Buscar

AVALIAÇÃO PULMONAR NA CIRURGIA DIFERENTE DA RESSECÇÃO PULMONAR


Continue navegando


Prévia do material em texto

AVALIAÇÃO PULMONAR NA CIRURGIA DIFERENTE 
DA RESSECÇÃO PULMONAR 
 
Complicações Pulmonares Pós-Operatórias 
• Pneumonia e insuficiência respiratória são as mais comuns, ocorrendo 
em 2-19% dos procedimentos cirúrgicos. 
• A complicação pulmonar está associada a um aumento significativo na 
duração da internação hospitalar. 
• Tromboembolismo pulmonar é outra complicação grave. 
Fatores de Risco 
• Risco máximo em cirurgias cardíacas, torácicas e abdominais superiores 
(9-19%). 
• Procedimentos pélvicos ou abdominais inferiores têm risco de 2-5%, 
enquanto procedimentos em membros têm menos de 1-3%. 
• Tempo de anestesia prolongado, necessidade de anestesia geral e 
operações de emergência aumentam o risco. 
• Idade avançada é o fator de risco mais forte. 
• Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), insuficiência cardíaca 
congestiva (ICC) e outros problemas de saúde aumentam o risco. 
• Obesidade, apneia obstrutiva do sono e tabagismo também são fatores 
de risco. 
Provas de Função Pulmonar e Exames Laboratoriais 
• Poucos dados apoiam o uso de exames pré-operatórios para avaliar o 
risco pulmonar. 
• Provas de função pulmonar (PFT) em pacientes não selecionados não 
predizem complicações pulmonares. 
• Radiografias de tórax raramente acrescentam informações úteis. 
• Níveis anormais de BUN, hipoalbuminemia e gasometria arterial podem 
prever complicações pulmonares. 
• Polissonografia pode ser considerada para diagnóstico de apneia 
obstrutiva do sono, especialmente em cirurgias bariátricas. 
 
 
 
Conduta Perioperatória 
• Cessação do Tabagismo 
• Recomenda-se iniciar esforços de cessação do cigarro no 
período pré-operatório. 
• Programas de cessação do tabagismo aumentam as chances de 
abstinência em 3-6 meses em quase 60%. 
• A cessação do cigarro iniciada 1-2 meses antes da cirurgia 
reduziu a incidência de complicações pulmonares. 
• Otimização da Função Pulmonar em Pacientes com DPOC ou Asma 
• A otimização pré-operatória da função pulmonar pode reduzir a 
incidência de complicações pulmonares. 
• Pacientes com sibilância devem receber terapia com 
broncodilatadores e, em alguns casos, corticosteroides. 
• Antibióticos podem ser benéficos para pacientes com tosse com 
escarro purulento. 
• Pacientes em terapia com teofilina oral devem continuar o 
medicamento no período perioperatório, com monitoramento 
do nível sérico. 
• Estratégias de Redução do Risco Pós-Operatório 
• Promoção da expansão pulmonar é essencial. 
• Técnicas como espirometria de incentivo, pressão positiva 
contínua na via aérea (CPAP), respiração com pressão positiva 
intermitente (IPPB) e exercícios de respiração profunda são 
utilizadas. 
• Todas essas técnicas mostraram reduzir a incidência de 
atelectasia pós-operatória e, em alguns estudos, complicações 
pulmonares. 
• A espirometria de incentivo e os exercícios de respiração 
profunda são preferidos devido ao custo mais baixo. 
• A espirometria de incentivo deve ser feita a cada 2 horas por 15 
minutos, enquanto os exercícios de respiração profunda devem 
ser realizados a cada hora, consistindo em prender a respiração 
por 2 segundos, expirar com os lábios semicerrados e tossir. 
• Essas medidas devem ser iniciadas no período pré-operatório e 
continuadas por 1-2 dias no pós-operatório. 
 
 
REFERÊNCIA: CURRENT MEDICINA - 
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO 
 
	Complicações Pulmonares Pós-Operatórias
	Fatores de Risco
	Provas de Função Pulmonar e Exames Laboratoriais
	Conduta Perioperatória