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Perda Auditiva: Resumo dos Pontos Mais Relevantes em Tópicos Tipos de Perda Auditiva • Condutiva: Decorre de alterações na orelha externa ou média que interferem na transmissão das vibrações sonoras. Pode ser causada por: • Obstrução (ex.: tampão de cerume) • Secreção na cavidade (ex.: efusão na orelha média) • Rigidez da cadeia ossicular (ex.: otosclerose) • Descontinuidade (ex.: desarticulação da cadeia ossicular) • Sensorial: Provém da deterioração da cóclea, geralmente por perda das células ciliadas do órgão de Corti. As causas incluem: • Presbiacusia (perda auditiva relacionada ao envelhecimento) • Exposição excessiva a níveis sonoros intensos • Traumatismo encefálico • Doenças sistêmicas • Neural: Causada por lesões envolvendo o oitavo par craniano, núcleo auditivo, vias ascendentes ou córtex auditivo. Pode resultar de: • Neurinoma do acústico • Esclerose múltipla • Neuropatia auditiva Classificação e Epidemiologia da Perda Auditiva • A perda auditiva pode ser classificada como: • Normal: Voz sussurrante (0 a 20 dB) • Leve: Voz em tom baixo (20 a 40 dB) • Moderada: Voz em tom normal (40 a 60 dB) • Grave: Voz alta (60 a 80 dB) • Profunda: Grito (> 80 dB) Avaliação da Perda Auditiva • Exame Clínico: Pode ser feito em uma sala silenciosa, solicitando ao paciente que repita palavras pronunciadas em diferentes tons de voz. • Teste de Diapasão: Usado para distinguir entre perdas condutivas e neurossensoriais. • Teste de Weber: O diapasão é colocado na região frontal ou nos dentes anteriores. Se o som é percebido mais intensamente na orelha com deficiência, indica perda condutiva. Se é mais intenso na orelha normal, sugere perda neurossensorial. • Teste de Rinne: O diapasão é colocado alternadamente sobre o osso mastoide e à frente do conduto auditivo externo. Na perda condutiva, a transmissão óssea excede a aérea; nas perdas neurossensoriais, ocorre o oposto. • Audiometria: Realizada em uma cabine acústica, avaliando tons puros com limiares em decibéis (dB) na faixa de 250 a 8.000 Hz, tanto para condução aérea quanto óssea. • Testes de Discriminação Vocal: Medem a nitidez da audição, com resultados em percentuais de acerto. • Testes de Imagem: O exame de imagem por ressonância magnética (RM) é o método preferido para investigar lesões centrais. Tratamento e Reabilitação Auditiva • Perda Auditiva Condutiva: Pode ser tratada com medidas terapêuticas medicamentosas ou cirúrgicas, dependendo da causa. • Perda Auditiva Sensorial: Normalmente não pode ser corrigida, mas algumas causas, como surdez súbita neurossensorial, podem responder ao tratamento com corticosteroides se administrados dentro de algumas semanas. • Aparelhos Auditivos: Para perda auditiva não tratável clinicamente, aparelhos auditivos podem ser benéficos. Existem diferentes tipos, como os retroauriculares e intracanais. • Prótese Auditiva Ancorada na Mastóide (BAHA): Utilizada para perda condutiva ou para perda neurossensorial profunda unilateral. • Implante Coclear: Para perdas sensoriais graves a profundas, um dispositivo eletrônico implantado cirurgicamente dentro da cóclea pode estimular o nervo auditivo. Recomendações Gerais • Encaminhamento para Avaliação Audiológica: Todo paciente com queixa de perda auditiva deve ser encaminhado para avaliação audiológica, a menos que a causa possa ser resolvida (ex.: tampão de cerume, otite média). • Tratamento de Perda Auditiva Súbita: Deve ser iniciado dentro de algumas semanas para ter eficácia. Qualquer perda auditiva recente sem evidências de doenças na orelha deve ser encaminhada para avaliação imediata. • Rastreamento Rotineiro: Recomenda-se testes audiológicos rotineiros para adultos expostos a níveis sonoros potencialmente lesivos ou para aqueles com mais de 65 anos. Avaliações de rastreamento devem ocorrer com intervalos regulares. REFERÊNCIA:CURRENT MEDICINA - DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO Perda Auditiva: Resumo dos Pontos Mais Relevantes em Tópicos Tipos de Perda Auditiva Classificação e Epidemiologia da Perda Auditiva Avaliação da Perda Auditiva Tratamento e Reabilitação Auditiva Recomendações Gerais