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Liderança, participação e formação de equipes Apresentação As mudanças ocorridas no mercado mundial com a globalização exigiram que as organizações revissem suas estruturas e práticas organizacionais em busca de um modelo mais ágil e flexível. Nesse contexto, a formação de equipes surge como uma forma de conseguir mais sinergia nos resultados, estimulando atividades colaborativas e participativas dos colaboradores das organizações. As atitudes dos líderes contribuem diretamente para que uma equipe possa desenvolver-se, uma vez que auxilia nas relações de poder entre os seus integrantes, permitindo que haja aproveitamento máximo do potencial de cada um. Nesta Unidade de Aprendizagem, você irá conhecer o conceito de equipe, suas principais características e como ocorre sua implementação e desenvolvimento. Também poderá perceber o quanto o poder se faz presente nesses processos e como os estilos de liderança contribuem para que as equipes possam atingir seu pleno potencial. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Definir equipe e o papel da liderança na integração de seus membros.• Identificar assimetrias de poder na configuração de uma equipe.• Relacionar tipos de liderança e o desenvolvimento das equipes.• Desafio Um grupo organizacional não se converte em equipe sem que seja devidamente treinado e conduzido para isso, uma vez que são necessários o desenvolvimento de novas habilidades e a apropriação de novos conhecimentos para que essa nova forma de estrutura de pessoal seja posta em prática. Considere a situação a seguir: Na posição de gestor, aponte ao líder desta equipe-piloto os efeitos que a liderança adotada produziu, indicando quais outros estilos contribuiriam melhor para a condução da equipe. Infográfico O poder é passível de ser verificado sempre que duas ou mais pessoas se reúnem em busca de algum objetivo. Seus efeitos podem ser visivelmente observados, já que o poder é produtivo. Assim, o poder é exercido de diversas formas e, dentro de equipes, pode apresentar assimetrias de várias naturezas que acabam comprometendo o ritmo de trabalho e a performace de seus membros, alterando os seus resultados estratégicos. Neste Infográfico, você conhecerá alguns dos tipos de assimetria de poder que podem ser encontrados nas equipes de trabalho das organizações, sobre as quais os gestores devem ter atenção. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/7dc29684-cc7b-41e1-b845-f7d2b48bf6f8/13440b53-54ff-442b-9e62-b8f66adb77bc.png Conteúdo do livro O ambiente organizacional contemporâneo procura adotar a formulação de equipes, entendendo que elas produzem efeitos melhores em termos de eficácia quando comparadas aos grupos de trabalho, já que existe corresponsabilização e maior nível de independência e autonomia entre os seus membros. Porém, as equipes também possuem relações de poder e os estilos de liderança adotados podem ser decisivos para que sejam devidamente desenvolvidas. Estes fatores devem ser acompanhados pelos gestores e diretores das organizações. No capítulo Liderança, participação e formação de equipes, da obra Desenvolvimento gerencial e liderança, você irá aprender sobre a formação e o desenvolvimento de equipes, suas fases e ainda preocupações inerentes ao poder e aos estilos de liderança adotados ao longo de sua implementação e desenvolvimento. Boa leitura. DESENVOLVIMENTO GERENCIAL E LIDERANÇA Pablo Rodrigo Bes Liderança, participação e formação de equipes Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Definir equipe e o papel da liderança na integração de seus membros. Identificar assimetrias de poder na configuração de uma equipe. Relacionar tipos de liderança e o desenvolvimento das equipes. Introdução As equipes têm sido vistas como uma forma potente de lidar com as incertezas e com o dinamismo do mercado, que exige a soma de esforços para manter uma atitude mais flexível e adaptável nas organizações. O processo de implementar e desenvolver equipes envolve etapas impor- tantes, e a liderança tem um papel fundamental para que haja integração, participação e colaboração dos integrantes. O estilo de liderança adotado impacta diretamente no comportamento dos colaboradores, podendo contribuir ou prejudicar o trabalho desen- volvido. As equipes também possuem relações múltiplas de poder, que estão sempre colocando à prova sua habilidade de se manter autônomas. Essas relações de poder devem ser consideradas para que haja equilíbrio e harmonia e para que todos possam agir visando a um resultado sinérgico. Neste capítulo, você vai estudar o conceito de equipe em uma orga- nização, passando por sua implementação e seu desenvolvimento. Vai ler também sobre os tipos de liderança que hoje são mais pertinentes para que as equipes se desenvolvam com sucesso. Por fim, você vai conhecer a definição de poder e sua importância na configuração das equipes. 1 Equipe, liderança e integração Pessoas são essenciais para que as organizações atinjam seus objetivos, sejam elas empresas, organizações públicas ou organizações do terceiro setor. Por isso, o comportamento dos indivíduos no ambiente organizacional tem sido o foco de inúmeros estudos desde o século XX até hoje. Esses estudos procuram conciliar os interesses e objetivos individuais com as questões produtivas e estratégicas das organizações. As áreas da administração e da psicologia organizacional propuseram a análise, em um primeiro momento, dos trabalhadores em seus respectivos grupos e, mais recentemente, da formação de equipes. Os estudos ocorrem com a aplicação de técnicas nos grupos originais, fazendo com que sua per- formance se eleve e os resultados sejam mais sinérgicos, o que beneficia tanto equipes quanto organizações. O primeiro ponto que define uma equipe e, consequentemente a diferen- cia de um grupo, segundo Robbins (2009, p. 120, grifo nosso), é justamente este: o resultado superior que apresentam, uma vez que “[…] uma equipe de trabalho gera sinergia positiva por meio do esforço coordenado. Os esforços individuais resultam em um nível de desempenho maior do que a soma das entradas individuais”. Conforme o autor, uma equipe precisa que alguém coor- dene suas ações, mobilize seus esforços, dirija seus conhecimentos e conduza as competências de seus membros rumo aos objetivos traçados (ROBBINS, 2009). Portanto, é imprescindível o papel da liderança. Griffin e Moorhead (2006, p. 248) acrescentam que “[…] uma equipe é constituída por poucas pessoas que tenham competências complementares e se comprometam com um propósito comum, com metas de desempenho e com um modo de trabalho dos quais têm de prestar contas entre si”. Aqui percebemos outras características fundamentais de uma equipe: o compromisso mútuo com o propósito de sua existência e a construção e um estilo de trabalhar com o qual todos se engajem. Para que haja compromisso mútuo, é necessário que exista integração entre os membros da equipe. A integração pode ser entendida tanto no sentido de relacionamento inter- pessoal entre os membros da equipe quanto no sentido de suas competências técnicas, que devem atuar de forma complementar, sistêmica e interdependente ao longo das atribuições da equipe. Isso impacta diretamente no produto final apresentado como resultado desses esforços combinados. Além disso, fica evidente, ao analisarmos o conceito de equipe, que é necessária uma liderança atuante. Líder, porém, difere muito da postura do supervisor tradicional de um grupo de trabalho, pois se porta como um membro da equipe, como facilitador e apoiador dos processos. Cabe ao líder estabelecer as atribuições específicas de cada membro da equipe de acordo com seus conhecimentos e habilidades, delegando quando necessário e promovendomecanismos de comunicação que permitam a todos participarem ativamente do Liderança, participação e formação de equipes2 que vem sendo construído de forma conjunta. Dessa forma, todos os membros podem contribuir para o alcance das metas traçadas pelo líder da equipe. As equipes são hoje compreendidas como a forma mais eficiente e eficaz de organizar o comportamento das pessoas nas organizações em busca da maximização de seu potencial. Além disso, têm a capacidade de gerar autorre- alização profissional. Observe no Quadro 1 alguns tipos específicos de equipe. Fonte: Adaptado de Griffin e Moorhead (2006). Círculos de qualidade São considerados os primeiros exemplos de equipes criadas nos Estados Unidos, popularizando-se nos anos 1980. Trata-se de um número pequeno de funcionários que se reúnem regularmente (semanal ou mensal), tendo como finalidade investigar os diversos problemas relacionadas à qualidade que pudessem surgir na organização em que atuam. Equipes de trabalho Costumam ser permanentes. Realizam o trabalho diário, responsabilizando-se mutuamente por uma área e pelos processos que ali conduzem, sendo capazes de deliberar entre si e decidir quanto aos formatos que irão pôr em prática para atingir os objetivos. Equipes de solução de problemas São equipes criadas para o enfrentamento de questões específicas que apresentem algum tipo de problema no local de trabalho. Normalmente, são formadas por pessoas de diferentes áreas da organização. Equipes gerenciais São formadas pelos gerentes de várias áreas da organização e pelos líderes que coordenam equipes de trabalho específicas. Têm como atribuições desenvolver e aconselhar as equipes de trabalho existentes, coordenando-as para que melhorem seu desempenho corporativo total. Equipes de desenvolvimento de produtos Misturam equipes de solução de problemas com equipes de trabalho para a elaboração de novos projetos de criação de produtos ou serviços que satisfaçam o que os consumidores exigem. Equipes virtuais Têm como característica principal a virtualidade, atuando de forma distante espacialmente. A tecnologia digital é utilizada para as mediações entre os membros, que podem localizar-se em unidades diferentes da organização ao redor do mundo. Quadro 1. Tipos de equipe 3Liderança, participação e formação de equipes Atualmente, as organizações perseguem o fato de que as equipes de tra- balho venham a se tornar equipes autogerenciadas. Isso quer dizer que todos os seus membros assumiriam o seu papel relativo à liderança dos processos e aos resultados provenientes de suas atividades mútuas. Assim, as equipes autogerenciadas seriam vistas como o ápice do desenvolvimento de uma equipe de trabalho, uma vez que assumiriam muitas responsabilidades, como: […] o planejamento e o cronograma de trabalho, a delegação de tarefas, o controle coletivo sobre o andamento do trabalho, a tomada de decisões operacionais, a implementação de ações para solucionar os problemas e o relacionamento com fornecedores e clientes. As equipes de trabalho totalmente autogerenciadas até escolhem seus membros e avaliam o desempenho uns dos outros. Por conseguinte, as posições de supervisão e perdem importância e até podem ser eliminadas (ROBBINS, 2009, p. 121). Até que a equipe se desenvolva plenamente e torne-se autogerenciada, precisa, necessariamente, da atuação de uma liderança bem-constituída. Griffin e Moorhead (2006, p. 276) explicam o sentido dessa liderança aplicável às equipes como processo e qualidade: […] como processo, a liderança é o uso de influência não coerciva para con- duzir e coordenar as atividades dos membros de um grupo para alcançar uma meta. Como qualidade, liderança é um conjunto de características atribuídas àqueles que utilizam tal influência com êxito. A liderança de uma equipe, portanto, distancia-se de quaisquer medidas de força ou coerção. Para influenciar os membros que a compõem, a liderança se relaciona muito mais com a comunicação persuasiva e com a capacidade de relacionamento interpessoal — ou seja, dos campos qualitativos — do que propriamente com a autoridade formal que o cargo de líder transfere. Algumas características qualitativas atribuídas ao líder são “[…] paciência, disciplina, humildade, respeito e compromisso ao lidar com pessoas dos mais diferentes tipos e mediar relações dentro da equipe” (SOARES, 2015, p. 42). Valendo-se dessas características destacadas, o líder de uma equipe procura exercer sua influência sobre os membros da equipe em direção aos objetivos que foram projetados. Com esses objetivos, costumam ser construídas as metas para cada etapa do processo desenvolvido pela equipe. Essa tarefa também fica ao encargo da liderança. Outro aspecto igualmente importante, que cabe ao líder considerar ao conduzir suas ações junto da equipe, diz respeito às relações de poder em Liderança, participação e formação de equipes4 seu meio, que perpassam o ambiente organizacional e podem influenciar diretamente a atuação das pessoas que compõem esse time, conforme vamos ver no próximo tópico. Talvez você já tenha ouvido que “Toda equipe é um grupo, mas nem todo grupo é uma equipe”. Essa expressão está correta, pois um grupo é a reunião de pessoas em uma organização. No grupo, cada uma delas costuma desenvolver suas atividades para atingir seus objetivos específicos, que lhe foram atribuídos em função do seu cargo. Já a equipe transcende esse conceito. Embora também se trate da reunião de pessoas na organização, seus objetivos e compromissos são compartilhados. Além disso, seus esforços desenvolvem-se em busca do resultado comum, que normalmente é conquistado com a combinação de competências, apoio mútuo, participação e colaboração. 2 O poder nas equipes Um dos fatores que merece atenção quando estudamos como as equipes se constituem e agem em busca de seus objetivos é o conceito de poder. O poder se apresenta de várias maneiras em uma organização e pode afetar diretamente os resultados obtidos por ela. Vamos iniciar nossa aprendizagem sobre o poder partindo da defi nição de Robbins (2009, p. 174): O poder se refere à capacidade que A têm de influenciar o comportamento de B, de tal modo que B faça alguma coisa que normalmente não faria. Essa definição implica: (1) um potencial que não precisa ser realizado para se tornar eficaz, (2) uma relação de dependência e (3) que B tenha alguma autonomia de ação. O poder, portanto, deve ser visto como potência, como uma capacidade latente de produzir algo. Está presente nas pessoas, mas não necessariamente é utilizado. Em uma organização, todos possuem uma parcela de poder, que podem colocar em prática ou não. O poder, normalmente, é verificado nas relações de dependência na organização dos grupos e das equipes. Essas relações podem, inclusive, revelar assimetrias e desajustes entre a distribui- ção ou o uso do poder pelos seus membros. Da mesma forma, a autonomia é 5Liderança, participação e formação de equipes aspecto importante da constituição do poder, pois acaba por definir os limites da participação das pessoas em suas equipes de trabalho. Podemos perceber que existe uma proximidade entre o conceito de liderança que aprendemos e o de poder. Os líderes das equipes se valem do poder que possuem para influenciar o comportamento dos membros de suas equipes. Porém, isso ocorre sem anular a autonomia do colaborador; pelo contrário, procura ampliá-la estabelecendo vínculos de confiança e corresponsabilizando todos pelos resultados. Para que possamos entender melhor o conceito de poder em sua amplitude no ambiente organizacional, veja o Quadro 2. Fonte: Adaptado de Robbins (2009). Poder formal Poder pessoal Poder coercitivo Poder do talento Poder de recompensa Poder de referência Poder legítimo Poder carismático Poder da informação Quadro 2. Bases de poder Como podemos perceber no Quadro 2, o poder pode ser compreendido com base em duas divisõesbásicas: o poder formal, que se refere ao cargo ocupado e a autoridade que lhe é correspondida e o poder pessoal, que seria demonstrado com atitudes e características do perfil das pessoas. No poder formal, temos o poder coercitivo, que se exerce por força e impo- sição de forma autoritária, normalmente associado a lideranças de estilo mais autocrático. Já o poder de recompensa é o contrário, pois parte do pressuposto de que as pessoas vão se submeter a comandos e diretrizes porque buscam se beneficiar com recompensas. O poder legítimo relaciona-se diretamente com a posição hierárquica dos colaboradores na organização. Isso significa que esses colaboradores aceitam a autoridade inerente a determinados cargos e, em virtude disso, normalmente, ordens e direcionamentos são obedecidos. O poder da informação, também denominado poder de perícia, refere-se ao fato de que alguns cargos dentro da estrutura organizacional possuem acesso a um nível maior e mais detalhado de informações, que precisam utilizar para converter em conhecimento e aplicar junto aos membros que coordenam. Esse Liderança, participação e formação de equipes6 acesso a informações, na contemporaneidade, é uma forma de poder muito valorizada no ambiente organizacional. O poder pessoal irá ser percebido a partir das habilidades sociais que os colaboradores demonstram ao longo de sua atuação na organização. Segundo Robbins (2009, p. 177), o poder do talento será relacionado com a “[…] in- fluência exercida como resultado da perícia, da habilidade específica ou do conhecimento” que o colaborador agrega para a empresa. O poder de referência ocorre quando o grupo reconhece em determinada pessoa traços que considera exemplar, passando a admirá-la como exemplo a ser seguido. Esse poder de referência se associa ao poder carismático, mas o carisma é um traço que com- põe a personalidade e o estilo de viver das pessoas. Isso envolve sensibilidade, envolvimento e uma visão mais abrangente sobre a organização e as pessoas. Vamos estudar mais sobre esse atributo no próximo tópico de aprendizagem. O poder também está presente nas equipes, tanto de maneira formal — quando os membros reconhecem como líder o líder mesmo nomeado pela or- ganização — quanto, com muito maior ênfase, de maneira informal — quando se relaciona ao poder pessoal de cada colaborador. Neste último caso, eles costumam servir de referência para demais setores e colegas da organização, sendo as relações interpessoais e a união de seus talentos imprescindíveis para atingir resultados. Se considerarmos que as organizações costumam investir esforços para que suas equipes se desenvolvam e atinjam seu máximo potencial, fica evi- dente que a questão do poder deve ser considerada. Goulart (2011, p. 264) reforça que “[…] as pessoas que detêm o poder devem manifestar vontade política, a fim de incentivar posturas e práticas de interdependência, trabalho cooperativo e disponibilidade para ouvir e respeitar o outro”. Mesmo sabendo que a dependência daqueles que pertencem a um grupo ou equipe é uma das características básicas que costumam estar presentes nas relações de poder, a liderança das equipes deve procurar minimizar essa questão, promovendo a integração e a participação de todos. Para isso, podem ser estabelecidos políticas e princípios norteadores, além da devida atenção a cada colaborador por meio de uma postura ética que valorize os potenciais individuais. A integração e a coesão de uma equipe se relaciona diretamente à transpa- rência e à clareza com que se conduzem os processos organizacionais. Isso faz com que aquilo que foi deliberado e proposto na equipe deva ser seguido por todos em suas atribuições; caso contrário, pode contribuir para que ocorram contestações e represálias, abalando tanto o poder da liderança quanto as relações entre os outros membros da equipe. Acompanhe no exemplo a seguir como o poder se manifesta de várias formas em uma equipe organizacional. 7Liderança, participação e formação de equipes Margarete é líder de uma equipe multifuncional e atua na pesquisa e no desenvol- vimento de novos produtos. Nessa equipe, há integrantes das áreas de engenharia de produtos, marketing, comercial e gestão do conhecimento, que articulam seus conhecimentos e experiências em busca de mapear tendências de mercado, entender as demandas dos clientes e customizar produtos para que se ajustem plenamente às suas necessidades. Margarete valoriza muito as habilidades sociais, principalmente a comunicação e o respeito nas relações interpessoais. A equipe toda já se capacitou a respeito da inteligência emocional, considerada essencial para o equilíbrio das suas ações. Quando Margarete retorna das reuniões com a diretoria da empresa, logo reúne a equipe e deixa todos a par das novas metas, das conquistas e também das inconsistências dos resultados que a equipe obteve. Desse modo, podem, juntos, discutir, argumentar e deliberar novos passos. Sendo transparente, objetiva e assertiva, a líder consegue fazer com que as relações de poder na equipe fiquem harmonizadas, que todos se mantenham produtivos de forma colaborativa e corresponsável pelos resultados. Caso ela não agisse dessa forma, poderia sofrer os efeitos do poder dos membros da equipe, que poderiam se negar a cumprir determinadas atribuições, apresentar um desempenho inferior ou atrapalhar o trabalho de seus colegas e da própria líder. Uma das formas de entendermos o conceito de poder de forma mais ampla é por meio de seus efeitos. O poder é produtivo, pois apresenta resultados na vida das pessoas no ambiente organizacional. Esses efeitos podem ser positi- vos, benéficos aos colaboradores e traduzidos no sentimento de valorização, reconhecimento e sentimento de pertencimento, contribuindo para a motivação individual. No entanto, podem também ser negativos, acarretando prejuízos aos colaboradores. Esse aspecto negativo do poder é percebido em casos de assédio moral e sexual nas organizações, em que o poder é utilizado para humilhar, ameaçar, controlar e submeter os colaboradores a realizarem ações indesejadas. Ao analisar quais são os efeitos que resultam da utilização do poder pelos líde- res de uma equipe, Griffin e Moorhead (2006) apontam três elementos essenciais: 1. comprometimento; 2. aceitação; 3. resistência. Os integrantes da equipe costumam se comprometer quando se identificam com as decisões da liderança e reconhecem nelas o mais adequado a fazer. Liderança, participação e formação de equipes8 Por isso, a aceitação se relaciona diretamente ao querer concretizar os desejos do líder da equipe. Já a resistência é o processo inverso, quando as pessoas rejeitam e lutam contra os desejos do líder (GRIFFIN; MOORHEAD, 2006). Esses possíveis efeitos do poder e a influência da liderança sobre a equipe estão relacionados ao estilo de liderança praticada e à habilidade do gestor em utilizar os tipos de poder nos processos que conduz e no apoio à sua equipe. Vamos estudar, em seguida, sobre os tipos de liderança hoje mais aplicáveis no ambiente organizacional e suas ações para manutenção e desenvolvimento das equipes. Um aspecto muito importante em relação ao poder nas organizações é a atenção às questões multiculturais, como étnico-raciais, geracionais, de gênero e orientação sexual. Os gestores da organização devem tratá-las de forma ética e equitativa, sem atitudes preconceituosas e discriminatórias. 3 Tipos de liderança e desenvolvimento de equipes Os estudos sobre liderança na teoria da administração se relacionam direta- mente com a efi ciência dos colaboradores de uma organização e, principal- mente, com o alcance dos resultados que ela almeja atingir, o que traduz a sua efi cácia. As pessoas, de modo geral, reagem aos estilos de liderança adotados pelos seus gestores, o que pode afetar a produtividade, a motivação e a forma como aderem às políticas da empresa e realizam suas práticas cotidianas. Esses fatores devemser considerados ao implementar e desenvolver as equipes nas organizações. Dessa forma, é importante que conheçamos os tipos de liderança para que possamos perceber como se relacionam com a implementação e o desenvolvimento das equipes. Turano e Cavazotte (2016), ao analisar as pesquisas que relacionam a lide- rança no ambiente organizacional, presente em artigos publicados no periódico internacional The leadership quarterly, ao longo da última décadas, aponta três tipos de liderança como aqueles mais referenciados na contemporaneidade: liderança carismática, liderança transacional, liderança transformacional e 9Liderança, participação e formação de equipes a teoria das trocas líder-seguidor (LMX). Vamos analisar as características desses tipos de liderança para que possamos associá-las com a implementação e o desenvolvimento das equipes. Para isso, acompanhe o Quadro 3. Liderança carismática Estilo de liderança que tem no carisma sua fonte fundamental de poder, pois os liderados costumam atribuir capacidades heroicas ou extraordinárias a seus líderes carismáticos. Esses líderes costumam apresentar uma visão da organização, articulação junto à equipe e sensibilidade em relação às necessidades dos liderados. Estão dispostos a assumir riscos pessoais e são vistos como inovadores. Liderança transacional A liderança transacional é exercida pelos líderes que conduzem ou motivam seus seguidores em direção às metas estabelecidas por meio do esclarecimento das funções e das exigências de suas tarefas cotidianas. Costumam negociar a troca de recompensas por esforço e desempenho, como forma de reconhecer as conquistas. Administra por exceções, tomando atitudes corretivas quando ocorrem desvios de regras e padrões e intervém quando as metas não são atingidas. Procura ainda abster-se das responsabilidades, adotando um estilo mais liberal, evitando tomar decisões. Liderança transformacional Os líderes transformacionais procuram inspirar seus liderados a transcenderem seus próprios interesses pelo bem da organização ou do grupo, sendo capazes de causar um profundo impacto nos colaboradores. Trabalha com o conceito de influência idealizada, compartilhando o sentido da visão e da missão organizacionais, estimulando o orgulho e ganhando respeito e confiança. Os líderes procuram comunicar suas expectativas, valendo-se de símbolos para focar os esforços e causando motivação e inspiração. Também estimulam o intelecto dos colaboradores, promovendo a racionalidade e a resolução de problemas. Procuram dar atenção personalizada a cada membro da equipe, aconselhando e orientando individualmente. Quadro 3. Características fundamentais das novas teorias da liderança (Continua) Liderança, participação e formação de equipes10 Os estilos de liderança descritos no Quadro 3 provocam efeitos na consti- tuição das equipes. Podem tanto contribuir para seu bom desempenho quanto ocasionar problemas no relacionamento dos seus integrantes e impedir que se desenvolvam rumo ao seu potencial máximo. Implementar equipes em uma organização, em alguns casos, pode romper com alguns aspectos da cultura organizacional de boa parte das empresas que ainda se pautam pela distribuição hierárquica dos quadros de colabora- dores e pelas trocas predominantemente verticais, que procuram seguir uma determinada cadeia de comando. Em razão disso, existem etapas que devem ser seguidas para que esse processo de implementação e posterior desenvol- vimento das equipes seja realizado. Veja a seguir (GRIFFIN; MOORHEAD, 2006, p. 260). Tomar decisão. Planejar a implementação. Fase 1: início. Fase 2: realidade e paciência. Fase 3. equipes centradas no líder. Fase 4. equipes coesas. Fase 5. equipes autogeridas. A tomada de decisão é essencial para que a organização realmente ve- rifique se é viável, se de fato deseja implementar equipes em sua estrutura organizacional. Também é nessa fase que são criadas comissões para que o Fonte: Adaptado de Robbins, Judge e Sobral (2011). Teoria das trocas líder- -seguidor (LMX) Entende que, em virtude das pressões do tempo e das tarefas atribuídas, os líderes procuram estabelecer algum tipo de relacionamento especial com alguns de seus liderados, que costumam apoiá-lo mesmo no grupo. Esses liderados recebem atenção desproporcional do líder, tendo confiança e privilégios especiais em relação aos demais. Essa escolha costuma basear-se em critérios de identificação entre líder e liderados, como de gênero, e relacionam-se com o entendimento daqueles que terão melhor desempenho na organização e projeção de futuro. Quadro 3. Características fundamentais das novas teorias da liderança (Continuação) 11Liderança, participação e formação de equipes processo seja organizado e os perfis de liderança sejam analisados, uma vez que esse líder deve: (1) acreditar firmemente que os funcionários querem ser responsáveis pelo trabalho, (2) ser capaz de lhes demonstrar a filosofia de equipe, (3) transmitir uma visão sensata do ambiente de equipe e (4) ter criatividade e autorida- de para superar obstáculos conforme apareçam (GRIFFIN; MOORHEAD, 2006, p. 257). Percebemos que são exigidas do líder em potencial habilidades de ordem técnica e social para colocar a equipe em operação. É nessa primeira fase que se decide pela implementação de equipes. Ao longo do planejamento dessa implementação, os estilos de liderança também devem ser discutidos, pois é preciso traçar o perfil dos líderes. A fase de planejamento costuma envolver alguns passos específicos: “[…] esclarecer a missão, selecionar o local das primeiras equipes de trabalho, preparar a equipe de projeto, planejar a transferência de autoridade e esboçar o plano preliminar” (GRIFFIN; MOORHEAD, 2006, p. 258). É necessário esclarecer os propósitos da organização ao adotar as equipes e decidir onde serão implementadas, preferencialmente onde existam colaboradores de várias áreas. Além disso, é preciso criar uma equipe-piloto, responsável por confi- gurar as demais equipes no futuro. Deve-se também preparar as habilidades requeridas aos membros da equipe, para que a autoridade seja transferida do modelo tradicional ao estilo de liderança colaborativa e compartilhada, que costuma ser evidenciado nas equipes. Na fase 1, são realizados esforços para que os colaboradores selecionados sejam preparados para o trabalho em equipe, com os primeiros treinamentos, que abrangem “[…] os motivos da mudança para uma organização com equipes, o processo de seleção das equipes, seu funcionamento, seus papéis e responsa- bilidades, compensações e segurança no trabalho” (GRIFFIN; MOORHEAD, 2006, p. 260). Perceba o quanto essa fase é importante, pois os colaboradores costumam ter expectativas quanto ao seu futuro na organização. Conhecer os critérios de seleção das equipes, quem assumirá a posição de liderança e quais serão suas responsabilidades a partir de então impacta diretamente em sua motivação. A fase 2, realidade e impaciência, é compreendida como a transição entre a estrutura que existia anteriormente e a proposta das equipes. Caracteriza-se pelo estranhamento dos integrantes quanto a novas responsabilidades agora compartilhadas e os novos formatos que suas atividades rotineiras passaram a Liderança, participação e formação de equipes12 ter, o que pode causar insegurança e preocupação para atingir metas propostas, o que fará surgir a fase seguinte. Quando abordamos a fase das equipes centradas no líder precisamos re- conhecer que o clima de insegurança e incertezas de sucesso em relação à nova realidade do trabalho em equipe costuma fazer com que os integrantes identifiquem em um de seus membros o papel do líder. Essa é uma tentativa de voltar ao funcionamento tradicional e hierárquico, embora todos estejam sendo desenvolvidos no sentido de autogestão e liderança. Esses líderes po- dem ter sido apontados tanto pela organização quanto pela própria equipe,e seu estilo será essencial para que a equipe se consolide. Por exemplo, uma liderança transacional muito pouco contribuirá para que isso ocorra, pois vai manter os procedimentos anteriores. O mesmo pode ocorrer com um líder LMX, que poderá afastar os membros da equipe em vez de integrá-los e propor sua complementaridade e colaboração. Já um líder transformacional talvez tenha maior adesão e sucesso, principalmente por considerar os com- ponentes da equipe de forma individual. Já a liderança carismática costuma ser reconfortante em momentos de insegurança e incerteza. Esses fatos devem ser observados pelos gestores e dirigentes responsáveis pela implementação e pelo desenvolvimento das equipes ao longo do tempo, procurando auxiliá-las a construir sua própria identidade. A fase 4, equipes coesas, é caracterizada pela coesão total da equipe, que “[…] confia plenamente na própria capacidade de fazer qualquer coisa. So- luciona problemas, administra seu cronograma e recursos e resolve conflitos internos” (GRIFFIN; MOORHEAD, 2006, p. 260). Porém, ao chegarem nesta fase de desenvolvimento, as equipes costumam distanciar-se das demais equipes da organização, o que pode prejudicar a eficácia da empresa como um todo. Para evitar que isso ocorra, devem ser mantidos os canais de comunicação abertos e estimulada a participação de membros da equipe em outras equipes, em conselhos que a organização possua e em projetos sistêmicos que envolvam equipes múltiplas. A liderança deve estimular que a equipe continue evoluindo rumo ao seu autogerenciamento. As equipes autodirigidas representam a culminância do processo de imple- mentação e desenvolvimento das equipes, o que pode levar meses ou mesmo anos para atingir. Griffin e Moorhead (2006, p. 262) destacam que: Nesse estágio, as equipes maduras atingem ou ultrapassam suas metas de desempenho. Seus integrantes assumem a responsabilidade por funções de liderança ligadas à equipe. Os gerentes e supervisores já abandonaram as operações diárias e passaram a planejar e aconselhar as equipes. O que é 13Liderança, participação e formação de equipes mais importante, as equipes maduras são flexíveis: assimilam novas ideias de melhora; realizam as mudanças necessárias aos seus membros, papéis de tarefas; e fazem de tudo para atingir os objetivos estratégicos da organização. Como podemos verificar, o processo de formação e desenvolvimento de equipes nas organizações apresenta algumas fases em que a liderança é fundamental para que a equipe atinja seu máximo potencial. Quando uma equipe atinge o patamar de ser considerada autogerenciável, seus membros normalmente já desenvolveram seus estilos próprios de liderança e desfrutam de grande autonomia, compartilhando as decisões, deliberando sobre as ações e estratégias em busca dos resultados projetados. Ao estudar as equipes auto- gerenciadas e sua relação com a motivação dos seus colaboradores, Vergara, Bianco e Gomes (2006, p. 22) acrescentam ainda que: Dizer que uma equipe está inserida em um modelo de gestão autônoma não significa, contudo, que esta autonomia é ilimitada. A organização, de uma forma ou de outra, impõe-lhe restrições de ordem estratégica. As equipes autogerenciadas se aproximam de uma “terceira via” entre o controle e a autonomia, uma via que fala menos em imposição e mais em negociação, que aponta para direitos e deveres. Mesmo que tenham atingido a fase de se tornarem autogerenciáveis, as equipes continuam atreladas a questões do planejamento estratégico da organização, pois, por meio dele, vão obter os subsídios necessários para estabelecer suas metas e procedimentos. Porém, isso se distancia muito das condições tradicionais de uma administração hierárquica verticalizada, baseada na submissão e no controle de resultados unicamente. Hoje, as equipes são amplamente utilizadas, em virtude de um cenário em que nosso mercado constantemente nos desafia a adotar novos formatos mais flexíveis e adaptáveis. Nessas equipes, a horizontalidade das relações, a troca de conhecimentos, a colaboração e a participação de todos contribui para que o clima organizacional se eleve, para que a satisfação com a organização seja incrementada, o que pode também influenciar na motivação pessoal e contribuir significativamente para alcançar resultados. Liderança, participação e formação de equipes14 GOULART, I. B. Desenvolvimento de equipes de trabalho. In: GOULART, I. B. (org.). Psicologia organizacional e do trabalho: teoria, pesquisa e temas correlatos. 3. ed. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2011. cap. 11. GRIFFIN, R. W.; MOORHEAD, G. Fundamentos do comportamento organizacional. São Paulo: Ática, 2006. ROBBINS, S. P. Fundamentos do comportamento organizacional. 8. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009. ROBBINS, S. P.; JUDGE, T. A.; SOBRAL, F. Comportamento organizacional: teoria e prática no contexto brasileiro. 14. ed. São Paulo: Pearson, 2011. SOARES, M. T. R. C. Liderança e desenvolvimento de equipes. São Paulo: Pearson, 2015. TURANO, L. M.; CAVAZOTTE, F. Conhecimento científico sobre liderança: uma aná- lise bibliométrica do acervo do The Leadership Quarterly. Rev Adm Contemp, v. 20, n. 4, p. 434-457, 2016. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1415- -65552016000400434&script=sci_arttext. Acesso em: 12 jun. 2020. VERGARA, S. C.; BIANCO, A.; GOMES, A. P. C. Z. O trabalho em equipes autogerenciadas e sua influência na motivação dos indivíduos. REAd, v. 12, n. 1, 2006. Disponível em: https://www.seer.ufrgs.br/read/article/view/40369. Acesso em: 12 jun. 2020. Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu fun- cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links. 15Liderança, participação e formação de equipes Dica do professor As pessoas são diferentes em muitos aspectos, tanto em sua vida pessoal quanto profissional, o que torna a construção de uma equipe eficaz extremamente desafiadora para um líder. Os colaboradores apresentam competências técnicas distintas, níveis de educação formal diferentes e experiências muito particulares. E é isso que faz com que as equipes sejam potentes e possam atingir resultados eficazes quando devidamente planejadas e lideradas ao longo de seus processos. Nesta Dica do Professor, você aprenderá sobre quatro componentes básicos que devem ser perseguidos pelos líderes para que construam equipes eficazes. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/7df23774b9cbdce08958dfc94c502753 Exercícios 1) “Como processo, a liderança é o uso de influência não-coerciva para conduzir e coordenar as atividades dos membros de um grupo para alcançar uma meta. Como qualidade, liderança é um conjunto de características atribuídas àqueles que utilizam tal influência com êxito” (GRIFFIN & MOORHEAD, 2006, p. 276). De acordo com a citação dos autores, pode-se afirmar que a liderança nas equipes: A) se vale do uso da coerção e do poder pessoal para que se atinjam os objetivos projetados. B) apresenta uma combinação de coordenação de atividades e habilidades técnicas e sociais. C) deve focar prioritariamente na distribuição e coordenação das atividades dos seus integrantes. D) é verificada pelas características pessoais do líder, independentemente da forma como age. E) dissocia os aspectos relativos ao processo e tarefas cotidianas do relacionamento interpessoal. 2) O poder é um dos fatores que precisa ser considerado pelos líderes que desejam tornar suas equipes eficazes. Sobre os tipos de poder e seus efeitos para as equipes das organizações, analise as alternativas a seguire marque aquelas que podem ser considerados verdadeiras (V) e falsas (F). ( ) O poder e a liderança nas equipes são conceitos próximos, pois ambos visam a influenciar o comportamento das pessoas. ( ) Verifica-se o poder principalmente nas questões que envolvem a independência entre os integrantes da equipe. ( ) O poder é entendido como potência para que algo venha a ser realizado, logo, é produtivo para as equipes das organizações. ( ) Utilizar-se de coerção e autoritarismo para fazer com que as pessoas se submetam contribui para a autonomia das equipes. ( ) O talento (perícia, habilidade e conhecimento) que os integrantes da equipe apresentam constitui uma forma de poder pessoal. A) V, F, V, F e V. B) F, V, F, V e F. C) V, V, V, F e F. D) F, F, F, V e V. E) F, F, V, V e F. 3) Existem muitas teorias sobre a liderança, uma vez que esta é vista como a chave para que as equipes possam atingir seu máximo potencial e alavancar os resultados que as organizações esperam. Analise os tipos de liderança descritos abaixo e relacione-as com as opções a seguir de forma a estabelecer a relação correta entre elas e, depois, indique a ordem correta. I. Liderança transacional II. Liderança transformacional III. Liderança carismática IV. Teoria das trocas líder-seguidor (LMX) ( ) Incentiva as pessoas a transcenderem seus interesses pessoais pelo bem da equipe, gerando motivação inspiracional e impactando as vidas das pessoas. ( ) Exercida com base nas habilidades sociais do líder, que envolvem sensibilidade e afetividade, possuem uma visão ampliada e inovam. ( ) Os líderes adotam um estilo mais liberal, negociando recompensas pelo desempenho e por esforços como forma de reconhecer as conquistas do grupo. ( ) Estes lideres possuem um relacionamento especial com alguns dos integrantes da equipe com quem se identificam e que passam a apoiá-los. A) I, IV, II e III. B) III, I, IV e II. C) IV, III, II e I. D) I, II, III e IV. E) II, III, I e IV. Muitos são os tipos de equipe que podem ser adotados por uma organização para atender as suas particularidades,tais como círculos de qualidade, equipes de trabalho, equipes gerenciais, equipes de desenvolvimento de produtos e equipes virtuais. 4) Sobre estes tipos de equipes, analise as alternativas a seguir e marque aquela que apresenta uma descrição correta. A) O círculos de qualidade foram criados recentemente, quando a qualidade passou a fazer parte da gestão das organizações. B) Equipes de trabalho são utilizadas prioritariamente na indústria quando existem atividades personalizadas eventuais. C) As equipes gerenciais reúnem gerentes e líderes de equipes de várias áreas com o objetivo de coordenação e desenvolvimento. D) Criar novos projetos de produtos e serviços que atendam as necessidades de clientes é o objetivo da existência das equipes virtuais. E) Nas equipes virtuais, costuma existir a somatória de pessoas que compartilham do mesmo espaço físico e utilizam tecnologias digitais. 5) As pessoas, de modo geral, reagem aos estilos de liderança adotados pelos seus gestores, o que pode afetar a produtividade, a motivação e a forma como aderem às políticas da empresa e realizam suas práticas cotidianas. Rodrigo é o gerente de um departamento organizacional que deixou recentemente de funcionar de modo hierárquico tradicional para adotar um método de equipes de trabalho. Entretanto, o departamento está apresentando alguns problemas que envolvem assimetrias de poder e não aceitação das lideranças destas equipes, que se encontram na fase de implementação conhecida como “equipes centradas no líder”. Analise as alternativas abaixo e marque aquela que apresentaria uma ação eficiente de Rodrigo para contornar esse problema. A) Nomear os líderes das equipes colocando pessoas de sua confiança e mais enérgicas. B) Criar mecanismos para avaliar o desempenho, valorizando e premiando aqueles mais disciplinados e que apoiam os líderes. C) Estabelecer como critério para a escolha dos líderes o colaborador que for considerado mais querido por todos. D) Propor um rodízio de liderança das equipes, desenvolvendo essa habilidade, a empatia e colaboração em todos os membros. E) Escolher como líderes os integrantes da equipe com maior experiência e educação formal. Na prática Liderar uma equipe de trabalho de forma assertiva procurando fazer com que exista coesão entre os membros e com que todos se comprometam em busca das metas deliberadas exige atenção e posicionamento constante da liderança, pois as assimetrias de poder costumam acompanhar a rotina diária e prejudicam a participação de todos nos processos pertinentes à equipe. Neste Na Prática, você verá como a líder Fernanda costuma agir quando existem situações em que o poder pode vir a prejudicar o desempenho da equipe. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/ae8f0a92-915a-4205-983b-7eb73e5bffde/86bbfd15-b967-406d-8ca7-99cae5953072.png Saiba + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: A liderança coaching exercida pelos enfermeiros no contexto hospitalar Leia o artigo de Hayashida et al. Os autores analisam no artigo como a liderança coaching pode auxiliar a gestão das equipes a partir de suas dimensões. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. A importância do desenvolvimento de equipes multifuncionais e autogerenciáveis Acesse o artigo a seguir, em que as autoras analisam como a existência das equipes multifuncionais e autogerenciáveis impactam o alcance dos resultados organizacionais. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Gestão de equipes de alto desempenho: abordagens e discussões recentes No artigo abaixo, as autoras analisam a importância do compartilhamento de experiências e conhecimentos de forma ativa e sistemática para a construção de equipes com performance superior. https://revistas.ufpr.br/cogitare/article/view/59789 https://idonline.emnuvens.com.br/id/article/view/2400/3826 Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Trabalho em equipe: força de trabalho diferenciada Assista ao vídeo com a professora Virgínia Aguiar, da UNIVESP, e perceba os princípios básicos do trabalho em equipe, hoje tão amplamente adotados nas organizações. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://seer.uscs.edu.br/index.php/revista_gestao/article/view/4316 https://www.youtube.com/embed/dTuFCpO5ZEc
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