Buscar

Uso de telas na infância limitá-las pode trazer benefícios

Prévia do material em texto

1/3
Uso de telas na infância: limitá-las pode trazer benefícios
4 minutos para ler
Reduzir o uso de telas na infância pode melhorar o desempenho de tarefas que envolvem memória e
atenção. Além disso, estudos de especialistas apontam que o uso de eletrônicos por mais de uma hora
ao dia também piora a capacidade de regular comportamentos e emoções. Saiba mais!
Sem tempo para ler? Clique no play abaixo para ouvir esse conteúdo!
Crianças pequenas que passam no máximo uma hora por dia em frente às telas e são fisicamente ativas
têm melhor desempenho em habilidades que envolvem: memória, atenção e controle das emoções, de
acordo com um estudo publicado no The Journal of Pediatrics que acompanhou 356 meninos e meninas
com 2 anos de idade.
Serotonina: a substância que torna sua vida mais positiva
Ansiedade em crianças: como identificar e ajudar os pequenos
Estudos anteriores já apontavam o impacto negativo do uso excessivo de eletrônicos e da falta de
atividades físicas ao ar livre para a faixa etária. No entanto, a nova pesquisa avaliou a influência desses
fatores logo no início do desenvolvimento infantil e como eles afetam os mais novos em relação às suas
https://vidasaudavel.einstein.br/serotonina-a-substancia-que-torna-sua-vida-mais-positiva/
https://vidasaudavel.einstein.br/ansiedade-em-criancas/
2/3
capacidades de lembrar, planejar, prestar atenção, regular pensamentos e comportamento — as
chamadas funções executivas.
Como o uso de telas pode impactar a infância?
Até os 5 anos, o cérebro se desenvolve rapidamente, com grande proliferação dos neurônios e
conexões entre eles, formando a base para o funcionamento cerebral durante a vida. Após essa idade,
cai a velocidade com que as conexões são feitas.
“Uma criança que não desenvolve bem as habilidades de comunicação, interação social e funções
executivas durante a infância certamente terá prejuízos em seu funcionamento nas fases posteriores da
vida”, explica a pediatra Mariana Granato, do Hospital Israelita Albert Einstein e integrante do
Departamento de Pediatria do Desenvolvimento da Sociedade Brasileira de Pediatria.
O que o uso excessivo de telas pode causar?
Mesmo que seja difícil erradicar os dispositivos eletrônicos da rotina, o uso deve ser minimizado. Bebês
com menos de dois anos não deveriam ter acesso a eles.
Entre dois e cinco anos, o tempo máximo de telas deve ser uma hora por dia, segundo a recomendação
da Academia Americana de Pediatria. Isso porque os jogos de videogame, por exemplo, estimulam
aspectos de recompensa rápida ativando centros cerebrais relacionados à impulsividade e à dificuldade
do controle inibitório.
“Eles podem ser fonte de situações de frustração e irritabilidade, além de deixar as crianças mais
agitadas”, diz a pediatra. Já os desenhos animados, mesmo aqueles com conteúdo considerado
“educativo”, não são muito úteis para desenvolver habilidades cognitivas e de linguagem.
“Estudos mostram que o mesmo conteúdo transmitido por meio de uma tela tem um efeito
pior em termos de aprendizado do que se for transmitido presencialmente”, explica Granato.
Quanto mais “viciada” a criança, maior o prejuízo a longo prazo. Isso aumenta a chance de problemas
de atenção e hiperatividade, obesidade, sono, baixo rendimento escolar e dificuldade de interação
social.
Reduzindo o uso de telas na infância
A boa notícia é que nunca é tarde para mudar os hábitos: “além das atividades físicas que favorecem
aspectos motores, de interação social e melhoram o bem-estar, esse estímulo pode ser feito através de
atividades e brincadeiras que estimulam atenção e concentração, como jogos de tabuleiro, quebra-
cabeças e jogo de memória”, orienta a pediatra.
“Atividades de relaxamento e meditação para crianças também são bastante interessantes”, finaliza a
especialista.
3/3
Compartilhe:
Share
Post
Share
Share
Posts relacionados

Continue navegando