Buscar

INTERPROFISSIONALIDADE NA ASSISTÊNCIA À SAÚDE DA MULHER

Prévia do material em texto

INTERPROFISSIONALIDADE NA ASSISTÊNCIA À SAÚDE DA MULHER: RELATO DE EXPERIÊNCIA DA AÇÃO DO PET-SAÚDE DA UNEMAT CAMPUS DE CÁCERES.
Victória Aparecida da Silva e Ana Cláudia Amorim Teotônio¹
Acadêmicas do Curso de Enfermagem¹
INTRODUÇÃO: O envelhecer provoca transformações ao indivíduo de ordem fisiológica, biológica e social, exigindo dos profissionais de saúde maior atenção preventiva na hora de pensar nas ações preventivas. Nesta perspectiva de assistência, destaca-se a extensão universitária por proporcionar condições que estimulem a reflexão sobre a condição de vida, saúde e o autocuidado (DA SILVA, Willames et al.2017). As estimativas do Instituto Nacional de Câncer apontam o câncer de mama e o câncer do colo do útero como as localizações de câncer com maior incidência entre as mulheres brasileiras (INCA, 2015). Tanto o câncer de mama quanto o câncer do colo do útero são considerados de bom prognóstico, se diagnosticados e tratados precocemente, porém, o diagnóstico realizado em fase avançada da doença pode ser o maior responsável pela manutenção das taxas de mortalidade elevadas (INCA, 2015). A população idosa não está isenta a nenhum tipo de patologia, muitas vezes são até mais vulneráveis que outros grupos, principalmente quando se fala em IST (infecções sexualmente transmissíveis), e os principais fatores associados à transmissão de IST entre esse grupo são: a desinformação por parte dessa população e dos profissionais de saúde, os aspectos culturais e a contínua prática sexual insegura. Há a compreensão errônea de que preservativos têm função apenas de contracepção, além de baixo conhecimento sobre a transmissão de IST por parte desse grupo populacional (SALES, BORGES et al, 2021). O objetivo deste trabalho é relatar a experiência dos acadêmicos de enfermagem acerca da atividade educativa realizada com os idosos cadastrados no CRAS (Centro de Referência de Assistência Social), dando ênfase na saúde da mulher. METODOLOGIA: Foi realizada uma roda de conversa para trocar informações sobre os temas: câncer de mama, câncer do colo do útero e IST; foi exposto materiais de apoio como: peças anatômicas da genitália feminina interna, a mama com o que seria ‘normal’ e outra com a presença de um nódulo, preservativos internos e externos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A atividade contou com a presença de 3 acadêmicas de enfermagem, 1 enfermeira e 1 fisioterapeuta pélvico que apresentaram sobre os temas e tiraram as dúvidas. Haviam aproximadamente 25 idosos com o público majoritariamente feminino. Primeiramente houve um momento de apresentação das peças anatômicas e de indagações acerca do tema para estimular a participação. Foi apresentado cada um dos temas, suas causas, fatores de risco, tratamento e sempre enfatizando a importância de prevenir as doenças logo após foi aberto para questionamentos e eles foram muito participativos, manusearam as peças anatômicas, abriram os preservativos e pediram para mostrar como utilizar. A Educação em Saúde assume um papel fundamental na nossa sociedade levando informação e conhecimento à população sobre como podemos cuidar melhor da nossa saúde, principalmente de maneira preventiva, quando focarmos em informação e prevenção é possível evitar doenças, usufruindo de uma vida com mais saúde e qualidade (MALLMANN, Gavião et al. 2015). CONCLUSÃO: Concluímos que através das ações educativas, a existência de dúvidas sobre o processo de envelhecimento, principalmente, em relação ao câncer do colo do útero e muitas relataram que nunca realizaram o preventivo por vergonha, como também, a existência de costumes e valores culturais dessas pessoas no meio familiar. Fato que pode repercutir na saúde física e emocional do idoso, como também, na sua autonomia e independência. 
REFERENCIAS
Brasil. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Estimativas 2015. Incidência de Câncer no Brasil. Brasília: INCA; 2015.
Brasil. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Divisão de Informação. Atlas de mortalidade por câncer no Brasil. Brasília: INCA; 2015.
DA SILVA, Willames et al. Ações educativas vivenciadas com idosos: um relato de experiência. Revista de Ciências da Saúde Nova Esperança, v. 15, n. 3, p. 31-36, 2017.
SALES, Laís Borges et al. Fatores associados à propagação de infecções sexualmente transmissíveis entre idosos no brasil: uma revisão da literatura. Revista Eletrônica da Faculdade Evangélica de Ceres, v. 10, n. 1, p. 26-45, 2021.
MALLMANN, Danielli Gavião et al. Educação em saúde como principal alternativa para promover a saúde do idoso. Ciência & Saúde Coletiva, v. 20, p. 1763-1772, 2015.

Continue navegando