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A engenharia de segurança do trabalho no Brasil e seus aspectos normativos

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DESCRIÇÃO
Alterações e ajustes em normas regulamentadoras da engenharia de segurança do trabalho. Impactos
no ambiente de trabalho. Propostas de eliminação ou minimização dos riscos para os trabalhadores.
PROPÓSITO
Tendo em vista a dinâmica das legislações no Brasil, sejam as trabalhistas sejam as previdenciárias, é
fundamental haver um amplo entendimento da importância das normas regulamentadoras (NRs) como
um elemento essencial no campo da prevenção de acidentes e de doenças relacionadas ao trabalho.
PREPARAÇÃO
Antes de iniciar a leitura deste conteúdo, tenha em mãos papel ou caneta, ou use a calculadora de seu
smartphone/computador para a realização das tarefas em aula.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Identificar o processo histórico da engenharia de segurança do trabalho no Brasil e no mundo
MÓDULO 2
Reconhecer a importância das normas regulamentadoras na melhoria dos ambientes de trabalho
MÓDULO 3
Identificar os principais objetivos da Política Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador
INTRODUÇÃO
A ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO
TRABALHO NO BRASIL E SEUS ASPECTOS
NORMATIVOS
MÓDULO 1
 Identificar o processo histórico da engenharia de segurança do trabalho no Brasil e no mundo
LIGANDO OS PONTOS
Muitas empresas ainda não conhecem ou nunca ouviram falar das NRs ou de outras legislações
trabalhistas que visam à proteção dos trabalhadores. Com isso, frequentemente, verifica-se a ocorrência
de acidentes de trabalho em função da ausência de medidas preventivas que venham a garantir um
ambiente seguro para os trabalhadores.
Observe o cenário histórico a seguir:
O Brasil passou, especialmente a partir da década de 1930, por um significativo processo de
industrialização: com a mudança considerável de suas atividades econômicas, ele deixava de depender
apenas das agropecuárias. Com esse novo cenário econômico, a força de trabalho no país mudou
completamente. O homem do campo, de um momento para o outro, passou a atuar nas indústrias
nacionais sem um processo de transição – e, especialmente, de ambientação.
Obviamente, muitos acidentes ocorreram, inclusive com óbitos, em função de atividades e operações
com máquinas e equipamentos em seus novos postos de trabalho. Um exemplo muito significativo no
Brasil ocorreu na então Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em Volta Redonda, no estado do Rio de
Janeiro, já que o número de acidentes ocorridos na época chamava a atenção de todo o mercado
internacional.
Em função desse triste cenário, a legislação brasileira incorporou à própria Constituição Federal alguns
mecanismos de proteção para os trabalhadores com o objetivo de reverter esse lamentável quadro
acidentário.
Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?
3. UMA EMPRESA FOI MULTADA PELA AUDITORIA FISCAL
DO TRABALHO, A QUAL, APÓS UMA INSPEÇÃO
ALEATÓRIA, CONSTATOU QUE UM TRABALHADOR NÃO
UTILIZAVA OS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL.
AGIRAM CORRETAMENTE OS AUDITORES FISCAIS AO
AUTUAR A EMPRESA PELO NÃO CUMPRIMENTO DA
PORTARIA Nº 3.214?
RESPOSTA
A legislação trabalhista é bem clara ao determinar que cabe ao empregador “cumprir e fazer cumprir as
normas de proteção dos trabalhadores”; logo, a empresa possui mecanismos legais para a garantia desse
termo constitucional. Caso não o cumpra, ela tem de ser autuada, como no caso em questão, com as ações
corretas por parte da auditoria fiscal do trabalho.
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A SEGURANÇA DOS TRABALHADORES NO
BRASIL
HISTÓRIA DA SEGURANÇA DO TRABALHO
NO BRASIL
A engenharia de segurança do trabalho no país vem passando, ao longo dos anos, por grandes
alterações normativas, especialmente após a criação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), em
1943, considerada um “marco histórico” no campo da prevenção.
 SAIBA MAIS
Tais alterações também estão muito relacionadas à forte presença de empresas multinacionais em
território brasileiro, que vem se tornando um canal indutor nesse processo por meio de uma cultura de
segurança e de novas medidas preventivas que vêm sendo adotadas no Brasil.
Os registros dos acidentes no Brasil vêm sendo decisivos tanto para as alterações das NRs quanto para
a promulgação de outras leis e decretos. Esse é o caso do fator acidentário de prevenção (FAP), que
vem pontuando as empresas conforme a quantidade de acidentes e de doenças ocupacionais com
afastamentos previdenciários que se refletem na tributação das organizações com incidências no próprio
seguro de acidente de trabalho.
Quanto mais uma empresa cuidar de seus trabalhadores, portanto, mais segura e competitiva no
mercado ela será, melhorando sua imagem e os ambientes de trabalho, além de reduzir os
impostos.
Mas ainda temos muito a evoluir, pois infelizmente “trabalho” e “previdência” ainda não caminham no
mesmo sentido no Brasil. Podemos exemplificar as questões de insalubridade (trabalho) com a
aposentadoria especial (previdência), que requer abordagens distintas sobre o mesmo ambiente do
trabalho.
NO MUNDO
Ao abordarmos as questões relacionadas às doenças do trabalho, precisamos, antes de tudo, entender
seu contexto a partir de dados e registros históricos. Assim, neste tema, apontaremos as datas
relevantes no mundo (e no Brasil, obviamente) até os dias de hoje para que você possa compreender os
avanços na área da medicina ocupacional e na prevenção das doenças relacionadas ao trabalho.
Regressaremos historicamente a períodos mais remotos:
Egito Antigo
Há vários registros de acidentes no Egito Antigo, milhares de anos antes de Cristo (a.C.), em papiros
que descrevem as condições de trabalho de pedreiros, especialmente em minas de cobre, apresentando
diversos tipos de dermatites e acidentes de trabalho. Existem ainda outros tantos textos judaicos
estabelecendo as normas de trabalho e as avaliações de trabalho e doença, além de conceitos de
readaptação laboral.
Império Greco-Romano
Na Grécia, no período do Império Greco-Romano, Hipócrates (460-370 a.C.) descreveu diversas
doenças relacionadas às funções desempenhadas por metalúrgicos, montadores a cavalo, mineiros e
tintureiros, entre tantos outros trabalhadores. É bom ressaltar o fundamental papel do pai da medicina
nesse contexto doença versus trabalho, pois ele foi um dos primeiros prevencionistas de que tivemos
notícias.
Outras figuras fundamentais do Império Greco-romano trataram dessa questão. Na Grécia, Platão (427-
347 a.C.) abordou as doenças dos atletas profissionais, enquanto Aristóteles (384-322 a.C.) ampliou os
registros das doenças dos mineiros e dos montadores a cavalo. Na Roma Antiga, outros tantos
pensadores deixaram importantes registros das doenças relacionadas ao trabalho.
Plínio (23-79 d.C.), com sua História naturalis sobre o saturnismo, em função das exposições ao
mercúrio e às poeiras, trouxe informações sobre o uso de máscaras, ou seja, ele realizou a primeira
descrição de equipamentos de proteção individual (EPIs). Pela primeira vez, houve o tratamento de
temas referentes à segurança do trabalho.
Revolução Industrial
A Revolução Industrial, a partir do século XVIII, trouxe importantes avanços no campo da segurança do
trabalho e até nas observações das doenças presentes nos ambientes laborais. No período, ainda foram
identificadas diversas condições laborais precárias associadas às reivindicações em função da perda da
força de trabalho.
É muito importante entender algumas datas e alguns processos históricos da segurança do trabalho no
mundo. Tal medida se faz necessária a fim de apontar o quanto os países industrializados, considerados
de Primeiro Mundo, já tratavam da segurança enquanto o Brasil ainda se arrastava em um processo
rudimentar e escravagista.
Tendo isso em vista, observaremos a seguir alguns dados interessantes de quatro países em um
intervalo de 136 anos:

1802 (INGLATERRA)
Lei de preservação da saúde e da moral de aprendizes e de outros empregados na indústria.
1844 (INGLATERRA)
Cláusulas adicionais estabelecem a obrigatoriedade de proveruma política a um funcionário. No
entanto, a PPST é uma obrigação para os trabalhadores; por conseguinte, o empregador é o principal
responsável pelo seu conteúdo.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Vimos neste conteúdo que a engenharia de segurança do trabalho no Brasil vem assumindo um
importante papel na sociedade a partir da implementação de procedimentos seguros para os
trabalhadores.
Tendo isso em vista, estudamos a existência, em nosso país, de um conjunto de procedimentos legais
reconhecido mundialmente. Destacamos, nesse contexto, dois exemplos paradigmáticos: as normas
regulamentadoras de segurança, higiene e saúde do trabalho, a Política Nacional de Segurança e
Saúde no Trabalho.
Pontuamos, por fim, a necessidade de se promover o avanço da cultura de segurança nos ambientes de
trabalho. Afinal, ela é fundamental para a garantia da eficácia de nossa legislação em segurança.
 PODCAST
Agora, o especialista Marcio Jorge Gomes Vicente encerra o tema falando sobre os principais tópicos
abordados.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
ANUÁRIO brasileiro de proteção 2020: saúde e segurança. São Paulo: Proteção Publicações e
Eventos, 2020.
BRASIL. Decreto nº 7.602, de 7 de novembro de 2011. Dispõe sobre a Política Nacional de Segurança
e Saúde no Trabalho - PNSST.
BRASIL. Norma regulamentadora nº 1 - disposições gerais e gerenciamento de riscos ocupacionais.
(Redação dada pela Portaria SEPRT nº 6.730, de 09/3/2020).
BRASIL. Norma regulamentadora nº 6 - equipamento de proteção individual - EPI. (Alterado pela
Portaria SIT nº 194, de 7 de dezembro de 2010).
BRASIL. Norma regulamentadora nº 9 - avaliação e controle das exposições ocupacionais a agentes
físicos, químicos e biológicos. (Redação dada pela Portaria SEPRT nº 6.735, de 10 de março de 2020).
BRASIL. Normas regulamentadoras - segurança e saúde do trabalho. Guia trabalhista. Disponível na
internet em: 17 ago. 2021.
BRASIL. Portaria nº 3.214, de 8 de junho de 1978. Aprova as normas regulamentadoras – NR do
capítulo V, título II, da Consolidação das Leis do Trabalho, relativas a segurança e medicina do trabalho.
CÂMARA, V.; GALVÃO, L. A. A patologia do trabalho numa perspectiva ambiental. In: MENDES, R.
(Ed.). Patologia do trabalho. Rio de Janeiro: Atheneu, 1995. p. 609-630.
DEMBE, E. Occupation and disease: how social factors affect the conception of work-related disorders.
New Haven: Yale University, 1996.
DESOILLE, H.; SCHERRER, J.; TRUHAUT, R. Précis de médecine du travail. Paris: Masson, 1975, p.
290-303.
INTERNATIONAL LABOUR OFFICE. Encyclopaedia of occupational health and safety. 4. ed.
Geneva: ILO, 1998.
LAST, J. M. Dictionary of epidemiology. 3. ed. Oxford: Oxford University, 1995.
MENDES, R. Aspectos conceituais da patologia do trabalho. In: MENDES. R. (Ed.). Patologia do
trabalho. Rio de Janeiro: Atheneu, 1995. p. 33-47.
MENDES, R. et al. Máquinas e acidentes de trabalho. Brasília: MTE/SIT; MPAS, 2001.
MORAES, G. A. Normas regulamentadoras comentadas. 6. ed. Rio de Janeiro, 207.
ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO. Diretrizes sobre sistemas de gestão de
segurança e saúde no trabalho. São Paulo: Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e
Medicina do Trabalho, 2005.
SALIBA, T. M. Manual prático de higiene ocupacional e PPRA: avaliação e controle dos riscos
ambientais. São Paulo: LTr, 2005.
SPINELLI, R.; BREVIGLIERO, E.; POSSEBON, J. Higiene ocupacional: agentes biológicos, químicos e
físicos. 2. ed. São Paulo: Senac SP, 2008.
EXPLORE+
Pesquise no YouTube o vídeo a seguir para conhecer a nova redação da NR-1 que trata da GRO e de
seus impactos nas demais NRs:
SSTONLINE. Ao vivo: a nova NR-1 e o gerenciamento de riscos ocupacionais - GRO e PGR. Publicado
em: 16 mar. 2020. Consultado na internet em: 13 ago. 2021.
CONTEUDISTA
Marcio Jorge Gomes Vicentemáquinas com proteção e de comunicar
acidentes.


1841 (FRANÇA)
Primeira lei industrial a tratar do trabalho infantil.
1867 (FRANÇA)
Surge a primeira associação para prevenção de acidentes (criada por Engels Dollfuss).


1877 (EUA)
Lei em Massachussetts sobre a proteção de correias de transmissão giradas sobre eixos e de
engrenagens, além da proibição de maquinário em movimento.
1913 (EUA)
Fundação do National Safety Council na cidade de Chicago.


1935 (CUBA)
Primeiro país a constituir uma associação: o Consejo Nacional para la Prevención de Accidentes.
1938 (EUA)
Criação em Nova York do Consejo Interamericano de Seguridad (CIAS).

ASPECTOS HISTÓRICOS DA SEGURANÇA DO
TRABALHO NO BRASIL
Apontados acima, os registros históricos no mundo propiciam a seguinte reflexão: enquanto muitos
países, especialmente no período pós-Revolução Industrial, começaram a tratar do tema “segurança dos
trabalhadores” com um bom nível de importância (o que é bem diferente de “prioridade”), o Brasil,
conforme frisamos, ainda estava com um regime de trabalho bem diferente do que se considera um
emprego.
O trabalho escravo (ainda existente no Brasil) sempre foi – e será – degradante, condicionando o ser
humano a um regime de deterioração quanto à sua dignidade. Desse modo, o país ainda está em um
processo de transição, mesmo que demorado, para um melhor patamar prevencionista.
Elencadas por conta de sua importância, as datas históricas reunidas a seguir abrangem seis décadas:


1919
Lei nº 3.724 (primeira lei contra acidentes, impondo ao setor ferroviário regulamentos prevencionistas).


1934
Decreto-Lei nº 24.637 (lei trabalhista institui regulamento sobre a prevenção de acidentes).


1941
Fundação da Associação Brasileira para Prevenção de Acidentes (ABPA).


1943
Decreto-Lei nº 5.452 (aprovação da CLT).


1944
Decreto-Lei nº 7.036 (Lei de Acidentes do Trabalho).


1950
Portaria nº 39 (normas de higiene e segurança do trabalho nas minas).


1965
Portaria nº 491 (quadro de atividades e operações insalubres).
Portaria nº 608 (normas de trabalho em condições de periculosidade e relação das atividades perigosas
com inflamáveis).


1977
Alteração do Capítulo V do Título II da CLT relativo à Segurança e Medicina do Trabalho.


1978
Portaria nº 3.214 (Aprovação das NRs).
Como podemos observar, diversos decretos, leis e normas foram se modificando conforme as
características dos postos de trabalho e as mudanças das atividades econômicas no Brasil iam se
alterando. Esse cenário está bem claro com a publicação do Decreto-Lei nº 5.452, que trata da
aprovação da CLT, muito em função do processo de industrialização brasileira. O homem do campo,
afinal, se via diante de um novo cenário de riscos, com máquinas e equipamentos para operar, sem um
real processo de transição entre um modelo e outro.
A chegada das primeiras indústrias de grande porte ao país, especialmente a CSN, em Volta Redonda,
no Rio de Janeiro, ou a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (CHESF), em Paulo Afonso, na Bahia,
é bastante emblemática desse contexto de novos riscos e acidentes. Essas duas indústrias, portanto,
refletiram todo um processo histórico.
Na CSN, os trabalhadores recém-saídos de suas atividades do campo, no meio rural, sofriam com os
acidentes, enquanto os demais funcionários, de maneira voluntária, se reuniam para retratar os
acidentes, descrevendo-os e reportando-os a seus superiores. Nem sempre, contudo, tais informações
eram bem recebidas; em outros casos, elas eram interpretadas sob um contexto político, o que gerou
perseguições e prisões para trabalhadores em Volta Redonda.
No entanto, um grande legado ficou dessa época: a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
(CIPA). Voluntariamente criada por esses trabalhadores e implementada em outras indústrias da época,
a CIPA foi incluída na (então) recém-criada CLT, de 1943. Isso foi, sem dúvida, um grande avanço no
campo da prevenção no país.
Os afastamentos dos trabalhadores no Brasil por acidentes e doenças relacionadas ao trabalho ocorriam
de forma crescente. A imagem do país interna e externamente ficou, assim, marcada como a de uma
nação “campeã” de acidentes de trabalho, trazendo preocupações a todos, fossem eles trabalhadores,
empresas e até mesmo o governo, na época.
 Gráfico: Nível de acidentalidade entre o período de 1970 a 2017.
Extraído de: Anuário Brasileiro de Proteção, 2020, p. 105.
O gráfico apresentado pelo Anuário Estatístico da Previdência Social demonstra claramente a redução
dos acidentes de trabalho no Brasil após a promulgação das NRs e de outros programas ocupacionais
estabelecidos por decretos e leis prevencionistas.
Com esse lamentável cenário acidentário – e com a péssima imagem no mercado internacional, o que
de fato reduziu os investimentos das empresas no Brasil –, o governo, após uma reunião tripartite em
1972, decidiu implementar medidas preventivas de forma experimental em algumas indústrias
voluntárias.
Finalmente, no dia 8 de junho de 1978, o Ministério do Trabalho e Emprego, que compõe atualmente o
Ministério da Economia como uma secretaria especial, promulgou as chamadas normas
regulamentadoras de segurança, higiene e saúde do trabalhador (as populares NRs) com o seguinte
texto normativo:
AS NORMAS REGULAMENTADORAS – NRS RELATIVAS À
SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO SÃO DE
OBSERVÂNCIA OBRIGATÓRIA PELAS EMPRESAS
PRIVADAS [...] QUE POSSUAM EMPREGADOS REGIDOS
PELA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO (CLT).
(NORMAS REGULAMENTADORAS - SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO, 2021)
Infelizmente, os trabalhadores estatutários, funcionários públicos não regidos pela CLT, foram excluídos
dessa portaria, permanecendo de tal forma até os dias de hoje.
 SAIBA MAIS
Consulte na internet a Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de 1977, que altera o Capítulo V do Título II da
CLT relativo à segurança e medicina do trabalho, e a Portaria nº 3.214, de 8 de junho de 1978, que
aprova as normas regulamentadoras do Capítulo V do Título II da CLT, relativas à segurança e à
medicina do trabalho.
Assim como a publicação da CLT em 1943, as NRs representam atualmente uma mudança de
paradigma para a prevenção de acidentes e doenças do trabalho, pois sua missão é melhorar as
condições dos ambientes de trabalho e livrar os trabalhadores das nocividades que tanto os
acompanham.
Outras portarias, leis e outros decretos surgiram após a publicação das chamadas NRs em 1978. Até
hoje, esses documentos contribuem significativamente para a percepção e a consequente redução dos
riscos nos ambientes de trabalho.
 EXEMPLO
O FAP relaciona os encargos tributários de uma empresa a seus resultados de afastamentos dos
trabalhadores em regime previdenciário, ou seja, é uma forma de criar uma cultura de segurança nos
ambientes de trabalho, em que, quanto maiores os investimentos por parte das organizações, melhores
são as condições seguras e salubres e menores os afastamentos dos trabalhadores. A empresa, além
disso, garante reduções do seguro de acidente de trabalho em sua folha de pagamento.
Por fim, podemos verificar que as leis atuais no Brasil representam avanços preventivos, mas ainda
estamos longe da obtenção de resultados para a redução das doenças dos trabalhadores que tanto os
afastam de suas jornadas laborais.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 2
 Reconhecer a importância das normas regulamentadoras na melhoria dos ambientes de
trabalho
LIGANDO OS PONTOS
As NRs de segurança, higiene e saúde do trabalho devem ser implementadas em todas as empresas
que admitam trabalhadores em regime de CLT, inclusive nas organizações terceirizadas no Brasil. Tal
caso, porém, ainda não constitui um cenário constatável do ponto de vista histórico.
Analisaremos um case real a seguir:
A indústria da terceirização de mão de obra no segmento de petróleo e gás, que cresce e aparece com
as bênçãos das empresas do setor, especialmente das contratantes, temNR estabelece a obrigatoriedade das empresas públicas e privadas de possuir
empregados regidos pela CLT. A fundamentação legal, ordinária e específica que dá embasamento
jurídico à existência da NR-4 é o artigo 162 da CLT.
A implantação dos serviços especializados em engenharia de segurança e medicina do trabalho
(SESMT) depende da gradação do risco da atividade principal da empresa conforme os dados da
Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) e do número total de empregados do
estabelecimento.
Dependendo dos elementos apontados, os SESMT terão de ser compostos por:
Engenheiro de segurança do trabalho.
Médico do trabalho.
Enfermeiro do trabalho.
Técnico de enfermagem do trabalho.
Técnico de segurança do trabalho.
 ATENÇÃO
Todos devem ser empregados da empresa.
NR-5 – COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE
ACIDENTES (CIPA)
Estabelece a obrigatoriedade das empresas de organizar e manter em funcionamento uma comissão
constituída exclusivamente por empregados com o objetivo de prevenir infortúnios laborais, eliminando
as possíveis causas de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais. Os artigos 163 a 165 da CLT são
a fundamentação legal da NR-5, dando-lhe embasamento jurídico.
Os trabalhos desenvolvidos pela CIPA são da maior importância para a segurança dos trabalhadores. O
objetivo dela é a prevenção de acidentes e de doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar
permanentemente o trabalho compatível com a preservação da vida e a promoção da saúde do
trabalhador.
A CIPA será composta de representantes do empregador (indicados) e dos empregados (eleitos).
Titulares e suplementares, os membros eleitos dessa comissão terão estabilidade empregatícia desde
sua candidatura até um ano após o encerramento da gestão deles.
NR-6 – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
Estabelece os modelos e tipos de EPIs para os trabalhadores conforme os respectivos riscos envolvidos
nos ambientes de trabalho. Ocorre que, ao contrário do que pode parecer, a implementação dos EPIs
não pode ser o verdadeiro projeto preventivo. Na verdade, devem-se priorizar sempre as medidas
coletivas em primeiro plano.
Por conta disso, as empresas serão obrigadas a fornecer gratuitamente a seus empregados EPIs
adequados aos riscos e em perfeito estado de conservação e funcionamento nas seguintes
circunstâncias:
Sempre que as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis ou não oferecerem completa
proteção contra os riscos de acidentes do trabalho e/ou de doenças profissionais e do trabalho.
Enquanto as medidas de proteção coletivas estiverem sendo implantadas.
Para atender às situações de emergência.
NR-7 – PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE
OCUPACIONAL (PCMSO)
Estabelece a obrigatoriedade da elaboração e da implementação do PCMSO, por parte de todos os
empregadores e das instituições que admitem trabalhadores como empregados, com o objetivo de
promover e preservar a saúde do conjunto de seus funcionários.
O PCMSO trata dos seguintes exames médicos obrigatórios para as empresas:
Exame admissional
Exame periódico
Exame de retorno ao trabalho
Exame de mudança de função
Exame demissional
A depender do grau de risco da empresa ou das empresas que trabalham com agentes químicos,
ruídos, radiações ionizantes e benzeno, além de outros compostos, haverá, a critério do médico do
trabalho e dependendo dos quadros na própria NR-7, bem como na NR-15, exames específicos para
cada risco que o trabalho puder gerar.
 SAIBA MAIS
Após ter passado por uma profunda revisão normativa em 9 de março de 2020, o PCMSO se tornará um
programa fundamental para integrar a NR-1; logo, todas as ações de segurança e as ocupacionais serão
inseridas em um único programa.
NR-8 – EDIFICAÇÕES
Estabelece os requisitos técnicos mínimos que devem ser observados nas edificações para garantir a
segurança e o conforto aos que nelas trabalham. Esta norma define os parâmetros para as edificações,
observando-se a proteção contra a chuva, a insolação excessiva ou a falta de insolação. Devem-se
observar também as legislações pertinentes nos níveis federal, estadual e municipal.
 ATENÇÃO
A NR-8 não pode ser confundida com a NR-18, que trata da construção civil, pois ambas possuem
alguns requisitos semelhantes.
NR-9 – AVALIAÇÃO E CONTROLE DAS EXPOSIÇÕES
OCUPACIONAIS AOS AGENTES FÍSICOS, QUÍMICOS E
BIOLÓGICOS
Nesta importante norma, o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) recebeu uma revisão
normativa em 10 de março de 2020, ampliando suas abordagens de duas formas:
QUANTO A AGENTES FÍSICOS, QUÍMICOS E BIOLÓGICOS
Segue critérios técnicos para as avaliações quantitativas conforme os limites de tolerância.
QUANTO A AVALIAÇÕES QUALITATIVAS SEGUNDO A
CARACTERIZAÇÃO DOS RISCOS
Segue os parâmetros da relação entre efeito e frequência.
Com a alteração da NR-1, o PPRA passa a ser um dos programas que vão compor NR-9 por meio de
um inventário bem amplo dos riscos ocupacionais. Desse modo, essa norma é de fundamental
importância para o programa de gerenciamento de riscos (PGR) em âmbito geral.
NR-10 – SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM
ELETRICIDADE
Esta NR trata das condições mínimas para garantir a segurança daqueles, incluindo terceiros e usuários,
que trabalham nas instalações elétricas em suas diversas etapas.
Entre tais etapas, incluem-se as seguintes:
Projeto
Execução
Operação
Manutenção
Reforma
Ampliação
 ATENÇÃO
É importante considerar os riscos acentuados a sistemas elétricos para garantir a efetiva proteção dos
trabalhadores que atuam com esse tipo de operação.
NR-11 – TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E
MANUSEIO DE MATERIAIS
Estabelece os requisitos de segurança a serem observados nos locais de trabalho no que se refere ao
transporte, à movimentação, à armazenagem e ao manuseio de materiais, tanto de forma mecânica
quanto manual, objetivando a prevenção de infortúnios laborais.
A NR-11 destina-se à operação de:
Elevadores.
Guindastes.
Transportadores industriais.
Máquinas transportadoras.
NR-12 – MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
Estabelece as medidas prevencionistas de segurança e higiene do trabalho a serem adotadas pelas
empresas em relação à instalação, à operação e à manutenção de máquinas e equipamentos visando à
prevenção de acidentes do trabalho.
A NR-12 ainda determina:
Instalações e áreas de trabalho.
Distâncias mínimas entre máquinas e equipamentos.
Dispositivos de acionamento, partida e parada de máquinas e equipamentos.
NR-13 - CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO
Estabelece todos os requisitos técnico-legais relativos à instalação, à operação e à manutenção de
caldeiras e vasos de pressão para se prevenir a ocorrência de acidentes do trabalho. Tanto o
acompanhamento de operação e manutenção quanto a inspeção e a supervisão de inspeção periódica
das caldeiras e dos vasos de pressão são de competência do engenheiro especializado nas atividades
referentes ao projeto de construção.
 ATENÇÃO
A NR-13 exige um treinamento específico para seus operadores, contendo várias classificações e
categorias nas especialidades devido principalmente a seu elevado grau de risco.
NR-14 – FORNOS
Estabelece as recomendações técnico-legais pertinentes à construção, à operação e à manutenção de
fornos industriais nos ambientes de trabalho, além de definir os parâmetros para a instalação de fornos.
 ATENÇÃO
É importante observar as legislações pertinentes nos níveis federal, estadual e municipal. Além disso, é
preciso considerar que as fontes de aquecimento dos fornos podem ser obtidas pela queima de
combustíveis, pela eletricidade ou pela recuperação de gases quentes, devendo, portanto, haver todos
os cuidados e ser seguidas as recomendações a respeito.
NR-15 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES
Trata de atividades, operações e agentes insalubres, assim como das situações que, quando são
vivenciadas nos ambientes de trabalho pelos colaboradores, ensejam a caracterização do exercício
insalubre e dos meios de protegê-los de taisexposições nocivas à sua saúde.
Uma atividade é considerada insalubre quando se dá além dos limites de tolerância, isto é, da
intensidade, da natureza e do tempo de exposição ao agente, não causando danos à saúde do
trabalhador durante sua vida laboral.
Contidas nos anexos da norma, as atividades insalubres levam em consideração os seguintes agentes:
Ruído contínuo ou permanente.
Ruído de impacto.
Tolerância para exposição ao calor.
Radiações ionizantes.
Agentes químicos e poeiras minerais.
Incidentes sobre o salário-mínimo nacional, os adicionais de insalubridade estão na ordem de 10%, 20%
ou 40%. Os artigos 189 e 192 da CLT constituem a fundamentação legal, ordinária e específica a
conferir um embasamento jurídico à sua existência.
NR-16 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS
Regulamenta as atividades e as operações legalmente consideradas perigosas. A fundamentação legal
que dá embasamento jurídico à caracterização da energia elétrica como o 3° agente periculoso é a Lei
n° 7.369, de 22 de setembro de 1985, que institui o adicional de periculosidade para os profissionais da
área de eletricidade.
Por decreto, duas categorias profissionais possuem direito a esse adicional: os vigilantes armados e os
motoboys. São consideradas atividades perigosas aquelas ligadas a explosivos, inflamáveis e à energia
elétrica.
A incidência do adicional de periculosidade se dá em percentual único de 30% incidentes sobre o
salário-base do trabalhador. Devem ser desconsiderados desse cálculo os adicionais noturnos, as horas
extras e os demais valores agregados nas respectivas remunerações.
 SAIBA MAIS
Se estiver exposto aos adicionais de insalubridade e periculosidade ao mesmo tempo, um trabalhador
terá direito a receber o maior valor remuneratório que lhe for devido, ou seja, na incidência de dois
valores, ele receberá apenas um, sem nenhum prejuízo.
NR-17 – ERGONOMIA
Visa a estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às psicofisiológicas
dos trabalhadores para lhes proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. A
fundamentação legal que lhe dá embasamento jurídico são os artigos 198 e 199 da CLT.
A NR-17 estabelece os parâmetros que permitem a adaptação das condições de trabalho a (à):
Características psicofisiológicas.
Máquinas.
Ambiente.
Comunicações dos elementos do sistema.
Informações.
Processamento.
Tomada de decisões.
Organização.
Consequências do trabalho.
 SAIBA MAIS
Observe que as lesões por esforços repetitivos (LER), hoje denominadas doença osteomuscular
relacionada ao trabalho (DORT), constituem o principal grupo de problemas à saúde reconhecidos pela
sua relação laboral. O termo DORT é muito mais abrangente que o LER, constante hoje nas relações de
doenças profissionais da Previdência.
Esta NR também fará parte da GRO com as caracterizações das atividades com agentes ergonômicos.
NR-18 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA
INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO
Estabelece diretrizes de ordem administrativa e de planejamento de organização que objetivam a
implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas
condições e no meio ambiente de trabalho na indústria da construção civil.
A NR-18 também passou por diversas alterações – entre elas, a obrigação do desenvolvimento das
estratégias de segurança, que passa a ser exclusivamente das construtoras, e não mais de
fornecedores. Seu texto ainda modernizou o conceito das plataformas de trabalho em altura (PTA),
tornando-o mais abrangente; com isso, elas passaram a ser denominadas plataformas elevatórias
móveis de trabalho (PEMTs).
 ATENÇÃO
Outras NRs foram retiradas do texto da NR-18 para evitar duplicidade. O trecho sobre as áreas de
vivência, por exemplo, foi transferido para a NR-24 (condições sanitárias e de conforto nos locais de
trabalho).
As questões relacionadas ao trabalho em espaços confinados ficaram restritas à NR-33 (segurança e
saúde nos trabalhos em espaços confinados); todavia, como previsto pela NR-1, será necessário haver
a elaboração de um PGR próprio em obras se a edificação tiver mais de sete metros de altura e/ou dez
trabalhadores envolvidos em determinado ambiente laboral. Em projetos menores, cujas edificações
possuem altura inferior a sete metros de altura, ou existem menos de dez trabalhadores em um mesmo
ambiente laboral, o desenvolvimento do programa pode ficar a cargo do técnico de segurança do
trabalho.
 ATENÇÃO
Agora é obrigatória a climatização em máquinas que possuem movimento próprio (autopropelidas) ou
com mais de 4,5 mil quilos.
NR-19 – EXPLOSIVOS
Estabelece as disposições regulamentadoras acerca do depósito, do manuseio e do transporte de
explosivos para a proteção da saúde e da integridade física dos trabalhadores em seus ambientes de
trabalho.
A NR-19 determina parâmetros para o depósito, o manuseio e a armazenagem de explosivos. A
fundamentação legal, ordinária e específica a dar embasamento jurídico à existência de tal NR é o artigo
200, inciso II, da CLT.
NR-20 - LÍQUIDOS COMBUSTÍVEIS E INFLAMÁVEIS
Estabelece as disposições regulamentares sobre o armazenamento, o manuseio e o transporte de
líquidos combustíveis e inflamáveis para promover a proteção da saúde e a integridade física dos
trabalhadores em seus ambientes de trabalho.
A NR-20 define os parâmetros para o armazenamento de combustíveis e inflamáveis. Sua
fundamentação legal, dando-lhe embasamento jurídico, é o artigo 200, inciso II, da CLT.
NR-21 - TRABALHO A CÉU ABERTO
Tipifica as medidas prevencionistas relacionadas à prevenção de acidentes nas atividades
desenvolvidas a céu aberto, como, por exemplo, em minas ao ar livre e pedreiras. A fundamentação
legal, ordinária e específica que dá embasamento jurídico à existência desta NR é o artigo 200, inciso IV,
da CLT.
NR-22 - SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL NA
MINERAÇÃO
Estabelece os métodos de segurança a serem observados pelas empresas que desenvolvem trabalhos
subterrâneos, de modo a proporcionar a seus empregados satisfatórias condições de segurança e
medicina do trabalho.
A NR-22 destina-se aos trabalhos em:
Minerações subterrâneas ou a céu aberto.
Garimpos.
Beneficiamento de minerais.
Pesquisa mineral.
Nesses trabalhos, é necessário ter um médico especialista em condições hiperbáricas. Essa atividade
possui várias outras legislações complementares.
NR-23 - PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS
Estabelece as medidas de proteção contra incêndios nos locais de trabalho para a prevenção da saúde
e da integridade física dos trabalhadores.
Todas as empresas, assim, devem possuir:
Proteção contra incêndio.
Saídas para retirada de pessoal em serviço e/ou público.
Pessoal treinado e equipamentos. As normas do corpo de bombeiros sobre o assunto devem
ser observadas.
NR-24 - CONDIÇÕES SANITÁRIAS E DE CONFORTO NOS
LOCAIS DE TRABALHO
Disciplina os preceitos de higiene e de conforto a serem observados nos ambientes de trabalho visando
à higiene desses locais e à proteção à saúde dos trabalhadores, especialmente no que se refere a (à):
Banheiros.
Vestiários.
Refeitórios.
Cozinhas.
Alojamentos.
Água potável.
 ATENÇÃO
Todo estabelecimento tem de atender às denominações contempladas pelo próprio nome da NR-24.
Cabe à CIPA e/ou aos SESMT, se houver, a observância dessa norma. Deve-se observar também, nas
convenções coletivas de trabalho de sua categoria, se existe algum item sobre o assunto.
NR-25 - RESÍDUOS INDUSTRIAIS
Estabelece as medidas preventivas a serem observadas pelas empresas no destino final a ser dado aos
resíduos industriais resultantes dos ambientes de trabalho a fim de proteger a saúde e a integridade
física dos trabalhadores.
A NR-25 remete às disposições contidas na NR-15 e em legislações pertinentes nos níveis federal,
estadual e municipal. Ela ainda trata da eliminação de:
Resíduos gasosos.
Resíduos sólidos.
Líquidos de alta toxidade.
Periculosidade.
Risco biológico.
Risco radioativo.
NR-26- SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA
Estabelece a padronização das cores a serem utilizadas como sinalização de segurança nos ambientes
de trabalho, de modo a proteger a saúde e a integridade física dos trabalhadores. A NR-26 ainda
determina as cores na segurança do trabalho como forma de prevenção, evitando a distração, a
confusão e a fadiga do trabalhador, além de oferecer cuidados especiais quanto a produtos e locais
perigosos.
NR-27 - REGISTRO PROFISSIONAL DO TÉCNICO DE
SEGURANÇA DO TRABALHO NO MINISTÉRIO DO
TRABALHO
Estabelece os requisitos a serem satisfeitos no Ministério do Trabalho pelo profissional que desejar
exercer as funções de técnico de segurança do trabalho, em especial no que diz respeito a seu registro
profissional como tal.
 ATENÇÃO
Esta norma se encontra revogada.
NR-28 - FISCALIZAÇÃO E PENALIDADES
Estabelece os procedimentos a serem adotados pela fiscalização trabalhista de segurança e medicina
do trabalho. A fundamentação legal, ordinária e específica tem sua existência jurídica assegurada, em
nível de legislação ordinária, por meio do artigo 201 da CLT.
Toda NR possui uma gradação de multas para cada item das normas. Essas gradações são divididas
por:
Número de empregados.
Risco na segurança.
Risco em medicina do trabalho.
Baseado em critérios técnicos, o agente da fiscalização autua o estabelecimento, faz a notificação e
concede prazo para a regularização e/ou a defesa. Quando constatar situações graves e/ou iminentes
ao risco à saúde e à integridade física do trabalhador, ele vai propor à autoridade regional a imediata
interdição do estabelecimento.
NR-29 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO PORTUÁRIO
Seu objetivo é regular a proteção obrigatória contra acidentes e doenças profissionais, facilitar os
primeiros socorros a acidentados e alcançar as melhores condições possíveis de segurança e de saúde
aos trabalhadores portuários.
Quanto à legislação ordinária, a existência jurídica desta NR está assegurada por:
Medida Provisória n° 1.575-6, de 27/11/1997.

Artigo 200 da CLT.

Decreto n° 99.534/1990, que promulga a Convenção n° 152, da Organização Internacional do Trabalho
(OIT).
NR-30 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO
AQUAVIÁRIO
Aplica-se aos trabalhadores de toda embarcação comercial utilizada em:
Transporte de mercadorias ou de passageiros.
Navegação marítima de longo curso.
Cabotagem.
Navegação interior.
Serviço de reboque em alto-mar, bem como em plataformas marítimas e fluviais, quando em
deslocamento.
Embarcações de apoio marítimo e portuário.
 ATENÇÃO
A observância da NR-30 não desobriga as empresas do cumprimento de outras disposições legais em
relação à matéria em questão e a outras oriundas de convenções, acordos e contratos coletivos de
trabalho.
NR-31 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO NA
AGRICULTURA, PECUÁRIA SILVICULTURA, EXPLORAÇÃO
FLORESTAL E AQUICULTURA
Estabelece os preceitos a serem observados na organização e no ambiente de trabalho, de modo a
tornar compatível o planejamento e o desenvolvimento das atividades da agricultura, pecuária,
silvicultura, exploração florestal e aquicultura com a segurança, a saúde e o ambiente do trabalho.
A NR-31 aplica-se a quaisquer atividades de agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e
aquicultura, verificadas as formas de relações de trabalho e emprego e o local das atividades, bem
como àquelas de exploração industrial desenvolvidas em estabelecimentos agrários.
SILVICULTURA
Ciência dedicada ao estudo dos métodos naturais e artificiais de regenerar e melhorar os povoamentos
florestais a fim de satisfazer as necessidades do mercado e, ao mesmo tempo, a aplicação desse
estudo para a manutenção, o aproveitamento e o uso racional das florestas.
AQUICULTURA
Ciência que estuda e aplica os meios de promover o povoamento dos animais aquáticos; criação de
animais aquícolas orientada por meios científicos.
NR-32 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM
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SERVIÇOS DE SAÚDE
Estabelece as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde
dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e
assistência à saúde em geral.
SERVIÇOS DE SAÚDE
Entende-se por serviços de saúde qualquer edificação destinada à prestação de assistência à saúde da
população, assim como todas as ações de promoção, recuperação, assistência, pesquisa e ensino em
saúde em qualquer nível de complexidade.
NR-33 - SEGURANÇA E SAÚDE NOS TRABALHOS EM
ESPAÇOS CONFINADOS
Estabelece os requisitos mínimos para a identificação de espaços confinados, assim como o
reconhecimento, a avaliação, o monitoramento e o controle dos riscos existentes, de modo a garantir
permanentemente a segurança e a saúde dos trabalhadores que interagem direta ou indiretamente
nesses espaços.
ESPAÇOS CONFINADOS
Espaço confinado é qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação humana contínua que
possua meios limitados de entrada e saída e cuja ventilação existente seja insuficiente para remover
contaminantes, ou onde possa existir a deficiência ou o enriquecimento de oxigênio.
NR-34 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA
INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO E REPARAÇÃO NAVAL
Esta NR estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção à segurança, à saúde e ao meio
ambiente de trabalho nas atividades da indústria de construção e reparação naval.
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ATIVIDADES DA INDÚSTRIA DE CONSTRUÇÃO E
REPARAÇÃO NAVAL
Consideram-se atividades da indústria da construção e reparação naval todas aquelas desenvolvidas no
âmbito das instalações empregadas para tal fim ou nas próprias embarcações e estruturas, tais como
navios, barcos, lanchas e plataformas fixas ou flutuantes, entre outras.
NR-35 – TRABALHO EM ALTURA
Estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em altura, envolvendo o
planejamento, a organização e a execução para garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores
envolvidos direta ou indiretamente com tal atividade.
TRABALHO EM ALTURA
Considera-se trabalho em altura toda atividade executada acima de dois metros do nível inferior em que
haja risco de queda.
 SAIBA MAIS
A NR-35 complementa as normas técnicas oficiais estabelecidas pelos órgãos competentes e, na
ausência ou na omissão delas, as normas internacionais aplicáveis.
NR-36 – SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM
EMPRESAS DE ABATE E PROCESSAMENTO DE CARNES E
DERIVADOS
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Relativamente nova, esta NR foi fundamental para estabelecer os critérios de trabalho padronizados
para tal seguimento econômico brasileiro, garantindo os processos de qualidade para a avaliação, o
controle e o monitoramento dos riscos existentes nas atividades de abate e processamento de carnes e
derivados destinados ao consumo humano.
Os riscos, como, por exemplo, de baixas temperaturas nos frigoríficos, além de posturas rígidas e
movimentos repetitivos, mereceram uma especial atenção da NR-36. Com o objetivo de garantir mais
segurança, saúde e qualidade de vida para os colaboradores desse setor, foram estabelecidos requisitos
mínimos para a realização de suas atividades, priorizando a proteção dos trabalhadores.
NR-37 – SEGURANÇA E SAÚDE EM PLATAFORMAS DE
PETRÓLEO
Mais recente de todas as normas, a NR-37 foi estabelecida em função dos riscos acentuados para os
trabalhadores que operam em plataformas de petróleo e gás natural. Com isso, tal NR define os
parâmetros mais importantes para garantir as operações seguras nesse ambiente de trabalho.
Além disso, a NR-37 estabelece que os trabalhadores façam rodízios, passando 15 dias ou mais a bordo
da plataforma, o que poderá ocasionar riscos à saúde dos trabalhadores caso as condições do local não
sejam adequadas. Por se tratar de uma atividade realizada em alto-mar, qualquer acidente pode trazer
danos graves aos trabalhadores e ao meio ambiente.
PALAVRAS FINAIS
Como apontamos, existem atualmente 37 normaspublicadas no Brasil, mas duas delas já foram
revogadas: a de nº 2 e a nº 27.
Ao verificar cada uma das normas apresentadas acima, o importante é entender que, no campo da
prevenção de acidentes e de doenças ocupacionais, a implementação delas não significa a existência
de um ambiente isento de riscos.
Tais normas configuram, na verdade, requisitos mínimos a serem implementados pela empresa para
garantir um ambiente seguro. No entanto, é fundamental registrar que os trabalhadores também são
responsáveis pela própria segurança, devendo cumprir tais normas e procedimentos de segurança.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 3
 Identificar os principais objetivos da Política Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador
LIGANDO OS PONTOS
Sua empresa já implementou a PNSST? Afinal, que sigla é essa?
Criada em 7 de novembro de 2011 pelo Decreto nº 7.062, a PNSST tem o objetivo de garantir as
melhorias no meio ambiente de trabalho tanto com as avaliações e a identificação dos riscos presentes
quanto com as medidas preventivas e corretivas para que acidentes e o adoecimento dos trabalhadores
sejam evitados.
Observe o caso a seguir:
Luis Cláudio Pereira sofreu perda parcial de quatro dedos da mão e, pouco mais de um ano após o
acidente, retornou ao trabalho. No ambiente laboral, os trabalhadores devem estar protegidos contra
possíveis acidentes e riscos à sua saúde. Essa é a premissa da segurança do trabalho, que prevê um
conjunto de tecnologias e ciências no sentido de garantir tal proteção aos colaboradores de qualquer
empresa.
Entre 2012 e 2018, dados do Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho apontam que, no
Brasil, foram registradas 16.455 mortes e 4,5 milhões de acidentes de trabalho. A maioria das empresas,
entretanto, considera que, ao implementar “algumas” NRs, não é necessário implementar a PNSST.
As NRs não são divergentes da PNSST – ao contrário, ambas são complementares.
Líder de produção, Luis Cláudio, de 43 anos, entrou para essa estatística em fevereiro de 2018. Como
coordenador das atividades de uma empresa de beneficiamento de carne, ele sofreu um grave acidente
de trabalho que o levou à perda parcial de quatro dedos da mão direita.
“Eu estava na fábrica. Houve um problema na máquina, o operador me procurou e eu entrei em contato
com o pessoal da manutenção. A máquina tem um botão de acionamento para desligar e não se corre o
risco de funcionar a máquina”, explica o coordenador.
Porém, segundo ele, enquanto acompanhava o trabalho de manutenção do equipamento, o botão foi
acionado acidentalmente, puxando sua mão. “Não deu tempo. Fui para o lado de fora da empresa, onde
estava o responsável pela manutenção, e pedi socorro. Ele me levou até o hospital, onde foram feitos os
primeiros procedimentos”, relembra.
Após a avaliação de especialistas, foi constatado que não haveria como fazer a reconstituição dos
quatro dedos comprometidos no acidente. Com isso, foi confirmada a perda parcial: Luis Cláudio
precisou passar por uma recuperação difícil e uma completa mudança em sua rotina.
“Depois da cirurgia, eu tinha muita sensibilidade na mão. Não conseguia pegar um copo d’água, a chave
do carro, não conseguia fazer nada. Tudo que eu pegava parecia que dava um choque, porque a
sensibilidade era muito grande”, conta.
As atividades do dia a dia se tornaram muito mais difíceis de serem realizadas; além disso, ele ainda
precisou lidar com o estranhamento das pessoas devido à aparência da mão. “Logo que eu tirei a faixa
da mão, as pessoas ficavam olhando muito e eu me sentia incomodado. Foi complicado esse período”,
completa. Quatro meses depois do acidente de trabalho, ele deu início ao tratamento em um hospital de
sua cidade, o que ele considera ter sido um passo de extrema importância para o início de sua
recuperação.
“A partir do momento em que eu iniciei a fisioterapia ocupacional, comecei a realizar as atividades
normalmente. Conseguia pegar um copo e ligar o carro. Foi melhorando, comecei a digitar e hoje está
quase normal. Algumas coisas ainda não consigo, porque é uma mudança grande”, justifica o
trabalhador, que quinzenalmente retorna ao hospital para dar continuidade ao tratamento.
Ele conta que, logo após a cirurgia, foi muito difícil lidar com a situação. “A retirada da primeira faixa,
duas semanas após a cirurgia, foi muito dolorosa para mim. Foi assim [por] praticamente dois meses:
todo dia indo ao hospital e tomando medicação na veia para fazer o curativo. Doía muito só de tirar a
faixa, era terrível”, desabafa.
No processo de recuperação, Luis Cláudio faz questão de destacar o atendimento recebido. “Tive uma
equipe muito boa no hospital que me ajudou naquele momento de dor. A minha família também me deu
suporte para que eu conseguisse superar – e, graças a Deus, estou bem hoje”, afirma.
O líder de produção alerta as empresas e os trabalhadores para que estejam atentos às normas de
segurança do trabalho. “No meu caso, acho que foi inexperiência na parte da manutenção. Se a
máquina tivesse sido desativada corretamente e o problema tivesse sido resolvido, sem precisar me
chamar de volta para acompanhar, não teria acontecido”, lamenta.
O trabalhador ficou afastado de suas funções pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), direito
concedido pelo órgão às vítimas de acidente ocorrido pelo exercício do trabalho. Entre outras garantias,
o acidentado dispõe de estabilidade no emprego após esse tipo de incidente. Assim, pouco mais de um
ano depois do episódio, o líder de produção voltou ao trabalho.
“Em fevereiro, pedi liberação do INSS e já voltei às atividades normais. Desde então estou de novo à
frente da indústria na mesma função”, relata, empolgado. Segundo ele, seu retorno tem sido muito
satisfatório tanto para ele como para a empresa.
“Eu voltei com um pouco de receio por conta do acidente, mas voltei com tudo. Na primeira semana,
colocamos em dia as entregas, organizamos a equipe e demos o suporte [de] que estava precisando”,
relata. A história desse trabalhador mostra que é possível superar situações extremamente delicadas.
Entretanto, é essencial ressaltar que a prevenção e a conscientização de empregadores e empregados
são a principal forma de se evitar que acidentes de trabalho aconteçam. O importante, nesse contexto, é
divulgar os diversos itens estabelecidos pela PNSST por meio de programas de cultura de segurança,
da conscientização de todos os envolvidos e da efetiva participação da empresa e dos empregados.
Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?
3. NO CASO DO LAMENTÁVEL ACIDENTE COM O
TRABALHADOR LUIS CLÁUDIO, COMO A PNSST, SE FOSSE
CORRETAMENTE IMPLEMENTADA PELA EMPRESA,
PODERIA TER CONTRIBUÍDO POSITIVAMENTE PARA QUE
ISSO FOSSE EVITADO?
RESPOSTA
A PNSST deve ser implementada a partir da articulação entre a empresa e os empregados, em um
consistente programa de divulgação e de conscientização de todos os envolvidos. Ela ainda precisa estar
articulada com as próprias NRs de segurança, higiene e saúde do trabalhador.
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A POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE E
SEGURANÇA DO TRABALHADOR
POLÍTICA NACIONAL DE SEGURANÇA E SAÚDE
DO TRABALHADOR
PRINCIPAIS OBJETIVOS
Criada em 7 de novembro de 2011 pelo Decreto nº 7.062, a PNSST amplia as ações e medidas
preventivas por parte dos empregadores, dos trabalhadores e do próprio governo a fim de:
Garantir um trabalho seguro.
Reduzir cada vez mais os níveis de acidentes e adoecimentos no trabalho que afastam
significativamente os trabalhadores brasileiros de suas atividades laborais.
Esse afastamento causa a tais trabalhadores extremos prejuízos, bem como para a sociedade e o
governo, de modo geral. Os custos dos afastamentos previdenciários, afinal, são relevantes e ainda
retratam uma total falta de cultura de segurança por parte da maioria dos empresários brasileiros, seja
por falta de conhecimento seja pela ausência de uma estrutura fiscalizatória permanente e objetiva porparte do governo.
Estamos diante de um cenário muito desconfortável, no qual os acidentes de trabalho são
responsáveis por mais mortes que a maior parte das guerras pelo mundo.
Um trabalho seguro vai muito além do cumprimento de normas e regras de segurança. Trata-se, na
verdade, de uma cultura de segurança total que deve ser implementada em toda a empresa com o pleno
envolvimento de todos.
 SAIBA MAIS
A própria Convenção 155, da OIT, sempre orientou aos governos que fizessem a plena divulgação em
seus respectivos países da adoção de medidas preventivas para se evitar o adoecimento no trabalho ou
os acidentes, que são os causadores de afastamentos e mortes dos trabalhadores.
Esse alinhamento sempre está relacionado à adoção de medidas coletivas, administrativas ou
individuais, sendo seguido criteriosamente cada tipo de exposição e de risco nos ambientes do trabalho.
Vejamos o texto do referido decreto de criação da PNSST:
DECRETO DE CRIAÇÃO DA PNSST
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A presidenta da República, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, alínea “a”,
da Constituição, e tendo em vista o disposto no artigo 4 da Convenção nº 155, da Organização
Internacional do Trabalho, promulgada pelo Decreto nº 1.254, de 29 de setembro de 1994, decreta:
Art. 1º - Este Decreto dispõe sobre a Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho - PNSST.
Art. 2º - Este decreto entra em vigor na data da sua publicação.
I - A Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho - PNSST tem por objetivos a promoção da
saúde e a melhoria da qualidade de vida do trabalhador e a prevenção de acidentes e de danos à saúde
advindos, relacionados ao trabalho ou que ocorram no curso dele, por meio da eliminação ou redução
dos riscos nos ambientes de trabalho;
II - A PNSST tem por princípios:
a) universalidade;
b) prevenção;
c) precedência das ações de promoção, proteção e prevenção sobre as de assistência, reabilitação e
reparação;
d) diálogo social; e
e) integralidade.
III - Para o alcance de seu objetivo a PNSST deverá ser implementada por meio da articulação
continuada das ações de governo no campo das relações de trabalho, produção, consumo, ambiente e
saúde, com a participação voluntária
IV - As ações no âmbito da PNSST devem constar do Plano Nacional de Segurança e Saúde no
Trabalho e desenvolver-se de acordo com as seguintes diretrizes:
a) inclusão de todos os trabalhadores brasileiros no Sistema Nacional de Promoção e Proteção da
Saúde;
b) harmonização da legislação e a articulação das ações de promoção, proteção, prevenção,
assistência, reabilitação e reparação da saúde do trabalhador;
c) adoção de medidas especiais para atividades laborais de alto risco;
d) estruturação de rede integrada de informações em saúde do trabalhador;
e) promoção da implantação de sistemas e programas de gestão da segurança e saúde nos locais de
trabalho;
f) reestruturação da formação em saúde do trabalhador e em segurança no trabalho e o estímulo à
capacitação e à educação continuada de trabalhadores;
g) promoção de agenda integrada de estudos e pesquisas em segurança e saúde no trabalho.
(DECRETO Nº 7.602, 2011, grifos nossos)
Observe que os principais aspectos e diretrizes estabelecidos pela PNSST estão bem claros neste
quesito: tal tema precisa ser tratado de maneira ampla, e não limitada às “fronteiras” da própria
organização. Ele, portanto, deve ser universal sob todos os pontos de vistas, havendo o envolvimento
claro da sociedade, em relação à qualidade de vida no trabalho, sempre com o objetivo de orientar e
abordar esse tópico com a abrangência que ele impõe.
A adoção de medidas preventivas requer, antes de tudo, a conscientização de empregadores e
trabalhadores em relação a seus respectivos compromissos no trabalho seguro. Isso é, na verdade, “um
degrau” anterior à própria adoção dos equipamentos coletivos ou individuais.
A ideia central da PNSST é a garantia da segurança por:
Conscientização
Treinamentos
Divulgação de programas e indicadores
Adoção das tradicionais medidas preventivas
INCORPORAÇÃO ÀS AÇÕES COTIDIANAS NOS
LOCAIS DE TRABALHO
Como vimos no item anterior, a implantação da PNSST constitui um grande desafio para as empresas,
exatamente pela ausência, na maioria dos casos, de uma efetiva cultura de segurança – ainda mais uma
baseada em comportamento e condições seguras.
Por isso, é importante deixar bem claro que a PNSST não pretende eliminar ou substituir as NRs
constantes na Portaria nº 3.214, de 8 de junho de 1978; ao contrário, ela busca garantir a sua eficácia
quando traz um conceito de conscientização plana para os envolvidos. Com isso, a simples
implementação de uma NR não será mais suficiente para a garantia de um ambiente seguro.
Veja que muitos supervisores ou coordenadores de área – em alguns casos, até mesmos gestores de
segurança do trabalho – atuam até hoje em um modelo “reativo”, ou seja, com ações punitivas ou
baseadas em medidas individuais. Várias são as situações em que a falta do uso de um EPI por parte
do empregado (ou mesmo seu uso incorreto) faz com que seus gestores apliquem, de modo recorrente,
punições, advertências ou até demissões por justa causa.
A mensagem central da PNSST é estabelecer um diálogo com os trabalhadores para que eles possam
se expressar e informar se um EPI está lhe atendendo ou não – ou se seu uso está o incomodando ou
lhe causando agravos em suas lesões.
É correto punir um trabalhador que não utiliza seu protetor auricular, o plug de inserção, sem
escutá-lo? Quando ele informa ao médico do trabalho da empresa que é portador de otite
crônica, nenhuma medida é tomada?
Existe, nesse exemplo, um claro processo de agravo da doença do trabalhador. O “sistema” como um
todo não lhe garante uma voz ativa em suas necessidades; ao contrário, o empregado recebe punições
sem que sejam realizadas as corretas avaliações dos riscos e os respectivos agravos.
Nos exemplos apresentados, as seguintes situações estão evidenciadas:
A NR-6, que trata dos EPIs, garante efetivamente a proteção dos trabalhadores?
O PPRA avalia os ambientes de trabalho a partir das informações dos trabalhadores e posteriormente
(ou até mesmo em conjunto) à sua elaboração?
Os mapas de riscos ambientais, que deveriam ser elaborados pelos trabalhadores (e na realidade não
são), representam a “incomodidade” nos ambientes que causam os agravos à saúde dos mesmos?
Obviamente, as respostas para esses e tantos outros questionamentos são o clássico “não” – ou
seja, apesar de NRs extremamente avançadas e de reconhecimento mundial, sua simples implantação
não é a garantia de um trabalho seguro.
A PNSST, portanto, tem a “missão” de mudar o conceito no campo da prevenção dos acidentes e das
doenças ocupacionais com a plena incorporação de programas de conscientização e a divulgação dos
indicadores ocupacionais para um amplo debate nas organizações – especialmente entre empregadores
e empregados. Com certeza, isso é a primeira e grande medida preventiva no ambiente do trabalho.
AVALIAÇÃO PERIÓDICA DE SUA EFICÁCIA NAS
ORGANIZAÇÕES
As questões de proteção dos trabalhadores, especialmente para evitar agravos à saúde, vão muito além
das medidas tradicionais implementadas nos ambientes de trabalho. Como temos retratado neste
conteúdo, uma “política” de segurança passa por diversas ações muito mais amplas que simples
medidas coletivas ou individuais.
Avaliações periódicas, porém, são fundamentais para a eficácia da PNSST. Desse modo, é preciso
estabelecer, nesse momento, alguns itens que vão contribuir em tais avaliações, servindo como um
verdadeiro modelo de gestão integrada e incorporada à organização, obviamente com a participação
(declarada) da alta administração.
Observe o checklist a seguir para a eficácia da PNSST:
1.
A alta administração apresentou de maneira clara e objetiva seu compromisso com as
questões de saúde dos trabalhadores?
2.
Os trabalhadores estão comprometidos e cientes de suas açõese de suas obrigações em
relação à sua segurança e à dos demais colegas de trabalho?
3.
A alta administração apresentou de maneira clara e objetiva seu compromisso com as
questões de saúde dos trabalhadores?
4.
Existem, expressamente identificados na política da empresa, seus responsáveis diretos,
inclusive no caso de uma ausência permanente ou temporária deles?
5.
Todas as normas e todos os procedimentos são publicados e amplamente divulgados
internamente?
6.
A CIPA foi consultada sobre a política? Ela pode contribuir de maneira ampla em sua
elaboração?
7.
Todos os colaboradores estão efetivamente conscientes (incluindo terceiros) quanto às
suas responsabilidades na PNSST para garantir um trabalho seguro e saudável?
8.
Quais são as atuações dos SESMT na PNSST da empresa? Membros dos SESMT e da
CIPA fazem parte de um comitê gestor?
9.
Na PNSST, estão bem definidas as responsabilidades quanto à apresentação de
indicadores de acidentes, aos treinamentos preventivos, aos diálogos diários de
segurança, à APR e aos simulados contra incêndios e explosões com evacuações de
área, entre outras medidas?
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Observe que os dados acima são relevantes para a apresentação de indicadores e os respectivos
tratamentos por parte da PNSST.
Os indicadores devem conter:
Quantos treinamentos foram realizados em determinado período (um ano, um semestre
etc.)?
Quantos acidentes foram registrados por cada 1.000 horas trabalhadas?
Quais são os níveis de severidade dos afastamentos por doenças relacionadas ao trabalho?
Houve redução de acidentes e de doenças ocupacionais após os treinamentos e programas
de conscientização?
Os desvios são tratados conforme a severidade das não conformidades?
Qual é a relação entre os desvios, os incidentes, os acidentes com perdas materiais e os
acidentes/doenças relacionados ao trabalho?
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Tais informações serão decisivas para uma constatação se a PNSST for corretamente implementada e
se os resultados obtidos estiverem plenamente relacionados aos objetivos preventivos estabelecidos
pela alta administração em seu compromisso interno e externo.
PRINCIPAIS TEMAS A SE ABRANGER PARA
GARANTIR UM AMBIENTE SAUDÁVEL
A PNSST, como já destacamos, tem o objetivo de garantir um trabalho seguro. A própria redação do
Decreto nº 7.602 de 2011 estabelece, para o cumprimento de tal objetivo, seis responsabilidades:
1.
Elaborar estudos e pesquisas pertinentes aos problemas que afetam a segurança e saúde
do trabalhador.
2.
Produzir análises, avaliações e testes de medidas e métodos que visem à eliminação ou
redução de riscos no trabalho, incluindo equipamentos de proteção coletiva e individual.
3.
Desenvolver e executar ações educativas sobre temas relacionados com a melhoria das
condições de trabalho nos aspectos de saúde, segurança e meio ambiente do trabalho.
4.
Difundir informações que contribuam para a proteção e promoção da saúde do
trabalhador.
5.
Contribuir com órgãos públicos e entidades civis para a proteção e promoção da saúde do
trabalhador, incluindo a revisão e formulação de regulamentos, o planejamento e
desenvolvimento de ações interinstitucionais; a realização de levantamentos para a
identificação das causas de acidentes e doenças nos ambientes de trabalho.
6.
Estabelecer parcerias e intercâmbios técnicos com organismos e instituições afins,
nacionais e internacionais, para fortalecer a atuação institucional, capacitar os
colaboradores e contribuir com a implementação de ações globais de organismos
internacionais.
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 ATENÇÃO
Como já pontuamos, as NRs e a PNSST são convergentes e complementares quanto à proteção dos
trabalhadores e à garantia de um trabalho seguro e saudável para eles.
Comparemos o texto do decreto da PNSST e o que estabelece a Portaria nº 3.214 sobre
segurança, higiene e saúde do trabalho.
Estabelece a NR-1:
CABE AO EMPREGADOR [...] INFORMAR AOS
TRABALHADORES:
I) OS RISCOS OCUPACIONAIS EXISTENTES NOS LOCAIS DE
TRABALHO;
II) AS MEDIDAS DE CONTROLE ADOTADAS PELA EMPRESA
PARA REDUZIR OU ELIMINAR TAIS RISCOS;
III) OS RESULTADOS DAS AVALIAÇÕES AMBIENTAIS
REALIZADAS NOS LOCAIS DE TRABALHO.
Já a NR-6 destaca:
[CABE] AO EMPREGADOR QUANTO AO EPI: [...] ORIENTAR
E TREINAR O TRABALHADOR SOBRE O USO ADEQUADO,
GUARDA E CONSERVAÇÃO.
Por fim, a NR-9 dispõe o seguinte:
IDENTIFICAÇÃO DAS EXPOSIÇÕES OCUPACIONAIS AOS
AGENTES FÍSICOS, QUÍMICOS E BIOLÓGICOS DEVERÁ
CONSIDERAR:
A) DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES;
B) IDENTIFICAÇÃO DO AGENTE E FORMAS DE
EXPOSIÇÃO;
C) POSSÍVEIS LESÕES OU AGRAVOS À SAÚDE
RELACIONADOS ÀS EXPOSIÇÕES IDENTIFICADAS;
D) FATORES DETERMINANTES DA EXPOSIÇÃO;
E) MEDIDAS DE PREVENÇÃO JÁ EXISTENTES; E
F) IDENTIFICAÇÃO DOS GRUPOS DE TRABALHADORES
EXPOSTOS.
Observe que as NRs podem e devem ser implementadas em conformidade com a PNSST, já que são
convergentes, como dissemos, em seus diversos aspectos essenciais para a garantia da qualidade de
vida dos trabalhadores. Empresa segura, afinal, é produtiva por natureza.
Para que possamos contribuir com o texto do decreto que estabeleceu a PNSST, iremos sugerir agora
seis temas a serem tratados na organização, especialmente na capacitação dos trabalhadores ou na
divulgação das ações em prevenção de acidentes e de doenças ocupacionais:
ERGONOMIA
Abordar os temas de ergonomia é sempre importante devido a doenças que afastam os trabalhadores,
como, por exemplo, as LER/DORT e as lombalgias por posturas incorretas, entre outras. A ergonomia
pode contribuir inclusive com os demais riscos e seus respectivos agentes, evitando os desvios que
tornam o ambiente inseguro.
EPIS
Os EPIs são fundamentais em um programa de conscientização para os trabalhadores; logo, constituem
um tema sempre importante de se abordar nos treinamentos e nas palestras para os colaboradores.
PRIMEIROS SOCORROS
Muitos acidentes com os trabalhadores ocorrem em função da falta de orientações relativa aos
atendimentos emergenciais, como, por exemplo, os primeiros socorros. Trabalhadores acidentados
poderão ter seu quadro clínico agravado se os colegas de trabalho não souberem realizar as
intervenções primárias, ou seja, se não conseguirem fazer um primeiro procedimento até a chegada de
um especialista.
AÇÕES INTEGRADAS
A gestão de segurança de uma organização pode melhorar a qualidade de vida no trabalho com ações
integradas, por exemplo, com outros departamentos, como o de RH ou de produção, orientando-os
quanto aos hábitos saudáveis e podendo contribuir com a redução do estresse, que causa doenças e
agravos no trabalho.
CONSCIENTIZAÇÃO
Temas, como, por exemplo, o ruído, devem ser amplamente abordados, já que, em muitas vezes, as
perdas auditivas que o trabalhador pode adquirir são resultantes de suas atividades sociais, e não
somente relacionadas ao trabalho. Essas orientações são realmente importantes para a conscientização
dos trabalhadores e a adoção das melhores práticas de proteção tanto dentro quanto fora dos ambientes
do trabalho.
DEPRESSÃO NO TRABALHO
A depressão é sempre um tabu entre os trabalhadores e na empresa de modo geral, mas tal tópico deve
ser abordado para a conscientização de todos os funcionários e em todos os níveis da organização. A
sociedade moderna vem sofrendo cada vez mais com transtornos mentais relacionados ao trabalho – e
um deles é a depressão.
Poderíamos apresentar ainda uma relação imensa de temas sugeridos a serem abordados pela
empresa com seus trabalhadores em todos os níveis, porém ilustramos, com os exemplos acima,
tópicos fundamentais com uma temática diversificada, como ruído, depressão, primeiros socorros,
hábitos saudáveis e EPIs.
 ATENÇÃO
As melhores políticas são específicas de um local de trabalho. Elas não são redigidas ou elaboradas por
pessoas externas. Um empregador pode delegar a elaboração deuma política a um funcionário. No
entanto, a PPST é uma obrigação para os trabalhadores; por conseguinte, o empregador é o principal
responsável pelo seu conteúdo.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Vimos neste conteúdo que a engenharia de segurança do trabalho no Brasil vem assumindo um
importante papel na sociedade a partir da implementação de procedimentos seguros para os
trabalhadores.
Tendo isso em vista, estudamos a existência, em nosso país, de um conjunto de procedimentos legais
reconhecido mundialmente. Destacamos, nesse contexto, dois exemplos paradigmáticos: as normas
regulamentadoras de segurança, higiene e saúde do trabalho, a Política Nacional de Segurança e
Saúde no Trabalho.
Pontuamos, por fim, a necessidade de se promover o avanço da cultura de segurança nos ambientes de
trabalho. Afinal, ela é fundamental para a garantia da eficácia de nossa legislação em segurança.
 PODCAST
Agora, o especialista Marcio Jorge Gomes Vicente encerra o tema falando sobre os principais tópicos
abordados.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
ANUÁRIO brasileiro de proteção 2020: saúde e segurança. São Paulo: Proteção Publicações e
Eventos, 2020.
BRASIL. Decreto nº 7.602, de 7 de novembro de 2011. Dispõe sobre a Política Nacional de Segurança
e Saúde no Trabalho - PNSST.
BRASIL. Norma regulamentadora nº 1 - disposições gerais e gerenciamento de riscos ocupacionais.
(Redação dada pela Portaria SEPRT nº 6.730, de 09/3/2020).
BRASIL. Norma regulamentadora nº 6 - equipamento de proteção individual - EPI. (Alterado pela
Portaria SIT nº 194, de 7 de dezembro de 2010).
BRASIL. Norma regulamentadora nº 9 - avaliação e controle das exposições ocupacionais a agentes
físicos, químicos e biológicos. (Redação dada pela Portaria SEPRT nº 6.735, de 10 de março de 2020).
BRASIL. Normas regulamentadoras - segurança e saúde do trabalho. Guia trabalhista. Disponível na
internet em: 17 ago. 2021.
BRASIL. Portaria nº 3.214, de 8 de junho de 1978. Aprova as normas regulamentadoras – NR do
capítulo V, título II, da Consolidação das Leis do Trabalho, relativas a segurança e medicina do trabalho.
CÂMARA, V.; GALVÃO, L. A. A patologia do trabalho numa perspectiva ambiental. In: MENDES, R.
(Ed.). Patologia do trabalho. Rio de Janeiro: Atheneu, 1995. p. 609-630.
DEMBE, E. Occupation and disease: how social factors affect the conception of work-related disorders.
New Haven: Yale University, 1996.
DESOILLE, H.; SCHERRER, J.; TRUHAUT, R. Précis de médecine du travail. Paris: Masson, 1975, p.
290-303.
INTERNATIONAL LABOUR OFFICE. Encyclopaedia of occupational health and safety. 4. ed.
Geneva: ILO, 1998.
LAST, J. M. Dictionary of epidemiology. 3. ed. Oxford: Oxford University, 1995.
MENDES, R. Aspectos conceituais da patologia do trabalho. In: MENDES. R. (Ed.). Patologia do
trabalho. Rio de Janeiro: Atheneu, 1995. p. 33-47.
MENDES, R. et al. Máquinas e acidentes de trabalho. Brasília: MTE/SIT; MPAS, 2001.
MORAES, G. A. Normas regulamentadoras comentadas. 6. ed. Rio de Janeiro, 207.
ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO. Diretrizes sobre sistemas de gestão de
segurança e saúde no trabalho. São Paulo: Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e
Medicina do Trabalho, 2005.
SALIBA, T. M. Manual prático de higiene ocupacional e PPRA: avaliação e controle dos riscos
ambientais. São Paulo: LTr, 2005.
SPINELLI, R.; BREVIGLIERO, E.; POSSEBON, J. Higiene ocupacional: agentes biológicos, químicos e
físicos. 2. ed. São Paulo: Senac SP, 2008.
EXPLORE+
Pesquise no YouTube o vídeo a seguir para conhecer a nova redação da NR-1 que trata da GRO e de
seus impactos nas demais NRs:
SSTONLINE. Ao vivo: a nova NR-1 e o gerenciamento de riscos ocupacionais - GRO e PGR. Publicado
em: 16 mar. 2020. Consultado na internet em: 13 ago. 2021.
CONTEUDISTA
Marcio Jorge Gomes Vicente

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