lado ao outro até
a base
Expansibilidade torácica: 
colocar os polegares sobre o tórax, aprox. 5cm de distância e 
observar a simetria 
Comparar movimentos das mãos bilateralmente.
Expansibilidade lobos superiores Expansibilidade lobos médio
Expansibilidade 
Lobos inferiores
Verificar o frêmito tátil ou toracovocal:
Transmissão da vibração do movimento do ar por meio da 
parede torácica durante a fonação
Coloque a superfície palmar no tórax e peça para a pessoa falar 33
Verificar o frêmito tátil ou toracovocal:
As vibrações devem ser iguais em ambos os lados
É mais perceptível entre as escapulas e ao redor do esterno, pois os 
brônquios estão mais próximos do tórax
Muco, colapso do tecido
pulmonar, lesões bloqueiam 
as vibrações.
Palpação
Contração dos músculos do pescoço e 
mecânica respiratória
´ Respiração paradoxal abdominal
´ - mão plana no peito e uma mão plana no abdômen, e sentir os 
respectivos movimentos.
´ - Expiração ativa, percebendo a contração fásica expiratória
dos abdominais.
´ Sinal de Hoover
- Examinador de frente para o paciente coloca as duas palmas 
na parte inferior do Tórax. Normalmente, as mãos se afastam
umas das outras com inspiração. 
- Sinal de Hoover está presente se eles se aproximarem.
Pulso inspirátorio
- Contração fásica inspiratória dos escalenos. 
Isso exige colocar a ponta dos dedos no músculo
Palpação
Palpação da traqueia
´ A posição da traquéia em relação ao plano mediano
- Índice no espaço supraternal em busca de cartilagem
traqueal
´ - Desvio da traqueia pode ser um sinal de deslocamento do 
mediastino
´ - A busca de uma descida inspiratória da traqueia pode ser
sensibilizada, em comparação com a inspeção, colocando
o indicador na cartilagem da tireóide e seguindo seus
movimentos. Ele testemunha a produção pelos músculos
inspiratórios de depressões intratorácicas importantes.
Palpação
vibrações vocais
´ Redução das vibrações vocais
´ - Interposição de ar ou líquido entre o parênquima
pulmonar e a parede (pneumotórax ou pleuresia)
´ - Ausência de parênquima pulmonar (pneumonectomia) 
ou sua rarefação (enfisema)
´ Aumento da vibração vocal
´ - Aumento da densidade do parênquima pulmonar = 
síndrome de condensação
Palpação
crepitação subcutânea 
´ Presença de ar nos tecidos moles da parede torácica 
(tecido subcutâneo, músculos), chamado "enfisema 
subcutâneo
´ - Pneumotórax, espontaneo ou como complicação da 
drenagem torácica.
´ - O enfisema subcutâneo localizado na cavidade 
supraternal é sugestivo de pneumomediastino.
Percussão
PERCUSSÃO
Avalia a produção de sons da parede torácica 
Determina se os tecidos contêm ar, líquidos ou se 
são sólidos.
PERCUSSÃO
Percutir os espaços intercostais / 
Sempre bilateralmente/ápice para 
base
Percussão
Percussão
PERCUSSÃO
ALTERAÇÕES:
Som hipersonoro: indica aumento de ar no alvéolo, 
causas: enfisema pulmonar
Som timpânico: indica a presença de ar no espaço 
pleural, causas: pneumotórax
Som maciço ou submaciço: indica diminuição ou 
ausência de ar no alvéolo e condensação pulmonar, 
causas: derrame pleural, pneumonia, atelectasias
Som normal: som claro pulmonar
Percussão
Som timpânico
´ Pneumotórax
Pneumotórax
Parcial Completo
Percussão
maciço
´ Derrame pleural 
´ Macicez mobilizável 
Percussão
maciço
´ Pneumonia
´ Atelectasia
Percussão 
´ Tripé pleural 
- Abolição das vibrações vocais
- Abolição do murmúrio vesicular
o único dos 3 elementos do tripé que diferem consoante
o derrame seja ar (tímpanico) ou líquido (maciço).
AUSCULTAÇÂO PULMONAR
AUSCULTAÇÂO PULMONAR
SONS RESPIRATÓRIOS NORMAIS:
Som tubular audível sobre a traqueia.
Som bronco vesicular audível nos brônquios, abaixo das 
clavículas e entre as escápulas
Sons vesiculares ou murmúrios vesiculares 
audível nas alvéolos = atenuação do som 
tubular e bronco vesicular pelo o ar contido dentro as alvéolos 
AUSCULTAÇÂO PULMONAR
SONS RESPIRATÓRIOS ANORMAIS:
Roncos ou Ronchus ( musicais ) 
- secreções espessas nos grandes brônquios/ mais 
proeminente na expiração.
Sibilos ou Wheezes ( Musicais)
- passagem de ar numa via aérea estreita/ secreções 
espessas nos brônquios e bronquíolos, podendo ser 
acompanhada de espasmos muscular
AUSCULTAÇÂO PULMONAR
SONS RESPIRATÓRIOS ANORMAIS:
Crepitações finas ou Crackles Finos 
Estertores ( soms Descontinuados) 
- ruídos finos, descontinuados, curtos, ouvidos durante a inspiração
Crepitações grossas ou Crackles grossos ( soms
Descontinuados) Estertores 
- som semelhante ao rompimento de bolhas, pode ser auscultado em 
todo o tórax, na inspiração e expiração 
Auscultação pulmonar
Diminuição de MV
´ Diminuição difusa das doenças obstrutivas
pulmonares
´ (DPOC e asma, especialmente durante uma crise)
´ A diminuição localizada da MV (embora possa ser
extensa), pode indicar a presença de ar ou fluido no 
espaço pleural ou massa pleural ou intratorácica
(perto da parede).
Sons adventícios
Sons musicais
Auscultação pulmonar
sibilos
´ Vibração articular das paredes brônquicas e gás
intra-brônquico nas vias aéreas com diâmetro interno
superior a 2 mm e cujas paredes estão em aposição.
´ Obstrução brônquica espontânea específica
´ pode estar ausente na obstrução brônquica muito
grave.
Auscultação pulmonar 
roncos
´ Som musical, muitas vezes expiratório; talvez
inspiratório ou bi-fásico.
´ Tom mais grave do que os sibilos.
´ Asma e bronquite crônica.
´ Ruptura de filmes líquidos; vibração articular das
paredes brônquicas e gás intra-brônquico nas vias
aéreas centrais
Auscultação pulmonar 
stridor
´ Som musical, produzido pela obstrução das vias
aéreas superiores
´ Mecanismo de produção: semelhante ao das
sibilantes.
´ Valor de diagnóstico: 
´ se a obstrução é extra-torácica: geralmente estridor
inspiratório. 
´ Se a obstrução for intra-torácica de tipo variável: estridor
expiratório. 
´ Se a obstrução do tipo fixo (tumor, cicatriz), intra-ou extra 
torácica: stridor bi-fasico.
Sons adventícios
Sons não musicais
Auscultação pulmonar
Crackles de final de inspiração
´ Características clínicas
´ - Natureza intermitente e explosiva
´ - Tom agudo
´ - curta duração; aparecem do meio para o final da 
inspiração onde aumentam em número e intensidade.
´ - não afetado pela tosse
´ - afetado pela mudança de posição (dependente da 
gravidade)
´ - sem transmissão para a boca
´ - semelhante ao som de "esfregar cabelo".
Auscultação pulmonar
Crackles de final de inspiração
´ Mecanismo de produção
´ - Abertura brutal com a inspiração de um brônquio
periférico fechado na expiração anterior. "Estress-
relaxamento" da parede das vias aéreas periféricas.
´ Valor de diagnóstico
´ - Presente em doenças intersticiais e parênquima
pulmonar
´ - muitos na fibrose intersticial idiopática e asbestose
´ - raros na sarcoidose
´ - Início precoce da insuficiência cardíaca.
Auscultação pulmonar
Crackles graves de meio de inspiração
´ Características clínicas
´ - Intermitente e explosivo
´ - Tom mais grave do que os dos crackles finos
´ - surgimento no meio da inspiração
´ - Na expiração, eles respeitam o começo e o fim
´ - afetado pelo a tosse
´ - transmitido para a boca.
Auscultação pulmonar
Crackles graves de meio de inspiração
´ Hipersecreção brônquica.
´ Eles podem estar presentes em bronquite crônica
´ Bronquite aguda
´ Frequentemente numerosos em bronquiectasias
Auscultaçãopulmonar
Crepitações de inicio de inspiração
´ Características da obstrução brônquica grave.
´ Produtos nos brônquios proximais.
´ Transmitidos para a boca e ouvidos em uma ou 
ambas as bases do pulmão.
´ Não modificado pela tosse e mudanças no 
posicionamento
Sons adventícios
Sons de categoria indefinida
Auscultação pulmonar
atrito pleural 
´ Características clínicas
´ Por razões fisiológicas, o atrito pleural é quase confinado
as áreas pulmonares basais e axilares, sendo
praticamente inaudível em áreas apicais
´ Bem percebido em ambas as fases do ciclo respiratório, 
mas pode ser confinado à inspiração.
´ O derrame pleural pode modificar ou eliminar o AP.
´ em inflamação ou neoplasia da pleura
Auscultação pulmonar
Squawk
´ Características clínicas
´ Som musical breve que aparece do meio até o final da 
inspiração, muitas vezes acompanhado de crepitações, às vezes 
precedido por um deles.
´ Mecanismo de produção 
´ não totalmente conhecido. Provavelmente: oscilação das 
paredes das vias aéreas que se abrem nos pulmões 
deflacionados, o que permaneceria na aposição o tempo 
suficiente para oscilar sob a ação do fluxo inspiratório.
´ Valor diagnóstico
´ Doenças intersticiais pulmonares típicas, especialmente alveolite 
alérgica extrínseca ("pneumonite de hipersensibilidade").
Síndrome 
mediastinal
Síndrome mediastinal
irritação dos nervos
´ Atingimento do nervo frênico
´ Soluços
´ Paralisia frênica manifestada pela dispneia e assimetria 
dos movimentos torácicos, com ascensão paradoxal de 
um hemi-diafragma na radioscopia (o hemidiafragma 
paralisado volta a inspiração profunda)
´ Atingimento do nervo recorrente esquerdo
´ A lesão abaixo da extremidade da crosse aórtica causa 
paralisia da corda vocal com disfonia. O nervo 
recorrente direito descreve o seu cruzamento no limite 
superior do tórax sob a artéria subclávia e, portanto, não 
é alcançado em síndromes mediastinais.
Paralisia da corda vocal 
esquerda
Síndrome mediastinal
irritação dos nervos
´ Atingimento do plexo braquial
´ As raízes C8-D1 estão no limite superior do tórax. 
´ Sua irritação resulta em dor descendente na borda 
interna do braço e no 5º dedo, associada a distúrbios 
sensoriais no mesmo território (câncer do Apex
pulmonar, síndrome de Pancoast-Tobias).
Síndroma de Pancoast-
Tobias
Síndrome mediastinal
irritação dos nervos
´ Atingimento do simpático dorsal ou cervical
´ Síndrome de Claude Bernard Horner, associando miose, 
Ptose da parte superior da pálpebra e enoftalmia.
´ Atingimento do simpático dorsal 
´ hipersudação e fenômenos vaso-motores ao nível de um 
hemitórax (câncer do apex pulmonar, síndrome de 
Pancoas-Tobias).
´ Atingimento dos nervos pneumogástricos
´ responsável por palpitações e taquicardia, crise de 
Bouveret, flutter.
Síndroma de Claude 
Bernard Horner
Síndroma mediastinal
Manifestações vasculares
´ Síndrome da veia cava superior
´ Cianose localizada nas mãos e no rosto (nariz, lábios, 
maçãs do rosto, orelhas, unhas, dedos)
´ Acentuado pela tosse e esforço.
´ Edema de topografia característica da face ,da base 
do pescoço e da parte ântero-superior do tórax e dos 
braços (edema em peregrino), respeitando as costas, 
apagando o relevo clavicular, renitente não tomando o 
godet. É mais pronunciado de manhã e deitado
Síndrome mediastinal
Síndrome da veia cava superior
´ Circulação colateral
´ visível nos lados anterior e lateral do tórax.
´ 2/3 superior do tórax
´ Fluxo sanguíneo é direcionado de cima para baixo (da veia cave sup 
para veia cave inf)
´ a sua compressão aumenta o inchaço do pescoço e do rosto
´ Sonolência e dor de cabeça no final da noite.
´ Turgescência venosa
´ atinge as veias jugulares, mas também as veias sublinguais, veias das
fossas nasais, veias da retina (visíveis na parte de trás do olho).
´ Epistaxis e hemoptise
´ Estes elementos do tripé venoso intensificam-se em posição deitada ou 
por inclinação do tronco para a frente: sinal de Sorlano
Síndrome da veia cava superior
Síndrome da veia cava superior
Síndrome mediastinal
manifestações digestivas
´ Disfagia intermitente ou permanente, traduz a 
compressão do esôfago. 
Síndrome mediastinal
manifestações respiratórias 
´ Manifestações respiratórias
´ dispnéia intermitente, posiçional ou permanente com tiragem e 
sibilâncias
´ tosse de ritmo variável
´ Hemoptise
´ De acordo com a associação desses diferentes sinais, é possível
determinar a localização precisa da lesão:
´ Síndrome do mediastino anterior
´ Dor retro-esternal pseudo-anginosa + síndrome da veia cave superior
´ Síndrome mediastinal médio
´ manifestações respiratórias (dispneia, sibilância, tosse seca irritativa) e 
paralisia recorrente esquerda
´ Síndrome do mediastino posterior
´ disfagia, neuralgia intercostal

Continue navegando