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Urgência e Emergência I Acidente Vascular Cerebral ❖ Consiste no resultado de condições clínicas que ocorrem ao longo de anos, podendo ser compreendido, no caso dos hemorrágicos, como causador de hemorragias intracranianas (ou subaracnóide) ou processos isquêmicos. ❖ Dentre suas principais causas, tem-se doenças ateroscleróticas de grandes artérias, cardioembolia (geralmente em pacientes com FA ou endocardite), doenças de pequenos vasos, Trombofilias, dente outras. ATAQUE ISQUÊMICO TRANSITÓRIO ❖ Consiste em um acidente neurológico focal que evolui com a reversão completa sem deixar alterações nos exames de imagem. Dura idealmente até 1 hora, mas pode se estender por 24h. ❖ Nos pacientes com reversão completa dos sinais e sintomas em até 24h, que apresentam lesão isquêmica aguda dos exames de imagem ou naqueles cujo déficit persiste após 24h (mesmo com exames de imagem normais), deve-se pensar em AVC isquêmico. ❖ Com a diminuição da perfusão cerebral, ocorrerá alterações metabólicas e inflamatórias que podem resultar em isquemia cerebral irreversível e até perda tecidual (caso não seja devidamente tratado) QUADRO CLÍNICO ❖ Ocorre um déficit neurológico focal de início súbito com piora progressiva nas 24h. podendo apresentar flutuações de sinais e sintomas. O momento zero do AVCi (denominado ictus) é marcado pela ocorrência de disartria e dislalia. ❖ As principais manifestações clínicas de um AVC consistem em perda da força em algum membro ou hemicorpo, desvio da rima labial (geralmente ipsilateral ao hemisfério acometido) e alterações da fala. DIAGNÓSTICO ❖ É clinico, visto que a TC de emergência pode trazer alterações normais (pode demorar até 72h para aparecer a isquemia – logo, na ausência de alterações hemorrágicas, considera-se como isquêmico). ❖ A tomografia computadorizada sem contraste (pois o uso de contraste pode aumentar a lesão hemorrágica) é o exame mais indicado devido ao tempo de realização ser mais rápido em relação a RM, sendo necessário para a diferenciar entre AVC isquêmico ou hemorrágico. ❖ A área de penumbra isquêmica compreende uma região cerebral em que há redução da perfusão sanguínea capaz de promover déficit neurológico clínico (sinais e sintomas), porém com possibilidade de reversão se feita em tempo hábil. TRATAMENTO ❖ Incialmente deve-se iniciar a terapia de reperfusão com um trombolítico. Deve-se avaliar sinais vitais e instituir suporte básico (intubação, reperfusão e controle de sinais vitais). O uso de oxigênio pode auxiliar no prejuízo da área de penumbra. Urgência e Emergência I – Dr Choji 2 ❖ A desidratação pode piorar complicações secundárias (logo, é importante hidratar o paciente). Da mesma forma, a hiperglicemia que ocorre na forma aguda pode aumentar a morbimortalidade, logo, tratar a hiperglicemia com insulina regular até atingir um nível entre 140 e 180 mg/dL. MANEJO DA PRESSÃO ARTERIAL ❖ No AVEh não se deve reduzir a PA em pacientes com PAS < 220 mmHg e, se maior, reduzir para 180 mmHg. ❖ No AVCi não é recomendado reduzir a PA, exceto em pacientes com trombofilia (manter PA < 180/105); se ocorrer um AIT, deve-se reduzir a PA imediatamente para uma PAS entre 120-130 mmHg. Todos os pacientes possuem meta de PAS entre 120-130 mmHg pós-AVC. ❖ Por fim, caso ocorre emergências hipertensivas concomitantes com esse quadro, deve- se tratar a nova emergência. ❖ Recomenda-se o início de AAS via oral na dose de 160-300mg/dia nas primeiras 48 horas após a instalação do AVCi. ❖ O uso de atorvastatina em dose alta (80mg) em pacientes com AVCi (iniciada entre 1 e 6 meses) permite a redução do LDL e a menor taxa de reincidência. TROMBÓLISE ❖ O uso da alteplase (rt-PA), quando administrado nas primeiras 4h30min, revelou diminuição das incapacidades funcionais decorridas do quadro. Para eu uso, é necessário um quadro compatível com o AVC, idade maior que 18 anos, tempo de início dos sintomas até 4h30min e a ausência de sinais de hemorragia na tomografia. A alteplase é iniciada com 10% da dose em bólus e seguida com 90% em BIC. ❖ Quando o paciente observar os sintomas ao acordar (de uma noite de sono, por exemplo), sempre considerar o horário de início como o último momento que o paciente foi observado normal.
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